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A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CAPITAL DE GIRO (1)

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III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO UNISALESIANO 
 
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CAPITAL DE GIRO 
 
Flávio Augusto da Silva Dias 
Julio Cesar Sgarbi 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo do capital de giro, onde 
é abordado o conceito, a importância, as contas do ativo circulante e do passivo circulante, 
capital giro bruto e capital giro líquido. A gestão de capital de giro tem part icipação de 
grande importância no desempenho operacional de uma empresa, pois através dele serão 
financiadas as atividades da empresa. 
Uma má gestão do capital de giro traz sérias e desastrosas consequências 
financeiras para empresa, contribuindo para uma situação de insolvência. Através de uma 
boa gestão do capital giro é possível trazer bons resultados e preservar da saúde financeira 
da empresa, pois envolve um processo contínuo de tomada de decisões voltadas 
principalmente, para preservação da liquidez da empresa, que consequentemente afeta a 
rentabilidade. 
Para elaboração do trabalho fez-se revisão bibliográfica para fundamentar os 
conceitos e a teoria sobre assunto. Sendo composto o artigo pelos trechos mais importantes 
das obras de autores que tiveram suas matérias publicadas. O trabalho foi elaborado 
através de pesquisas bibliográfica, das principais obras que abordam sobre o tema, em 
seguida foi realizado um levantamento dos principais autores que trataram do assunto 
referente a gestão de capital de giro e como uma boa gestão auxilia nos resultados de uma 
empresa. Por fim, houve a união das ideias e a conclusão do artigo científico. 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 
 
Conforme Tófoli (2008), a administração de capital de giro é a maneira de se 
gerenciar os ativos e passivos circulantes da empresa. Quando Ativo Circulante (AC) for 
maior que o Passivo Circulante (PC), a empresa possui capital giro líquido positivo e quando 
ocorre ao contrário, possui capital de giro líquido negativo. 
De acordo com Assaf Neto (2003), a administração do capital de giro engloba 
decisões de compra e venda, e também as mais diversas atividades operacionais e 
financeiras de uma empresa. Observa-se que a administração do capital de giro deve 
garantir a uma empresa a adequada consecução de sua política de estocagem, compra de 
materiais, produção, venda de produtos e mercadorias e prazo de recebimento. 
Segundo Braga (1995, p. 81), “a administração do capital de giro envolve um 
processo contínuo de tomada de decisões voltadas principalmente para a preservação da 
liquidez da empresa, mas que também afeta sua rentabilidade”. 
Gitman (1997) considera que uma das decisões mais importantes que precisa ser 
tomada com respeito aos itens circulantes da empresa é determinar como usar os passivos 
circulantes para financiar os ativos circulantes. O montante de passivos circulantes 
disponíveis é limitado pelo valor das compras a prazo (duplicatas a pagar), pelo valor das 
despesas (contas a pagar) e pelo valor considerado aceitável para credores (empréstimos). 
Complementa Assaf Neto (2010), uma administração inadequada do capital de giro 
resulta normalmente em sérios problemas financeiros, contribuindo efetivamente para a 
formação de uma situação de insolvência. 
 
2.1 Gestão de capital de giros 
Para Gitman (1987, p.279) a administração de capital de giro abrange a 
administração das contas circulantes da empresa, incluindo ativos e passivos circulantes. 
A administração de capital de giro é um dos aspectos mais importantes da 
administração financeira considerada globalmente, já que os ativos circulantes representam 
mais da metade do ativo total, e uma parcela dos financiamentos totais que é representado 
pelo passivo circulante nas empresas. 
 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante (AC) 
Disponível 
Valores a Receber 
Estoques 
Passivo Circulante (PC) 
Fornecedores Salários e Encargos Sociais 
Empréstimos e Financiamentos 
Ativo Realizável a Longo Prazo (RLP) Passivo Exigível a Longo Prazo (ELP) 
Empréstimos e Financiamentos 
Ativo Permanente (AP) Investimentos 
Imobilizado Diferido 
Patrimônio Líquido (PL) 
Capital 
Reservas 
Lucros/Prejuízos Acumulados 
Figura 1. Balanço Patrimonial e capital de giro. 
Fonte: Assaf Neto (2010). 
 
