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Aula 5 Parto normal e puerperio em grandes animais

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PARTO NORMAL E PUERPÉRIO EM GRANDES 
ANIMAIS
PROFª MSC KAMILA PINHEIRO PAIM
DISCIPLINA DE OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA
INTRODUÇÃO
• Parto: processo fisiológico através do qual o feto e seus envoltórios fetais 
são expulsos do útero
• Envolvimento da via de expulsão do feto (via fetal mole e óssea), 
contrações uterinas e abdominais
DESENCADEAMENTO DO PARTO
 Quem domina o mecanismo de estímulo do parto?
 Eventos endócrinos que caracterizam o periparto incluem: estádios finais 
da maturação fetoplacentária, preparação da glândula mamária para 
amamentação, involução uterina pós-parto e reinício da função ovariana
DESENCADEAMENTO DO PARTO
CL e/ou placenta → P4
Miométrio em estado de 
quiescência durante 
gestação
Luteólise e produção de 
P4 abolida do CL e 
placenta
Contração do 
miométrio ATIVA
DESENCADEAMENTO DO PARTO
Hipotálamo fetal passa a 
responder aos efeitos 
dos hormônios 
placentários
Fatores estressantes= 
hipóxia, mudança de PA e 
disponibilidade de glicose
Aumento na 
secreção de 
CORTISOL pela 
adrenal do feto
Conversão de P4 
em estrógeno
Aumenta responsividade 
do miométrio à 
ocitocina
Relaxamento cérvix e 
estimula produção de 
PGF pelo complexo 
útero-placenta
DESENCADEAMENTO DO PARTO
 Ovelha, égua e gata → produção P4 placentária
- Com a proximidade do parto, cortex adrenal do feto fica mais sensível ao ACTH (hormônio
adrenocorticotrófico)
 Ao redor dos 125 dias, células adrenocorticotróficas fetais são substituídas por células
adultas, o que é acompanhado de aumento significativo de ACTH – aumenta corticoides fetais
 Embora ACTH se eleve 20 a 25 dias antes do parto, pico ocorre 3 dias antes do nascimento
DESENCADEAMENTO DO PARTO-OVELHAS
- Aumento de corticóide fetal é responsável por ativação de sistema
enzimático nos cotilédones – aumenta capacidade da placenta em
converter P4 em estrógeno através da 17α-hidroxilase
- Aumento de estrógeno inicia processo de lise do CL: aumenta
receptores para ocitocina – Oc interage com seus receptores –
aumento de PGF2α
- Estrógeno promove relaxamento da cervix alterando a estrutura das
fibras de colágeno
DESENCADEAMENTO DO PARTO-VACAS
- Eventos similares aos da ovelha
- Com aumento da sensibilidade a ocitocina e PGF2α, contrações se tornam
mais coordenadas e intensas
- Ocorre relaxamento da cervix e de ligamentos pélvicos, expansão do canal
de nascimento 1 a 2 dias antes do parto – ação da relaxina, estrógeno
placentário e PGE
- Durante estresse do parto, niveis de corticoides aumentam na vaca –
essenciais para o estabelecimento da lactogênese
DESENCADEAMENTO DO PARTO-CABRA
- Produção de P4 só depende do CL, diferentemente da ovelha, mas 
mecanismo de desencadeamento do parto é similar ao da ovelha
- Elevação cortisol – aumento conversão P4 em estrógeno – aumento 
