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Resumo Obstetrícia Animal

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Obstetrícia Animal 
Perturbações da Gestação 
Perturbações de Origem 
Materna (Grandes Animais) 
Cio Durante o Período Gestacional 
• Bovinos (1ª metade da gestação) 
• Equinos (até o 4º mês de gestação) → devido aos 
corpos lúteos secundários 
• Até 5% dos animais podem estar gestantes e 
apresentarem cio 
 ✓Importante acompanhar – Verificar 
prenhez/perda 
 ✓ Palpação retal 
 ✓ US 
Corrimento Vaginal durante a Gestação 
• Anamnese e Exame Clínico 
• Exame minucioso 
• Estabelecer etiologia do fluxo – Inspeção direta 
Vulva? Vagina? Cérvix? 
• OBS: Final da gestação nas vacas – presença de 
corrimento mucoso NORMAL → tampão mucoso 
que sai da cérvix 
1.Inversão e Prolapso da Vagina 
• Relaxamento da fixação da vagina na cavidade 
pélvica 
• Prolapso = saída de um órgão de sua posição 
normal 
Ocorre o deslocamento da vagina da sua posição 
normal → anormal 
Causas 
• Predisposição genética → + comum em raças 
leiteiras 
• Idade – animais senis (+ velhos) → relaxamento > 
das estruturas anatômicas 
• Aumento da pressão intra-abdominal 
• Agentes mecânicos – transporte que movimenta 
o animal gestante de forma intensa 
• Debilidade da fêmea 
• Separação forçada na cópula 
• Hipocalcemia 
• Flacidez do diafragma pélvico (efeito estrogênico) 
•Distensão exagerada do útero (hidropsia, 
gestações gemelares), tenesmo (inversão) 
• Confinamento (falta de exercícios) 
Sintomas 
Os sinais clínicos mais comumente observados são: 
• Exposição Parcial ou Total da vagina pela rima 
vulvar (formação avermelhada e cilíndrica nos 
lábios vulvares) 
• Tenesmo 
• Prolapso retal secundário ao tenesmo 
• Inquietação 
• Lesões da porção evertida de leve a grave 
• Retenção urinária quando há o deslocamento da 
bexiga com dobramento da uretra 
•Congestão venosa passiva com consequente 
desvitalização da estrutura prolapsada 
• Vulvite 
• Vaginite 
• Cervicite 
• Gestantes é possível observar abortamento ou 
morte fetal por contaminação com enfisema fetal 
Evolução 
• Recidivas em prenhezes futuras 
• Prolapso uterino pós-parto 
• Infecção da mucosa lesada 
• Complicações no parto 
Diagnóstico 
• Através dos sintomas 
• Palpação retal (viabilidade fetal e localização 
bexiga) 
• Ultrassonografia 
Diagnóstico diferencial 
• Neoplasias 
• Inversão da Bexiga 
• Hematomas da vulva 
• Cistos glândulas Bartholin 
Classificação 
A classificação baseia-se na severidade e na duração 
do processo 
• Prolapso vaginal de grau I: envolve apenas o 
assoalho vaginal e ocorre apenas quando o animal 
está deitado. Caso não seja efetuado o tratamento, 
a mucosa torna-se irritada e inflamada, e o animal 
pode ter dificuldades de micção. 
• Prolapso vaginal de grau II: a mucosa vaginal e a 
bexiga ficam continuamente protusas 
externamente aos lábios vulvares. 
• Prolapso vaginal grau III: o prolapso envolve a 
cérvix, bem como a vagina e a bexiga, com 
exteriorização constante dessas estruturas 
• Prolapso vagina grau IV: há extensa necrose 
causada pela exposição crônica da mucosa vaginal e 
cervical. 
Nos casos mais graves → problemas sistêmicos, 
como peritonite, e o desenvolvimento de 
aderências aumenta, diminuindo as chances de 
sobrevivência fetal. 
Prognóstico 
• Bom – se for recente 
Tratamento 
• Recolocar os tecidos prolapsados na sua posição 
natural, evitar que ocorram recidivas e permitir que 
o animal tenha uma vida reprodutiva normal 
• Limpeza e desinfecção da região perineal e das 
partes prolapsadas, utilizando-se soluções 
antissépticas suaves 
• Deve-se examinar com cuidado a mucosa 
prolapsada em busca de lesões, tratando-as com 
pomada analgésica, anti-inflamatória e 
antimicrobiana 
• O reposicionamento dos órgãos em seu lugar 
natural pode ser facilitado pela anestesia peridural 
intercoccígea com 4 a 8 mL de lidocaína a 2% 
Protocolo Sugestivo: 
• Limpeza local (antissepsia – solução de iodo 
Biocid, PVPI, sabão neutro) 
 