O capital de giro é o montante de recursos necessários para que empresa possa 
desempenhar suas atividades operacionais a curto prazo, onde é representado pelos 
recursos exigidos para financiar as necessidades operacionais de uma empresa. 
Ele é extremamente importante para as empresas, pois é através desses recursos 
que a empresa mantém em funcionamento a curto prazo. A gestão de capital de giro é 
frequentemente visto como um indicador de liquidez e tem participação relevante no 
desempenho operacional da empresa. Através desse indicador pode se verificar a situação 
financeira de uma empresa a curto prazo. 
Segundo a Adempe (1997, p. 130), onde foi feita uma analogia sobre o termo, o 
Capital de Giro de uma empresa é: Como a rotação do motor de um carro. Quanto mais 
giros tiver o motor, mais potência tem. Quanto menos giros tiver o motor, menos potência 
tem. 
Ou seja: quanto mais capital (dinheiro) girar a empresa, mais potência tem. Quanto 
menos capital (dinheiro) girar a empresa, menos potência tem (ADEMPE, 1997, p.130). 
A gestão capital de giro trata dos ativos e passivos correntes (circulantes) 
identificados como aqueles capazes de serem convertidos em caixa no prazo de um ano, 
onde envolve basicamente a decisões de compra e venda tomada de decisão pelo gestor 
financeiro, e outras diversas atividades operacionais e financeiras. 
Os ativos circulantes, comumente chamados de capital giro, representam a 
proporção do investimento total da empresa que circula, a fim de financiar operações, como, 
caixa, estoques, contas a receber, etc. 
Os passivos circulantes representam de curto prazo porque incluem todas as dívidas 
vencem no prazo máximo de um ano que incluem valores devidos fornecedores, bancos, 
funcionário e governo. O objetivo da administração financeira de curto prazo é gerir cada 
ativo circulante (estoques, contas a receber, caixa e aplicações financeira a curto prazo) e 
cada passivo circulante (contas a pagar, despesas a pagar, e instituições financeira a pagar 
a curto prazo) de maneira a alcançar um equilíbrio entre rentabilidade e risco que contribua 
positivamente para valor da empresa (GITMAN, 2004, p. 510). 
Evidentemente, se as atividades de seus vários elementos ocorressem de forma 
sincronizada, não haveria necessidade de se manterem recursos aplicados em capital de 
giro, e não teria finalidade estudar sobre o capital de giro. 
Conforme Tófoli (2008) visto que o objetivo da gestão da capital de giro é alcançar 
um equilíbrio entre rentabilidade e risco, pelo fato das operações de produção, venda e 
cobrança não serem sincronizadas entre si, o capital de giro divide-se em: 
a) fixo ou permanente – o capital de giro fixo ou permanente refere-se ao volume 
mínimo de necessário para manter a empresa em condições normais de 
funcionamento. 
b) variável ou sazonal – é definido pelas necessidades adicionais e temporais de 
recursos verificados em determinados período, onde se exige compras 
antecipadas de estoques, recursos do disponível em trânsito, maiores volumes de 
vendas em certos períodos do ano etc. 
 
2.2.1 Capital de giro bruto 
 
O Capital de bruto compreende se pelo total do ativo circulante, mais precisamente 
pelas contas estoque, valores a receber, caixa e outros. 
 
2.2.2 Capital de giro líquido 
 
O capital de giro líquido é obtido pala diferença entre o ativo circulante e passivo 
circulante. Através dessa operação podemos analisar se empresa possui uma folga 
financeira positiva, podendo liquidar seu exigível a curto prazo, ou capital de giro líquido 
negativo não podendo honrar suas dívidas a curto prazo (GITMAN, 1987). 
 
2.2.3 Capital giro próprio 
 
Conforme Tófoli (2008) “O Capital Circulante Próprio revela, basicamente,os 
recursos próprios das empresas que estão financiados suas atividades correntes – o ativo 
circulante.” Corresponde a parcela de capital da empresa (sócios), que está sendo usado 
para financiar os elementos ativo circulante como duplicatas a receber (créditos). 
 