da PGF2α – luteólise – queda níveis P4
DESENCADEAMENTO DO PARTO-PORCA
- Processo semelhante ao das ovelhas, com a exceção de que o
estrógeno aparentemente não é o responsável pelo aumento da
liberação da PGF2α
DESENCADEAMENTO DO PARTO-ÉGUA
- Mecanismo responsável pelo início do parto não está totalmente
entendido
- No entanto, acredita-se que o feto é responsável pelo
desencademento do parto através do aumento da atividade da cortex
da adrenal
- Estrógeno se mantem baixo próximo ao momento do parto
DESENCADEAMENTO DO PARTO-ÉGUA
• Provavelmente alta relação estrógeno/P4 após queda da P4 proxima
ao parto é importante para o parto
• No entanto, esses hormônios não parecem desempenhar papel
fundamental na determinação do momento do parto
• Foi sugerido que ocitocina seria o hormônio desencadeador: causa
dilatação cervical, contração uterina e aumento da produção de
PGF2α
DESENCADEAMENTO DO PARTO-ÉGUA
• Papel da relaxina no início do parto:
- Produzida pelo CL e placenta
-Atua sobre sínfise púbica, ligamentos pélvicos e cervix, sob influência 
dos níveis de estrógeno/P4
VIA DE EXPULSÃO FETAL
- Formada pelos ossos íleo, ísquio, pubis, sacro e primeiras vertebras 
coccigeanas, constituindo a pelve
- Forma da pelve é espécie-específica, podendo facilitar ou dificultar o 
parto
VIA FETAL ÓSSEA
• Equinos: pelve curta, abertura circular,
com parede ventral plana – não
dificulta o parto
• Vaca: forma ovalada, assoalho
côncavo, mais elevado caudalmente –
dificulta o parto
VIA FETAL ÓSSEA
• Próximo ao momento do parto, sínfise púbica sofre desmineralização,
com dissolução do tecido conjuntivo, permitindo alguma separação
no momento do parto
• Pode não ocorrer nas fêmeas mais velhas – mais mineralização
VIA FETAL ÓSSEA
- Constituída pela cervix, vagina, vulva e ligamentos sacro-isquiáticos
- Possui 3 pontos críticos que pode dificultar o parto: vulva, anel 
himenal e cervix
VIA FETAL MOLE
FASES DO PARTO
PRODRÔMICA OU DE PREPARAÇÃO
• Fêmea apresenta modificações morfofuncionais
• Sinais de aproximação do parto variam de espécie para espécie
• Conduta maternal começa a aparecer antes do parto e fêmea, em 
geral, busca solidão
FASE DE PREPARAÇÃO
• Próximo ao parto, todas as fêmeas têm inapetência, ansiedade,
agitação e procuram isolar-se dos outros animais
• Início das contrações uterinas pode provocar agitação
• Iniciam-se também modificações estruturais e bioquímicas na cervix:
dispersão fibras colágeno e aumento ácido hialurônico (liquefaz
tampão mucoso), dilatação cérvix
FASE DE PREPARAÇÃO
• VACAS
- 1 a 2 semanas pré-parto: afrouxamento das articulações e ligamentos 
da pelve, relaxamento musculatura garupa
- Andar inseguro e característico
- Dilatação cervix, aumento edema de vulva e hiperemia da mucosa 
vaginal
FASE DE PREPARAÇÃO
• 1 dia pré-parto: presença corrimento vaginal – liberação tampão 
mucoso
• Glândula mamária: imediatamente antes do parto secreção se 
modifica de aquosa para viscosa, semlhante a mel – colostro!
