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RENNELUCENA-SATISFACAO-DE-PARTURIENTES-E-PUERPERAS-VIVENCIADA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI 
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RENNÊ DE FIGUEIRÊDO BEZERRA LUCENA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SATISFAÇÃO DE PARTURIENTES E PUÉRPERAS VIVENCIADA DURANTE O 
TRABALHO DE PARTO E PÓS PARTO IMEDIATO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ – RN 
2018 
1 
 
RENNÊ DE FIGUEIRÊDO BEZERRA LUCENA 
 
 
 
 
 
 
SATISFAÇÃO DE PARTURIENTES E PUÉRPERAS VIVENCIADA DURANTE O 
TRABALHO DE PARTO E PÓS PARTO IMEDIATO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, 
apresentado a Faculdade de Ciências da 
Saúde do Trairi da Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte, como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Bacharel em Enfermagem. 
 
Orientador: Prof. Dr. José Adailton da 
Silva 
Co-Orientadora: Prof. Dra. Rejane Marie 
Barbosa Davim 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ – RN 
2018 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
RENNÊ DE FIGUEIRÊDO BEZERRA LUCENA 
 
 
 
SATISFAÇÃO DE PARTURIENTES E PUÉRPERAS VIVENCIADA DURANTE O 
TRABALHO DE PARTO E PÓS PARTO IMEDIATO 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, 
apresentado a Faculdade de Ciências da 
Saúde do Trairi da Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte, como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Bacharel em Enfermagem. 
 
 
 
Aprovado em ____,_____,______. 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
____________________________________ 
Orientador: Prof. Dr. José Adailton da Silva 
 
 
 
______________________________________ 
 Orientador: Prof. Ms. Eva Emanuela Lopes Cavalcante Feitosa 
 
 
 
______________________________________ 
Orientador: Prof.Ms. Ádilla Conceição Brito de Azevedo 
 
 
 
 
4 
 
 RESUMO 
 
Os profissionais de saúde, ao atender mulheres no processo parturitivo, tem como 
objetivo primordial acolher de forma humanizada e com qualidade, gestantes e 
parturientes e que, ao fim do ciclo grávido puerperal, sejam compensadas com um 
recém-nascido saudável e atenção à saúde a ela prestada de modo a satisfazer 
suas necessidades. Para que se consiga alcançar estes requisitos é necessário 
preparo, expectativas da mulher e família, local onde acontecerá o nascimento com 
uma equipe de profissionais capacitados envolvidos na atenção, atitude e ética 
humana. Este estudo teve como objetivo conhecer, a partir de publicações a 
satisfação de parturientes/puérperas quanto a assistência do enfermeiro obstetra 
durante o trabalho de parto e pós-parto imediato. Trata-se de uma pesquisa 
descritiva do tipo revisão integrativa, a qual foi baseada em consultas de artigos 
científicos inseridos no Portal Periódicos Capes. A coleta ocorreu entre junho e julho 
de 2018 selecionando-se artigos publicados em texto completo; nos idiomas 
português, inglês e espanhol; disponíveis na íntegra; publicados no período entre 
2013 a 2018, tendo-se uma amostra final de sete artigos selecionados por análise 
temática. Foram excluídos aqueles que não respondiam ao objetivo da pesquisa, 
trabalhos duplicados, resumos, dissertações, teses, trabalhos de conclusão de 
curso, apresentados em congressos, carta ao editor e resenhas. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Satisfação do paciente. Trabalho de Parto. Parturiente. 
Assistência ao parto. Puérpera. Humanização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 
2 OBJETIVO .......................................................................................................... 11 
3 MÉTODO ............................................................................................................ 12 
4 RESULTADOS ................................................................................................... 13 
5 DISCUSSÃO ...................................................................................................... 16 
6 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 18 
REFERENCIAS ......................................................................................................... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Os profissionais de saúde ao assistirem mulheres durante o processo 
parturitivo têm como objetivo acolhê-las de forma humanizada e com qualidade, 
possibilitando que ao fim do processo gravídico puerperal estas possam conceber 
um filho saudável e que a experiência de parir tenha sido a menos traumática 
possível. A humanização desempenha papel crucial na garantia da qualidade da 
assistência obstétrica, vale lembrar não somente dessa área de conhecimento e 
prática profissional, mas também em qualquer área da saúde. 
Nesse sentido, criou-se a Política Nacional de Humanização (PNH), 
implementada em 2003 pelo Ministério da Saúde (MS), que visa ativar dispositivos 
favorecendo ações humanizadas no âmbito da atenção à saúde no Brasil. A 
humanização inserida no processo de produção da saúde oportuniza e valoriza 
usuários, profissionais e gestores, autonomia com criação de vínculos solidários, 
participação coletiva nos processos de gestão e produção de saúde. A PNH também 
estimula comunicação entre gestores, profissionais e usuários, construindo 
processos coletivos, trabalho e atitudes compartilhadas entre equipes na construção 
de ações para promover e disseminar inovações (BRASIL, 2015). 
Para que o processo de parto, bem como o período que segue 
posteriormente, o puerpério, transcorram com tranquilidade e sem maiores 
intercorrências, deve-se considerar uma série de fatores que garantam esse cenário, 
com o devido preparo, expectativas da mulher, família, local onde acontecerá o 
nascimento, profissionais capacitados envolvidos, atitude e ética humana (BRASIL, 
2003). 
Com a intenção de reduzir intervenções médicas desnecessárias no cuidado 
ao parto normal, o MS implementou por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) o 
partejar sem distóciaem parturientes de risco habitual, desenvolvendo boas práticas 
pelo enfermeiro obstetra dentre outros profissionais da saúde, iniciando uma política 
de apoio financeiro às Universidades, Secretarias Estaduais e Municipais para 
Cursos de Especialização em Enfermagem Obstétrica em todo o país. A fim de 
fortalecer e qualificar ainda mais a assistência à saúde obstétrica a nível nacional, o 
MS por meio do SUS estabeleceu em junho de 2011 a Portaria de Nº 4.459 que 
criou a Rede Cegonha, que é uma estratégia para implementação de cuidados as 
mulheres garantindo direito ao planejamento reprodutivo, atenção humanizada na 
7 
 