2.3 Técnicas de gestão do capital de giro 
 
Os indicadores de prazos médios ou conhecidos também como indicadores de 
atividade, através deles se permitem conhecer a política de compra e venda adotada pela 
empresa, podendo, dessa forma, contatar a eficiência com que os recursos alocados estão 
sendo administrados. 
Uma boa gestão do capital de giro envolve imprimir alta rotação (giro) ao circulante, 
tornando mais dinâmico seu fluxo de operações. Este incremento de atividade no capital de 
giro proporciona, de forma favorável à empresa, menor necessidade de imobilização de 
capital no ativo circulante e consequente ao aumento da rentabilidade (ASSAF, 2010, p.19). 
Na gestão de capital de giro através dos prazos médios, é possível verificar quanto 
tempo, em média, a empresa demora a receber suas vendas a prazo, renovar seus 
estoques, e pagar seus fornecedores. 
Essas ferramentas são de grande importância para gestão do capital de giro, e 
recebem a denominação de Prazo Médio de Recebimento de Vendas, Prazo Médio de 
Renovação de Estoques, e Prazos Médios de Pagamento de Compras. 
Esses indicadores devem ser analisados em conjuntamente, sua análise 
isoladamente não representa informações e sim um simples dado. A análise desses três 
índices conjuntamente forma o Ciclo Operacional e o Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa, 
elementos fundamentais na elaboração de estratégias gerencias e avaliação do 
comportamento das atividades da empresa. 
De acordo com Tófoli (1945) “a má administração dos prazos médios afeta 
diretamente o resultado e a liquidez da empresa.” Através dos índices de atividade é 
possível medir a velocidade a que as contas são convertidas em vendas ou em entradas e 
saídas de caixa. 
 
2.3.1 Prazo médio de Renovação de Estoque – PMRE 
 
Na administração dos estoques devem ser levados em conta os fatores: custo de 
capital, custo das instalações, custos dos serviços e riscos de estocagem (ARANHA, 2011). 
O custo de manter estoques se traduz no volume de recursos investidos nos 
materiais e produtos estocados, nas instalações, e nos equipamentos necessário para 
locomoção física e armazenagem. Os custos de instalações incluem o custo de aluguéis, 
impostos, taxas, manutenção, limpeza, refrigeração, seguro e depreciação. 
Entretanto os custos de serviços compreendem os gastos com mão-de-obra utilizada 
para recebimento, movimentação e controles administrativos. Os riscos são em relação 
furtos, deterioração, obsolescência, conjunturas etc. 
A administração dos estoques é um assunto complexo, todavia, para um gestor 
financeiro, é importante calcular sua rotação e interpretar os índices e seus reflexos na 
liquidez e rentabilidade da empresa. Entretanto para gestão de capital de giro, o gestor 
financeiro deve conhecer o indicador prazo médio de renovação de estoques que exprime 
números de dias que estoques são renovados, ou ainda número de dias, em média, os 
estoques permanecem armazenado na empresa antes de serem vendidos. 
Quanto menos o prazo e maior o giro dos estoques, melhor. O índice é obtido pela 
seguinte fórmula: PMRE = (Estoques/CMV) x 360 
 
2.3.2 Prazo médio de Recebimento de Vendas – PMRV 
 
As vendas a prazo de uma empresa devem ser seguidas de uma política de crédito 
que seja adequada a sua atividade, uma vez que, conceder crédito significa assumir risco 
e custos, que é inexistente na modalidade à vista. 
Por outro lado, deve se levar consideração a concessão de prazo, que propicia a 
ampliação dos níveis operacionais, ganho de escala, além favorecimento do escoamento 
de produção, aumento do giro de estoques e permissão da ampliação das atividades das 
empresas do terceiro setor, em contrapartida requer um maior investimento. 
A conta duplicatas a receber ou cliente, geralmente tem valor relevante no ativo 
circulante, onde são representados os custos de produção e vendas, impostos sobre as 
vendas e lucro bruto ainda não realizado. O indicador de prazo médio de recebimento indica 
o tempo decorrido, em média, entre a venda de seus produtos e o efetivo ingresso de 
recursos. 
O ideal é que o recebimento das vendas se efetue no menor prazo possível. 
(ARANHA, 2011). 
O índice é obtido pela seguinte fórmula: PMRV = (Duplicatas a receber/Vendas) x 
360 
 