• Redução manual 
 Prolapso extenso: Furacin (pomada ATB) + Água 
gelada/Compressa fria + Açúcar = reduzir o inchaço 
 Nuca colocar gelo em contato direto com a 
mucosa (queimaduras) 
• Antibioticoterapia: Lactofur (injetável/IM 
profunda). Dose de 3,3 mg/Kg peso vivo animal, o 
que corresponde a (1mL/ 30 Kg de peso vivo) em 
dose única 
• Anti-inflamatório: Maxicam 2% com dose de 2,5 
ml para cada 40 Kg de peso vivo, com aplicação 
diária por três dias 
• Cálcio Reforçado: 100 ml com aplicação 
intravenosa 
• Evitar a exteriorização da parede vaginal pela 
vulva até o momento do parto 
• Diminuir a abertura da vulva pelas técnicas de 
Bühner, Caslick ou Flessa 
• Bühner: a mais indicada! A sutura de Bühner é a 
mais utilizada para a correção de prolapsos vaginais, 
devido a sua praticidade e eficiência. 
• Para o prolapso de grau I observado um mês antes 
do parto, apenas uma vulvoplastia empregando a 
técnica de Caslick é suficiente. A rima vulvar precisa 
ser aberta antes do parto, e a sutura deverá ser 
refeita logo após o nascimento para evitar a 
recidiva do prolapso. 
• Nas fêmeas com prolapso de grau II ou mais ou 
que estão nas proximidades do parto emprega-se a 
sutura de Bühner, que deverá ser removida no 
momento do nascimento do bezerro. 
• Resta ainda como uma opção a sutura tipo Flessa 
(menos indicada e utilizada!) 
• Se for um defeito genético, a vaca e sua progênie 
terão que ser retiradas do rebanho 
• Prognóstico - depende da severidade 
• Como a maioria dos prolapsos ocorre no final da 
gestação – fêmea deve ficar em observação e aos 
primeiros sinais de trabalho de parto, a sutura 
deverá ser desfeita 
• Antibioticoterapia sistêmica 
• Retirada dos pontos de sutura: 12 – 15 dias 
• Cura funcional 4 a 8 semanas → A cópula NÃO 
deve ser realizada nesse período 
2.Hérnias durante a Gestação 
• Presença total ou parcial do útero gravídico como 
conteúdo único ou não 
• Hérnias: 
✓Inguinais 
✓Diafragmáticas 
✓Umbilicais 
✓Ventrais 
• Ocorrência: 
✓Vaca – 7º mês 
✓Égua – 9º mês 
✓Ovelha – 4º mês 
• Local da ruptura: Ventral e Lateralizado 
Inchaço local → Evolução rápida → Útero no 
subcutâneo → Edema intenso 
Causas 
• Fatores hereditários 
• Distensão exagerada dos cornos uterinos 
 ✓Ex.: gestação gemelar 
• Causas mecânicas ou traumáticas 
 ✓Transporte inadequado no final da gestação 
• Ruptura espontânea 
Diagnóstico 
• Sintomas 
• Palpação 
• US e RX 
Diagnóstico Diferencial 
• Edema da Glândula Mamária antes do parto 
• Hematoma da parede abdominal 
• Tumor na glândula mamária 
Prognóstico 
• Reservado 
Tratamento 
• Início da gestação: 
 ✓ Redução cirúrgica do anel herniário 
• Final da gestação: 
 ✓ Cesariana 
 ✓ Indução do parto 
 ✓ Ovariosalpingohisterectomia 
• Retirar o animal da reprodução! 
3.Ruptura Uterina 
Causas 
• Distocias (desproporção – feto/pelve) 
• Torção uterina/hidropsias 
• Esforços exagerados 
• Gestação gemelar 
• Traumatismos 
• Fetotomia e manobras obstétricas inadequadas 
• Fetos enfisematosos 
• Administração de fármacos 
Sintomas e Evolução 
• Sinais agudos de distúrbios digestivos 
• Redução do apetite ou anorexia 
• Supressão da ruminação 
• Ligeiro timpanismo 
• Distúrbio da defecação 
• Desconforto abdominal 
Nessas condições o feto não sobrevive! 
Diagnóstico 
• Através dos sintomas 
• Anamnese 
• Palpação retal 
Prognóstico 
• Ruim! 
Tratamento 
• Maioria dos casos: Morte do feto e morte da mãe 
4.Torção Uterina 
A torção uterina é o movimento rotacional do útero 
sobre o seu eixo longitudinal 
Ocorrência 
• Final da gestação 
• Éguas – 9º ao 10º mês gestação 
• Vacas – acima de 7º mês gestação 
 Muito comum, principalmente em vacas leiteiras 
Causas 
• Sustentação e posição do útero na cavidade 
abdominal 
• Assimetria dos cornos uterinos 
• Maneira como animal se levanta e deita 
• Quantidade de líquido fetal 
• Flacidez da musculatura abdominal• Contrações uterinas pré-parto 
• Animais com grande capacidade digestiva 
• Pastagens com terrenos inclinados 
Sintomas 
• Torção ligeira (até 90°) ao redor do seu eixo 
longitudinal 
 ✓ Mais simples/fácil resolução 
 ✓ Alguns casos – reverte naturalmente 
• Torções medianas e grandes (rotações superiores 
– entre 90° e 180°) 
 ✓ Distúrbios digestivos 
 ✓ Paredes abdominais tensas 
 ✓ Locomoção alterada – dificuldade 
 ✓ Olhar para o flanco 
 ✓ Sudorese 
 ✓ Anorexia 
Evolução: 
• Reversão espontânea – casos leves 
• Desaparecimento dos sintomas 
• Alerta! Fêmea pode estar esgotada → grave e 
pode chegar à morte 
• Morte e retenção do feto 
• Ruptura do útero 
• Desvitalização do órgão por congestão venosa 
passiva 
Diagnóstico 
• Grau da Torção – intensidade da torção 
• Direção da torção 
 Exame vaginal/retal 
• Juntamente com a análise dos sinais clínicos 
descritos, a palpação retal e vaginal são 
importantes meios de diagnóstico, onde avalia-se o 
sentido, grau de torção e sua severidade. 
• Palpação retal: é possível avaliar tensão e posição 
anômala dos ligamentos uterinos 
• Palpação vaginal: nota-se o pregueamento da 
mucosa vaginal. 
• Em torções de 180 graus ou mais - exame vaginal 
revela torção das mucosas vaginais e a mão não 
pode ser passada mais profundamente 
• Já em torções de menor grau o feto pode ser 
sentido 
• Torções uterinas maiores que 180 graus poderá 
ocorrer uma oclusão total do canal do parto, não 
sendo possível palpar a cérvix 
• Torções de grau menor que 270 é possível a 
passagem da mão através da cérvix até o feto, 
enquanto em torções superiores a 270 graus é 
quase impossível alcançar a cérvix 
• Quando a torção é pré-cervical e a vagina não é 
envolvida, não permite a progressão da mão do 
obstetra 
• Estes casos, sem envolvimento vaginal, não são 
muito comuns, e a palpação retal deverá ser 
sempre efetuada para diagnóstico 
• Em pequenos ruminantes, o diagnóstico de torção 
uterina é raro 
• Esta é uma condição de difícil diagnóstico, 
principalmente quando envolve apenas a cérvix e o 
útero, pois impede a sua distinção de uma 
incompleta dilatação cervical 
• Em ovelhas e cabras realiza-se a vaginoscopia ou 
exame manual 
• A ultrassonografia transabdominal também tem 
sido utilizada para diagnosticar ovelhas com torção 
uterina pré-parto 
Diagnóstico Diferencial 
• Intussuscepção 
Prognóstico 
✓Grau da torção 
✓Tempo de ocorrência 
 ✓Quanto maior → Pior 
Tratamento 
• A torção uterina é considerada uma emergência 
onde métodos terapêuticos devem ser iniciados 
imediatamente ao diagnóstico. 
• Deve ser avaliado o estado geral do animal, para 
identificar a presença de quadros de toxemia e 
choque que são bem frequentes quando o animal 
apresenta um quadro de mais de 36 horas de 
torção. 
• Utilização de manobras obstétricas adequadas, e 
para escolha correta do método de correção da 
torção, deve-se levar em consideração o estágio da 
gestação, a severidade da torção e condição da 
vaca, do útero e do feto. 
Balotamento Abdominal 
• O balotamento abdominal é uma manobra 
obstétrica efetuada por palpação externa do 
abdômen, em que duas pessoas se posicionam dos 
lados do animal 
• Dessa forma será executado um movimento de 
balanceamento e rotação do feto para o lado 
contrário que ocorreu a lesão, por isso é necessário 
que o lado da torção seja determinado antes do 
início do procedimento. 
• É uma técnica pouco utilizada, já que não produz 
muito resultado positivo, pela dificuldade em 
conseguir rotacionar o útero balançando o feto. 
Correção Manual - Rotação do feto através da 
vagina 
• Muito utilizada a campo, pois apresenta uma alta 
porcentagem de êxito 
• Entretanto, o uso desse procedimento só é 
possível se o ponto de torção estiver em posição 
caudal a cérvix 
• Essa manobra é uma técnica de correção manual 
que consiste na mobilização do feto através da 
vagina, em que se aplica uma força rotacional ao 
útero por intermédio do feto 
• Dessa forma, a manobra só deve ser iniciada 
quando for determinada a direção da torção para 
não correr o risco de exacerbar a condição do 
animal 
• O animal deve permanecer em estação, onde o 
obstetra passa a mão através da vagina e da cérvix 
a fim de alcançar o feto 
• Necessário ter dilatação suficiente da cérvix para 
passagem da mão do obstetra e o feto estar vivo e 
os fluidos permanecerem no útero 
• Executa movimentos de vaivém com o objetivo de 
rotacionar o feto no sentido oposto a torção 
• Melhor em animais com fetos pequenos, mais 
fáceis de rotacionar 
• É indicado colocar a parte da traseira da vaca a um 
nível mais elevado do que a parte frontal, anestesia 
epidural baixa (aumentar o conforto do animal) 
• Para comprovar o sucesso da manobra, o obstetra 
deve realizar um exame vaginal e observar o 
desaparecimento do pregueamento das paredes 
vaginais e o regresso da vagina à sua posição 
fisiológica 
Uso da Barra de Distorção 
• É uma barra com um punho para aplicação de 
força rotacional em uma extremidade e na outra 
possui um orifício onde passam cordas obstétricas 
que irão fixar os membros do feto 
• Ela pode ser usada quando ocorrer torções 
inferiores a 240 graus, principalmente em raças que 
apresentam fetos grandes e não é possível realizar 
a correção manual através da vagina 
• Dessa forma, o feto é girado ao longo do seu eixo, 
girando a barra na direção oposta da torção 
Rotação do corpo da vaca – Correção por 
Rolamento 
• É considerado uma das manobras mais antigas e 
simples para resolução de torções uterinas leves 
em vacas e búfalas 
• Consiste em rolar o corpo do animal em torno de 
seu útero enquanto o útero permanece estático 
• Para realização desta técnica, o animal deve ser 
colocado em decúbito lateral no mesmo sentido da 
torção, os membros são imobilizados com o uso de 
uma corda e então o animal é rolado 180 graus na 
direção contrária ao sentido da torção 
• Após o rolamento, deve-se realizar o exame para 
determinar se houve sucesso e a torção foi corrigida 
• Em casos positivos haverá o despregueamento da 
vagina e se houver dilatação cervical o feto poderá 
ser palpado facilmente 
• Caso não tenha sucesso na primeira tentativa, o 
processo de rolamento deve ser efetuado por 3 ou 
4 vezes, e depois disso deve-se partir para outras 
manobras com o objetivo de corrigir a lesão 
• Essa técnica pode ser realizada em casos que não 
ultrapassem 36 horas de duração, caso contrário 
aumenta-se os riscos de ruptura uterina 
• Método de Schaffer em que se usa uma prancha 
de madeira no flanco da vaca e um assistente fica na 
prancha fazendo pressão enquanto o animal é 
rolado 
 
