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Clínica Médica e Terapêutica de Pequenos Animais - Imunização em Cães e Gatos

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IMUNIZAÇÃO EM CÃES E 
GATOS 
 
- Imunização ≠ vacinação; 
- Vacinação = ato da vacina; 
- Imunização = indução da produção de anticorpos. 
 
VACINAS 
 
- Capacidade específica de promover um estímulo do 
sistema imunológico e induzir resistência nos animais 
vacinados > faz o organismo se sensibilizar e produzir 
resistência; 
- Não pode haver riscos de contaminação do produto ou de 
seu substrato pela ação de agentes oportunistas; 
- Deve ser seguro para uso, sem possibilidade de reproduzir 
casos da doença, seja por reativação da patogenicidade do 
vírus, seja pela preservação de qualquer partícula ativa ao 
final da produção > principalmente em casos de raiva; 
- A eficácia da vacina reflete a expectativa de que numa 
significante proporção de indivíduos vacinados, em 
determinada população, os efeitos do produto utilizado 
apresentam resultados clinicamente seguros e significativos 
de prevenção da doença contra a qual se promove a 
vacinação. 
 
VACINAS NÃO REPLICANTES (INATIVADAS) 
 
- Contém microorganismos que foram tratados de forma que 
não são mais capazes de se multiplicarem, ou produzirem 
efeitos prejudiciais nas células ou tecidos do hospedeiro 
vacinado; 
- Técnicas do processo de inativação incluem calor, 
substância químicas e irradiação; 
- Bom equilíbrio entre perda de virulência (desejada) e perda 
de imunogenicidade (não desejada) – adjuvante; 
- Adjuvante necessário > geralmente é o “culpado” pelas 
reações pós-aplicação; 
- Não há como desenvolver a doença depois da vacina. 
 
EXEMPLOS DE VACINAS MORTAS (INATIVADAS): 
- Raiva (todas); 
- FELV (2 marcas disponíveis no Brasil – MSD, Zoetis); 
- Leptospirose (cães). 
 
VACINAS REPLICANTES (VIVAS ATENUADAS) 
 
- Usadas mais frequentemente em vacinas a vírus do que em 
vacinas bacterianas; 
- Atenuação é o processo pelo qual a virulência (danos, 
patogenicidade) do microorganismo patogênico é reduzida 
para um nível “seguro” (avirulento) sem destruir sua 
capacidade de estimular uma resposta imune; 
- Pode desenvolver doença pós-aplicação > nunca se ouviu 
falar. 
 
EXEMPLOS DE VACINAS VIVAS: 
- Cinomose; 
- Parvovirose. 
VACINAS RECOMBINANTES 
 
- Consideradas vacinas vivas; 
- Vírus vivos vetoriais recombinantes não possuem 
adjuvantes, não têm capacidade de sofrer reversão à 
virulência e são potencialmente menos perigosas para 
animais imunocomprometidos ou desnutridos do que as 
vivas modificadas; 
- Partes específicas do microorganismos da vacina 
multiplicam-se em células selecionadas do hospedeiro 
vacinado; 
- Animal pode (não significa que vai) vir a ter uma doença 
branda pós-aplicação vacinal > é melhor para indivíduos 
imunocomprometidos; 
- Dribla os anticorpos maternos (prejudiciais para a 
vacinação). 
 
EXEMPLOS DE VACINAS RECOMBINANTES: 
- Cinomose - Recombitek 
 
VACINAS COMBINADAS OU MÚLTIPLAS 
 
- Vacinas que contém antígenos de microorganismos 
diferentes e/ou cepas múltiplas (sorotipos ou variantes) do 
mesmo microorganismo; 
- A dose pode ser combinada durante a fabricação, ou 
imediatamente antes da aplicação (exemplo: reconstituindo 
uma vacina liofilizada/pó com uma vacina líquida 
compatível). 
 
EXEMPLOS PARA CÃES: 
- V8 ou mais > cinomose, hepatite, leptospirose, parvovirose, 
parainfluenza, coronavirose. 
 
EFICÁCIA DAS VACINAS 
 
 
1 = maior desvantagem, 5 = maior vantagem. 
 