FASE DE PREPARAÇÃO
• OVELHAS E CABRAS
- Micção e defecação frequentes
- Inapetência
- Desenvolvimento do úbere
FASE DE PREPARAÇÃO
• ÉGUA
- Relaxamento ligamentos sacroisquiáticos (não é tão evidente quanto 
nos bovinos, em função da musculatura da garupa)
- Mamas se desenvolvem consideravelmente 3 a 6 semanas antes do 
parto e se enchem de colostro 2 a 3 dias antes
- Presença do colostro nas mamas: parâmetro mais utilizado. Exceção 
primíparas
FASE DE PREPARAÇÃO
FASE DE PREPARAÇÃO
FASE DE PREPARAÇÃO
PH>7
Aumenta cálcio e 
potássio e diminui 
sódio e cloreto
• Sistema de alerta ligado à vulva
- Dilatação da vulva faz disparar 
alarme
FASE DE PREPARAÇÃO
• SUÍNOS
- Procuram fazer ninho
- Ocorre aumento de 1°C na temperatura corporal nas 12 a 15 h que 
antecedem o parto, ao contrário das outras espécies
- Elevação da temperatura persiste durante toda a lactação
FASE DE PREPARAÇÃO
FASEDE DILATAÇÃO DA VIA FETAL
• Tem início concomitante com as contrações uterinas e dura até o 
rompimento das membranas fetais
• Duração variável nas diferentes espécies
2 horas 6 a 16 hs
DILATAÇÃO DA VIA FETAL
• Insinuação das bolsas fetais dilatando completamente a via fetal mole
• Égua: sinais clínicos semelhantes aos de cólica – dor da contração 
uterina
DILATAÇÃO DA VIA FETAL
• Pressão causada pelo útero empurra o alantocório para o interior da 
cervix, e este normalmente se rompe
• Líquido se assemelha a urina!
DILATAÇÃO DA VIA FETAL
- Inicialmente são irregulares e pouco intensas, depois se tornam 
rítmicas e enérgicas
- Contrações:
- Início: 25 a 50 segundos
- Meio: 50 a 90 s
- Final do parto: até 120 s – 6 contrações por 15 min (normal)
CONTROLE DAS CONTRAÇÕES UTERINAS
• Contrações são controladas pelo sistema neuroendócrino:
- Hipotálamo – sintetiza ocitocina – armazenada na hipófise posterior –
capacidade de despolarizar a membrana do miométrio (na ausência de P4)
– CONTRAÇÃO!
- SNA: libera adrenalina nos receptores miométrio
 adreno-receptores  adreno-receptores
β adreno-receptores
CONTROLE DAS CONTRAÇÕES UTERINAS
FASEDE EXPULSÃO
• Inicia-secom o rompimento das bolsas fetais e completa-se com o
nascimento dos fetos ou feto
• Feto no interior da via fetal mole estimula receptores nervosos
localizados na porção dorsal da vagina – neurônios levam estímulos
aos centros motores da medula espinhal – reflexo da contração da
musculatura abdominal
• Associação de duas forças: contrações uterinas e abdominais
FASE DE EXPULSÃO
• Éguas e vacas: durante fase de dilatação permanecem em estação, 
agitadas – fase de expulsão deitam-se
• Vacas: algumas situações podem terminar de parir em pé
• Potro nasce com cordão umbilical intacto e âmnion se rompe com 
movimentação do feto
• Membranas fetais são expulsas com auxílio de contrações uterinas que 
se iniciam no topo do corno, causando inversão do alantocório
FASE DE EXPULSÃO
FASE DE EXPULSÃO
• Duração do parto e tempo para expulsão da placenta:
Éguas: parto – 30 min/ expulsão placenta: 15 min a 2 h
Vacas: parto – 1 a 3 h, podendo chegar a 6 h/ expulsão da placenta: 30 min até 8 h
A)Perto do termo o feto encontra-se deitado em posição
ventral ou ventrolateral, com a cabeça e membros
anteriores flexionados.
B)Antes do estágio 1 os movimentos estão confinados
apenas á cabeça, pescoço e extremidades dos membros
anteriores.
C)Durante o estágio 1, a cabeça e os membros anteriores
se estendem e se rotacionam para a posição dorsal, para
saída normal.
D)No estágio 2 o feto passa através do canal do parto.
Note que a coluna vertebral e membros posteriores ainda
se encontram na posição ventral.