2.3.3 Prazo Médio de Pagamento de Compras – PMPC 
 
Os saldos de duplicatas a pagar ou fornecedores, representa para empresa uma 
fonte de recursos operacionais, ligada diretamente aos negócios da empresa. 
O prazo médio de pagamentos de compras representa o prazo, em média, que 
empresa obtém de seus fornecedores para pagamento dos insumos ou mercadorias. 
Quanto maior prazo, melhor para empresa (ARANHA, 2011). 
A fórmula é seguinte: PMPC = (Fornecedores/CMV) x 360 
 
2.3.4 Ciclo Operacional, Financeiro e Econômico 
 
O ciclo operacional representa o intervalo de tempo decorrido entre momento que a 
empresa adquire as matérias-primas ou mercadoria e o momento em que recebe o dinheiro 
relativo às vendas (ARANHA, 2011). 
Conforme Aranha (2011), refere-se ao período (em média) que os recursos estão 
investidos nas operações sem que tenham ocorridos os correspondentes ingressos de 
caixa. Parte desse capital é financiado pelos fornecedores que concederam prazo de 
pagamento. 
O ciclo financeiro indica, em termos médios, o tempo decorrido entre o momento do 
pagamento dos fornecedores pelas matérias-primas ou mercadorias adquiridas e as 
entradas de caixa referente recebimento de vendas. É o tempo que empresa necessita ou 
não para financiamento complementar do seu ciclo operacional. 
Através da apuração do ciclo financeiro pode se evidenciar qual o prazo que a 
empresa financia seus clientes, com os recursos próprio e terceiros. 
Quanto maior o ciclo financeiro de uma empresa, mais necessidades de obtenção 
de financiamentos complementar para giro de seus negócios. Se obtido através de fontes 
onerosas, poderá provocar redução da rentabilidade e contribuir para um processo de 
insolvência da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Fornecedores Financiam apenas parte da estocagem. 
Fonte: Tófoli (2008). 
 
O ciclo econômico considera unicamente as ocorrências de natureza econômica, 
envolvendo a compra de materiais até as respectivas vendas. 
Não leva em consideração os reflexos de caixa verificados em cada fase operacional. 
Os prazos de estocagem e de recebimento afetam significativamente as necessidades de 
recursos para financiamentos do giro das operações. 
 
2.4 Influência de uma eficaz gestão de capital de giros no resultado da empresa 
 
O valor do capital se sustenta em três fatores: volumes de vendas, políticas de 
crédito e níveis de estoque. Uma empresa que apresenta um capital de giro líquido positivo, 
podemos afirmar que é menor o risco de insolvência? Não é de toda veracidade, pois se 
deve alisar a evolução das contas que compõem o ativo circulante, dependendo da situação 
a folga financeira se torna ilusória. 
Como exemplo, se o ativo circulante apresentar uma evolução nas contas estoques 
e duplicatas receber decorrido o aumento das vendas podemos considerar um fato normal. 
Caso ocorra uma evolução das contas estoques e duplicatas a receber sem consequência 
do aumento das vendas podemos considerar uma estratégia irregular. 
Da mesma forma pode ocorrer na ausência de capital de giro negativo, não indica 
dificuldade financeira. As contas que compõem o passivo circulante podem existir um 
descompasso de vencimentos investidos, sendo possível liquidar os compromissos nos 
valores devidos e data prazadas. Como exemplo podemos citar um fato onde os valores a 
receber vencem a cada 30 dias e os compromissos vencem a cada 90 dais. 
Nesse caso a empresa conseguetrabalhar com capital de terceiros, ocorrendo o 
ciclo operacional da seguinte maneira: 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Ciclo Operacional 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
 
