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Administração Financeira e
Orçamentária I
Autoria
Jailson Portugal Ribeiro
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
E ORÇAMENTÁRIA I
ReitoR:
Prof. Cláudio ferreira Bastos
Pró-reitor administrativo financeiro: 
Prof. rafael raBelo Bastos
Pró-reitor de relações institucionais:
Prof. Cláudio raBelo Bastos
diretor de oPerações:
Prof. José Pereira de oliveira
coordenação Pedagógica:
Profa. Maria aliCe duarte G. soares
coordenação nead:
Profa. luCiana r. raMos
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou 
parcialmente, por quaisquer métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia 
fotostática ou outros, sem a autorização escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedi-
dos para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, 
deverão ser dirigidos à Reitoria.
expediente
Ficha técnica
autoria: 
Jailson PortuGal riBeiro
suPervisão de Produção nead:
franCisCo Cleuson do nasCiMento alves
design instrucional:
antonio Carlos vieira
Projeto gráfico e caPa:
franCisCo erBínio alves rodriGues / 
JoCivan de Castro Costa 
diagramação e tratamento de imagens:
JoCivan de Castro Costa /
MiGuel José de andrade Carvalho
revisão textual: 
eManoela de araúJo
Ficha catalogRáFica
catalogação na publicação
biblioteca centRo univeRsitáRio ateneu
RIBEIRO, Jailson Portugal. Administração Financeira e Orçamentaria I. Jailson 
Portugal Ribeiro. – Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2019.
112 p. 
ISBN:
1. Administração financeira. 2. Demonstração financeira. 3. Alavancagem. 4. Capital. 
Centro Universitário Ateneu. II. Título.
Caro estudante, é com grande satisfação que 
apresento o material didático da disciplina Administração 
Financeira e Orçamentária I. Ao ler e estudar por este 
material, você terá condições, como profissional, de 
analisar situações do dia a dia e tomar atitudes embasadas 
no conhecimento adquirido. 
Este livro está dividido em quatro unidades de acordo 
com a ementa da disciplina. Primeiramente, iniciaremos com 
a visão geral da administração financeira. Posteriormente, 
trabalharemos pormenorizadamente sobre as principais 
demonstrações financeiras, valor do dinheiro no tempo, 
alavancagem, estrutura financeira e capital de giro.
 Não é nosso objetivo esgotar todo o assunto, ao 
contrário, você deverá procurar outras fontes além deste 
livro para aprofundar seu conhecimento e estar sempre 
atualizado sobre os temas estudados aqui. 
A partir da leitura você estará apto a analisar e 
interpretar as principais demonstrações financeiras, 
dominar o conceito de valor do dinheiro no tempo, analisar 
com facilidade as questões sobre alavancagem e estrutura 
financeira e ter conhecimento no que diz respeito à capital 
de giro. 
Bons estudos!
seja bem-vindo!
Sumário
UNIDADE 01
VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
1. Conceitos de finanças ........................................................................................8
1.1. Principais áreas e oportunidades da carreira em finanças .........................9
1.2. Principais conceitos em Administração Financeira ...................................10
2. Objetivos e funções da Administração Financeira ............................................13
2.1. Estrutura da função financeira ..................................................................13
2.2. Relação com a Economia .........................................................................14
2.3. Relação com a Contabilidade ...................................................................14
2.4. Ênfase nos fluxos de caixas .....................................................................16
2.5. Tomada de decisão ...................................................................................16
3. Sistema Financeiro Nacional (SFN) .................................................................17
3.1. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN) .....................................18
Referências ..........................................................................................................31
UNIDADE 02
AS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, SEUS INDICADORES E 
SUAS ANÁLISES
1. Principais demonstrações financeiras ..............................................................34
1.1. Balanço Patrimonial (BP) ..........................................................................34
1.2. Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) ...................................44
2. Indicadores econômico-financeiros ..................................................................49
2.1. Índices de liquidez ....................................................................................49
2.2. Índices de endividamento ..........................................................................50
2.3. Índices de rentabilidade .............................................................................51
3. Análises das demonstrações financeiras .........................................................52
3.1. Análise vertical ........................................................................................52
3.2. Análise horizontal ......................................................................................54
Referências ..........................................................................................................57
UNIDADE 03
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO EM FINANÇAS, ALAVANCAGEM E ESTRU-
TURA DE CAPITAL
1. As características do valor do dinheiro no tempo .............................................60
1.1. Valor futuro versus valor presente ............................................................60
2. Regimes de capitalização .................................................................................62
2.1. Regime de capitalização simples ..............................................................62
2.2. Regime de capitalização composta ...........................................................63
2.3. Conceitos referentes a taxas .....................................................................64
3. Inflação .............................................................................................................66
3.1. Principais índices de preços ......................................................................66
4. Alavancagem ....................................................................................................69
4.1. Alavancagem operacional .........................................................................70
4.2. Alavancagem financeira ............................................................................73
4.3. Alavancagem total .....................................................................................74
5. Análise do ponto de equilíbrio .........................................................................76
5.1. Relação da variação dos custos e ponto de equilíbrio ..............................77
5.2. Ponto de equilíbrio contábil ......................................................................77
5.3. Ponto de equilíbrio financeiro ....................................................................78
5.4. Ponto de equilíbrio econômico .................................................................79
Referências .........................................................................................................83
UNIDADE 04
CUSTO E ESTRUTURA DE CAPITAL
1. Visão geral de custo de capital .........................................................................86
1.1. Fontes de financiamento da empresa ......................................................87
2. Custo médio ponderado de capital (cmpc) .......................................................89
3. Custo de capital próprio e de terceiros .............................................................95
4. Ciclo financeiro e ciclo operacional ..................................................................96
5. Capital de giro líquido .....................................................................................1005.1. Variação do ativo circulante e do passivo circulante ..............................103
6. Necessidade de capital de giro ......................................................................105
6.1. Capital de giro disponível ......................................................................107
Referências ....................................................................................................... 111
CUSTO E ESTRUTURA DE CAPITAL
Apresentação
Nesta unidade, desvendaremos o custo de capital e pormenorizaremos as suas 
fontes de financiamento (capital próprio ou capital de terceiros), apresentaremos seus 
custos, suas análises e seus impactos na tomada de decisão.
Na segunda parte desta unidade, estudaremos sobre o ciclo financeiro e o ci-
clo operacional. Também veremos os conceitos de idade média de estoque ou sim-
plesmente prazo médio de estocagem, prazo médio de recebimento e prazo médio de 
pagamento, conceitos esses que nos fornecem as informações relacionadas ao ciclo 
operacional e ao ciclo financeiro. 
