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Outras hérnias de parede abdominal: Diagnóstico e Tratamento ● Hérnias da parede abdominal: ○ Epidemiologia: ■ Inguino Femorais: 74% ■ umbilicais: 10% ■ incisionais: 10% epigástricas: 6% ■ Outras: < 1% ● hérnia ciática ● hérnia de Gryfnellt ● hérnia de Petit ● hérnia obturadora ● hérnia perineal ● Exame físico geral: ○ paciente em pé e deitado ○ inspeção: ■ estática ■ dinâmica (valsalva, tosse, esforço) ○ palpação da hérnia: ■ redutível ou não redutível ■ conteúdo ■ anel herniário ○ sinais de sofrimento ○ Palpação de todos os eventuais locais de hérnias: Hérnia Incisionais ● Introdução: ○ 10 - 15% de todas as laparotomias, podem aparecer as hérnias incisionais. A linha mediada é que tem a maior tensão. Logo, incisões nessa linha causa muitas hérnias. ● Prevenção: ○ técnica de fechamento (fios, espessura): fios de maior tensão, causam mais hérnias incisionais. ○ prevenção de complicações de ferida: hematoma e seroma, estão diretamente relacionados ao aparecimento das hérnias incisionais. ○ reconhecer pacientes de risco ● CAI NA PROVA: ○ Grupos de risco: ■ infecção sítio cirúrgico ■ hematoma de parede abdominal ■ desnutrição, principalmente proteica. ■ obesidade (pressão intra abdominal aumentada, etc) ■ diabetes ■ corticoides e quimioterápicos ■ ascite ■ diálise peritoneal ■ idade avançada ● Recorrência das hérnias: ● Tratamento: ○ recidiva de 50% com sutura simples ○ recidiva com imbricamento de 25 - 55% (Mayo): técnica de mayo, é a sobreposição de pontos na aponeurose. ○ perda de peso ○ uso de próteses ○ ausência de próteses para < 3 cm, sem tensão? ○ recidiva em torno de 10% ● Preparo para o tratamento: ○ redução de peso ○ cessação do tabagismo ○ controle cardiopatia e pneumopatia ○ controle diabetes ○ orientação quanto aos riscos ● Tratamento: tomografia após tratamento feito, todas as vísceras intestinais estão fora. Precisamos usar táticas para melhorar. ● Hérnias incisionais grandes: ○ Táticas: ■ pneumoperitônio progressivo ■ incisões relaxadoras e separação de componentes ● IMPORTANTE: ○ Princípios do tratamento: ■ reduzir os elementos herniados: Ou seja, reduzir para diminuir até mesmo a pressão intraabdominal. ■ tratamento do saco herniário ■ correção do defeito anatômico ■ identificar e eliminar o fator de risco ■ aproximação primária ■ uso de telas ● Anatomia acima da linha arqueada: ● Anatomia abaixo da linha arqueada: → Onde as telas podem ficar? Acima a tela subcutânea (bainha), e em ponte. Por trás da parede abdominal, retomuscular, lateral do reto (pré-peritoneal), intraperitoneal (telas em contato com as vísceras). ● Hérnias incisionais - Tratamento: ○ Tela sublay: sua técnica (intraperitoneal) evita a infecção da ferida. E a pressão abdominal debaixo dela, favorece sua fixação ao músculo. ○ Tipos de tela sublay: Hérnias Umbilicais e Epigástricas ● Hérnias Umbilicais: ○ persistência do anel umbilical, que é por onde passam os vasos durante a gestação. ○ muito comum ○ fatores associados: obesidade, gestação, ascite, etc. ○ mulheres > homens (3:1) ○ baixo risco de estrangulamento ○ raça negra ○ aumento da pressão abdominal, gravidez ● Abordagem nas hérnias umbilicais: ○ expectante: hérnias assintomáticas e subcentimétricas ○ técnicas: sutura simples, uso de prótese ○ sutura primária: anel inguinal < 2 cm ○ tela: hérnias acima de 1 a 2 cm ● Em crianças:Quanto mais prematura a criança, maior a chance de aparecer hérnias. ● CAI NA PROVA: ○ Hérnias umbilicais - Tratamento em crianças: ■ aguardar até 6 anos ■ anel menor que 1,5 cm ■ (85% fecha até 3 anos e 96% até 6) ■ anel maior que 1,5 cm → maior chance de cirurgia ■ concomitantes com hérnias inguinal 15% ○ O manejo conservador de hérnias umbilicais não complicadas e assintomáticas até os 4 - 5 anos de idade é seguro e prático. Hérnias Epigástricas ● Introdução: ○ Linha média entre o xifoide e cicatriz umbilical (LINHA ALBA) ○ 20% são múltiplas ○ assintomático, dor acima do umbigo, massa pequena, maciça e redutível. ○ maioria com falhas pequenas e conteúdo pré-peritoneal. ● Exames: ○ US e TC: ● Tratamento: ○ isolamento do saco ○ redução ou ressecção (Na maioria dos casos) ○ sutura ou telas, porém o mais usado é a tela. ● UP DATE: ○ Guidelines for treatment of umbilical and epigastric hernias from the european hernia society and americas hernias society: ■ A principal recomendação foi o uso de tela para correção de hérnias umbilicais e epigástricas para reduzir a taxa de recorrência. ■ a maioria das hérnias umbilicais e epigástricas pode ser reparada por uma abordagem aberta com uma tela plana pré-peritoneal ■ Uma abordagem laparoscópica pode ser considerada se o defeito da hérnia for grande ou se o paciente tiver um risco aumentado de morbidade da ferida. Outras hérnias ● Hérnia de Spiegel: ○ entre a borda lateral do músculo reto e linha semilunar: ○ Exames: ■ TC: ● Hérnias pélvicas: ○ Obturador ○ Períneo ○ Ciático ● Hérnia obturadora: ○ Sinal de Howship-Romberg: ■ dor na face medial da coxa ● Hérnia Lombares: ○ Hérnia de Grynfeltt: ■ trígono lombar superior ■ 12ª costela, musculatura paravertebral, músculo oblíquo interno ○ Hérnia de Petit: ■ trígono lombar inferior ■ crista ilíaca, músculo oblíquo externo e músculo latíssimo dorsal. ● Outros tipos de hérnias: ○ hérnia ciática: forame ciático ○ hérnia perineal: congênita ou pós operatória. Pós-operatório e complicações ● Introdução: ○ restrição para atividades físicas ○ não há consenso sobre o tempo necessário e intensidade ○ retorno mais precoce com uso de telas ○ cuidados com a ferida operatória ○ uso de faixas ou cintas não reduz recidiva ou complicações ○ compensar condições clínicas ● Hérnias pós-operatório: ○ retorno ao trabalho precoce ○ atividade física 4 semanas (tela) ● IMPORTANTE: ○ Complicações: ■ hematoma ■ seroma ■ infecção ■ síndrome compartimental abdominal ■ recidiva ■ Tela: ● colonização e infecção ● erosão de vísceras (intestino, bexiga, cólon) ■ Tratamento: ● depende do material da tela ● preservar a tela X remoção da tela