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Expansão da Criminalidade ME. Alana Tiosso • Unidade de Ensino: 04 • Resumo: Estabelecimento Penal, suas espécies, Trabalho do condenado, reinserção social • Título da Teleaula: Estabelecimento Penal • Teleaula nº: 04 ESTABELECIMENTOS PENAIS Estabelecimento Penais • Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado (regimes fechado, semiaberto e aberto), ao submetido a medida de segurança (internado em hospital de custódia de tratamento), ao preso provisório (decorrência da prisão cautelar) e ao egresso (pessoa liberada definitivamente do estabelecimento pelo período de um ano, bem como aquele que for colocado em liberdade condicional). • Art. 25, II, e Art. 26 da LEP Estabelecimento Penais Assistência obrigatória à mulher e seu filho • Os presídios femininos devem ter seção específica para abrigar a gestante ou parturiente, conforme os padrões de cuidados médicos necessários. • mantença de creche, no âmbito do estabelecimento penal, para acolher as crianças entre 06 meses e 06 anos, para permanecer sob os cuidados maternos. • Não há, pois, necessidade de se retirar a criança da mãe, colocando-a para adoção, quando não existirem familiares próximos, aptos a cuidar do recém- nascido. • Art. 14, § 3º, da LEP. 1 2 3 4 5 6 Assistência obrigatória à mulher e seu filho • Após os sete anos, quando será incluída, obrigatoriamente, no ensino básico, continuando a mãe detida, outro encaminhamento social deverá ser feito. • Espera-se, entretanto, ter havido o cuidado indispensável da mãe, com relação ao seu filho, no período mais relevante. • Estabeleceu-se a idade mínima de seis meses para ingressar na creche, visto que, até esse patamar, deverá ser amamentada (art. 83, § 2º, LEP), logo, ficará em outro setor, à disposição da mãe. Regras de separação de presos • O art. 84 da LEP é somente sensato e imprescindível para a devida reeducação de cada preso, tornando o processo de individualização executória da pena uma realidade. Regras de separação de presos • Os condenados definitivos não devem compartilhar espaços com presos provisórios. Estes estão detidos por medida de cautela, sem apuração de culpa formada, podem deixar o cárcere a qualquer momento, inclusive em decorrência de absolvição. • Se mantidos juntamente com sentenciados tendem a absorver defeitos e lições errôneas, passíveis de lhes transformar a vida quando deixarem o cárcere. • Estão sujeitos a violências de toda ordem, tornando a prisão cautelar uma medida amarga e cruel. Espécies de Estabelecimentos Penais Penitenciária • É o estabelecimento penal destinado ao cumprimento da pena privativa de liberdade, em regime fechado, quando se tratar de reclusão. • Busca-se a segurança máxima, com muralhas ou grades de proteção, bem como a atuação de policiais ou agentes penitenciários em constante vigilância. Penitenciária • Os detentos serão inseridos, inicialmente, nos regimes semiaberto ou aberto, podem ser transferidos para o fechado, por regressão. • Assim, cumprirão a pena junto com os reclusos, como as penitenciárias, pois inexiste estabelecimento para apenados à detenção em regime fechado. • Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. 7 8 9 10 11 12 Presídios de Segurança Máxima • Estabelecimentos providos com sistemas de vigilância que monitoram a penitenciária por meio de equipamentos modernos de segurança pública, dentre os quais destacamos os detectores de metal, a coleta de impressão digital e as câmeras de monitoramento 24 horas, entre outros. • Serão transferidos para os estabelecimentos prisionais de segurança máxima aqueles presos condenados ou provisórios, cuja medida se justifique no interesse da segurança pública ou dos próprios preso. Colônias Penal • A colônia agrícola, industrial ou similar destina-se ao cumprimento da pena em regime semiaberto. • Estabelecimento penal de segurança média, onde já não existem muralhas e guardas armados, de modo que a permanência dos presos se dá, em grande parte, por sua própria disciplina e senso de responsabilidade. • É o regime intermediário, portanto, o mais adequado em matéria de eficiência. • Denomina-se colônia agrícola, quando em zona rural, bem como colônia industrial, quando em zona urbana. • Art. 91, LEP Casa do Albergado • Trata-se de um estabelecimento desprovido de segurança, apenas com a fiscalização de quem entra e quem sai – e os horários. Como um pensionato, os albergados devem cuidar de si e ali permanecer recolhidos no horário noturno e nos finais de