Quando ocorrer o aumento das contas duplicatas a receber e estoques sem 
correspondente crescimento das vendas, há um forte indício de elevação de inadimplência 
ou de mudanças na política de crédito, e inibir os investimentos em estoques por existir o 
custo de manter estoque. 
Todos necessitam de maiores investimentos, porém o menos preocupante as 
vendas. Um capital de giro elevado inibi investimentos em Ativos Permanentes necessário, 
sem necessidade de investimentos. Por outro lado, Capital Giro reduzido implicará na 
capacidade de operar empresa. 
“Assim, o capital de giro deve ser administrado de forma que não sejam mantidos 
estoques em excesso e desnecessário que fatalmente incidirão em custos (custo de manter 
estoque). O mesmo raciocínio para cuidado da política de crédito, pois uma política mais 
liberal ampliará o volume das contas a receber e provável aumento da inadimplência, e 
maior espaço de tempo no ciclo de caixa (ou ciclo financeiro)” (TÓFOLI, 2008, p. 151). 
O enfoque da área financeira para realização da gestão de capital de giro, 
basicamente, na procura da eficiência na gestão dos recursos, o que é feito através da 
maximização de seus retornos e minimização de seus custos. O capital giro precisa ser 
acompanhado periodicamente, pois está constantemente sofrendo mudanças enfrentadas 
pela empresa. 
“Uma administração inadequada do capital de giro resulta normalmente em sérios 
problemas financeiros, contribuindo efetivamente para formação de uma situação de 
insolvência”. Quando há uma boa gestão dos Ativos Circulantes e Passivo Circulante, 
buscando um equilíbrio entre as contas que compõem, certamente haverá uma liquidez. 
A gestão inadequada do Capital Giro resulta naturalmente em sérias e desastrosas 
consequências, chegando muitas vezes, até concordata ou falecia da empresa. A 
imobilização excessiva da empresa é um dos exemplos. Os recursos que deveriam 
investidos no capital giro foram desviados para outra finalidade. 
 
CONCLUSÃO 
 
Tendo em vista a pesquisa apresentada conclui-se que é de extrema importância 
uma boa gestão do capital de giro para saúde financeira de uma empresa, pois estão 
diretamente ligados com ciclo operacional e o giro dos negócios. 
O presente estudo mostrou os conceitos, algumas técnicas para gestão financeira 
do capital de giro e sua importância para saúde financeira das empresas. A gestão eficiente 
dos seus elementos contribui significativamente para a maximização do lucro da empresa, 
entretanto uma má gestão do capital giro pode causar problemas financeiros para empresa, 
levando até a falência. 
O capital de giro está diretamente associado às fontes, as quais a empresa necessita 
para financiar seu crescimento. Através dos indicadores de atividade permitem conhecer 
política venda e compra adotada pela empresa, podendo contatar a eficiência com os 
recursos alocados estão sendo administrados. 
A necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios do administrador 
financeiro. Um elevado volume de capital de giro irá desviar recursos financeiros que 
poderiam ser investidos nos ativos permanentes da empresa. 
Por outro lado, o capital de giro muito reduzido restringirá a capacidade de operação 
e de vendas da empresa. 
Por fim, concluímos que as empresas de um modo geral necessitam de uma reserva 
de capital de giro e que este é de fundamental importância para o sucesso das empresas. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ADEMPE (Associação dos Empresários da Pequena e Média Empresa do Brasil). Socorro: 
tenho uma empresa! – Como Organizar e Dirigir Uma Empresa. São Paulo, 1997. 
ARANHA, J. A. Indicadores de ciclos financeiro e operacional: uma abordagem com 
enfoque na liquidez e rentabilidade. Campo Grande MS, agosto 2008. Disponível em:. 
Acesso em: 02 jun. 2011. 
ASSAF NETO, Alexandre. Administração de Capital de Giro. 3 ed. São Paulo: Atlas, 
2010. 
BRAGA, R. Análise avançada do capital de giro. Caderno de Estudos FIPECAFI, n.3, 
set/1991. 
GITMAN, Laurence J. Princípios de administração financeira. 3 ed. São Paulo: Harbra, 
1987. 
TÓFOLI, Irso. Administração Financeira empresarial: uma tratativa prática. Campinas: 
Arte Brasil Editora/Unisalesiano – Centro Universitário Católico Auxilium, 2008.

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