ÉGUAS
- Ruptura do alantóide e do amnion na vagina
- Nascimento pode ocorrer sem envoltórios fetais
VACAS
• Posição normal do feto 
bovino no momento do
nascimento
VACAS
• Ovelha:
- Expulsão dura até 1h e em caso de partos gemelares de 15 a 30 
minutos por feto
OVELHAS
OVELHAS
- Expulsão dura em média 3 a 4 horas
- Intervalo de nascimento de 15 a 20 minutos
- Nesta espécie a placentofagia é comum
PORCAS
PUERPÉRIO E PUERPÉRIO PATOLÓGICO
• Conceito: modificações fisiológicas que ocorrem no útero, na fase
imediatamente pós-parto, quando órgão se recupera das
transformações que sofreu durante a gestação, preparando-se para
nova prenhez
• Puerpério fisiológico dividido em duas fases:
- Delivramento
- Involução uterina
PUERPÉRIO
• Inicia-se imediatamente após o parto, terminando com a eliminação 
das membranas fetais
• Dois mecanismos envolvidos: atividade contrátil do miométrio e 
perda da aderência materno-fetal
DELIVRAMENTO
• Diminuição do volume do útero é total
• Em consequência das contrações, músculos lisos do miométrio
diminuem de comprimento: observa-se espessamento da parede
uterina e formam-se inúmeras pregas na mucosa
• Nessa fase, útero apresenta-se com metade do volume atingido
durante o parto
DELIVRAMENTO
• Contrações uterinas continuam após o nascimento do produto –
diminui volume do órgão
• Após a passagem do feto, desfaz-se o reflexo nervoso de expulsão 
fetal – determina parada das contrações da parede abdominal
DELIVRAMENTO
• Com a diminuição do volume uterino, vilos coriônicos fetais são 
forçados a deixar as criptas carunculares
- Vilos se prendem às criptas pela pressão sanguínea
- Após o parto, há diminuição do fluxo sanguíneo para o útero
- Com as contrações, placenta se desprende
DELIVRAMENTO
• Além disso, ocorre o rompimento do cordão
consequentemente modificações homeostáticas que
umbilical e 
facilitam a
separação do alantocório
- Ocorre degeneração e necrose dos vilos antes da liberação da 
placenta
DELIVRAMENTO
• Toda essa preparação se inicia antes do momento do parto
• Placenta madura é aquela que teve tempo suficiente para sofrer 
transformações preparatórias do parto
• Eliminação da placenta deve ocorrer rapidamente, antes do 
fechamento da cérvix
DELIVRAMENTO
• Caracteriza-se pela volta do útero à condição normal e aptidão para 
nova gestação
• Ocorre por reabsorção e dissolução tecidual, diminuindo o volume do 
útero e espessura da parede
• Fenômeno histoquímico da involução é observado após 
desaparecimento da atividade da progesterona
INVOLUÇÃO UTERINA
• Durante gestação, P4 estabiliza membrana de enzimas lisossomais
que contêm enzimas proteolíticas produzidas pelas células
• Quando desaparece atividade de P4 após o parto, membrana dos
grânulos lisossomais se desestabiliza e proteases iniciam digestão das
células que proliferaram durante a gestação
• O processo é irreversível após o parto, mas pode ser inibida pela
administração de P4
INVOLUÇÃO UTERINA
• Nos primeiros 4 a 5 dias pós-parto, musculatura uterina perde a 
capacidade de reagir a estímulos indutores de contração
• Nesse período apresenta involução de 60% do seu volume da 
gestação
• Além da diminuição da superfície e formação de inúmeras pregas 
mucosas, há produção intensa de secreção chamada lóquio
INVOLUÇÃO UTERINA
• Lóquio se acumula na cavidade uterina, de onde é eliminado através 
