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Curso: Farmácia Unidade: UNISUAM – Bonsucesso Disciplina: GFAR1068 Homeopatia e Farmacotécnica Homeopática Professora: Glauce Desmarais ED1 - LISTA DE EXERCÍCIOS 1) Existe diferença entre tinturas para uso fitoterápico e para uso homeopático? Caso existam, quais são? Sim. Tinturas fitoterápicas são de origem vegetal, cuja concentração representa 20% de droga vegetal; Tinturas homeopáticas podem ser de origem vegetal e animal. Para tinturas homeopáticas de origem vegetal, a concentração representa 10% da droga vegetal; já para tinturas de origem animal, a concentração representa 5% da droga animal. 2) Descreva a técnica de preparo de TM por maceração de drogas de origem vegetal, drogas de origem animal e percolação, segundo a Farmacopeia Homeopática Brasileira. Qual é a relação droga/insumo inerte para cada caso? Percolação: Somente para drogas secas Passar o insumo inerte através da droga vegetal com deslocamento contínuo do líquido ▪ Droga vegetal dividida e tamisada ▪ Adicionar o líquido extrator em quantidade suficiente para umedecer o pó (4 horas) ▪ Transferir para percolador ▪ Colocar volume suficiente de líquido extrator para cobrir toda a droga vegetal ▪ Deixar em contato por 24 horas ▪ Percolar à velocidade de oito gotas por minuto para cada 100g, repondo o solvente de forma a manter a droga imersa ▪ Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente. Maceração: Deixar a droga vegetal (seca ou fresca) ou animal em contato com o veículo extrativo adequado Técnica para maceração de drogas vegetais: Fragmentar o vegetal dessecado ou fresco e deixar, por pelo menos 15 dias, em contato com o volume total do líquido extrator apropriado, em ambiente protegido da ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. A seguir, filtrar e guardar o filtrado. Prensar o resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante dessa operação àquele anteriormente filtrado. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente. Para tinturas-mãe cujas monografias determinem o teor de marcador especificado, um ajuste de concentração deste marcador pode ser realizado por adição de etanol de mesmo teor que aquele utilizado para a preparação da tintura- mãe. Relação resíduo sólido/volume final da TM 1:10 (p/v) (10%). Técnica para maceração de drogas animais: Fragmentar a droga animal ou não, de acordo com a respectiva monografia, e deixar em contato com o volume total do líquido extrator equivalente ao volume final da tintura-mãe, em ambiente protegido da ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. Deixar em contato por pelo menos 15 dias, quando o líquido extrator for alcoólico e por pelo menos 20 dias quando o líquido extrator for glicerinado. Filtrar sem promover a expressão. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente. Relação droga/líquido extrator:1:20 (p/v) (5%). 3) Qual a origem dos produtos utilizados como ponto de partida para o preparo de formas farmacêuticas básicas? As formas farmacêuticas básicas são as tinturas, que podem ser de origem animal e vegetal. 4) Defina Formas Farmacêuticas Derivadas São oriundas da forma farmacêutica básica ou a própria droga, representando preparações obtidas através de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas. 5) Qual a condição que deve ser obedecida para a coleta de matérias-primas vegetais, considerando-se: a) plantas inteiras: coletadas na época de sua floração. b) folhas: após o desenvolvimento completo do vegetal, antes da floração. c) flores e sumidades floridas: imediatamente antes do seu desabrochar total. d) caules e ramos: após o desenvolvimento das folhas e antes da floração. 6) Tendo como ponto de partida 1Kg de flor de Calendula officinalis (droga fresca), de resíduo sólido 10%, qual o volume de TM obtida e o teor de etanol? Descreva como preparar esta TM Vegetal fresco = 1000 g. Resíduo sólido = 10% Resíduo sólido total do vegetal = 100g Quantidade de água contida no vegetal = 900mL Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado (etanol) = 90% (v/v). Volume de tintura-mãe a ser obtida = 1000 mL (10 vezes o resíduo sólido total). Volume de álcool 90% (v/v) a ser adicionado: 1000 mL – 900 mL = 100 mL. Relação resíduo sólido/volume final da TM 1:10 (p/v) (10%). Deixar os 1000 g vegetal fresco, dividido, por pelo menos 15 dias, em contato com o volume total de 100 mL de etanol a 90% (v/v), em ambiente protegido da ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. A seguir, filtrar e guardar o filtrado. Prensar o resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante dessa operação ao anteriormente filtrado. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar, acondicionar em vidro âmbar inativado e tampar. 7) Qual a relação droga/insumo inerte utilizado na preparação de forma farmacêutica básica de origem animal? 1:20 p/v (5%) 8) Conceitue e classifique bioterápicos São medicamentos (quimicamente não definidos) provenientes de secreções patológicas, bactérias ou suas toxinas, partes de órgãos doentes, alérgenos. No caso de material proveniente do próprio paciente a quem se destina o medicamento, chama-se autoisoterápico; se for material externo que sensibilize o paciente de alguma forma, chama-se heteroisoterápico. São classificados em Bioterápicos de Estoque e Isoterápicos 9) Seja a seguinte prescrição: Hydrastis canadensis 12CH/Ammonium carbonicum 12CH ãã qsp 30mL a) Caracterize a Escola Homeopática e identifique a potência, a escala e o método aplicados aos insumos ativos. Escola Complexista. Insumo ativo: Hydrastis canadensis 12CH Potência: 12CH Escala: Centesimal Hahnemanniana (CH) Método: Hahnemanniano Insumo ativo: Ammonium carbonicum 12CH Potência: 12CH Escala: Centesimal Hahnemanniana (CH) Método: Hahnemanniano b) Como age o medicamento homeopático? Segundo Hahnemann, todo agente – todo medicamento – que atua sobre a vida desarmoniza, mais ou menos, a força vital, produzindo certa alteração no estado de homem, por um período maior ou menor. Isso se chama ação primária. Assim, o medicamento energético logo se dissipa, ao mesmo tempo em que a força vital se normaliza. Sua ação primária só será notada pelo observador mais atento. Contra esta ação, a nossa força vital tenta opor a sua própria energia. Esta ação de resistência pertence à nossa força vital de conservação, sendo uma atividade automática dela e tem o nome de ação secundária ou reação. A energia vital reconhece este medicamento e seu quantum energético, esboça reação em grau proporcional a esta energia dada pelas sucussões na dinamização. Mas este medicamento, de conteúdo mais energético que material, logo é dissipado, restando a energia vital reacional a este estímulo medicamentoso. O estímulo é semelhante à enfermidade e por isso, a reação vital que ficou também servirá contra a doença, agora mais reforçada pela somatória da energia já existente, que era insuficiente. Com a energia estimulada pelo medicamento, há melhores e reais condições de cura.
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