Em seguida, evoluiremos estudando os conceitos de capital de giro líquido e a 
necessidade de capital de giro nos negócios, assuntos de grande valia no mundo das 
finanças corporativas.
Uni
86 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM
• Conhecer a visão geral do custo de capital;
• Compreender as fontes de financiamento da empresa e como elas são alocadas 
na contabilidade;
• Analisar o custo médio ponderado de capital e suas especificidades; 
• Conhecer o ciclo financeiro e o ciclo operacional, além de aprender sobre os 
conceitos que compõem suas fórmulas de cálculo;
• Estudar sobre o capital de giro líquido e a necessidade de capital de giro por meio 
de exemplos práticos.
1. visão geral de Custo de CaPital
O custo de capital pode ser definido como a taxa de retorno que uma organi-
zação espera obter nos projetos em que investe, com o intuito de manter o seu valor 
de mercado. Também pode ser definido como a taxa de retorno exigida pelos fornece-
dores de capital do mercado. 
O custo de capital é um conceito financeiro de alta relevância, pois funciona 
como um meio de decisão básico em relação aos investimentos e aos bens dos proprie-
tários da organização, determinada pelos investidores do mercado. 
Na verdade, o custo de capital trata-se de um “número mágico” usado para 
tomar decisões relacionadas a investimentos. É também um conceito dinâmico, impac-
tado por fatores econômicos gerais como também por fatores empresariais específicos. 
Segundo essa linha de raciocínio, podemos adotar algumas premissas quanto ao risco 
e ao imposto de renda, premissas essas explanadas a seguir:
• Premissa de risco econômico: o risco econômico consiste no risco de 
a empresa ser incapaz de fazer jus aos custos operacionais, risco esse 
que vamos considerar como algo constante. Essa premissa implica que 
a aceitação de um determinado projeto não impacta a capacidade empre-
sarial de arcar com os custos operacionais;
• Premissa de risco financeiro: o risco financeiro consiste no risco de a 
empresa ser incapaz de fazer jus às suas obrigações financeiras (juros, 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 87
aluguéis, etc.), risco esse que iremos considerar como constante. Essa 
premissa implica que os projetos de financiamento não impactarão a 
capacidade organizacional de honrar seus custos de financiamento. 
• Premissa de medição do custo de capital: o custo de capital é medido 
após o imposto de renda. Fazemos isso expurgando o capital de terceiros, 
em que o benefício fiscal é associado ao imposto de renda.
1.1. Fontes de financiamento da empresa 
Quando falamos em fontes de recursos, diversas classificações surgem, clas-
sificações essas que se referem à origem de recursos ou ao prazo de quitação dos 
financiamentos obtidos. Na teoria da contabilidade, as diferentes fontes de recursos 
podem ser apresentadas de acordo com a figura adiante.
Figura 01: Fontes de financiamento da empresa.
I
N
V
E
S
T
I
M
E
N
T
O
S
PC
PNC
PL
Fonte: Elaborada pelo autor.
Na figura anterior, conseguimos ver as diferentes fontes de financiamento e 
investimento que existem na teoria da contabilidade. Sendo que as fontes de investi-
mento podem ser apresentadas no Ativo Circulante (AC) e as fontes de financiamento 
podem ser apresentadas no Passivo Circulante (PC), no Passivo Não Circulante (PNC) 
e no Patrimônio Líquido (PL).
88 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
De acordo com Bruni (2013, p. 164), em relação à origem de recursos, as 
fontes podem ser apresentadas como capital de terceiros, isto é, os recursos obti-
dos por meio de financiamento ou dívida, que têm a obrigação de pagar os juros e a 
amortização, ou como capitais próprios, ou seja, os recursos dos sócios, com o qual 
a entidade não tem obrigação de efetuar pagamentos, mas deve obter a rentabilidade 
desejada pelos proprietários de tal capital. 
O capital de terceiros é segregado em duas vertentes: capital de terceiros de 
curto prazo e capital de terceiros de longo prazo, como mostra a Figura 02 (e que 
serão detalhadas adiante):
Figura 02: Grupos de financiamento da empresa.
T
E
R
C
E
I
R
O
S
P
R
Ó
P
R
I
O
PC
PNC
PL
1
4
4
2
4
4
3
1
4
4
2
4
4
3
CURTO PRAZO
LONGO PRAZO
Fonte: Elaborada pelo autor.
• Capital de terceiros de curto prazo: é alocado no Passivo Circulante (PC). É 
denominado de curto prazo devido ao fato de seu horizonte de vencimento ser 
até o final do exercício seguinte. Por exemplo, podemos citar contas a pagar, 
salários a pagar e empréstimos de curto prazo;
• Capital de terceiros de longo prazo: o capital de terceiros de longo prazo é 
alocado no Passivo Não Circulante (PNC). É denominado de longo prazo devido 
ao fato de seu horizonte de vencimento ser além do final do exercício seguinte. 
Por exemplo, podemos citar os empréstimos de longo prazo.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 89
Cada fonte de financiamento representa custos específicos, ou seja, no caso 
dos capitais fornecidos por terceiros, há o custo de juros e amortizações, enquanto que 
no capital fornecido pelos sócios, há uma expectativa de rentabilidade que deve ser 
atendida ou superada pela empresa ou projeto.
Para Bruni (2013, p. 165), algumas fontes de capitais de curto prazo, como 
fornecedores, eventualmente podem apresentar dificuldades no processo de estima-
tiva dos custos financeiros específicos. Contabilmente, o fornecedor não destaca 
os juros incorporados aos preços dos insumos em função do prazo concedido. Os de-
monstrativos contábeis também não apresentam os juros pagos aos fornecedores em 
função dos prazos das diferentes operações. Em tais situações, como vimos anterior-
mente, podemos aplicar premissas como: não considerar o custo relativo aos capitais 
de curto prazo com estimativas difíceis, assumindo que para eles valerá a média dos 
custos obtidos para as demais fontes ou arbitrar um valor sensato para esse custo de 
financiamento de curto prazo, por exemplo, usa-se a taxa Selic + adicional no Brasil.
As ponderações relativas às expectativas dos financiadores que foram listadas 
anteriormente dão origem ao custo médio de capital. Os projetos selecionados e a 
organização devem ser capazes de superar as expectativas de seus financiadores, 
sócios ou terceiros, expectativas essas que são refletidas no custo médio ponderado 
de capital.
2. Custo médio Ponderado de CaPital (CmPC)
É muito raro encontrar empresas constituídas ou financiadas somente por capi-
tal próprio (somente acionistas) ou totalmente financiadas por terceiros (somente credo-
res). O primeiro caso aplica-se a algumas empresas em estágio inicial, já o segundo 
caso aplica-se a algumas empresas em processo de falência ou com sérios proble-
mas financeiros. Tirando os extremos falados anteriormente, a maioria das empresas 
é financiada por um mix de capital próprio e de capital de terceiros.