da cervix pela contração uterina, ou é absorvido pelo endométrio
• Quantidade de lóquio varia conforme espécie
• Coloração varia entre espécies
INVOLUÇÃO UTERINA
Espécie Coloração lóquio pós-parto
Vaca Vermelho-vinho
Égua Vermelho amarronzado à amarelo-claro
Cabra e ovelha Vermelho vinho
Porca Esbranquiçado
Cadela Esverdeado
Gata Marrom
INVOLUÇÃO UTERINA
• Delivramento
 Dura de 30 min a 8 h
 A não expulsão da placenta 12 h após o parto é considerada patológica
 Fator essencial para liberação da placenta é a isquemia das vilosidades coriônicas após expulsão do feto e ruptura
do cordão umbilical – leva a diminuição do diâmetro dos vasos e redução da superfície do epitélio
PUERPÉRIO EM BOVINOS
• Involução uterina ou puerpério propriamente dito
- Intervalo entre parto e aparecimento do primeiro estro
- Duração de 30 a 60 dias (média 45 dias)
- Dividido em 3 fases:
- 1a: hipófise refratária ao GnRH ( até 14 dia pós parto)
- 2a: Sensibilidade ao GnRH até primeira ovulação
- 3a: Fase pós-ovulatória, termina com involução uterina completa
PUERPÉRIO EM BOVINOS
- Contrações uterinas cessam 5 dias após parto
- Cervix ainda não está totalmente fechada 48 hs após parto, involução
se completa em torno dos 30 dias
- Corno não gestante regride quase completamente, mas corno
gravídico e cervix permanecem maiores que antes, mesmo depois da
completa involução
- Involução mais rápida em vacas que amamentam e retardada após
distocias, partos gemelares e retenção de placenta
PUERPÉRIO EM BOVINOS
Trinta dias pós-parto: útero na cavidade pélvica
Fonte: milkpoint
• Lóquios:
- Constituido de restos de fragmentos teciduais, juntamente com sangue e 
fluido de hemorragias no endométrio
- Observado nas duas primeiras semanas pós-parto
- Inicialmente coloração avermelhada e posteriormente marrom-escuro, 
sem odor – hemorragia do tecido caruncular
- Desaparece totalmente cerca de 30 dias pós-parto
PUERPÉRIO EM BOVINOS
12 dias pós-parto
Aproximadamente 1 semana pós-parto
PUERPÉRIO EM BOVINOS
 Restabelecimento dos ciclos estrais
Amamentação retarda desenvolvimento folicular pós-parto e ovulação
Intervalos maiores para gado de corte porque vacas amamentam seus 
bezerros
Depende do plano nutricional e manejo dos animais
Intervalo ótimo entre partos de 12 meses, em que a concepção ocorra até 90 
dias pós parto
PUERPÉRIO EM BOVINOS
• Ocorre de forma semelhante ao dos bovinos
• Placenta eliminada até 8 h após nascimento do ultimo produto
• Involução uterina dura de 4 a 6 semanas
• Lóquio inicialmente mucosanguinolento, depois turvo e desaparece 
em 8 a 15 dias
PUERPÉRIO EM PEQUENOS RUMINANTES
PUERPÉRIO EM PEQUENOS RUMINANTES
• Delivramento
- Placenta eliminada em 15 a 90 minutos pós-parto
- A passagem do alantoâmnion e do cordão umbilical através do canal
do parto, juntamente com o feto, causa pressão no alantocorio e em
sua fixação
- Continuidade do trabalho de parto causa a expulsão do alantocório
invertido
PUERPÉRIO EM EQUINOS
• Em alguns casos ocorredescolamento precoce da placenta e 
alantocório não se rompe na estrela cervical
• Égua começa a expulsar unidade feto placentária com cório intacto –
RED BAG ou placenta prévia
PUERPÉRIO EM EQUINOS
• Exame da placenta
- Leva em consideração sua integridade e identificação de marcas 
anatômicas com ou sem anormalidades
- Deve ser expulsa invertida: face alantoideana evidente!
