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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 32ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE S ALVADOR Processo n° 35666/2019 INTELIGENCIA TECNOLIGIA S/A., pessoa jurídica de direto privado inscrita no CNPJ..., com sede..., por seu advogado que subscreve vem respeitosamente, perante vossa Excelência apresenta CONTESTAÇÃO COM BASE NO ART. 847 DA CLT Em face de ANA MARIA DA SILVA, já qualificada, pelas razões de fato e direito a seguir expostas. BREVE SINTESE DO FATO Ana Maria da Silva ingressou com ação afirmando que quando foi colaboradora da empresa no período de 10/02/2018 a 30/09/2019 com a função de auxiliar de TI. Ana Maria da Silva ajuizou reclamatória trabalhista, em face da Inteligência Tecnológica na data de 25/05/2020, com pedido certo, determinado e com indicação de valor. Ana Maria da Silva pediu pagamento por dano moral alegando ter sido vitima de revista intima, onde foi obrigada a abrir sua bolsa para que o segurança pudesse realizar a verificação. Afirmou ainda que não era contemplada pelo plano de saúde, assim como a cesta básica que a empresa fornecia. Relata também, que, durante todo o seu contrato de trabalho, permaneceu, duas vezes por semana por mais de uma hora na sede da empresa para participar de culto religioso, situação que caracteriza tempo à disposição do empregador, fundamentando o pedido de horas extras pelo tempo despendido no culto. Ana Maria afirmou também que foi dispensada por justa causa, acusada indevidamente de cometer furto de equipamento da empresa, sem qualquer prova, motivo pelo qual pede reversão da justa causa e o pagamentos dos direitos trabalhistas para colaborador desligado sem justa causa. Por fim, Ana Maria formulou pedido de adicional de insalubridade, mas sem fundamento. Ana Maria junto os seguintes documentos ao seus argumentos: Cartão do plano de saúde, copia da convenção coletiva de trabalho que vigorou no período de marco de 2016 a março de 2018, na qual consta obrigação de os empregadores fornecerem cesta básica aos seus colaboradores mês a mês, advogando a ideia de que houve prorrogação automática da CCT, em razão do direito adquirido, documento circular da empresa, que autorizava os colaboradores a participarem de um culto na empresa que ocorria todos os dias ao final do expediente. PRELIMINAR De inicio, importante trazer a inépcia em relação ao adicional de insalubridade, com extinção do processo sem resolução do mérito em relação a este pleito. DO MERITO A) DANO MORAL Ana Maria alega ter passado por revista intima o que é infundada e não cabe dano moral. Esclarece a reclamada que não faz parte de seus procedimentos este processo, sempre visou a preocupação com o bem estar dos seus colaboradores, inclusive com a reclamante. Portanto, não restam duvidas que a reclamante tenta agir de má fé para tirar proveito financeiro da reclamada trazendo alegação totalmente inverídica . O dano moral precisa ser provado, ou seja, para que a vitima possa fazer jus à indenização deverá provar o nexo de casualidade entre a conduta do ofensor e o dano sofrido em sua esfera moral. Desta forma não há nenhuma culpa a ser atribuída à reclamada, esta atitude da reclamante não deve ser tolerada e se pede a improcedência dos pedidos da reclamante. B) DO PLANO DE SAÚDE Com relação do pedido no que tange o plano de saúde, este por sua vez não caracteriza salário in natura/utilidade, visto que te vedação legal, conforme Art. 458 §2°, inciso V e §5° da CLT, o porque não poderá ser integrado ao salário. C) DA CESTA BASICA Se analisarmos o pedido de Ana Maria sobre o tema da cesta básica podemos notar que a cópia da convenção apresentada pela reclamante se findou em março de 2018 e não possui validade. Art. 614 §3° da CLT D) DAS PRATICAS RELIGIOSAS Como apresentado por Ana Maria, a circular autorizava os colaboradores a participarem da do culto religioso dentro da empresa, um convite para irem de forma voluntária, não se caracteriza assim tempo a disposição do empregador conforme Art. 4° §2°, inciso I da CLT E) DA DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA Diante dos fatos narrados é nítida que a reclamante incorreu de ato de improbidade, motivo pela qual cabe a demissão por justa causa, conforme Art. 482, a, da CLT. Justamente por esta falta grave, perde-se o direitos que uma colaborador sem justa causa receberia. DOS PEDIDOS Posto isto, requer a vossa Excelência que seja julgados improcedentes os pedidos apresentados pela reclamante, tais como: A) Julgamento no sentido de improcedência: o adicional de insalubridade B) Julgamento no sentido de improcedência: do dano moral C) Julgamento no sentido de improcedência: do plano de saúde D) Julgamento no sentido de improcedência: da cesta básica E) Julgamento no sentido de improcedência: das praticas religiosas F) Julgamento no sentido de improcedência: da reversão da justa causa Protesta provar por todos os meios de prova do Direito admitidos, especialmente, prova documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal. Nestes termos, pede deferimento. Salvador/BA data... Advogado... OAB...
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