semana. • Cuida-se do estabelecimento adequado ao cumprimento da pena no mencionado regime aberto. Além disso, serve também a abrigar aqueles que devem cumprir a pena de limitação de fim de semana (restritiva de direitos). • Art. 93 a 95 LEP Casa do Albergado Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico • É o lugar adequado para receber e tratar os indivíduos sujeitos ao cumprimento de medida de segurança de internação. • Naturalmente, equipara-se, em matéria de cuidados e cautelas contra a fuga, ao regime fechado. • Suas dependências, além dos indispensáveis equipamentos e medicamentos, devem possuir salas próprias para segurar os internos, mormente os de periculosidade elevada. • Art. 99 LEP Tratamento ambulatorial • Equivalente a uma pena restritiva de direitos, destina-se ao inimputável ou semi-imputável que necessita apenas de tratamento ambulatorial, ou seja, precisa frequentar determinado posto de saúde ou hospital para entrevistas e acompanhamento médico, porém sem a necessidade de permanecer internado. • Esse tratamento pode dar-se no próprio Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em dependência apropriada, ou em outro local distinto. • Art. 101 LEP 13 14 15 16 17 18 Cadeia Pública • É o estabelecimento destinado a abrigar presos provisórios, em sistema fechado, porém sem as características do regime fechado. • A cadeia, normalmente encontrada na maioria das cidades brasileiras, é um prédio (muitas vezes anexo à delegacia de polícia) que abriga celas – o ideal é que fossem individuais ou, pelo menos, sem superlotação –, contendo um pátio para banho de sol. • Art. 102 a 104 LEP Trabalho do Condenado Trabalho do Preso • O trabalho do preso é obrigatório (art. 39, V, LEP) e faz parte da laborterapia inerente à execução da pena do condenado, que necessita de reeducação. Trabalho do Preso • É vedado a pena de trabalhos forçados. • Não se poder exigir do preso o trabalho sob pena de castigos corporais ou outras formas de punição ativa, além de não se poder exigir a prestação de serviços sem qualquer benefício ou remuneração. • A obrigatoriedade do trabalho implica, em caso de inobservância pelo condenado, a concretização de falta grave, assim, perde o preso o direito a determinados benefícios, como, exemplificando, a progressão de regime, o livramento condicional, o indulto, os dias remidos pelo trabalho etc. • CF/88, art. 5º, XLVII • Art. 50, VI, LEP Trabalho do Preso Remuneração do Trabalho • O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo- lhe garantidos os benefícios da Previdência Social 19 20 21 22 23 24 Causas para a revogação do trabalho externo (a) praticar fato definido como crime. (b) cometer e ser punido por falta grave, é necessário haver apuração e, em seguida, a devida punição; (c) ter comportamento inadequado no trabalho que lhe foi designado, agir com indisciplina ou irresponsabilidade. Reinserção Social Permissão de saída • Os presos, condenados ou provisórios, podem deixar o estabelecimento penal, sob escolta de policiais ou agentes penitenciários, que assegurem não haver fuga, para situações de necessidade: • (a) participar de cerimônia funerária em decorrência de falecimento do cônjuge, companheiro(a), ascendente, descendente ou irmão; (b) visitar as mesmas pessoas retromencionadas quando padecerem de doença grave; (c) necessidade de submissãoa tratamento médico não disponível no presídio ou em hospital penitenciário anexo. Saída temporária • Cuida-se de benefício de execução penal destinado aos presos que cumprem pena em regime semiaberto, como forma de viabilizar, cada vez mais, a reeducação, desenvolvendo-lhes o senso de responsabilidade, para, no futuro, ingressar no regime aberto, bem como para dar início ao processo de ressocialização. Livramento Condicional • Trata-se de um instituto de política criminal, destinado a permitir a redução do tempo de prisão com a concessão antecipada e provisória da liberdade do condenado, quando é cumprida pena privativa de liberdade, mediante o preenchimento de determinados requisitos e a aceitação de certas condições • A pena privativa de liberdade será extinta após o cumprimento do período de prova Pressupostos de Livramento Condicional 25 26 27 28 29 30 Preso que cumpre pena em regime semiaberto recebeu a notícia do falecimento de seu irmão e solicitou autorização para comparecer ao velório e enterro de seu familiar. Poderá ser concedida a sua saída? Sim, cabe permissão de saída, com escolta. 31 32
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