gravidez, parto e puerpério. Tem também como características respeito a 
diversidade cultural, étnica racial, participação e mobilização e promoção da saúde e 
equidade. Tem como premissasfundamentais o pré-natal, parto, nascimento, 
puerpério, atenção integral à saúde da criança e um sistema de transporte sanitário 
e regulação (BRASIL, 2003). 
A atenção obstétrica mundial vem transpondo períodos de intensa reavaliação 
de dados, evidências, ressignificação de valores e condutas tanto na busca para 
reduzir a mortalidade materna infantil, quanto na qualificação da assistência 
oferecida. Embora sejam inegáveis os benefícios dos avanços técnico científicos na 
redução de riscos materno fetais,complicações obstétricas e condução de gestações 
de alto risco, uso indiscriminado de tecnologias interventivas, em especial nas 
gestações de risco habitual, tem se mostrado prejudicial à qualidade da assistência 
obstétrica despertando atenção de gestores, profissionais e classes sociais para o 
resgate na humanização ao trabalho de parto e nascimento (FREIRE et al., 2017). 
Nas últimas décadas, este modelo tem sido apontado como um dos 
responsáveis pelas altas taxas de mortalidade materno-infantilem vários países, 
sendo fortemente denunciado por profissionais e movimentos sociais em prol de 
valores alegados pela humanização da assistência ao parto e nascimento 
(GRAMACHO; SILVA, 2014). 
O enfermeiro obstetra é o profissional com cuidado diferenciado, postura 
atenta, respeitando a feminilidade da parturiente, transmitindo segurança, atribuindo 
autonomia à mulher, permitindo expressão da dor, proporcionando bem-estar físico 
e emocional, empoderamento, criando vínculo e sendo valorizado pelas parturientes 
e acompanhantes (CAUS et al., 2012). Nesse sentido, é relevante ressaltar que este 
profissional é aquele que está mais presente no acompanhamento ao trabalho de 
parto, atuando em tempo integral junto à parturiente e familiares. 
A gravidez, trabalho de parto e nascimento em sua essência são processos 
que agregam vivência reprodutiva de homens, mulheres e familiares, com 
experiência humana da mais significativa para o casal. Durante o trabalho de parto 
são empregadas tecnologias leves de cuidados com o objetivo de oferecer conforto, 
um assistir humanizado com as boas práticas à mulher em sua vivência da dor de 
parto, as quais são empregadas para o alívio da dor no processo parturitivo.Estas 
tecnologias não invasivas tem o objetivo de apoiar a mulher em sua melhor vivência 
e experiência que é a de parir e que podem ser oferecidas à mãe e trabalhadas 
8 
 