- Deve-se estendê-la sobre superfície lisa para identificação da 
estrela cervical e ambos os cornos
- É organizada na forma de F
PUERPÉRIO EM EQUINOS
PUERPÉRIO EM EQUINOS
Normal: invertida (face alantoideana) Normal: face coriônica
Alterações por placentite
• Involução uterina
- Rápida, útero retorna ao seu tamanho normal 10 a 14 dias pós parto
• Lóquio
- Eliminado em pequenas quantidades na 1a semana pós-parto
- Coloração marrom-avermelhada a amarelo-clara
PUERPÉRIO EM EQUINOS
• Restabelecimento dos ciclos estrais
- Reinicia 7 a 14 dias pós-parto – cio do potro
- Se puerpério ocorrer normalmente, esse cio é fértil
- Cio acelera o recondicionamento do endométrio
- Se houver lóquio ou infecção, não ocorre prenhez
PUERPÉRIO EM EQUINOS
• Delivramento e Involução Uterina
- Placentas podem ser eliminadas imediatamente após o nascimento dos 
leitões, ao mesmo tempo ou até 4 h após a expulsão do ultimo produto
- Involução uterina é rápida
- Lóquio é escasso e claro, sendo observado na primeira semana
- Restos placentários no útero são reabsorvidos frequentemente sem 
manifestações sintomáticas
PUERPÉRIO EM SUÍNOS
• Restabelecimento do ciclo estral
- Cios anovulatórios ocorrem 3 a 5 dias pós parto
- Na maioria dos animais cio e ovulação são inibidos durante lactação
- Remoção dos leitões ou seu desmame em qualquer época induzem o 
cio e ovulação em 3 a 5 dias
PUERPÉRIO EM SUÍNOS
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
RETENÇÃO DE PLACENTA, INFECÇÕES UTERINAS E TOXEMIA DA PRENHEZ
• Resulta da disfunção da liberação normal dos placentomas ou da
inércia uterina, devido a fatores nutricionais, ambientais, gestação
curta ou prolongada, fatores hereditários, infecciosos, hormonais ou
intervenção obstétrica
• Varia de 5 a 40% em partos normais e 40 a 80% nos induzidos em
bovinos
RETENÇÃO DE PLACENTA
RETENÇÃO DE PLACENTA NAS ÉGUAS
Retenção considerada a partir de 3 h pós-parto
Associada com distocias, cesariana, fetotomia, abortamento, parto
prematuro ou gêmeos
Diagnóstico: envoltórios pendentes pela vulva, embora partes podem
permanecer dentro do útero
Consequências: metrite, toxemia, laminite
• Tratamento:
- Placenta deve ser amarrada nela mesma e protegida com luvas de
palpação para reduzir contaminação
- Aplicação de ocitocina IM a cada 2 h (20 UI)
- Infusão de solução salina hipertônica – liberação endógena de ocitocina e 
contração
- Remoção manual deve ser EVITADA!
- Após expulsão da placenta, realizer lavagens uterinas e cobertura
antibiótica, antiinflamatória e “anti-laminite”
RETENÇÃO DE PLACENTA NAS ÉGUAS
- Retenção considerada se placenta permanecer por mais de 12 h pós parto
- Ocorre com maior frequência nos bovinos: mais frequente em gado de
leite do que corte
- Está geralmente associada à doenças infecciosas, distúrbios metabólicos,
deficiência nutricional, parto distócico, cesária, distúrbios hormonais,
hidropsia, gestação gemelar, abortamento, parto prematuro…
RETENÇÃO DE PLACENTA NAS VACAS
• Causas:
- Placentoma imaturo, edema das vilosidades, necrose entre vilos e
criptas, involução prematura dos placentomas, placentite,
cotiledonite, hiperemia dos placentomas
- Atonia uterina, obstrução vaginal, dupla cérvix., sutura da placenta
durante cesariana, deficiência de vitamina A e E, dificiência de
selênio, iodo, cálcio e fósforo, distensão excessiva do útero…
RETENÇÃO DE PLACENTA NAS VACAS
• Tratamento
- Remoção manual deve ser evitada, tracionar apenas se estiver solta e 