FALHAS VACINAIS 
 
- Falha vacinal pode ser descrita como um estímulo 
imunológico deficiente frente a um produto elaborado com 
a finalidade de proteger um organismo vivo contra um 
agente etiológico específico; 
- Vacinar cães jovens é muito mais importante do que 
vacinar gatos jovens > cinomose e parvovirose. 
 
CAUSAS 
 
ANIMAL: 
- Imunidade passiva – tamanho da ninhada. 
 
VACINA: 
- Fatores desde a produção, passando pela armazenagem 
até a administração no animal. 
 
RESPOSTA IMUNE 
 
- Resposta imune primária > dose sensibilizadora > não é 
suficiente para fazer o efeito no animal; 
- Resposta imune secundária: 
→ Dose de reforço “booster” > é o que dá o efeito de 
fato; 
→ Normalmente 2-4 semanas depois da primária; 
→ Mais rápida, mais intensa e mais longa. 
 
 
 
 
 
- Segunda dose em cão que tenha anticorpos maternos é 
muito bom; 
- Sem anticorpos maternos: necessário 3 doses de reforço; 
- Intervalo de 4 semanas para diminuir número de doses; 
- Fazer doses em no máximo, 14 semanas; 
- O que importa na vacinação de cães não é o número de 
doses e nem quando começa, mas sim quando termina. 
 
- Puppy DP > cães com 4 semanas > parvovirose e cinomose 
> animais muito expostos. 
 
- Cães e gatos maiores de 4 meses > apenas uma dose 
necessária; 
- V5 de FeLV > vacina inativada, necessária no mínimo 2 
doses. 
 
 
 
- Janela de suscetibilidade: cão fica muito suscetível a 
doenças > quando cai anticorpos maternos e inicia a 
produção de anticorpos dos filhotes. 
 
VACINAS EM CÃES 
 
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA – TOSSE 
DOS CANIS 
 
BRONCHI GUARD (ZOETIS): 
- Bordetella bronchiseptica; 
- Inativada; 
- Sem adjuvantes; 
- Subcutânea; 
- 2 doses a partir de 8 semanas, com 21 dias de intervalo; 
- Revacinação anual. 
 
PNEUMODOG (BOEHRINGER): 
- Bordetella bronchiseptica e Parainfluenza tipo 2; 
- Inativada; 
- Com adjuvantes; 
- Subcutânea. 
 
BRONCHI SHIELD III (ZOETIS): 
- Parainfluenza, Adenovirus 2, Bordetella bronchiseptica 
(VVM); 
- Intranasal. 
 
NOBIVAC KC (MSD): 
- Parainfluenza e Bordetella bronchiseptica (VVM); 
- Intranasal. 
 
VANGUARD B: 
- Oral! 
 
CINOMOSE E PARVOVIROSE 
 
- Novibac Puppy (MSD) > 4 semanas de idade 
 
CINOMOSE, PARVOVIROSE E CORONAVISOSE 
 
- Vencothree Puppy (Deccha) > 5 semanas de idade. 
 
 
 
LEPSTOSPIROSE 
 
GUARD-VAC (LCI/GP) – ZOETIS: 
- Inativada contra L. canicola, icterohaemorrhagiae, 
grippotyphosa e Pomona; 
- A partir de 6 semanas. 
 
BOEHRINGER (MÚLTIPLA): 
- Cães saudáveis a partir de 9 semanas de vida; 
- Vacina inativada; 
- 2 doses na primovacinação. 
 
VACINAS MÚLTIPLAS 
 
RECOMBITEC (C4/CV) – BOEHRINGER – V6: 
- Primeira vacina do filhote; 
- Cinomose, hepatite, adenovírus tipo 2, parvovirose, 
parainfluenza e coronavirose; 
- Isenta de adjuvante (tecnologia recombinante para o vírus 
da cinomose). 
 
RECOMBITEK (C6/CV) – BOEHRINGER – V8: 
- Vacina recombinante; 
- Cinomose, hepatite, adenovírus tipo 2, parainfluenza, 
coronavirose e Leptospirose canina (L. canicola e L. 
icterohaemorrhagiae); 
- Isenta de adjuvante. 
 