tanto pelo enfermeiro obstetra como companheiro (a), médicos, doulas e 
profissionais da fisioterapia em forma de acolhimento desde a internação da usuária 
até sua alta hospitalar (DAVIM, 2015). 
O parto, mesmo sendo uma rotina nos hospitais e maternidades, deve ser um 
momento onde cada mulher necessita receber atendimento diferenciado e 
individualizado, haja vista que a visão sobre o que é o parto e a maneira como é 
vivenciado é única, portanto, o cuidar e conforto devem ser proporcionados visando 
à singularidade de cada parturiente. Devido à complexidade e particularidade de 
cada situação, a maneira como a assistência é oferecida implica na satisfação de 
quem a recebe (GRIBOSKI; GUILHEM, 2006). 
Sendo o trabalho de parto um processo lento, necessitando de paciência e 
diálogo, muitas parturientes na maioria das vezes não aceitam o passar do tempo de 
forma agradável e paciente, impaciência essa que pode permear tanto profissionais 
e instituição. A falta de humanização no cuidar da usuária e familiares nos serviços 
de saúde, torna-se um fator a desejar, entendendo-se a necessidade da 
reorganização desse atendimento como preconiza e considera os princípios do SUS 
na busca do acolhimento humano e prazeroso (WEYKAMP et al., 2015). 
Dessa forma, acolher é receber, considerar, atender os diferentes integrantes 
da família, facilitando inserção no ambiente, envolvendo não só ação física, mas 
afetiva, tendo como principal objetivo fazer com que experiências emocionais 
ocorram durante a fase de internação da usuária para que sejam atendidas e 
elaboradas da melhor forma possível. Essas mulheres almejam e merecem atenção 
holística, cabendo ao profissional da equipe de saúde, em especial, ao enfermeiro 
obstetra, dar o suporte necessário, expressando sentimentos de acolhimento de 
forma humanizada. Para que se possa assegurar relação de ajuda na qualidade do 
cuidar e legitimação dos serviços públicos às usuárias é fundamental que a equipe 
tenha noção de vínculo de acolhida, responsabilidade pelo cuidar integral coletivo e 
individual dessas usuárias, as quais esperam que a relação estabelecida com o 
profissional seja capaz de gerar acolhimento que permita atuação sobre suas 
necessidades com ações efetivas e lhes tragam benefícios (GURGEL; ROLIM, 
2005). 
Os pontos fundamentais no cuidar e acolher mulheres no processo do 
trabalho de parto e pós-parto imediato não está apenas nas rotinas e instalações 
físicas da instituição, mas também em condições para que o profissional e usuária 
9 
 
se relacionem por meio da satisfação, fazendo com que as relações interpessoais 
tornem-se os verdadeiros instrumentos para contribuir na vivência da hospitalização, 
fazendo desse relacionamento o eixo fundamental para a humanização do 
acolhimento na assistência à saúde (DAVIM, TORRES, 2008). 
Dessa forma é importante frisar que o MS em suas Diretrizes nacionais de 
assistência ao parto refere que: 
 
[...] mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter 
acesso às informações baseadas em evidências e serem incluídas na 
tomada de decisões. Para isso, os profissionais que as atendem, deverão 
estabelecer uma relação de confiança com as mesmas, perguntando-lhes 
sobre seus desejos e expectativas. Devem estar conscientes da 
importância de sua atitude, do tom de voz e das próprias palavras usadas, 
bem como a forma como os cuidados são prestados (BRASIL, 2017, p.15). 
 