 
 
Correção cirúrgica – Laparotomia e/ou 
Cesariana 
• A laparotomia e/ou cesariana é indicada nas 
situações em que tentativas anteriores são 
ineficientes 
5.Contrações Antecipadas da Parede 
Abdominal 
Causas 
• Palpação Retal ou Vaginal – pode mimetizar o 
Reflexo de Fergusson (feto) 
• Prolapsos ou Inflamações Vaginais 
• Esforços Físicos 
• Ações Externas 
• Desequilíbrio Hormonal 
Sintomas 
• Contrações da musculatura abdominal 
• Visíveis esforços expulsivos 
• Grunhido 
• Inquietação 
• Taquicardia 
• Sudorese 
• Ausência de contração uterina 
• Cérvix fechada 
Evolução 
• Prolapso Vaginal 
• Contrações prolongadas e intensas 
• Éguas – podem causar ruptura uterina 
Diagnóstico 
• Através dos sintomas 
Diagnóstico Diferencial 
• Torção uterina 
• Processos inflamatórios da Bexiga e Reto 
Tratamento 
• Animais devem ser alimentados e movimentados 
• Anestesia epidural baixa 
• Intervenção veterinária 
 ✓ Cesariana 
 ✓ Indução do parto – Hormônios 
 
 
6. Edema da Gestação 
• É o acúmulo anormal de líquido em espaço 
intersticial extra-celular 
Causas 
• Confinamento – restrição de movimentos 
• Hidropisias• Gestação gemelar 
Sintomas 
• Região perineal e ventral do abdome 
• Dificuldade de locomoção 
• Pode evoluir e causar ruptura do tendão pré- 
púbico 
Diagnóstico 
• Palpação 
• Teste de Godet 
Diagnóstico Diferencial 
• Hérnia ventral 
Tratamento 
• Caminhar 
• Ducha → 20 minutos 2x ao dia – água fria 
Perturbações de Origem 
Materna (Cadela e Gata) 
Corrimento Vaginal durante a Gestação 
• Anamnese e Exame Clínico 
• Exame minucioso 
• Estabelecer etiologia do fluxo – Inspeção direta 
Vulva? Vagina? Cérvix? 
1. Prolapso da Vagina e/ou Útero 
Causas 
• Predisposição genética 
 Boxer, Bulldog, Fila Brasileiro e Doberman 
• Idade – animais senis (+ velhos) → relaxamento > 
das estruturas anatômicas 
• Aumento da pressão intra-abdominal – decúbito 
constante 
• Flacidez do diafragma pélvico 
• Distensão exagerada do útero 
• Tenesmo 
• Retirada forçada/abrupta do macho durante a 
cópula 
• Esforço excessivo durante o parto 
Sintomas 
• Exposição Parcial ou Total da vagina pela rima 
vulvar (formação avermelhada e cilíndrica nos 
lábios vulvares) 
• Dificuldade ao andar 
• Desconforto abdominal 
• Taquicardia 
• Taquipnéia 
• Choque 
• Deslocamento da pelve 
Diagnóstico 
• Através dos sintomas 
• Vaginoscopia 
• RX 
• US 
Diagnóstico Diferencial 
• Ruptura vaginal 
• Prolapso de bexiga 
• Hematoma de vulva 
• Tumores (como Tumor Venéreo Transmissível) 
• Lipomas 
Evolução 
• Recidivas em prenhezes futuras 
• Infecção da mucosa lesada 
• Complicações no parto 
• Automutilação 
• Perda do tecido - impossibilitar a reprodução por 
acasalamento natural 
• Ruptura vagina e/ou útero 
Classificação 
• Prolapso vagina tipo I (parcial): é uma eversão, 
em formato de rosca, de toda a circunferência 
vaginal. 
• Prolapso vaginal tipo II: caracteriza-se por 
exteriorização e visualização da cérvix. 
• Prolapso vaginal tipo III: tem aparência de 
parafuso, por acometer não só o piso e as paredes 
laterais da vagina, mas também a porção dorsal da 
mucosa vaginal. 
 
 
Tratamento 
• Recolocar os tecidos prolapsados na sua posição 
natural 
• Limpeza e desinfecção da região 
• Edema reduzido com a aplicação de agentes 
hiperosmóticos (por exemplo, dextrose a 50% ou 
açúcar); Furanil + compressa fria 
• Sutura de Bühner 
• Vulvoplastia – Wolf Captonado; Colchoeiro 
interrompida horizontal 
 ✓ Fio não absorvível 
 ✓ Episiotomia ( incisão efetuada na região do 
períneo para ampliar) – necessária em alguns casos 
• Terapia ATB + AINE + Analgésico 
• OSH→ Recomendada! 
2. Pseudociese 
→ Pseudogestação clínica ou Pseudoprenhez, Falsa 
Gestação, Falsa Prenhez, Gestação Psicológica ou 
Lactação Nervosa 
• Fenômeno clínico no qual a fêmea que não se 
encontra prenhe apresenta comportamento de 
gestante, hiperplasia mamária com secreção láctea 
e mimetização de trabalho de parto. 
• + comum em cadelas ( 6 a 14 semanas após estro) 
• Segundo Johnston et al. (2001): 
 ✓ estima-se em 50 a 70% de frequência 
 ✓não apresenta predisposição entre faixas 
etárias, raças ou entre portes físicos 
 ✓também não há interferência ao se tratar de 
fêmea nulípara ou plurípara 
• O aparecimento dessa síndrome não apresenta 
relação com taxas de fertilidade ou ocorrência de 
doenças reprodutivas 
Fisiopatologia 
• Aumento nas concentrações e/ou na sensibilidade 
individual à prolactina, associadas a um declínio 
mais rápido que o normal dos níveis séricos de 
progesterona 
•Cadelas apresentam fase lútea de 
aproximadamente dois meses, gestantes ou não 
 
 
Fatores Predisponentes 
•Após o término de um tratamento com 
progestágenos 
•Durante tratamento com progestágenos ou 
antiprogestágenos 
• Após tratamento com prostaglandina 
•3 a 4 dias após a realização de uma 
ovariohisterectomia durante o diestro 
→Todas essas situações se caracterizam por 
exposição à progesterona e subsequente queda 
desse hormônio 
Sinais Clínicos 
• Comportamento de “ninho” 
• Adoção de objetos inanimados ou de filhotes de 
outras fêmeas, com excessivo carinho, atenção, 
proteção e defesa 
• Lambedura do abdômen 
• Agressividade 
• Distensão mamária 
• Produção e secreção láctea 
• Ganho de peso e ou anorexia 
Diagnóstico 
• Histórico 
• Sinais clínicos e comportamentais e na fase do 
ciclo estral em que essa fêmea se encontra 
• RX 
• US 
Tratamento 
• O tratamento pode ser apenas conservativo 
fazendo uso de um colar elizabetano, para evitar 
que o animal estimule a secreção láctea pela 
lambedura das mamas 
• Nos casos de comportamentos maternos 
exacerbados, a atenção do animal deve ser desviada 
com estímulo à atividade física 
• Quando não houver interesse em usar as fêmeas 
para reprodução → é indicado OSH 
• Os tratamentos com agonistas seletivos 
(Cabergolina) e não-seletivos (Bromocriptina) de 
dopamina, e antagonistas serotoninérgicos 
(Metergolina) são os mais indicados 
• A Cabergolina, assim como a bromocriptina, é um 
alcalóide inibidor da prolactina 
 