Nesse cenário, o custo de capital representa o preço que a organização pagapelos recursos obtidos junto aos fornecedores de recursos, sócios ou terceiros. Consis-
te em uma ferramenta para a tomada de decisão relativa aos investimentos, na medida 
em que a aplicação de recursos com retorno superior ao custo de capital da empresa 
maximiza os recursos nela investido. 
90 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
Segundo Bruni (2013, p. 189), o custo de capital resulta da ponderação 
das diversas fontes de financiamento da empresa (capitais próprios ou de tercei-
ros) e pode ser obtido mediante a metodologia do WACC, do inglês Weighted 
Avarage Capital Cost.
A fórmula geral para se calcular o custo médio ponderado de capital é dada 
a seguir:
Ko = (Wd x Kd) + (Wp x Kp) + (We x Ke) + (Ws x Ks)
No qual:
Ko = Custo médio ponderado de capital
Wd = Peso (em %) do custo de capital de terceiros (dívida) 
Kd = Custo da dívida
Wp = Peso (em %) das ações preferenciais 
Kp = Custo das ações preferenciais
We = Peso (em %) das ações ordinárias
Ke = Custo das ações ordinárias 
Ws = Peso (em %) dos lucros retidos
Ks = Custo dos lucros retidos
Na visão de Costa et al. (2011, p. 90), algumas considerações a respeito da 
fórmula do WACC dever ser apresentadas:
• Efeito do imposto de renda: em muitos países, a renda que a empresa 
paga aos credores na forma de juros, como remuneração pelos finan-
ciamentos, é dedutível da base de cálculo do imposto de renda. Assim, 
o uso de capital de terceiros na estrutura de financiamento da empresa 
proporciona uma economia fiscal para a empresa, pois ela paga menos 
impostos dependendo da proporção do uso de capital de terceiros. Esse 
efeito geralmente é captado na fórmula do WACC pela multiplicação do 
custo bruto de capital de terceiros (Ki) por 1 – t, no qual o t representa a 
alíquota do imposto sobre a renda (no caso do Brasil, devemos somar o 
imposto de renda e a contribuição social). O resultado dessa multiplicação 
é o custo de capital de terceiros após o imposto de renda (Kd).
• Pesos a valor de mercado: o custo médio ponderado de capital deve 
ser corretamente calculado utilizando-se os valores de mercado dos ca-
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 91
pitais como peso na ponderação, e não no valor contábil desses mesmos 
capitais. Entretanto, utilizar o valor contábil não é o procedimento mais 
adequado, pois os investidores calculam os retornos mínimos que são 
esperados a partir do valor de mercado dos capitais investidos. Isso vale 
para empresas com capital negociado em bolsa de valores e que tenham 
suas dívidas na forma de títulos negociados ativamente em um mercado 
secundário com suficiente liquidez. Para empresas que possuem ações 
com baixa liquidez e para as empresas que não possuem seus títulos 
negociados em bolsa, a ponderação a valor de mercado é bem mais difícil. 
Uma saída que pode ser considerada nesse caso é usar uma estrutura de 
capital médio do setor como fator de ponderação e assumir que a empresa 
direcionará sua estrutura atual para aquela meta. 
• Ações preferenciais: no mercado americano, onde todo o arcabouço 
teórico de finanças corporativas foi desenvolvido, as ações preferenciais 
são tidas como financiamento perpétuo e, portanto, consideradas como 
capital de terceiros no cômputo do WACC. Já no Brasil, as ações prefe-
renciais são classificadas como capital próprio no cálculo do WACC.
A seguir podemos ver uma visão gráfica dos componentes necessários para 
o cálculo do WACC:
Figura 03: Componentes fundamentais para o cálculo do WACC.
WACC (ko)
1
4
4
4
2
4
4
4
3
Custo de capital de
terceiros (kd)
Empréstimos
bancários
Títulos de dívida
Ações 
preferenciais
Custo de capital
próprio (ke)
1
4
4
2
4
4
3
1
4
4
2
4
4
3
Ações
ordinárias
Lucros
acumulados
Ações 
preferenciais
Fonte: Elaborada pelo autor.
92 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
No qual:
• Empréstimos bancários - Custo médio dos diversos contratos de finan-
ciamento da empresa.
Ki = Custo da dívida antes do imposto de renda
Kd = Custo da dívida após o imposto de renda
• Títulos de dívida - Taxa de retorno até o vencimento (YTM).
Ki = Custo da dívida antes do imposto de renda 
Kd = Custo da dívida após o imposto de renda
• Ações preferenciais (Kp) alocadas no custo de capital de terceiros - 
Nos EUA, ações preferenciais se assemelham a uma dívida perpétua por 
causa do dividendo fixo obrigatório. 
• Ações ordinárias - Custo de capital próprio (Ke).
• Lucros acumulados - No custo dos lucros acumulados (retidos), é usado 
o mesmo custo do capital próprio (Ke) por ter o mesmo risco.
• Ações preferenciais (Kp) alocadas no custo de capital próprio - No 
Brasil, as ações preferenciais se assemelham ao capital próprio em função 
do risco.
A seguir podemos ver um exemplo com a aplicação prática do WACC:
Vamos calcular o custo médio ponderado de capital da empresa Cia. De 
Sapatos S.A. com base nas seguintes informações:
• Custo do capital próprio: 15% ao ano;
• Custo do capital de terceiros: 12% ao ano;
• Participação do capital próprio: 35,7%;
• Participação da dívida: 64,3%;
• Alíquota de IR + CSLL = 34%.
WACC = Ko = (Wd x Kd) + (Wp x Kp)
WACC = (0,357 x 0,15) + ((0,643 x 0,12) x (1 - 0,34)) = 10,45% ao ano
Nesse caso, não utilizamos as ações ordinárias e nem os lucros retidos pela 
sua falta. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 93
3. Custo de CaPital PróPrio e de terCeiros
Como dito anteriormente, o financiamento adquirido de terceiros tem a necessi-
dade de amortizações e pagamento de juros, despesas financeiras que em empre-
sas tributadas pelo lucro real são dedutíveis do imposto de renda. Se por um lado os 
juros e amortizações ligados aos projetos comprometem os fluxos de caixa e a liquidez 
da organização, por outro trazem o benefício fiscal associado às despesas financeiras, 
por esse motivo devemos expurgar o benefício fiscal da dívida contratual.
Para exemplificar o efeito do benefício fiscal descrito anteriormente, vamos 
considerar uma operação em duas situações distintas: não dever nada (sem dí-
vidas) e dever alguma coisa (com dívida equivalente a 50% dos investimentos e 
custo igual a 20% a.a.).