livre
- Lavagens uterinas são contra-indicadas: sifonagem do líquido,
aumentando seu defesas naturais
não se consegue total conteúdo e removendo
- Aplicar gluconato de cálcio a 10 ou 25% diluido em soro fisiológico via 
venosa e/ou ocitocina (10-50 UI) nas primeiras 24 h pós parto
RETENÇÃO DE PLACENTA NAS VACAS
• Colocar bolus de tetraciclina no útero enquanto cérvix estiver aberta, 
em dias alternados
• Uma vez liberada a placenta, pode ocorrer endometrite
RETENÇÃO DE PLACENTA NAS VACAS
• No parto de vacas, útero é contaminado por bactérias ambientais, as
quais são eliminadas durante processo de involução uterina quando a vaca
possui bons mecanismos de defesa
• Alterações nos mecanismos de defesa locais e consequente persistência de
bactérias patogênicas resulta em infecções uterinas
• Diferentes tipos de infecções baseadas no período de ocorrência e nos
sinais clínicos
INFECÇÕES UTERINAS EM VACAS
• Principais causas: retenção de placenta, distocias, partos gemelares,
abortamento e curtos períodos de gestação
• Estabelecimento, gravidade e persistência dos diferentes tipos de
infecção são influenciados pelo ambiente uterino, fatores genéticos e
da imunidade inata e adquirida
INFECÇÕES UTERINAS EM VACAS
• Diagnóstico
1) Palpação transretal: avaliam-se tamanho, simetria e consistência 
dos cornos, mas é um método subjetivo
2) Vaginoscopia: volume, aspecto e odor da secreção cérvico-vaginal
- Umas das ferramentas mais importantes para o diagnóstico
- O aspecto e o odor podem indicar grau de comprometimento do 
endométrio, dependendo da quantidade de bactérias presentes
INFECÇÕES UTERINAS EM VACAS
Fonte: Marques Junior et al., 2011
- Há forte correlação entre achados na avaliação da secreção cérvico-
vaginal e resultados de cultura bacteriana, histopatologia e citologia
uterina
- Secreção de animais com puerpério normal: E.coli, Streptococcus spp.
e Staphylococcus coagulase negativa
- Secreção aspecto purulento: Arcanobacterium pyogenes,
Fusobacterium necrophorum e Proteus sp.
- Secreções com odor fétido: A. pyogenes, E.coli e Manheimia
haemolytica
INFECÇÕES UTERINAS EM VACAS
3) Ultrassonografia
- Permite verificar presença de conteúdo uterino e aspecto do 
endométrio
- Quanto maior a quantidade de fluido presente, maiores são o grau de 
contaminação bacteriana e gravidade do quadro de infecção
4) Cultura, citologia e histopatologia
INFECÇÕES UTERINAS EM VACAS
• Tratamento
Metrite puerperal: antibioticoterapia sistêmica, antitérmicos e 
fluidoterapia oral
Endometrites: podem apresentar recuperação espontânea, mas é 
preferível tratar com antibioticoterapia local ou sistêmica
Piometra: há presença de corpo lúteo, utilizar PGF2alfa
INFECÇÕES UTERINAS EM VACAS
• Desequilíbrio energético com formação de ácidos graxos que se
transformam em corpos cetônicos – podem intoxicar o animal e
deprimir o SNC
• Causas:
- Fêmeas com grande volume abdominal (gêmeos ou feto grande)
- Alimentação de má qualidade
- Baixas concentrações de glicose no sangue
TOXEMIA DA PRENHEZ
• Sintomas
- Anorexia, sonolência, depressão, paralisia
- Hipoglicema, acetonemia e acetonúria
- Queda de peso e na produção leiteira
- Sintomas nervosos
TOXEMIA DA PRENHEZ
• Diagnóstico
- Odor de acetona na urina
- Quadro clínico
- Grande volume abdominal em ovelhas
TOXEMIA DA PRENHEZ
• Tratamento
- Injeção de glicose com administração oral de propilenoglicol
- Cesariana
TOXEMIA DA PRENHEZ

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