Enfermidades da Gestação de 
Origem Fetal 
1.Morte Embrionária e Fetal 
• Morte embrionária: considerada uma das causas 
mais importantes para o aumento do intervalo 
entre partos nos rebanhos 
• O concepto fica exposto a agentes nocivos 
durante todas as fases de seu desenvolvimento 
• Podem ocorrer malformações 
• Qualquer problema relacionado com os 
envoltórios pode levar à morte fetal 
• A morte pré-natal do embrião ou feto é uma causa 
importante de diminuição de fertilidade nos animais 
• A maior parte das mortes embrionárias ocorre 
durante os primeiros dias após a fertilização e 
durante o processo de implantação 
• Estágio de adesão da placenta nos animais 
domésticos começa aos: 
✓ 14 dias na porca 
✓ 15 e 16 dias na ovelha 
✓ 16 dias na cadela 
✓ 18 a 20 dias em cabras 
✓ 21 a 22 dias na vaca 
✓ 36 a 40 dias na égua 
• Foi estimado que a morte embrionária pode 
ocorrer em 20 a 40% dos casos em vacas e em 15 a 
60% dos casos em éguas nesse período 
• Por outro lado, a morte fetal foi estimada entre 5 
e 10% para as espécies domésticas 
• As perdas pré-natais podem ser causadas por 
agentes infecciosos e por fatores não infecciosos 
• Os fatores não infecciosos em condições sanitárias 
ideais são responsáveis pela maior parte das perdas 
embrionárias 
• Esses agentes são multifatoriais e, portanto, de 
difícil diagnóstico 
2. Gestação Múltipla Patológica 
Causas 
• Fator hereditário 
• Tratamentos hormonais 
• Raça 
• Idade 
• Melhoramento Genético X Patologia 
Sintomas 
• Taquipnéia, respiração superficial 
• Perturbações digestivas 
• Cardiovasculares 
• Enfraquecimento da gestante 
• Alterações mecânicas do parto 
Evolução 
• Ruminantes e Porcas – complicações frequentes 
• Égua – aborto ou parto prematuro 
Diagnóstico 
• Através dos sintomas 
• Abdômen abaulado exacerbadamente 
• Palpação abdominal 
• Palpação retal 
• Ultrassonografia 
• Raio – X (Pets) 
Diagnóstico Diferencial 
• Timpanismo 
• Hidropisia 
Complicações 
• Dificuldades no trabalho de parto 
Tratamento 
• Indução do parto 
• Cesariana (estágio avançado de gestação) 
• Equinos – Rompimento da vesícula embrionária 
3. Gestação Extra-Uterina ou Ectópica 
• Não há um desenvolvimento verdadeiro – logo 
que o embrião ou feto sai do útero → morte 
• Etiologia: ruptura traumática/ruptura espontânea 
Ruptura → Contração do Miométrio → 
Rompimento do cordão umbilical → 
Encapsulamento (reabsorção) → Aderências 
Diagnóstico 
• Muitas vezes detectados em carcaças nos 
frigoríficos 
• Exame post-mortem – Necrópsia 
• Laparotomia exploratória 
• US e RX 
 
 
Tratamento 
• Exérese dos tecidos ectópicos e OSH/OH* 
• OSH/OH: Casos de Anomalias/Alterações Uterinas 
4. Morte Embrionária durante a 
Gestação 
• Causas importantes para o aumento do intervalo 
entre partos 
• Diversos fatores influenciam o desenvolvimento 
do embrião e do feto 
• Exposiçãoa diversos agentes nocivos 
• Morte pré-natal do embrião ou feto: ↓ fertilidade 
nos animais domésticos - impacto nos sistemas de 
produção 
Período embrionário: desde a fertilização até o fim 
do estágio de morfogênese 
Causas: 
• Agentes infecciosos 
• Fatores não infecciosos – multifatoriais → 
dificuldade de diagnóstico assertivo 
 ✓Alterações genéticas 
 ✓Altas temperaturas 
 ✓Deficiências nutricionais 
 ✓Tratamentos hormonais 
Causas na Égua 
• Embrião vai ao útero 3 a 4 dias após ovulação 
• Mobilidade do embrião até 16º dia 
• Gestação gemelar 
• Insuficiência placentária 
• Éguas → idade avançada (12 a 15 anos) 
Causas na Porca 
• Competição por espaço ( + de 5 fetos/corpo) 
• Temperatura ambiente – elevada 
• Nutrição 
• Manejo – estresse 
• Lactação 
Causas nas Vacas e Búfalas 
• Inseminação artificial tardia 
 Oócito e espermatozóides “velhos” 
• Cobertura pós-parto recente 
• Deficiências nutricionais 
• Estresse térmico 
 
Causas nos Caprinos e Ovinos 
• ECC baixos (Escore de Condição Corporal baixo) 
• Subnutrição prolongada 
• Perda de peso pós-cópula 
•Deficiência de vitaminas e minerais – vit E e Selênio 
• Elevada temperatura 
•Administração de anti-helmínticos – alguns 
fármacos 
5. Morte Fetal durante a Gestação 
a) Mumificação Fetal 
b) Enfisema Fetal 
c) Maceração Fetal 
PERÍODO FETAL 
• Após organogênese* completa 
• Animais de produção a partir do 40º dia 
PERDAS FETAIS 
• Bovinos: 5 a 10% e > em bezerro de FIV 
• Equinos: 5% 
• Suínos: 10% ou + 
• Cadelas e gatas: 20 a 30% 
a) Mumificação fetal 
É uma condição anormal em que a morte do feto 
ocorre após o terço médio de gestação, quando já 
ocorreu ossificação do concepto e a completa 
reabsorção do material fetal não é realizada 
Condições necessárias para mumificação 
• Manutenção do feto morto no útero 
• Persistência do CL 
• Oxigenação precária 
• Presença de 1 feto viável 
• Cérvix FECHADA Ocorrência 
• Esporadicamente em todos os animais 
Classificação 
• HEMÁTICA: feto está recoberto por uma secreção 
viscosa de coloração escura “vermelho-
amarronzada” → involução da placenta/carúncula 
→ hemorragia → + Comum em bovinos 
• PAPIRÁCEA: o feto e a placenta estão com aspecto 
de papiro → + Comum nas outras espécies 
Causas 
• Sobrecarga uterina – insuficiência placentária 
• Torção cordão umbilical → rompe nutrição e 
oxigenação do feto 
Sintomas 
Fase da morte fetal → distúrbios passageiros - 
indigestão e cólicas 
Diagnóstico 
• Durante esse período não se observam sinais de 
cio ou parto 
• Palpação retal: partes endurecidas do feto, com 
ausência completa de flutuação 
• O globo ocular do feto diminui de volume → 
orifício orbital palpável 
• Pode ocorrer aborto espontâneo antes do término 
previsto da gestação 
• Frêmito da artéria uterina está diminuído ou 
ausente 
• US e RX 
Prognóstico 
• Fêmea: bom 
• Reprodução: reservado 
Tratamento 
• Cesariana 
• Indução do aborto (cuidado com aderência) 
b) Enfisema Fetal 
Condição patológica que se caracteriza por 
alterações enfisematosas do feto morto e retido no 
útero. O tempo de evolução é de 24 a 72 h 
Causas 
• Morte fetal no final da gestação ou durante o 
parto 
• Bactérias ANAERÓBIAS → Cérvix → Putrefação → 
Produção de gás no tecido subcutâneo, musculatura 
e órgãos 
Sintomas 
• Fêmea - distúrbios do estado geral e timpanismo 
de grau leve 
• Corrimento vaginal exalando odor fétido 
• Cérvix → largura insuficiente para a passagem do 
produto 
• Feto aumentado de volume – Enfisema 
• Feto: queda de pêlos e cascos desprendem-se 
facilmente 
• Palpação retal: crepitação típica dos enfisemas 
Diagnóstico 
• Palpação retal 
• Exame vaginal 
• Exame radiológico 
Tratamento 
• Fetotomia 
• Cesariana 
c) Maceração Fetal 
Processo séptico de destruição do feto, retido no 
útero após sua morte 
• Caracteriza-se pelo amolecimento e até liquefação 
dos tecidos moles do feto, permanecendo íntegro 
apenas o esqueleto 
• Dois fatores concorrem para sua instalação: 
• Abertura cervical e a permanência do feto morto 
no útero 
• Calor corpóreo materno → desenvolvimento de 
inúmeras bactérias da vagina que penetram no 
útero pela cérvix 
• Ocorre em todas as espécies animais, + frequente 
nos bovinos 
Sintomas 
• Desconforto abdominal 
• Corrimento vaginal de coloração variada 
• Redução do apetite 
• Emagrecimento da fêmea 
• Queda na produção 
• Perfuração da parede uterina 
• Dispnéia 
• Hipertermia 
Diagnóstico 
• Palpação retal 
• RX 
• US 
Tratamento 
• Indução do parto → Cuidado com ruptura uterina 
(> tempo de Gestação > a chance de rompimento) 
• Cesariana → quando terapêutica sem sucesso 
• Prognóstico após a remoção do feto macerado: 
bom 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações Patológicas dos Envoltórios Fetais 
Patologias de placenta 
As alterações patológicas da placenta podem 
modificar o curso da gestação normal, podendo 
determinar a morte do(s) feto(s) ou parto 
prematuro 
1. Hidropisia das membranas fetais 
• Definição: Aumento exagerado do líquido fetal 
•Aumento pode ocorrer no Saco Amniótico 
(Hidroâmnio) e/ou no Saco Alantóide 
(Hidroalantóide) 
• Hidroalantóide é mais comum 
•Hidroâmnio pode acompanhar patologias 
específica → Condrodisplasia tipo bulldog - “Bovino 
Bulldog” 
 