Apesar dos avanços ocorridos na área obstétrica, os problemas e barreiras 
que dificultam um fazer mais acolhedor e humanizado, ainda são presentes e 
significativos. É necessário, portanto, investigações científicas com potencial 
resolutivo em relação a esses óbices para uma assistência obstétrica que 
proporcione maior bem-estar, prazer e qualidade de vida para as usuárias. 
Nesse sentido, a pesquisa justifica-se tendo em vista que ater-se sobre a 
satisfação das parturientes e puérperas durante o trabalho de parto e pós-parto 
imediato, pode ser de fundamental importância, contribuir para a melhoria e 
qualificação tanto dos profissionais de saúde envolvidos, políticas públicas, bem 
como instituições de assistência voltadas para atenção obstétrica. 
Também é relevante pelo fato de estimular os profissionais da saúde, em 
especial os enfermeiros obstetras em relação ao protagonismo da mulher nos 
momentos do trabalho de parto, parto e pós-parto imediato por meio da percepção 
de sua subjetividade. Além disso, dar voz às usuárias é uma maneira de avaliar a 
prática do enfermeiro obstetra e estimular o planejamento das ações tendo em vista 
as políticas públicas de humanização do parto e nascimento. 
Pela necessidade de aprofundar a percepção do enfermeiro obstetra para o 
cuidar diferenciado, é relevante estabelecer estratégias de sensibilização desses 
profissionais com o intuito de uma assistência humanizada em que o bem-estar da 
10 
 
mulher esteja em primeiro lugar. Espera-se que ocorram contribuições deste estudo 
ao conhecimento acadêmico atual tendo em vista a satisfação de mulheres no 
processo de trabalho de parto, nascimento e pós-parto imediato. 
O que motivou o presente estudo decorre do interesse como acadêmico do 
Curso de Graduação em Enfermagem em buscar informações sobre mulheres que 
passaram por vivências no trabalho de parto e pós-parto imediato sobre a satisfação 
da assistência oferecida. O presente estudo se pauta no entendimento do autor que 
o cuidar à parturiente e puérpera de forma humanizada corresponde ao 
relacionamento entre humanos como profissionais, usuárias, familiares e serviços de 
saúde perpassam pela compreensão do fenômeno que é vivenciado pelo outro, que 
no caso deste estudo é o tornar-se mãe e que o trabalho de parto e pós-parto 
imediato são eventos necessários para essa etapa. Assim, surgiu a necessidade em 
reconhecer a satisfação dessas mulheres durante este processo de trabalho de 
parto e pós-parto imediato, na tentativa de avaliar o cuidar empregado e contribuir 
quanto ao incentivo das boas práticas não invasivas a mulher no processo 
parturitivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2 OBJETIVO 
 
Conhecer, a partir de publicações, a satisfação de parturientes/puérperas 
quanto a assistência do enfermeiro obstetradurante o trabalho de parto e pós-parto 
imediato. 
 
 
12 
 
3 MÉTODO 
 
Estudo descritivo quantitativo do tipo revisão integrativa que é um método 
utilizado para determinar o conhecimento atual sobre determinada temática por meio 
da identificação,considerada estratégia na assimilação de evidências existentes 
com objetivo de fundamentar uma prática de saúde nas diversas especialidades com 
análise e síntese dos resultados de estudos anteriores (OLIVEIRA, MELO, DUARTE, 
et al., 2014). 
Para tanto esta revisão teve como condutor os seguintes passos: elaboração 
do tema; estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão dos estudos; 
definição das informações a serem retiradas dos estudos escolhidos; avaliação dos 
estudos incluídos na revisão integrativa; interpretação dos resultados; apresentação 
da revisão, sintetizando o conhecimento. 
A coleta de dados ocorreu no período de junho a julho de 2018 selecionados 
por análise temática com busca no Portal Periódicos Capes. O Portal de Periódicos 
Capes oferece acesso a textos completos disponíveis em mais de 38 mil 
publicações periódicas, internacionais e nacionais, e a 126 bases de dados (CAPES, 
2018). Com base no objetivo, foram utilizados os seguintes descritores do DeCS 
(Descritores em Ciências da Saúde), Satisfação, Trabalho de Parto, Parturiente, 
Parto, Puérpera, Humanização. Foram incluídos, no estudo, artigos originais em 
português, inglês e espanhol, com recorte temporal de cinco anos, abrangendo as 
pesquisas publicadas entre 2013 a 2018, selecionados por análise temática. Foram 
excluídos aqueles que não respondiam ao objetivo da pesquisa, trabalhos 
duplicados, resumos, dissertações, teses, trabalhos de conclusão de curso, 
apresentados em congressos, carta ao editor e resenhas. 
Após cruzamento dos descritores encontradosno Portal Periódicos Capes 
foram selecionadas1260 publicações referentes à temática investigada. 
Posteriormente, com rigoroso refinamento da busca, leitura minuciosa das 
publicações elegíveis na íntegra, quando foram excluídos 1253 estudos por não 
responderem aos critérios de inclusão, determinou-se a amostra final com um total 
de sete, representados na Figura 1. 
 