VANGUARD HTLP 5/CV-L – ZOETIS – V8: 
- Subcutânea ou Intramuscular; 
- Cinomose, hepatite infecciosa canina (adenovírus tipo1 1). 
 
INOMUNE – CEVA – V9: 
- Cinomose, hepatite infecciosa, parainfluenza, parvovirose, 
coronavirose e leptospirose dos cães; 
- A partir de 7 semanas de idade; 
- 3 doses com intervalo de 21 dias; 
- Revacinação anual. 
 
DURAMUNE MAX 5-CVK/4L – BOEHRINGER-INGELHEIM – V10: 
- Cinomose, parainfluenza, hepatite, adenovírus tipo 2, 
parvovirose, coronavirose (diluente – inativado), 
leptospirose (L. canicola, L. grippotyphosa, L. 
icterohaemorragiae, L. Pomona); 
- Vivo modificada; 
- Com adjuvantes. 
 
VANGUARD PLUS (V10) – ZOETIS: 
- Vencomax 11/12 – Vencofarma + L. copenhageni, L. hadji. 
 
- Vacinação anual depende da duração da imunidade de cada 
vacina; 
- Ao invés de vacinar, o ideal deveria ser fazer titulação > não 
é comum e é mais caro que a vacina. 
 
ESQUEMA PROPOSTO 
 
VACINAS OBRIGATÓRIAS: 
- Cinomose, Parvovirose, Leptospirose, Hepatite, Adenovirus 
2, coronavirose, Parainfluenza; 
- Raiva. 
 
VACINAS OPCIONAIS: 
- TIC; 
- LVC – no Brasil deve ser essencial; 
- Giardia > não funciona; 
- Tétano > desnecessário > cães e gatos são muito resistentes 
e há existência do soro antitetânico. 
 
LVC – Leish Tec®: 
- Estímulo antigênico que induz a predominância de 
linfócitos-T CD4+ Th1 (IFN-γ) – resposta celular; 
- Sempre com teste sorológico negativo antes das vacinas > 
3 doses com 21 dias de intervalo; 
- Ravacinação anual – considerar a data da primeira dose. 
 
VACINAS EM GATOS 
 
- Calicivirose, Rinotraqueíte (Herpesvirus), Panleucopenia (e 
nem sempreCladimiose); 
 
- Biofel PCH (Grascon) > tríplice inativada – para animais 
FeLV positivos; 
- Ronvac (Venco – Dechra) > tríplice inativada. 
- Felocell® (Zoetis) > quádrupla – viva atenuada; 
- Feline 4® (Boehringer) > quádrupla – viva atenuada; 
- Feligen® CRP/R > CV, VRF, Panleucopenia e Raiva – VIRBAC; 
- Nobivac Feline® (MSD) > quádrupla – viva atenuada. 
 
LEUCEMIA FELINA 
 
- Fel-O-Vax LVK IV® - Quíntupla Felina - Zoetis – TODA 
inativada, com adjuvantes; 
- Nobivac Feline 1-HCPCh+FeLV® - MSD > quíntupla > FeLV 
inativada, com adjuvante aquoso sem alumínio, e a outra 
parte, viva atenuada. 
 
- Diferença em relação a produção de anticorpos > primeira 
causa melhor resposta imune. 
 
ESQUEMA PROPOSTO 
 
VACINAS OBRIGATÓRIAS: 
- Calicivirose, Rinotraqueíte (Herpesvpirus), Panleucopenia 
(Parvovirus felino); 
- Raiva. 
 
VACINAS OPCIONAIS: 
- Clamidiose (Chlamydophila felis); 
- Leucemia felina > deveria ser essencial no Brasil. 
 
- Gatos de alto risco necessitam de mais doses; 
- Vacinação a partir de 8 meses em gatos normais e a partir 
de 6 meses em gatos de alto risco. 
 