A seguir analisaremos esses dois casos apresentando uma tabela com o Balan-
ço Patrimonial (BP) e a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE):
Tabela 01: Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício.
BALANÇO PATRIMONIAL (BP)
NÃO DEVE NADA DEVE ALGUMA COISA
Ativos 400,00 400,00 
Dívidas (20% a.a.) - 200,00 
PL 400,00 200,00 
Passivos 400,00 400,00 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
 NÃO DEVE NADA DEVE ALGUMA COISA
LAJIR 100,00 100,00 
(-) Juros - (40,00) 
LAIR 100,00 60,00 
(-) IR 30% (30,00) (18,00) 
Lucro Líquido 70,00 42,00 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Podemos ver que na situação “não deve nada”, não há o pagamento de juros, 
e o lucro líquido do exercício é de R$70,00. Já na situação “deve alguma coisa”, as 
dívidas representam 50% dos investimentos ou 50% de R$400,00, ou seja, R$200,00, 
e um lucro líquido igual a R$42,00.
94 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
Porém uma análise do lucro líquido revela que a redução efetiva do lucro foi 
igual a R$70,00 menos R$42,00, isto é, apenas R$28,00. Embora o desembolso com 
os juros tenha sido igual a R$40,00, esse fato se deve a parte dos juros pagos que volta 
sob a forma de IR economizado. Assim, devemos expurgar do custo do endividamento 
o benefício fiscal associado ao endividamento.
Considerando uma alíquota de IR igual a 30%, o fato de desembolsar R$40,00 
a título de despesa financeira provoca um benefício fiscal igual à alíquota do IR mul-
tiplicada pela despesa. Ou seja, R$40,00 x 30% = R$12,00. Do desembolso aparente 
da dívida (R$40,00) deve ser abatido o benefício fiscal associado aos juros (R$12,00). 
O resultado desse processo é um desembolso igual a R$40,00 – R$12,00, isto é, 
R$28,00. O custo efetivo da dívida, ou seja, R$28,00, é o valor que vai ser efetiva-
mente reduzido do lucro. Vimos que o custo anual do investimento era de 20% a.a., 
porém se expurgarmos o benefíciofiscal, ficaria R$28,00 dividido por R$200,00, 28/200 
= 14% a.a. 
Para Costa et al. (2011, p. 92), nem sempre é fácil diferenciar capital próprio de 
capital de terceiros. Alguns títulos de empresas são lançados como opções que podem 
se transformar em capital próprio algum dia, o que é o caso de debêntures conversí-
veis, por exemplo. A principal característica que diferencia capital de terceiros de capital 
próprio é a estrutura proprietária e seu derivado, o risco. 
Os financiadores de capital de terceiros (credores) não possuem proprie-
dade sobre os ativos, embora sejam tomados, em alguns casos, como garantia para 
a efetivação do contrato de financiamento. O contrato firmado entre a empresa e os 
credores garante uma remuneração prometida (juros) periodicamente ou no fim do 
prazo estabelecido em negociação, sob pena de execução da empresa, tomada como 
propriedade dos ativos dados em garantia, em caso de inadimplência. 
Quando o financiamento da empresa é realizado por capital próprio, não há um 
contrato estabelecido em relação ao pagamento dos juros, tampouco a devolução do 
principal em alguma data futura. Essa característica jurídica contribui para que o risco 
associado ao financiamento por capital próprio seja maior do que o risco associado 
ao capital de terceiros. 
De acordo com essa característica, podemos concluir que o custo do capital de 
terceiros é mais barato que o custo do capital próprio em qualquer parte do mundo 
em que se mantém essa mesma estrutura jurídica.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 95
1.	 Quais	as	fontes	de	financiamento	de	uma	organização?	Fale	um	pouco	sobre	elas.
2.	 Como	se	subdivide	o	capital	de	terceiros	quando	falamos	em	prazo?	Exemplifique.
3. Conceitue Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC).
4.	 Qual	o	capital	mais	caro,	o	capital	próprio	ou	o	capital	de	terceiros?	Justifique	sua	resposta.
5.	 Explique	como	é	obtido	o	benefício	fiscal	associado	ao	 imposto	de	 renda	quando	é	
contraído	um	financiamento	pela	empresa.
96 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
4. CiClo finanCeiro e CiClo oPeraCional
O ciclo financeiro ou de caixa de uma empresa é de essencial importân-
cia para a administração financeira de curto prazo. Esse ciclo fornece as bases para 
analisar pormenorizadamente a administração do ativo circulante, como também do 
passivo circulante.
O ciclo operacional de uma organização é o período de tempo que vai do 
começo do processo de produção até o recebimento do caixa resultante da venda dos 
produtos acabados. O ciclo operacional contempla duas principais categorias de ativos 
de curto prazo, a categoria de estoque e a de contas a receber, que é medido con-
forme a fórmula adiante:
CO = IME + PMR
No qual:
Co = Ciclo operacional
IME = Idade Média dos Estoques
PMR = Prazo Médio de Recebimento
De acordo com Gitman (2010, p. 549), o processo de produção e venda de um 
produto também inclui a compra a prazo de insumos de produção (matérias-primas), 
resultando em contas a pagar a fornecedores. Estas reduzem o número de dias de 
recursos de uma empresa que estão comprometidos com o ciclo operacional. O tempo 
medido em dias até a quitação das contas a pagar a fornecedores é chamado Prazo 
Médio de Pagamento (PMP). O ciclo operacional menos o prazo médio de paga-
mento compõe o Ciclo de Conversão de Caixa (CCC) e representa o prazo pelo qual 
os recursos da empresa ficam aplicados. 
A fórmula do Ciclo de Conversão de Caixa (CCC) está apresentada a seguir:
CCC = CO – PMP ou CCC = IME + PMR – PMP
Podemos ver nas equações anteriores que o cálculo do ciclo operacional e 
do ciclo financeiro ou de caixa correspondem a somatórios e subtrações de outras 
variáveis, tais como idade média dos estoques ou prazo médio de estocagem, prazo 
médio de recebimento e prazo médio de pagamento. A seguir veremos a explicação de 
cada uma dessas variáveis. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 97
O Prazo Médio de Estocagem (PME) é o tempo, em média, que as mercado-
rias ficam armazenadas na empresa antes de serem vendidas. O volume de estoques 
armazenados por uma organização decorre principalmente de seu volume de vendas e 
de sua política de estocagem.