13 
 
4 RESULTADOS 
 
Após refinamento dos artigos para fazer parte desta revisão respondendo ao 
objetivo, dos sete selecionados, a maioria do ano 2017 e o periódico mais citado a 
Revista de enfermagem UFPE on line, de acordo com o demonstrado na Figura 1. 
 
Autores 
Ano 
Método Título Periódico Objetivo Resultado 
D´orsi E, 
Bruggemann 
OM, Diniz 
CSG, Aguiar 
JM, Gusman 
CR, Torres 
JA, Tuesta 
AA, et al., 
 
2014 
Estudo de 
coorte de 
base 
hospitalar 
Desigualdade 
sociais e 
satisfação da 
mulher com o 
atendimento 
ao parto no 
Brasil: estudo 
nacional de 
base 
hospitalar 
Cad 
Saúde 
Pública 
Identificar 
fatores 
associados 
da saúde-
parturiente e 
como esses 
fatores 
influenciam 
a satisfação 
e o 
atendimento 
do parto 
As gestantes 
atendidas nas 
regiões sudeste 
e sul no setor 
privado e com 
acompanhantes 
avaliaram 
melhor a 
relação com os 
profissionais de 
saúde, ocorreu 
o oposto com 
as pardas e 
que tiveram 
trabalho de 
parto, existindo 
desigualdades 
de cor, região e 
fonte de 
pagamento no 
parto nessa 
relação. 
Siqueira 
YMA, 
Gradim CVC 
 
2014 
Estudo 
descritivo 
tipo revisão 
integrativa 
Acolhimento 
na assistência 
em Centro de 
Parto normal 
Rev 
Enferm 
UFPE on 
line 
Avaliar a 
importância 
do 
acolhimento 
para a 
satisfação 
das 
mulheres 
que pariram 
em Centro 
de Parto 
Normal 
Há evidencias 
de que a 
satisfação com 
o atendimento 
recebido pelas 
mulheres no 
Centro de Parto 
Normal está 
diretamente 
relacionado ao 
acolhimento 
Correia TIG, Estudo Os cuidados Rev Eletr Investigar a A evidencia dos 
14 
 
Pereira MLL 
 
2015 
 
 
descritivo 
de natureza 
transversal 
e analítica 
de 
enfermagem 
e a satisfação 
dos 
consumidores 
no puerpério 
enferm satisfaças 
das 
puérperas 
em 
internação, 
com os 
cuidados 
prestados 
pelos 
enfermeiros 
em um 
serviço de 
obstetrícia 
de uma 
unidade de 
saúde de 
Portugal. 
resultados 
permite 
fundamentar a 
necessidade de 
maior eficácia 
dos 
profissionais 
nos cuidados 
prestados para 
que as 
puérperas se 
tornem mais 
autônomas e 
satisfeitas nos 
seus cuidados. 
Lainscek 
FGT, 
Perimazzo 
MSF, 
Miranda EF. 
 