ALTO RISCO: 
DOSE IDADE TIPO DE VACINA 
1ª 6-7 semanas V3 ou V4 
2ª 9-10 semanas V3, V4 ou V5 
3ª 12-13 semanas V3, V4 ou V5 + anti-rábica 
4ª 15-16 semanas V3 ou V4 
5ª 6 meses V3, V4 ou V5 
Reforço Anual V3, V4 ou V5 + anti-rábica 
 
BAIXO RISCO: 
DOSE IDADE TIPO DE VACINA 
1ª 8-9 semanas V3, V4 ou V5 
2ª 11-12 semanas V3, V4 ou V5 + anti-rábica (com 12 
semanas) 
3ª 14-16 semanas V3 ou V4 
4ª 6 meses V3, V4 ou V5 
 
Reforço 
Anual V3 (inativada), V4 (inativada) ou 
V5 (se todos os antígenos forem 
inativados) + anti-rábica 
Bienal V5 (gatos > 4 anos) para vacina 
com frações atenuada para 
essenciais e inativada para FeLV 
Trienal V3 atenuada 
 
ASPECTOS ESPECÍFICOS 
 
- Doença crônica estável, idosos ou imunossuprimidos > 
devem ser vacinados se estiverem em boa saúde > vacinas 
inativadas para não correr risco de terem reação do vírus 
modificado > exemplo: V5 Zoetis (é toda inativada) ou V3 
Ronvac (para positivos para FeLV); 
- Gatos com doença leve > vacinação é recomendada; 
- Gatos com doença moderada > se não houver febre a 
paciente não estiver debilitado, vacinação é recomendada; 
- Devem ser vacinados no mínimo 20 dias antes de terem 
contato com locais de alto risco. 
 
REAÇÕES PÓS VACINAIS 
 
NÓDULOS NO LOCAL DE APLICAÇÃO 
 
- Persiste por mais de 3 meses após a aplicação da vacina; 
- O nódulo tem mais do que 2cm de diâmetro; 
- Continua aumentando de tamanho 1 mês após a 
vacinação/injeção; 
- Sarcoma no local de injeção e não pós-vacinal > altamente 
invasivo. 
 
 
REFORÇO VACINAL 
 
Um cão ou gato que está com atraso na vacinação de 
reforço deve realizar uma série inicial de 3 doses para ser 
imunizado? 
R: Independentemente do número de semanas, meses ou 
anos de atraso na vacinação de reforço de um cão ou gato, a 
administração de uma dose de vacina com antígeno vivo 
atenuado ou recombinante induz rapidamente um nível 
protetor de anticorpos (exceto no caso de maus 
respondedores). O motivo é a memória imunológica. 
Se o antígeno presente na vacina for inativado (morto), 
devese administrar duas doses com intervalo de 3 a 4 
semanas ou de acordo com a recomendação do fabricante. 
Embora a vacina antirrábica seja inativada, caso haja atraso 
no reforço anual, os fabricantes recomendam a revacinação 
com uma dose. 
 
A leishmaniose visceral canina é agravo de notificação 
compulsória? 
R: Sim. Todo cão suspeito de ser portador de leishmaniose 
visceral canina deve ser reportado à Vigilância 
Epidemiológica do município para proceder à investigação 
do caso. 
 
IMUNIDADE APÓS A VACINAÇÃO 
 
É possível prever o início da imunidade pós-vacinal? 
R: Consideram-se os seguintes intervalos: 
- Vacinas inativadas: cerca de 10 dias após a vacinação 
(assumindo que não há presença de anticorpos maternos e 
que são necessárias duas doses, com 2 a 4 semanas de 
intervalo entre elas). 
- Vacinas vivas atenuadas: cerca de 5 a 7 dias após a 
vacinação (assumindo que não há presença de anticorpos 
maternos). 
- Vacinas recombinantes: cerca de 5 a 7 dias após a 
vacinação. A vacina com o vírus recombinante da cinomose 
canina demonstrou imunizar os cães mesmo na presença de 
anticorpos maternos e é indicada em ambientes de alto risco 
de exposição. 
 
CONCLUSÃO 
 
- Protocolos individualizados, de acordo com o estado 
vacinal da mãe, acesso ao colostro, ambiente ao nascimento 
e após, aptidão racial e atividades do animal.

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