Para Moraes Junior (2011, p. 546), o volume de estoques pode ser interpreta-
do de duas formas: na primeira, o montante de estoques representa a potencialidade de 
a empresa transformá-lo em dinheiro, que é a imagem que as empresas tentam passar 
para as instituições financeiras com o objetivo de adquirir empréstimos; na segunda, 
o volume dos estoques é considerado como investimento (aplicação de recursos) no 
ativo circulante.
A fórmula do prazo médio de estocagem é apresentada a seguir:
PME = (Estoque Médio/CMV) x DP
No qual:
Estoque Médio = (estoque inicial + estoque final) 
CMV = Custo da Mercadoria Vendida
DP = Dias do Período Considerado (360 dias para um ano e 30 dias para 
um mês)
A interpretação isolada do índice de prazo médio de estocagem resulta da se-
guinte situação: quanto maior o prazo médio de rotação de estoques, pior será. Isto 
ocorre devido ao fato de a organização levar mais tempo para renovar seus estoques, 
ou seja, demora mais tempo para vender as mercadorias, imobilizando os recursos por 
mais tempo.
A seguir veremos um exemplo de cálculo do prazo médio de estocagem:
Tabela 02: Dados para cálculo do prazo médio de estocagem.
Estoque 20x1 20x2 20x3
Estoque Inicial (EI) 53.693,00 55.848,00 67.087,00 
Estoque Final (EF) 55.848,00 67.087,00 73.659,00 
Média = (EI + EF)/2 54.770,50 61.467,50 70.373,00 
 20x1 20x2 20x3
CMV 504.580,00 541.982,00 520.360,00 
Fonte: Elaborada pelo autor.
98 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
PME (20x1) = (54.770,50/504.580,00) x 360 = 39 dias
PME (20x2) = (61.467,50/541.982,00) x 360 = 41 dias
PME (20x3) = (70.373,00/520.360,00) x 360 = 49 dias
Para Moraes Junior (2011, p. 547), o prazo médio de recebimento indica o 
tempo, em média, que a empresa leva para receber suas vendas. O volume de dupli-
catas a receber é decorrente de dois fatores básicos: montante de vendas a prazo 
e o tempo concedido aos clientes para pagamento. Os termos de venda de uma 
empresa compreendem os prazos concedidos aos clientes, os descontos concedidos 
para pagamento à vista e os instrumentos de formalização da venda a prazo.
A fórmula do prazo médio de recebimento é apresentada a seguir:
PMR = (Duplicatas a Receber Médio/(ROL + Imposto)) x DP
No qual:
Duplicatas a Receber Médio = (saldo inicial + saldo final)/2
ROL = Receita Líquida de Vendas (Receita Operacional Líquida)
DP = Dias do Período Considerado (360 dias para um ano e 30 dias para 
um mês)
A interpretação isolada do índice de prazo médio de recebimento resulta da 
seguinte interpretação: quanto maior o prazo médio de recebimento das vendas, pior 
será, pelo fato de a empresa levar mais tempo para receber o dinheiro referente às 
vendas a prazo.
A seguir veremos um exemplo de cálculo do prazo médio de recebimento:
Tabela 03: Dados para cálculo do prazo médio de recebimento.
Duplicatas a Receber 20x1 20x2 20x3
Saldo Inicial (SI) 102.534,00 101.846,00 110.241,00 
Saldo Final (SF) 101.846,00 110.241,00 100.407,00 
Média = (SI + SF)/2 102.190,00 106.043,50 105.324,00 
 20x1 20x2 20x3
Vendas líquidas + 
Impostos 870.414,00 967.716,00 974.655,00 
Fonte: Elaborada pelo autor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 99
PMR (20x1) = (102.190,00/870.414,00) x 360 = 42 dias
PMR (20X2) = (106.043,50/967.716,00) x 360 = 39 dias
PMR (20x3) = (105.324,00/974.655,00) x 360 = 39 dias
O prazo médio de pagamento indica quantos dias, em média, a empresa leva 
para pagar seus fornecedores.
A fórmula do prazo médio de pagamento é apresentada a seguir:
PMP = (Fornecedores Médio/C) x DP
No qual:
Fornecedores Médios: (saldo inicial + saldo final)/2
C = Compras do período
DP = Dias do Período Considerado (360 dias para um ano e 30 dias para 
um mês)
A interpretação isolada do índice de prazo médio de pagamento resulta da se-
guinte interpretação: quantomaior o prazo médio de pagamento dos fornecedores, me-
lhor será, pelo fator de a empresa levar mais tempo para pagar suas dívidas referentes 
às compras efetuadas.
Tabela 04: Dados para cálculo do prazo médio de recebimento.
Fornecedores 20x1 20x2 20x3
Saldo Inicial (SI) 23.722,00 30.776,00 44.292,00 
Saldo Final (SF) 30.776,00 44.292,00 53.199,00 
Média = (SI + SF)/2 27.249,00 37.534,00 48.745,50 
 20x1 20x2 20x3
Compras 314.176,00 342.997,00 326.698,00 
Fonte: Elaborada pelo autor.
PMP (20X1) = (27.249,00/314.176,00) x 360 = 31 dias
PMP (20x2) = (37.534,00/342.997,00) x 360 = 39 dias
PMP (20x3) = (48.745,50/326.698,00) x 360 = 54 dias
100 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
Como dito anteriormente, o Prazo Médio de Estocagem (PME) somado ao Prazo 
Médio de Recebimento (PMR) representa o cálculo do ciclo operacional, ou seja, o tempo 
que a empresa leva para renovar seu estoque somado ao tempo de recebimento das ven-
das a prazo. 
Em outra vertente, vimos que o Prazo Médio de Estocagem (PME) somado ao 
Prazo Médio de Recebimento (PMR) e subtraindo o Prazo Médio de Pagamento (PMP) re-
presenta o ciclo financeiro, isto é, o tempo entre o pagamento das compras e o recebimento 
das vendas a prazo. O ciclo financeiro determina a necessidade da empresa em relação ao 
capital de giro, ou seja, quanto maior o ciclo financeiro, maior a necessidade de a empresa 
utilizar recursos próprios para financiar suas operações.
5. CaPital de giro líquido
Agora vamos estudar um conceito de extrema importância no mundo das finan-
ças, o conceito de capital de giro líquido.
Quando analisamos os ativos e os passivos de curto prazo de uma organização 
é possível ver claramente se, apesar da sua geração de lucro, ela enfrentará dificul-
dades de honrar suas obrigações de curto prazo. Este risco financeiro está ligado ao 
gerenciamento do capital de giro líquido.
O conceito de capital de giro líquido está ligado intimamente a um conceito es-
tudado anteriormente, o de liquidez corrente. A liquidez corrente está relacionada com 
a falta de sincronização entre o prazo de vencimento das fontes de financiamento e a 
materialização no caixa dos respectivos investimentos.