2015 
Estudo 
transversal 
com 
abordagem 
quantitativa 
Nível de 
satisfação das 
parturientes 
no Hospital 
Regional de 
Gurupi-TO 
Rev 
Amazônia 
Science 
&Health 
Analisar a 
percepção 
das 
parturientes 
em relação 
ao serviço 
de 
assistência 
à saúde 
prestado no 
Hospital 
Regional de 
Gurupi-TO 
 
Houve 
perspectiva 
satisfatória em 
relação ao 
lugar onde se 
encontravam as 
parturientes e 
como decorreu 
o processo do 
trabalho de 
parto, parto e 
pós-parto. 
Bezerra GS, 
Melo TFV, 
Oliveira DA. 
 
2017 
Estudo 
exploratório 
descritivo 
quantitativo 
Satisfação 
das mulheres 
quanto a 
assistência 
recebida da 
enfermagem 
no pré-parto. 
Rev 
enferm 
UFPE on 
line 
Identificar a 
satisfação 
das 
parturientes 
acerca dos 
cuidados 
que foram 
prestados 
pela 
enfermagem 
no período 
pré-parto. 
O estudo 
concluiu que a 
enfermagem 
conseguiu 
contribuir para 
uma boa 
satisfação no 
pré-parto na 
opinião das 
parturientes. 
Freire HSS, 
Campos FC, 
Castro 
Estudo 
descritivo 
transversal 
Parto normal 
assistido por 
enfermeiras: 
Rev 
enferm 
UFPE on 
Descrever a 
experiência 
e satisfação 
A experiência 
foi bastante 
satisfatória para 
15 
 
RCMB, 
Costa CC, 
Mesquita 
VJ, Viana 
RAA. 
 
2017 
quantitativo experiência e 
satisfação de 
puérperas 
line das 
mulheres 
que tiveram 
parto 
normal 
assistido por 
enfermeiras. 
as puérperas. 
Silva ALA, 
Mendes 
ACG, 
Miranda 
GMD, Souza 
WV. 
 
2017 
Estudo 
transversal 
quantitativo 
A qualidade 
do 
atendimento 
ao parto na 
rede pública 
hospitalar em 
uma capital 
brasileira-a 
satisfação das 
gestantes. 
 
 
 
Cad 
Saúde 
Publ 
Avaliar a 
qualidade 
da atenção 
ao parto na 
rede pública 
hospitalar, 
na cidade 
do Recife-
PE. 
Os achados 
revelaram 
necessidade de 
organização da 
política de 
assistência 
obstétrica com 
regionalização, 
regulação, 
consolidação 
das redes de 
atenção e 
intervenção na 
ambiência, 
visando 
humanizar a 
atenção. 
 
Figura 1 - Apresenta o quantitativo de publicações com temáticas relacionadas a satisfação 
de parturientes e puérperas em pós-parto imediato. Organizou-se os dados apresentados na 
referida Figura 1 segundo autores e ano de publicação, método, título, periódico, objetivo e 
resultado. Santa Cruz-RN, 2018. 
 
 
16 
 
5 DISCUSSÃO 
 
Esta revisão demonstrou que há poucos estudos específicos na área da 
satisfação de parturientes e puérperas em pós-parto imediato, publicados em 
revistas de qualidade científica com elevado fator de impacto com pesquisas dos 
últimos cinco anos. 
Como principal achado desta revisão, destaca-se que a satisfação no 
atendimento recebido pelas mulheres está diretamente relacionada ao acolhimento e 
que as redes de atenção e intervenção na ambiência promovem a humanização das 
usuárias no trabalho de parto e pós-parto imediato, corroborando com o estudo 
de(Siqueira, Gradim 2014). 
Dois estudos avaliaram a satisfação de parturientes comparando serviços de 
saúde com características diferentes. O primeiro comparou o atendimento em 
centros de parto, hospitais públicos e privados no Nepal, o segundo comparou os 
centros de parto, clínicas e hospitais japoneses. Observaram que em ambos os 
estudos, as evidências definiram que quanto melhor a enfoque interpessoal da 
equipe, melhores os índices de satisfação. No primeiro estudo, a satisfação teve 
melhor avaliação em hospitais particulares e menor nos centros de parto e hospitais 
públicos. É importante mencionar outro fator relevante sobre a insatisfação com 
relação à estrutura física e cuidadosde saúde também foi menor nos centros de 
parto. Recomendam a necessidade de qualificação dos profissionais para que 
melhores resultados, como também adaptação da infraestrutura. Referem ainda que 
no segundo estudo, ocorreu melhores resultados nos centros de parto e o 
atendimento dispensado pela equipe foi o fator primordial para determinar a 
satisfação das usuárias (KARKEE, POKHAREL, 2014,LIDA, HORIUCHI, PORTER, 
2012). 
Observou-se em estudo transversal com abordagem quantitativa, que os 
autores referem resultados satisfatórios com relação a ambiência para usuárias e 
acompanhante em todo o processo de trabalho de parto, parto e pós-parto, 
concordando com a presente pesquisa (LAINSCEK, PERIMAZZO, MIRANDA, 2015). 
De acordo com a Política Nacional da Humanização (PNH) que tem como 
premissa atendimento humanizado as usuárias do SUS é indispensável incorporar 
na assistência ao parto e nascimento: ambiência, universalidade, processo de 
17 
 
