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Aula Febre Amarela

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Medicina UNIFAI
FEBRE AMARELA
8° Termo
Dr. Rogério Ivan B. Bravo
Aspectos Gerais
Doença infecciosa febril aguda.
Doença de regiões tropicais.
Grande número de mortes entre século XVIII e início século XX.
Partículas virais instáveis no meio ambiente.
Provável origem da África.
Aspectos Gerais
Ausência de ciclo urbano / silvestre endêmica no brasil.
Manutenção da doença: transmissão entre primatas não humanos e mosquitos silvestres arbóreos.
Morte dos primatas: “evento sentinela”
Período de incubação: 3 – 6 dias (até 10 – 15 dias).
Transmissibilidade: 24 – 48h antes até 3 – 5 dias após início dos sintomas. Mosquito infectado 6 – 8 semanas.
Epidemiologia
200.000 casos anuais (OMS) – 90% África.
840.000 a 1.700.000 infectem anualmente na África; 170.000 doença; 29.000 a 60.000 óbitos.
Brasil = ↑ casos Janeiro – Março (meses chuvosos); proliferação do vetor.
Confirmados estados: 68 casos (São Paulo) / 13 (Paraná) / 1 (Santa Catarina). 
Óbitos: 14 (17,1%).
Estado de São Paulo
2018: 504 casos confirmados / 176 óbitos (36% letalidade).
2019 (janeiro a 18/11/2019): 789 notificações; com letalidade de 19,4%. 
Casos notificados de Febre Amarela segundo Classificação e Semana Epidemiológica. Estado de São Paulo, janeiro a novembro* de 2019
Julho 2020 – Janeiro 2021: 125 casos humanos notificados / 107 descartados / 18 investigação.
Fonte: Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 52 | Nº 4 | Fev. 2021
Agentes Etiológico
Vírus: gênero Flavivirus / família Flaviviridae.
Origem africana.
Transmissão
Aspectos Clínicos
Quadro clinico
Quadro espectral.
˃ 90% oligossintomáticos / gravidade ˃ cças e idosos (até 50%).
Quadro clássico 1ª fase viremia (20 – 30%) = febre alta, cefaleia intensa, inapetência, náuseas, mialgia, vômitos, prostração, “sinal de Faget”.
2ª fase, 2 – 3 dias = melhora dos sintomas com resolução ou 3ª fase (15 - 60%) piora dos sintomas com icterícia, hemorragias e letargia (↓ viremia / ↑ anticorpos) → choque / miocardite viral / IRA.
Óbito 7 – 10 dias após icterícia (20 – 50%).
Sinais de Alerta
	Clinicos 	Laboratoriais
	Icterícia (pele ou escleras amareladas)
Hemorragias
Colúria – urina “cor de coca-cola”
Oligúria – diminuição de volume urinário
Vômitos constantes
Diminuição do nível de consciência
Dor abdominal intensa	Hematócrito em elevação (20% acima do valor basal prévio ou valor de referência)
Transaminases acima de 10 vezes o valor de referência (TGO é geralmente mais elevada que TGP, diferentemente da hepatite aguda)
Creatinina elevada
Coagulograma alterado (ex.: Tempo de
Coagulação >20 min).
Caso Suspeito
Indivíduo proveniente de áreas endêmicas ou rurais e silvestres.
Até 7 dias de febre aferida ou referida.
2 ou + sintomas: cefaleia supraorbital intensa, mialgia, mal estar geral, calafrios, náuseas ou vômitos, icterícia com ou sem manifestações hemorrágicas.
Sem comprovação de vacinação ou vacinação a menos de 30 dias.
Diagnóstico diferencial
Diagnóstico laboratorial específico
Obs.: IgM até 3 meses.
Tratamento
Sintomáticos.
Hidratação:
Oral (leves – moderados) = 60 mL/Kg/dia, podendo ser apenas com solução salina ou 1/3 inicial com solução salina e os 2/3 restantes com líquidos caseiros (água, sucos, chá etc.).
Parenteral (oliguria / taquicardia / taquipneia / ↓consciência / vômitos persistentes / pulso filiforme / PA convergente) = 20 ml/Kg (manter diurese 0,5ml/Kg/h) na primeira hora e reavaliação intensiva de PA, FC e diurese. Avaliar necessidade de alterar o volume de acordo com esses parâmetros.
Profilaxia
Imunização: a partir 9 meses / vírus atenuado / dose única / imunidade 95% 7-10 dias e 99% 30 dias / Contra indicações: relativa > 60 anos / absoluta: ˂ 6 meses, gestantes, alérgicos a ovo, imunossuprimidos.
Controle de vetores.
Identificação de surtos.
Bibliografia
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Febre amarela : guia para profissionais de saúde – 1. ed., atual. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018.
Atualização Terapêutica de Prado // Ramos // Valle. 26ª Ed. São Paulo, Artes médicas, 2018.

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