A seguir podemos ver a fórmula do capital de giro líquido:
CGL = AC – PC
No qual:
CGL = Capital de Giro Líquido
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 101
A presença de capital de giro líquido, que consiste na diferença entre os ativos 
circulantes e passivos circulantes, mostra que parte dos investimentos de curto prazo 
(ativo circulante) está sendo financiado por fontes de longo prazo (passivo não circu-
lante), isso quer dizer que há um desequilíbrio entre a forma de investir e financiar essa 
aplicação do ponto de vista de fluxo de caixa. Este desequilíbrio reduz o risco de curto 
prazo, visto que as obrigações de amortização dessas fontes de financiamento somen-
te se tornarão devidas no longo prazo.
Podemos definir o capital de giro líquido como a diferença entre o ativo cir-
culante e o passivo circulante de uma empresa. Quando o ativo circulante supera o 
passivo circulante, a empresa tem capital de giro líquido positivo, porém quando o ativo 
circulante é inferior ao passivo circulante, temos o capital de giro líquido negativo. 
 Na linha de pensamento de Gitman (2010, p. 547), o ativo circulante, comu-
mente chamado de capital de giro, representa a porção do investimento que circula, 
de várias formas, na conduta normal dos negócios. Esse conceito abrange a transição 
recorrente do caixa para os estoques, dos estoques para os recebíveis e dos recebíveis 
novamente para o caixa. Vale ressaltar que com a classificação de equivalentes de 
caixa, os títulos negociáveis também são considerados parte do capital de giro.
O passivo circulante representa o financiamento de curto prazo das organiza-
ções, pois contempla todas as dívidas vincendas (a pagar) em um horizonte que vai até 
o fim do exercício subsequente. Essas dívidas, na sua grande maioria, contemplam va-
lores devidos a fornecedores (contas a pagar), funcionários (salários a pagar), governo 
(despesas a pagar), bancos (empréstimos bancários), entre outros.
Ainda de acordo com Gitman (2010, p. 547), a conversão dos estoques para os 
recebíveis e destes para o caixa fornecem os recursos para pagar o passivo circulan-
te. As saídas de caixa do passivo circulante são relativamente previsíveis. Ao incorrer 
em uma obrigação, a empresa sabe quando será devido o pagamento correspondente. 
Mais difíceis de prevê são as entradas de caixa, ou seja, a conversão do ativo circulante 
em formas mais líquidas. Quanto mais previsíveis as entradas de caixa, menor o capital 
de giro líquido necessário. Como a maioria das organizações não é capaz de conciliar 
com certeza as entradas e as saídas de caixa, costumam manter um ativo circulante 
mais do que suficiente para cobrir as saídas do passivo circulante. Com isso podemos 
dizer que quanto maior a margem com que o ativo circulante supera o passivo circulan-
te, maior a capacidade de a empresa fazer jus às suas obrigações à medida em que 
elas se tornam devidas. 
102 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
Quando falamos em capital de giro líquido, uma análise que não pode deixar de 
ser feita é a de compensação entre a rentabilidade da empresa e o seu risco. Nesse 
contexto, a rentabilidade é definida como a relação entre as receitas e os custos ge-
rados pelo uso dos ativos de uma organização em atividades produtivas, ativos esses 
que são circulantes e fixos. Uma empresa tem dois meios de aumentar os lucros, o 
primeiro é aumentando as receitas e o segundo é atuando na redução dos custos. 
O risco, no contexto da administração financeira, é a probabilidade de que a empresa 
não consiga pagar suas contas no momento que elas se tornam devidas. Nesse caso, a 
empresa se torna tecnicamente insolvente. Pode-se supor que quanto maior o capital 
de giro líquido, menor o risco, ou seja, menor o risco de a empresa se tornar insolvente.
4 formas de impedir que o capital de giro mate sua empresa
1- Reduza o prazo de recebimento da sua empresa
A primeira medida, e normalmente a mais difícil, seria reduzir o prazo de recebimento da 
sua empresa. O problema é que a única maneira de fazer isto é reduzindo o “financia-
mento” aos seus clientes, por exemplo, reduzindo o prazo de parcelamento das vendas e 
incentivando que seus clientes paguem à vista. É algo difícil de ser feito, especialmente em 
momentos de crise, nos quais o poder de compra dos seus clientes estará reduzido. Se 
existem concorrentes que praticam políticas de financiamento de vendas mais agressivas, 
vai ser difícil nadar contra a maré, mas é importante que você verifique se não existe espa-
ço para alguma melhoria no seu prazo médio de recebimentos.
2- Otimize seu estoque
Em segundo lugar, é necessário otimizar o estoque (e reduzir o ciclo de produção, para 
quem é da indústria). Eu costumo ver muitas empresas pequenas e médias que se “super 
estocam” para conseguir preços melhores junto aos fornecedores. O que o pessoal não 
percebe é que o ganho no preço de compra vai embora na linha de despesas financeiras, 
que são os juros que você vai pagar aos bancos para te financiarem. É claro que é impor-
tante conseguir bons preços junto aos fornecedores, mas isto não pode se dar em troca 
de um estoque maior do que o necessário. Fuja de “pedidos mínimos”, “preço promocional 
para uma compra maior do que X” e outras pegadinhas do gênero. Esse era um dos proble-
mas do Zé Raimundo. Ele estava carregando um estoque muito maior do que o necessário 
pois acreditava que “compras em escala” traziam uma vantagem e também porque ele não 
conseguia fugir dos “pedidos mínimos” de alguns fornecedores. Lembre-se que a crise 
bate em todos. Em momentos mais complicados, os seus fornecedores também estarão 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 103
sofrendo e, por isso mesmo, serão mais flexíveis para negociar o tamanho dospedidos e 
as condições de pagamento.
3- Negocie melhor com seus fornecedores
Em terceiro lugar, negocie melhor com seus fornecedores. Aumente os prazos de paga-
mento. O famoso “desconto para pagar à vista” só vale a pena se for maior do que o custo 
do seu capital de giro. O que você paga em 30 dias, passe a pagar em 45. O que você 
paga em 45, passe a pagar em 60, e assim por diante. Aqui, a sua empresa é a cliente e 
normalmente o poder de negociação está do seu lado. Mesmo um fornecedor grande não 
vai querer perder a venda. Jogue duro! Na crise, todo mundo fica mais flexível. Outra dica 
importante: GASTE MENOS! Seja mais criterioso nas despesas, questione a real necessi-
dade de cada despesa. Dinheiro tem que ser difícil de gastar! Não facilite e “desburocratize” 
os processos de aprovação de despesas. Faça o contrário, use a burocracia a seu favor, 
para ter gastos mais controlados e melhorar seus resultados.