1. Alantóide 
2. Âmnion (cavidade amniótica) 
3. Vesícula vitelina 
4. Córion 
• Considerada uma patologia específica de bovinos 
• Quando ocorre em cadelas, envolve todos os fetos 
da ninhada 
• Com exceção dos casos de hidroâmnio de origem 
genética (bovino Bulldog) → pode aparecer aos 3 ou 
4 meses de gestação 
• A maioria dos casos de hidropisia dos envoltórios 
fetais só aparece nos últimos 3 meses de gestação 
Causas 
• Suas causas não são totalmente conhecidas 
• Muitos casos de hidropisia são associados a 
malformações dos fetos (anencefalia, hidrocefalia, 
monstro duplo, etc.) 
• Normalmente, na vaca, ocorre uma grande 
produção de líquido alantóide dos 6 a 7 meses de 
gestação, indicando que no caso de má função da 
placenta esse aumento pode se tornar exagerado 
• Essa patologia está associada à presença de 
gêmeos 
Sintomas 
•Todos os casos de hidroalantóide são progressivos, 
variando com relação ao momento de início do 
acúmulo exagerado de líquidos (nos 3 últimos 
meses de gestação) e à velocidade de progressão 
• Sintoma principal: distensão do abdome pelo 
excessivo aumento de líquidos fetais 
• Formas leves: ligeiro aumento bilateral do volume 
abdominal 
• Quanto mais tarde a patologia ocorrer na 
gestação, maiores as chances de a vaca sobreviver 
até o fim desta 
• Esse aumento excessivo do útero leva à 
compressão de vísceras e vasos cavitários: 
• Taquicardia 
• Taquipneia 
• Respiração superficial 
• Dispneia com ruído respiratório 
• Plenitude vascular reduzida 
• Diminuição do apetite 
• Dificuldade de ruminação 
• Dificuldade de defecar e urinar 
• Perda de estado corporal e decúbito 
• Nessa fase, a desidratação do animal é intensa e 
pode ocorrer morte 
• Ocasionalmente pode ocorrer aborto, o que alivia 
o animal 
• Nos casos mais leves, a vaca chega ao fim da 
gestação com estado geral ruim 
• Normalmente o parto deve ser induzido e 
acompanhado 
Complicações 
• Antes e durante o parto, nas formas leves, podem 
surgir complicações decorrentes da extensão 
exagerada do útero ou de contrações insuficientes 
ou das paredes uterinas 
• As complicações observadas antes do parto são: 
 ✓ prolapso vaginal 
 ✓ hérnia abdominal 
 ✓ ruptura da parede abdominal 
 ✓ ruptura de útero 
 ✓ colapso de vasos 
• No pós-parto, podem ocorrer: 
 ✓colapso pela descompressão dos órgãos 
abdominais 
 ✓ atonia de útero e retenção de placenta 
 ✓ diminuição da produção leiteira ou agalactia 
Diagnóstico• O diagnóstico de hidroalantóide baseia-se na 
distensão exagerada do abdome e seus sintomas 
associados 
• Palpação retal: útero distendido e falha na 
palpação do feto, dada a grande quantidade de 
líquido 
Diagnóstico Diferencial 
• Ascite 
• Hidrometra 
• Prenhez múltipla patológica 
Tratamento 
• Em caso de recorrência o animal deve ser retirado 
da reprodução 
• Caso esteja próximo ao parto, é aconselhável a 
indução do parto com o uso de corticosteróides 
sintéticos como a Dexametasona ou Flumetasona, 
associados ou não à Ocitocina 
• Drenagem lenta do fluido para prevenir a 
ocorrência de choque hipovolêmico 
• Em alguns casos, pode optar pela cesariana 
• Os casos de hidroalantóide são sempre 
acompanhados de retenção de placenta e retardo 
na involução uterina com consequente metrite 
 
 
 
2.Anormalidades Placentárias em 
embriões produzidos por fertilização in 
vitro, transferência de núcleo e 
clonagem 
• Padrões anormais de crescimento fetal têm sido 
relatados em embriões e fetos produzidos por 
fertilização in vitro (FIV), transferência de núcleo 
(TN) e clonagem 
• As malformações incluem: 
✓ bezerros excessivamente grandes ao nascimento 
✓ contratura de membros 
✓ defeitos no septo cardíaco 
✓ malformações de face 
• Esses problemas ocorrem em maior frequência 
quando o sistema de cultivo envolve a adição de 
soro ou co-cultivo 
• Evidências indicam que durante o cultivo in vitro 
de embriões ocorre uma alocação celular anormal 
resultando em alterações no desenvolvimento da 
placenta 
• Até os 60 dias de gestação, os embriões 
produzidos in vitro são menores que os de mesma 
idade produzidos in vivo 
• Esse retardo no crescimento parece estar 
relacionado com falhas na formação dos 
placentomas 
• Após os 70 dias de gestação parece ocorrer um 
crescimento compensatório do feto, de maneira 
que, ao fim da gestação e ao nascimento, o feto 
apresente peso acima do normal 
• A redução do número de placentomas e a 
existência de cotilédones com mais de 15 cm de 
diâmetro indicam deficiência no desenvolvimento 
placentário, ou ligação materno-fetal inadequada 
• Dessa maneira, o aparecimento de cotilédones 
gigantes seria um mecanismo compensatório para a 
placentação deficiente ao início da gestação 
 