trabalho, gestão do sistema, autonomia social, subjetividades de cuidadores e 
receptores do cuidar, entre outros (BRASIL, 2015). 
Um outro estudo refere que a satisfação no trabalho de parto, parto e pós-
parto, na maioria das vezes são influenciadas pela forma de acolhimento e apoio 
dos profissionais da saúde, amenizando a ansiedade vivida durante todo o processo 
parturitivo (BRAVO, URIBE, CONTRERAS, 2008). 
Autores em pesquisa transversal com abordagem quantitativa revelaram que 
a assistência dos profissionais de enfermagem exercida com amor e dedicação de 
forma humanizada, buscam atender as necessidades das usuárias e seus bebês, 
oferecendo segurança para mães e acompanhantes deixando-os bem à vontade 
para falar da maneira livre sobre a satisfação quanto à assistência oferecida 
(BEZERRA, MELO, OLIVEIRA, 2017). 
Outros aspectos também são importantes na avaliação das usuárias em 
atendimento hospitalar como a ambiência, experiência profissional de toda equipeno 
que se refere a satisfação sentida por estas mulheres durante o acompanhamento 
do trabalho de parto, no esforço de atender às necessidades das parturientes e 
puérperas com mais equidade e dignidade (D´ORSI, BRÜGGEMANN, DINIZ, et al., 
2014). 
Segundo autores, no Brasil, os estudos sobre satisfação da mulher estão 
relativamenteassociados à qualidade daatenção e comunicação com os profissionais 
da saúde, a forma como vivenciaram o processo parturitivo, presença de 
acompanhante de sua escolha como componentes que indiquem a satisfação 
recebida, retratando o contexto nacionalno que se refere a humanização e que o 
atendimento recebido venha ser uma forma indireta de avaliar a qualidade dos 
serviços de saúdeidentificandoos atributos necessários para que a atenção ao parto 
e nascimento seja ancorada nos direitos das usuários do sistema de saúde 
(BRÜGGEMANN, MONTICELLI, FURTADO, et al., 2011). 
Entende-se que, de certa forma quando a humanização está voltada para 
qualificação da atenção, qualidade da competência profissional, respeito e promoção 
dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos, as usuárias que procuram as 
instituições esperam por um atendimento respeitoso, com orientações efetivas, e 
que tudo isto tenha como finalidade a satisfação dessas usuárias. 
 
18 
 
6 CONCLUSÃO 
 
Evidenciou-se nos estudos da pesquisa de maneira geral por meio dos 
resultados precariedade de publicações referente a satisfação de parturientes e 
puérperas em pós-parto imediato, fragilidade relacionada à atenção quanto aos 
cuidados das usuárias, particularmente com respeito à ausência de garantias do 
cuidado integral à esta população. 
Considera-se como contribuições do estudo para o avanço do conhecimento 
científico respaldando-se nos desafios identificados quanto a humanização nos 
serviços de saúde, atendimento às prioridades de forma ampliada e compreensão 
sobre as necessidades relacionadas as parturientes e puérperas por meio do cuidar 
com prazer e atenção, fazendo com que as usuárias no final do processo parturitivo 
sintam-se satisfeitas com o acolhimento e atendimento de suas necessidades a 
partir de um olhar diferenciado à esta população nos Centros Obstétricos. 
 
 
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