4- Alinhe o bônus de seu time ao ciclo financeiro
Por fim, alinhe o bônus do seu time ao ciclo financeiro! O Prazo Médio de Recebimento das 
Vendas tem que fazer parte das metas da área comercial, o Prazo Médio de Renovação 
dos Estoques tem que fazer parte das metas da área industrial (para quem produz), do 
pessoal de vendas e marketing, e o Prazo Médio de Pagamentos faz parte das metas do 
pessoal de compras. O Tesoureiro (ou o Controller, conforme o caso) que faz o papel do 
“Xerife” do Ciclo Financeiro, tem como meta o próprio resultado do Ciclo Financeiro. Isso 
vai fazer com que ele fique igual a um Pitbull em cima do pessoal comercial, industrial, de 
compras, etc.
Normalmente já não é fácil, e em momentos de crise fica um pouco mais difícil, mas uma 
gestão consciente e ativa do Ciclo Financeiro é a única maneira de evitar uma crise de 
capital de giro. E não se iluda, gerir o caixa não é algo que se faz uma vez por mês, na reu-
nião de resultados. É um trabalho diário, constante e que exige persistência, mas que pode 
representar a diferença entre uma vida longa e próspera para sua empresa ou engrossar as 
estatísticas dos 50% de negócios que quebram antes de dois anos de vida.
Fonte: Para ler o texto na íntegra, acesse: .
5.1. Variação do ativo circulante e do passivo circulante 
Pa'ra Gitman (2010, p. 547), podemos usar o quociente entre o ativo circulante e 
o ativo total para demonstrar como a mudança do ativo circulante de uma organização 
afeta a relação entre a rentabilidade e o risco. Esse consciente compreende a repre-
sentatividade circulante do ativo total. A seguir podemos ver os efeitos na rentabili-
dade e no risco quanto à alteração do ativo circulante e do ativo total.
104 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
Quadro 01: Efeitos na rentabilidade e no risco devido à alteração do 
ativo circulante e do ativo total.
Quociente Variação do 
Quociente 
Efeito sobre o 
Lucro
Efeito sobre o 
Risco
Ativo Circulante Aumento Diminuição Diminuição
Ativo Total Diminuição Aumento Aumento
Passivo Circulante Aumento Aumento Aumento 
Ativo Total Diminuição Diminuição Diminuição
Fonte: Elaborada pelo autor.
Podemos observar que quando o quociente aumenta, isto é, quando aumenta 
o ativo circulante, a rentabilidade diminui, isto acontece pelo fato de o ativo circulante 
ser menos lucrativo que o imobilizado, pois o ativo imobilizado agrega mais valor ao 
produto. 
Por outro lado, o efeito risco diminui à medida que aumenta o quociente entre 
ativo circulante e ativo total. O aumento do ativo circulante aumenta o capital de giro 
líquido, reduzindo, assim o risco de insolvência. Além disso, à medida que descemos 
pelo lado do ativo no balanço patrimonial, o risco associado aos ativos aumenta, por 
exemplo, o caixa e os títulos negociáveis são menos arriscados do que as contas a re-
ceber, os estoques e o ativo imobilizado. E por sua vez, as contas a receber são menos 
arriscadas do que os estoques e o ativo imobilizado, e o estoque menos arriscado do 
que o imobilizado. Quanto mais perto o investimento estiver do caixa na estrutura do 
balanço patrimonial, menos arriscado será.
Também podemos demonstrar como a variação no nível do passivo circulante 
de uma empresa afeta a relação entre a rentabilidade e o risco usando o quociente 
entre passivo circulante e ativo total. Esse quociente indica a porcentagem do ativo 
total financiada por meio do passivo circulante. Podemos ver essa variação no quadro 
01. Quando o quociente aumenta, a rentabilidade também aumenta devido ao fato de 
a empresa usar mais financiamento com passivo circulante e menos financiamento de 
longo prazo. Porém quando o quociente entre passivo circulante e ativo total aumenta, 
o risco de insolvência também aumenta, visto que o aumento do passivo circulante 
reduz o capital de giro líquido. Efeitos opostos sobre o lucro e risco resultam em uma 
redução do quociente entre passivo circulante e ativo total. 
Exemplificando o cálculo do capital de giro líquido, temos uma empresa com 
um Ativo Circulante (AC) no valor de R$1.500,00, enquanto o Passivo Circulante (PC) 
é de R$1.000,00.
Então, temos:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 105
CGL = AC – PC
CGL = 1500 – 1000 = 500
CGL = 500 (Capital de Giro Líquido Positivo)
No exemplo anterior, mesmo que algum ativo circulante não gire ou não se tor-
ne em caixa, há um “colchão” de liquidez de R$500,00 resultante da diferença entre o 
AC e o PC, que seria utilizado justamente para lidar com as incertezas dos investimen-
tos de curto prazo e para atenuar o risco de curto prazo dos credores. Esse “colchão” 
de liquidez é o capital de giro líquido. 
6. neCessidade de CaPital de giro
Conceitualmente, a necessidade de capital de giro corresponde à necessidade 
líquida de investimento permanente de capital para garantir o giro normal das opera-
ções de uma empresa. Historicamente, essa necessidade de capital pode ser calculada 
pela diferença entre os saldos de seus ativos circulantes e os de seus passivos circulan-
tes de origem estritamente operacional.
A seguir podemos ver a fórmula da necessidade de capital de giro:
NCG = ACO – PCO
No qual:
NCG = Necessidade de Capital de Giro
ACO = Ativos Circulantes Operacionais
PCO = Passivos Circulantes Operacionais
De acordo com Costa et al. (2011, p. 88), os valores a receber de clientes, 
os estoques, os títulos a receber, as despesas antecipadas e os adiantamentos a 
fornecedores são exemplos de ativos cíclicos, enquanto que os valores devidos a 
fornecedores, os salários a pagar, os impostos operacionais a recolher (ICMS, IPI, 
etc.), as contas a pagar e os adiantamentos de clientes fazem parte do passivo 
cíclico. Esses valores, embora considerados na estrutura patrimonial realizáveis e 
exigíveis a curto prazo, têm como característica predominante a renovação perma-
nente, considerando-se a possibilidade de realização e exigibilidade na hipótese 
de encerramento das atividades da organização.
Quando o resultado da equação de necessidade de capital de giro é positivo 
(ACO > PCO), revela que a empresa em questão necessita de financiamento de curto 
prazo para promover a suas atividades. Por outro lado, quando o resultado da equa-
106 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
ção é negativo (ACOde mensuração da necessidade de ca-
pital de giro:
Tabela 05: Mensuração da necessidade do capital de giro.