3.Complicações Placentárias na 
Gestação Múltipla Patológica 
• Identifica-se como prenhez múltipla patológica 
quando está presente um número de fetos maior do 
que o considerado normal para a espécie ou raça 
Causas 
• O número de fetos é uma característica própria da 
espécie e a aptidão para a ovulação dupla ou 
múltipla é um fator hereditário 
• Essa aptidão, associada a fatores ambientais como 
boa alimentação e influência de tratamentos 
hormonais, é a causa principal da prenhez múltipla 
patológica 
• Os gêmeos, na maioria das espécies, são oriundos 
da divisão de um óvulo já fertilizado ou da 
fecundação de 2 óvulos, sendo esta última a causa 
mais comum 
• Dois padrões de duplas ovulações são conhecidos: 
✓ A ovulação sincrônica, que pode ocorrer em 
ovários diferentes com separação de até 1 dia entre 
as ovulações 
✓ A ovulação assincrônica, a qual ocorre com 
intervalo de 2 a 10 dias no mesmo período de estro 
• Em cadelas a ocorrência da ovulação assincrônica 
pode levar ao desenvolvimento de fetos com idades 
diferentes → Essa patologia é chamada de 
superfetação 
Sintomas 
•Taquipneia e respiração superficial por 
compressão do diafragma 
•Perturbações digestivas por compressão e 
deslocamento das vísceras 
• Perturbações cardiocirculatórias, principalmente 
edemas e transudações cavitárias por compressão 
de vasos sanguíneos 
• Enfraquecimento da gestante, associado a 
distúrbios metabólicos, o que pode determinar 
decúbito permanente 
• Alterações mecânicas no parto (insuficiência das 
contrações, atonia uterina e retenção de placenta) 
Evolução 
• Em ruminantes, porcas e cadelas raramente 
ocorre o abortamento, mas frequentemente 
sobrevêm complicações que exigem a retirada dos 
produtos 
• Entretanto, em equinos, a maior parte das 
gestações gemelares é perdida, com morte de um 
ou ambos os produtos no decorrer da gestação 
Diagnóstico 
• Nos grandes animais o diagnóstico é feito por 
ultrassonografia ao início da gestação ou por 
palpação retal em qualquer período 
• Há distensão exagerada do útero 
• As partes palpáveis dos fetos são menores que o 
normal 
• Nos pequenos animais faz-se o diagnóstico por 
palpação abdominal ou ultrassonografia após 25 
dias de gestação ou por radiografia após os 45 dias 
• O exame radiográfico é o mais eficiente, pois 
possibilita a contagem dos fetos 
• Há a necessidade de se fazer o diagnóstico 
diferencial entre prenhez múltipla patológica e 
hidropisia dos envoltórios fetais 
• Na última o útero mostra-se distendido, não 
sendo possível palpar os fetos nem os placentomas 
Tratamento 
• Não ocorrendo perturbações do estado geral, 
deve-se aguardar o momento do parto, o qual deve 
ser assistido 
• Quando o estado geral do animal agrava-se, o 
abortamento deve ser induzido 
• Em ruminantes em terço final de gestação, usam-
se glicocorticoides associados ou não a PGF2a 
• O prognóstico é ruim quando o animal está muito 
debilitado 
• Em pequenos animais e suínos, a cesariana é o 
tratamento de eleição 
• Como o problema é hereditário, os animais 
devem ser retirados da reprodução 
• Medidas para a correção da gestação gemelar 
• Como na égua, a prenhez gemelar conduz à 
maioria dos casos ao abortamento ou ao parto 
prematuro 
• Quando a prenhez gemelar é diagnosticada 
precocemente, deve-se escolher uma das vesículas 
e esmagar a outra 
• A ultrassonografia e a manipulação do útero por 
via retal (VR) são necessárias 
• Sempre que possível, a vesícula menor deve ser 
separada e esmagada na ponta do corno 
• A correção manual da gestação gemelar 
dificilmente pode ser feita antes do 11º dia de 
gestação, devido ao pequeno tamanho das vesículas 
• O ideal é realizar essa manipulação entre 13º e 15º 
dias, quando as vesículas ainda estão móveis e mais 
distantes uma da outra 
• Após o 16º dia de gestação a fixação unilateral dos 
embriões pode dificultar a manipulação 
• No caso de fixação unilateral, o esmagamento 
pode ser feito sem riscos até o 25º dia 
• Aconselha-se o uso de antiprostaglandínicos 
(Flunixina meglumina 1 mg/kg por via intravenosa 
[IV]) cerca de 1 h antes da manipulação para evitar 
o risco de eliminação dos dois produtos 
• Quando se optar pelo abortamento de ambos os 
fetos, a substância de eleição é a prostaglandina F2α 
(PGF2α), a ser administrada, de preferência, antes 
dos 35 dias de gestação 
4.Placentite 
É uma das causas mais comuns de perda 
embrionária ao fim da gestação em éguas 
• A placentite muitas vezes está associada à 
presença de pneumovagina, que determina vaginite 
com potencial ascensão para o útero 
• Os patógenos mais comumente encontrados são 
Streptococcus zooepidemicus, Escherichia coli, 
Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, 
Klebsiella aerogenes e Enterobacter agglomerans 
• Além desses, infecções fúngicas são responsáveis 
por cerca de 10% dos casos de placentite em éguas, 
os agentes mais comuns são Mucor spp. e 
Aspergillus spp. 
• A placentite é caracterizada por um 
espessamento edematoso do corioalantoide, que 
se inicia na região da estrela cervical e pode 
estender-se por uma área placentária variável, 
dependendo da gravidade 
• O cório afetado aparece coberto por um exsudato 
espesso, de coloração amarronzada, constituído 
por sangue e resto tecidual das vilosidades 
contaminadas 
• Normalmente, uma demarcação bem definida 
divide o cório afetado do sadio 
• O feto pode sofrer contaminação pela 
disseminação do patógeno nas cavidades amniótica 
e alantoidiana, atingindo o estômago e o pulmão 
fetal, ou pelas veias alantoidianas 
• As éguas afetadas não só sãoincapazes de manter 
a gestação até o fim como costumam apresentar 
índices de concepção baixos durante a estação de 
monta seguinte 
• A gestação pode continuar enquanto a área 
funcional da placenta for suficiente para manter a 
viabilidade fetal 
• No entanto, em todos esses casos ocorre 
comprometimento da nutrição fetal, levando ao 
estresse, o que pode resultar no parto prematuro 
• Em alguns casos podem ocorrer septicemia e 
morte do feto antes do abortamento 
• Em caso de placentite fúngica, também ocorre 
espessamento e necrose da parte materna da 
placenta, podendo potencialmente levar a lesões 
endometriais permanentes 
Sinais Clínicos 
• Desenvolvimento do úbere 
• Lactação prematura 
• Abertura da cérvix 
• Corrimento vaginal 
• O aborto pode ocorrer na ausência desses sinais 
• Com frequência a placentite está associada a 
aceleração da maturação fetal e parto prematuro, 
sendo uma das principais causas de morte dos 
neonatos nas primeiras 24 h de vida 
• O feto nascido prematuro e em hipoglicemia pode 
apresentar maturação pulmonar incompleta, 
hipotermia, dificuldade para levantar e ausência de 
reflexo de sucção, o que determina a morte do 
neonato 
Tratamento 
• Inibir o crescimento bacteriano e a contaminação 
da placenta 
• Bloquear a expressão e a liberação de citocinas 
pró-inflamatórias e prostaglandinas 
• Manter a quiescência uterina 
• Administração de antibióticos e antiinflamatórios, 
bem como a suplementação com progesterona 
exógena 
5.Molas 
• São processos patológicos placentários que 
causam a morte do embrião, em seu estágio 
primitivo do desenvolvimento 
• O embrião morto geralmente é reabsorvido 
•Os anexos fetais, continuam desenvolvendo-se, 
mas apresentam modificações estruturais evidentes 
• As molas são observadas particularmente em 
bovinos, caninos e suínos 
• Alguns autores a consideram de origem tumoral, 
traumática ou consequente a malformação 
• O animal não revela sintomas clínicos durante a 
evolução das molas 
Tipos de Molas 
•Mola Cística: é um processo simples, no qual os 
anexos fetais, após a destruição do embrião, 
formam uma bolsa com conteúdo líquido. Já foi 
descrita em bovinos, ovinos e carnívoros 
•Mola Hidatiforme: as vilosidades coriônicas 
sofrem degeneração cística, recobrindo-se, total ou 
parcialmente, com pequenos cistos pedunculados 
ou sésseis. Essas alterações foram descritas em 
bovinos e caninos 
•Mola Vilosa: origina-se de um crescimento 
exuberante das vilosidades do cório 
•Mola Hemorrágica: ocorre após a morte 
traumática do embrião e hemorragia intensa da 
placenta. O coágulo envolve o produto e organiza-
se 
•Mola Carnosa: essa é uma fase do 
desenvolvimento da mola hemorrágica. Após muito 
tempo de evolução, o coágulo organizado perde 
sua coloração intensa, tomando um aspecto cárneo 
Diagnóstico 
• Nos grandes animais, são aconselhados exames 
repetidos dos órgãos genitais 
• Pela palpação retal ou ultrassonografia, pode-se 
verificar o útero aumentado, com flutuação, sem se 
perceber o feto 
• Repetindo-se o exame mais tarde, encontra-se o 
mesmo quadro clínico, não se observando aumento 
futuro no tamanho do útero 
• No caso de corrimento hemorrágico durante a 
gravidez e prenhez prolongada, pode-se pensar na 
ocorrência de molas 
Tratamento 
• Após estabelecer o diagnóstico clínico, 
recomenda-se o abortamento terapêutico 
• Tanto a PGF2α como os glicocorticoides podem 
induzir o abortamento 
• A dose de PGF2 α natural (Dinoprost 
Trometamina) é de 25 mg por via intramuscular (IM) 
e a de um análogo como o Cloprostenol é de 500 mg 
IM 
• Na maioria dos casos ocorre o retorno ao cio em 3 
a 5 dias 
• O abortamento com glicocorticoides como a 
Dexametasona e a Flumetasona ocorre por 
contração uterina 
• Em geral, há a retenção de placenta 
• A dexametasona na dose de 20 a 40 mg ou a 
Flumetasona na dose de 10 a 20 mg associada ou 
não a PGF2α pode ser usada 
• Em 80% dos casos, a finalização da gestação 
ocorre em 2 a 4 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia da Gestação, Placenta e Anexos Fetais 
Endocrinologia da Reprodução 
• Todos os eventos reprodutivos ( gametogênese, 
transporte, fecundação e embriogênese) são 
controlados por um sistema hormonal cíclico e 
harmônico. 
• O sistema endócrino controlador é o Sistema 
Porta, constituído por Hipotálamo e Hipófise. 
• O Útero e as Gônadas são liberadores de 
hormônios secundários, cuja produção é controlada 
pelo Sistema Porta. 
• Balances entre os sistemas de retroalimentação 
positiva e negativa tornam os eventos reprodutivos 
cíclicos. 
Fisiologia da Gestação 
• Espécies domésticas – vivíparas: 
- Desenvolvimento embrionário dentro útero. 
-Útero (incubadora): Preparação inicia-se antes 
gestação. 
• Vida pré-natal: 
- Período de ovo - fecundação; 
- Período de embrião (anexos); 
- Período de feto. 
Duração da Gestação 
• Intervalo entre o serviço fértil e o parto. 
- Asininos: 360 dias; 
- Equinos: 336 dias; 
- Bovinos Zebuínos: 285 dias; 
- Bovinos Taurinos: 280 dias; 
- Caprinos e Ovinos: 150 dias; 
- Suínos: 114 dias; 
- Cães e Gatos: 60 dias. 
- Égua gestante de jumento (Concepto Muar): 360 A 
375 DIAS; 
- Jumenta gestante de garanhão (Concepto Muar): 
345 A 352 DIAS. 
• Fatores maternos: 
- Idade da fêmea (jovens – período mais curto) 
• Fatores fetais: 
- Fêmeas multíparas - fetos pequenos e ninhadas 
grandes → menor tempo gestacional; 
- Fêmeas uníparas – presença de fetos múltiplos; 
*Machos bovinos e equinos – período gestacional 
maior (1 ou 2 dias) 
*Equinos – presença fetos subdesenvolvidos: 
prolongamento gestacional. 
• Fatores genéticos: 
- Gene autossômico recessivo em homozigose 
(anormalidades na hipófise - bovinos). 
 • Fatores ambientais: estresse e medicações. 
Hormônios da Gestação 
• Manutenção da gestação em todas as espécies; 
• Produção estrógeno (E2) e progesterona (P4) – 
durante maior parte gestação 
• Implantação – equilíbrio entre P4 e E2; 
• P4 – manutenção da gestação nas espécies 
domésticas. 
Progesterona (P4): 
• Início: produzida pelo corpo lúteo, após também 
pela placenta; 
• Favorece a economia do metabolismo do corpo 
durante prenhez; 
• Induz aumento do apetite; 
• Diminuição atividade física. 
Estrógeno (E2): 
• Preparação estrogênica – atua no endométrio, 
proliferação do epitélio e crescimento das glândulas 
endometriais; 
• P4 - sinergismo com E2, provocando ramificação 
das glândulas endometriais e secreção do leite 
uterino; 
*Leite uterino: fluido tubário, secreções cervicais e 
células descamação; 
 *Função: nutrir o embrião antes da implantação. 
Prolactina: 
• Produzida pela hipófise e corpo lúteo; 
• Efeito luteotrófico; 
• P4 + Prolactina = conduta materna (preparação do 
ninho e cuidados com o neonato). 
 
