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Delírios: Falso Juízo da Realidade

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S7P12 Carolina Ferreira 
 
-Essa condição consiste na alteração do juízo de realidade proveniente de um pensamento patológico, porém 
a lucidez da consciência, atenção e memória permanecem preservadas 
-Podem ocorrer em diferentes condições psiquiátricas, incluindo esquizofrenia, transtornos de 
relacionamento, demências mas raramente em distúrbios de origem orgânica 
-Tais distúrbios delirantes aparentam ser causados por uma combinação de fatores cognitivos, 
neurobiológicos e psicológicos 
-Delírios agudos são acompanhados por caráter afetivo importante e vigilância exagerada, condição 
conhecida como humor delirante. Desconfiança, medo e vigilância excessiva levam o indivíduo a crer em seus 
pensamentos e até mesmo ver eventos relacionados à sua crença. Uma vez que estas ideias delirantes são 
concebidas, podem ser ligadas às emoções e motivações do paciente, e possuírem um significado construído 
de acordo com suas experiências pessoais até atingir um elevado grau de certeza subjetiva que os coloca 
além do alcance da razão. Estes doentes delirantes são de fato “alienados” no sentido completo do termo, 
pois eles se conduzem e pensam em função de sua concepção delirante, em vez de obedecer à verdade e à 
realidade comuns. Os delírios agudos tendem a se tornarem crônicos, pois os pacientes sistematizam as falsas 
percepções e as incorporam em suas vidas 
-Os delírios crônicos, pelas modalidades próprias de sua elaboração e diversidade de seus temas não é 
sempre semelhante em todos os casos. Assim, delírios crônicos são parte integrante da vida dos pacientes, 
constituindo uma parte de seus próprios pensamentos, valores, visão de mundo e objetivos. 
-Os delírios constituem um falso juízo da realidade e possui uma forma psicopatológica própria, caracterizada 
por serem crenças não argumentáveis, incorrigíveis e não compartilhadas por indivíduos de mesma cultura e 
com alta significação pessoal 
-A temática dos delírios é extremamente variável (grandeza, hipocondria, persecutória, reivindicatória, ciúme, 
entre outros). Quanto maior o componente de “bizarrice” e o não-compartilhamento, mais provável é a 
hipótese de delírio. Por exemplo, a afirmação de um paciente de ter tido um chip implantado em seu olho 
para que o Pentágono pudesse espionar o governo brasileiro por meio de sua retina. 
-Algumas modalidades de delírio, quanto ao conteúdo, segundo Dalgalarrondo, são: de perseguição 
(convicção irrevogável de que existem pessoas tentando prejudicar o paciente), de referência (notícias, 
comentários, se referem ao paciente), de relação (invenção de conexão mágica entre fatos quaisquer), de 
influência (estar sendo controlado por forças externas ao seu corpo), de grandeza (comum na mania e na 
sífilis terciária), de reivindicação (estar sendo vítima de terríveis injustiças), de invenção, de reforma (ou 
salvacionismo), místico, de ciúmes, erótico (erotomania), de ruína, de culpa, de negação (esses três últimos 
sobretudo associados a estado depressivo), hipocondríaco, cenestopático (existência de animais ou objetos 
dentro do corpo do paciente), de infestação (existência de insetos infestando sua pele e fâneros), fantástico 
(mitomaníaco).

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