Nível Operacional Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Duplicatas a Receber 75.493,00 55.678,00 45.674,00 48.903,00 
( + ) Estoques 43.533,00 53.246,00 36.789,00 32.124,00 
( + ) Despesas Antecipadas 1.232,00 2.368,00 7.654,00 5.439,00 
( - ) Fornecedores 26.260,00 9.896,00 11.231,00 13.487,00 
( - ) Obrigações Fiscais 8.904,00 7.890,00 16.785,00 9.084,00 
( - ) Salários e Encargos 4.443,00 4.333,00 4.500,00 4.583,00 
( - ) Contas a Pagar 2.666,00 2.600,00 2.700,00 2.750,00 
NCG 77.985,00 86.573,00 54.901,00 56.562,00 
RBV 595.197,00 487.890,00 489.030,00 547.714,00 
Ciclo Financeiro 47 64 40 37
Fonte: Elaborada pelo autor.
Os resultados da necessidade de capital de giro apresentados na tabela an-
terior nos permitem fazer algumas considerações:
• A empresa sempre precisou de financiamento para o seu investimento 
líquido no giro das suas operações (NCG > 0 = ACO > PCO), entretanto 
essa necessidade recuou de R$77.985 (ano 1) para R$56.562 (ano 4);
• No segundo ano, a empresa combinou uma queda de 18,3% em sua 
receita bruta de vendas com um expressivo aumento no tamanho de seu 
ciclo financeiro, que passou a equivaler a 17,7% de sua necessidade de 
capital de giro. Essa combinação de fatores resultou em um aumento de 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 107
11,1% em seu esforço de financiamento para atender à sua necessidade 
de capital de giro;
• No terceiro ano, a empresa combinou uma expansão de seu ciclo finan-
ceiro, que passou a equivaler a apenas 11,2% (contra os 17,7% no ano 2) 
de sua receita bruta de vendas. Essa combinação de fatores resultou em 
um aumento de 3% em seu esforço de financiamento para atender à sua 
necessidade de capital de giro;
• No quarto ano, a empresa combinou uma expansão de 12% em sua receita 
bruta de vendas com uma expressiva redução no tamanho de seu ciclo 
financeiro, que passou a equivaler a apenas 10,3% (contra os 11,2% no ano 
3) de sua receita bruta de vendas. Essa combinação de fatores resultou 
em uma redução de 3,9% em seu esforço de financiamento para atender 
à sua necessidade de capital de giro.
6.1. Capital de giro disponível 
O capital de giro líquido é a disponibilidade de capital de giro em fundos de longo 
prazo e permanentes, com a finalidade de financiar as operações da empresa. É ainda a 
diferença entre os saldos de seus passivos e ativos estratégicos (não circulantes).
Podemos ver a fórmula do capital de giro líquido a seguir:
CDG = PNC – ANC
No qual:
CDG = Capital de Giro Disponível 
PNC = Passivos Não Circulantes
ANC = Ativos Não Circulantes
Segundo Costa et al. (2011, p. 93), os financiamentos de longo prazo, os em-
préstimos concedidos a coligadas e os valores registrados no patrimônio líquido são 
exemplos de passivo não circulante (ou estratégicos), enquanto que os ativos reali-
záveis a longo prazo, os investimentos em participações acionarias, os valores regis-
trados no ativo imobilizado e os valores registrados no intangível fazem parte do ativo 
não circulante (ou estratégicos). Também nesse caso, embora alguns desses valores 
sejam considerados na estrutura patrimonial, realizáveis e exigíveis a longo prazo, têm 
como característica predominante a renovação permanente e, em alguns casos, quase 
que automática; logo, só se considera a possibilidade de realização e exigibilidade de-
les na hipótese de encerramento das atividades da empresa.
108 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I
Alguns fatores podem ocasionar a variação do capital de giro disponível de 
uma empresa, são eles:
• A quantidade de fundos gerados a partir das atividades operacionais e 
financeiras (autofinanciamento);
• O resultado não operacional; 
• O fluxo líquido de recursos estratégicos, que corresponde às entradas e 
saídas de caixa derivadas da movimentação de capitais de longo prazo 
na empresa: realizáveis e exigíveis a longo prazo, ativos permanentes e 
capital social.
Como dito anteriormente, os fatores citados afetam diretamente a variação do 
capital de giro. 
Em seguida podemos ver todos esses fatores na fórmula da variação do capital 
de giro:
ΔCDG = Autofinanciamento + Resultado Não Operacional + 
Fluxo Líquido de Recursos Estratégicos.
Podemos ver a seguir um exemplo de variação de capital de giro:
Tabela 06: Variação do CDG (em R$).
Nível Estratégico Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Exigível a Longo Prazo 58.854,00 56.055,00 87.612,00 80.604,00 
( + ) Patrimônio Líquido 203.824,00 180.962,00 194.065,00 204.638,00 
( = ) PNC 262.678,00 237.017,00 281.677,00 285.242,00 
Realizável a Longo Prazo 6.967,00 8.923,00 14.582,00 16.705,00 
( + ) Ativo Permanente 180.019,00 180.931,00 174.302,00 223.752,00 
( = ) ANC 186.986,00 189.854,00 188.884,00 240.457,00 
CDG = PNC - ANC 75.692,00 47.163,00 92.793,00 44.785,00 
AUT 33.307,00 - 1.274,00 - 3.719,00 29.402,00 
RNO - - - 
FLRE - 22.465,00 - 27.255,00 49.348,00 - 77.411,00 
 10.842,00 - 28.529,00 45.629,00 - 48.009,00 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Os resultados do CDG apresentados na tabela anterior nos permitem fazer as 
seguintes afirmações:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 109
• A empresa sempre pode dispor de recursos estratégicos líquidos (CDG 
> 0 = PNC > ANC) para financiar seu investimento no giro diário de suas 
operações. Entretanto, essa disponibilidade recuou, aproximadamente, 
40,8% entre o ano 1 (R$75.692,00) e o ano 4 (R$44.785,00);
• No primeiro ano, o CDG da empresa (que era de R$64.850,00 no ano 
0) foi impactado positivamente (expansão de 16,71%) pela geração de 
R$33.307,00 de autofinanciamento, que foi maior que o investimento líquido 
em ativos estratégicos (FLRE 0) de R$49.348,00, que foi maior que a soma dos resultados 
negativos do autofinanciamento (R$3.719,00);
• No quarto ano, o CDG da empresa voltou a ser impactado negativamente 
(queda de 51,7%) pela ocorrência de um investimento líquido em ativos 
estratégicos (FLREesses que estão ligados ao meio circulante necessário para a 
operação da organização. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I 111
referênCias 
BRUNI, Adriano Leal. Análise de investimentos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
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