Relaxina: 
• Produzida no final gestação – CL e/ou placenta; 
• Próximo ao momento parto - relaxamento: 
 - Cérvix; 
 - Sínfise púbica; 
 - Tecidos e ligamentos pélvicos. 
Endocrinologia da Gestação na VACA 
 
• Principal fonte de P4 → CL - funcional durante 
toda gestação; 
• CL – regride 2 dias antes do parto; 
• Concentrações de P4 circulante alta e constante: 
 - Declínio gradual nas últimas 2 a 4 semanas; 
 - Contribuição da placenta - P4 no final gestação. 
• Secreção Estrógeno durante gestação: 
 - Associada com desenvolvimento placenta; 
 - Fonte E2 – ovários; 
 - Ondas foliculares continuam; 
 - E2 circulante – aumenta conforme a gestação 
progride; 
 - Rápido aumento E2 próximo do final gestação; 
 - E2 declina após parto. 
• Prolactina: 
 - Concentração baixa próximo parto; 
 - Aumento 20 horas antes parto; 
 - Declínio abrupto cerca de 30 horas após parição 
Endocrinologia da Gestação na OVELHA 
 
• Progesterona (P4): 
 - Aumento gradual até 60 dias; 
 - Após pico P4 – contribuição placenta; 
 - P4 alta até última semanagestação; 
 - Momento parto → declínio; 
 - Gestações múltiplas – P4 mais alta; 
 - Final prenhez – placenta produz 5 vezes mais P4 
que ovários. 
• Estrógeno (E2): 
 - Concentração baixa durante gestação; 
 - Dias antes parto  níveis aumentam; 
 - Momento parto – pico E2, após rápido declínio. 
• Prolactina: 
 - No dia do parto – aumento da concentração. 
Endocrinologia da Gestação na CABRA 
 
• Progesterona (P4): 
 - Dosagem P4 fidedigna após 21 dias – aumento 
P4 circulante; 
 - Aumento gradativo, declinando dias antes 
parto. 
• Estrógeno (E2): 
 - É muito mais alto que nas ovelhas; 
 - Aumento gradual até 30-40 dias gestação; 
 - Pico E2 antes do parto. 
 *ovariectomia bilateral – abortamento. 
Endocrinologia da Gestação na PORCA 
 
• Progesterona (P4): 
 - CLs - concentrações altas durante gestação; 
 - Queda rápida P4 antes do parto; 
 - Número embriões presentes útero não 
influencia concentração P4; 
 - Concentrações baixas P4 – gestação finalizada 
(aborto). 
• Estrógeno (E2): 
 - Concentração constante durante toda gestação; 
 - 2-3 semanas antes parto – ocorre aumento, 
com pico dias antes parto. 
Endocrinologia da Gestação na ÉGUA 
 
• Formação estruturas temporárias – cálices 
endometriais; 
• CL primário – produção P4, crescem até 35-40 dias 
gestação; 
• Gonadotrofina Sérica de Égua Prenhe (eCG) é 
produzida pelos cálices endometriais – 33 dias 
gestação 
• Níveis eCG altos até 90 dias – com 150 dias estão 
ausentes 
• Após 90 dias – resposta leucocitária materna 
intensa. 
• eCG estimula a formação de corpos lúteos 
secundários 
• Associação P4 + eCG → mantença do CL primário. 
• CL primário e secundários – começam regredir 140 
a 160 dias gestação; 
• Início secreção P4 placenta -- 70 -90 dias gestação; 
• Aumento E2 → 40 e 60 dias gestação – associado 
ao desenvolvimento folicular e eCG; 
• Valores máximos E2 – 4º mês, principal fonte: 
gônadas fetais; 
• Queda abrupta pós-parto. 
• Prolactina 
 - Níveis não constantes; 
 - Variação entre fêmeas; 
 - Ligeiro aumento no final gestação. 
Endocrinologia da Gestação na CADELA 
 
• Concentração P4 semelhante entre gestante e não 
gestante: 
 - Fase luteínica prolongada de 70 a 80 dias (não-
gestante); 
 - Dosagem P4 não é indicativo de prenhez. 
• CL é essencial para manutenção gestacional; 
• Aumento P4 → 7 a 15 dias, após declínio lento; 
• 36 a 48 horas antes parto – concentrações baixas. 
• Concentração E2 
 - Níveis basais nas primeiras 5 a 6 semanas 
gestação: 
 - Final gestação – E2 aumenta até o parto, após 
declínio; 
 - Sugere-se – E2 responsável pelo crescimento 
mamário e relaxamento da cérvix. 
• Prolactina: 
 - Elevação gradual no terço final gestação; 
 - Efeitos psíquicos – comportamento materno, 
agitação e ninho. 
Endocrinologia da Gestação na GATA 
 
• Pico P4 entre 1ª e 4ª semana gestação; 
• Níveis P4 diminuem gradativamente após 1º mês; 
• Queda abrupta 2 dias antes parto; 
• Discreto aumento E2 no final gestação, com 
declínio antes parto. 
Placentas e Placentação 
• Placentação – início após a implantação; 
• Consiste na justaposição das vilosidades do cório 
fetal (porção fetal placenta) com criptas da mucosa 
uterina; 
• Placenta 
 - Órgão intermediário entra a mãe e o feto; 
 - Suprimento de oxigênio e nutrientes; 
 - Remoção de detritos metabólicos; 
 - Produção e secreção de hormônios e fatores de 
crescimento fetal; 
 - Regulação do ambiente uterino do feto. 
 
 
 
Tipos de placentação 
 - Relação entre as duas partes da placenta (materna 
e fetal): 
• Adeciduadas: 
 - Firme aderência do epitélio corial ao epitélio 
uterino; 
 - Anexos fetais não eliminados durante o parto 
junto ao feto, devido a aderência; 
 - Ruminantes, éguas, jumentas e porcas. 
• Deciduadas: 
 - União das porções fetais e maternas da placenta 
exige dissolução prévia da mucosa uterina; 
 - Anexos fetais eliminados durante o parto junto 
ao feto; 
 - Carnívoros, primatas e roedores. 
• Princípio Fisiológico da Placentação: 
Intercâmbio entre o sangue materno e fetal: 
• Circulações entre Feto e Mãe - separadas por 
um número variável de camadas teciduais: 
• Componentes Teciduais Fetais da Placenta: 
 - Endotélio dos vasos; 
 - Mesênquima; 
 - Células do trofoblasto. 
•Componentes Teciduais Maternos da 
Placenta: 
 - Epitélio uterino superficial; 
 - Tecido conjuntivo; 
 - Endotélio dos vasos maternos. 
• Camadas teciduais fetais e maternas formam a 
membrana placentária: 
 -Barreira altamente seletiva entre fluxos 
sanguíneos fetal e materno. 
• Classificação da Placenta de acordo com o 
Número de Camadas Teciduais: 
• Epiteliocorial: 
 - Todas as três camadas persistem – égua, porca e 
jumenta; 
• Sindesmocorial: 
 - Presença de duas camadas (destruição parcial do 
epitélio uterino – ruminantes; 
• Endoteliocorial: 
 - Apenas uma camada (endotélio) – cadela e gata; 
 
 
• Hemocorial: 
 -Todas as camadas ausentes – primatas e 
roedores. 
• Classificação da Placenta de acordo com a 
Distribuição das Vilosidades do Córion: 
• Placenta Difusa: 
 - União uniforme do endométrio por vilos – porcas 
e éguas. 
• Placenta Cotiledonária: 
 - União de vilos em pontos isolados formando os 
placentomas – ruminantes. 
• Placenta Zonária: 
 -União vários vilos circundando a placenta 
formando uma cinta – carnívoros; 
• Placenta Discoidal: 
 -Vilosidade coriônicas dispostas em disco – 
primatas e roedores 
 
 
 
 
 
 
 
Membranas e Líquidos Fetais 
• Cório: funde-se ao trofoblasto e membrana 
interna da mesoderme: 
 - Envolve todo embrião e as três outras 
membranas fetais – âmnio, saco vitelínico e 
alantoide; 
• Saco vitelínico: desenvolvimento a partir da 
blastocele, após torna-se vestigial; 
• Âmnio: desenvolvimento a partir de dobras do 
trofoblasto + mesoderme avascular – circunda todo 
embrião: 
 - Constituído por dois folhetos amnióticos – entre 
ambos → espaço amniótico contendo líquido 
amniótico. 
 - Líquido amniótico - produto das secreções dos 
folhetos, saliva, secreção nasal e urina do feto; 
 - Feto flutua no líquido amniótico – proteção 
contra desidratação e choques mecânicos. 
• Saco alantoidiano; 
 - Alantoâmnio + Alantocório → formação cordão 
umbilical. 
 
 
Função dos Líquidos Fetais: 
• Proteger o feto contra traumatismos, 
desidratação e variações de temperatura; 
• Permitir crescimento do feto e seus movimentos 
sem prejudicar o útero; 
• Promover dilatação cérvix, vagina e vulva durante 
parto; 
• Aumentar a lubrificação da vagina após 
rompimento das bolsas, facilitando passagem do 
feto; 
• Inibir crescimento bacteriano, por sua ação 
mecânica de limpeza e prevenir aderências. 
Formas Especiais de Gestação 
• Superfecundação 
 – Fêmeas com estro prolongado que são cobertas 
por um ou vários machos (ninhadas maiores que o 
previsto para raça); 
• Superfetação 
 – Animal com estro e cobertura durante a gestação 
(equinos, suínos e felinos); 
• Gestação Múltipla Patológica 
 – Fêmeas uníparas; 
• Gestação Extra Uterina ou Ectópica 
 – Ovárica, tubárica, abdominal (rara em animais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prova Intermediária! 
13/04 quinta-feira 
Conteúdo: Fisiologia da Gestação; Perturbações da gestação 
de origem materna; Alterações patológica dos envoltórios 
fetais. 
Prof. Halim 3,0 e Profa. Narian 7,0 pontos

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