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Lipoproteínas: Transporte de Colesterol e Lipídios

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Lipoproteínas
@brunagsaboia
Lipoproteína: complexo solúvel que serve de transporte para o colesterol e os lipídios em
geral. Podem ser dividas em:
- Quilomícrons: transportam os TAG e colesterol que vem da dieta
- Proteínas (VLDL, LDL, HDL): transporta os TAG e colesterol que vem do fígado. - Uma
camada externa: hidrofílica/solúvel
∙ Colesterol livre/fosfolipídio/ apoproteinas. - Uma camada interna: hidrofóbica.
∙ Tag/colesterol éster/vitaminas.
As lipoproteínas são classificadas de acordo com sua constituição e densidade:
- HDL (lipoproteína de alta densidade)
- LDL (lipoproteína de baixa densidade)
- VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa)
- QUILIMÍCRON (QM)
→ QUILOMÍCRONS: Formados na mucosa intestinal e faz o transporte de forma
exógena.
→ VLDL: tem origem hepática. Elas originam as IDL (lipoproteína de densidade
intermediária) e as LDL, que são ricas em colesterol (ésteres). Faz transporte de forma
endógena. → LDL: são a principal fonte de colesterol para os tecidos. Penetram nas
células a partir da endocitose.
→ HDL: tem função oposta ao LDL e atuam na remoção de colesterol dos tecidos para o
fígado.
CICLO EXÓGENO: É o transporte de lipídios que vem da dieta para o nosso corpo. O
QM é a primeira lipoproteína formada no intestino, pela enzima microssoma de
transporte. Ela irá juntar duas moléculas: APO B48 (uma proteína) com os lipídeos, que
vão estar em forma de micela no intestino.
1 : º Ela vai entrar na circulação linfática, seguindo até o ducto torácico, onde vai ter
ligação com a circulação, e irá entrar em contato com outra lipoproteína, o HDL.
2 : º Irão se comunicar através da APO B48, e a partir disso, vão fazer as trocas. O HDL
irá oferecer para o QM a APO C-II e a APO C-III, a APO E, colesterol livre, colesterol
esterificado de fosfolipídio. Já o QM irá oferecer para o HDL a APO A-I e a APO A-VI.
3 : º Quando o QM entra na circulação ele vai encontrar o endotélio, que tem uma
enzima, a lipase lipoproteica (LPL), e a chave para se encontrar com essa fechadura vai
ser a APO C-II, fazendo com que haja a quebra de triglicerídeos, ou seja liberação de
ácidos graxos. 4 : º O QM vai perdendo densidade e se torna QM remanescente, e ele
vai se encontrar com o LDL de novo e chegar no fígado e vai ser degrada por meio da
endocitose.
CICLO ENDÓGENO: Vai começar no fígado, e vai produzir lipoproteína chamada VLDL,
através da mesma enzima dos QM, a proteína microssomal de transporte MTP. 1 : º O
VLDL vai juntar a APO B-100 com os lipídios e vai se encontrar com o HDL e fazer as
trocas. O HDL irá passar para o VLDL a APO C-II, APO C-III, APO E e colesterol
esterificado. O VLDL não vai dar nada em troca, continuando sem caminho na
circulação. 2 : º O VLDL vai entrar em contato com o endotélio, ué vai ter a lipase
lipoproteica, que vai ser a fechadura para a chave APO C-II, quebrando triglicerídeos de
novo.
3 : º Encontra o HDL novamente e doa tudo que ele tem, perdendo a capacidade de
quebrar triglicerídeos. Por ele ter perdido densidade, parte de VLDL vai para IDL, ou
seja, é lipoproteína de densidade intermediária.
4 : º Esse IDL vai até o fígado e ira ser reabsorvido: ou vai ser degradado totalmente ou
a parte que não vai ser degradada vai vir em forma de LDL. Esse LDL vai para as
células e é um colesterol ruim, pois tem a capacidade de armazenar o colesterol em
vasos.
O HDL é o colesterol bom, pois ele participa do transporte reverso de colesterol, ou seja,
tira o colesterol que está na célula, e vai levar até o fígado para ser metabolizado, ou até
mesmo para ser excretado no intestino.
Faz isso através de 4 etapas:
∙ 1 Etapa: ª vai retirar o colesterol das células extra-hepáticas através de receptores
específicos (pelo mecanismo chave fechadura).
∙ 2 Etapa: ª esterificação do colesterol por ação da enzima LCAT, deixando ela mais
estável para transporte.
∙ 3 Etapa: ª vai transferir o colesterol para lipoproteínas que contem APO- B.
∙ 4 Etapa: ª vai ter remodelamento do HDL (perde as apoproteinas capazes de fazer a
esterificação do colesterol e as que fazem ligação com outras lipoproteínas) então agora
vai ser capturado pelo fígado, pois não tem mais função, pelos rins e pelo intestino para
ser excretado, em alguns casos.
EXAMES DE COLESTEROL-> O colesterol total é o reflexo do colesterol bom (HDL), do
colesterol ruim (LDL) e do colesterol associado aos triglicerídeos (VLDL). Quando o
colesterol está aumentado no sangue, forma placas de gordura que podem entupir os
vasos sanguíneos. Por isso, é recomendado dosar o colesterol com frequência. Os
exames de colesterol devem ser feitos a partir de 35 anos nos homens e a partir dos 45
nas mulheres. Se a pessoa tem diabetes, parentes com colesterol alto ou já teve
entupimento de vasos, a dosagem deve começar aos 20 anos. Para esse exame, não se
deve ingerir bebida alcoólica nos últimos 3 dias antes do exame. Além disso, no dia
anterior, deve-se evitar fumar e comer gordura em excesso. Não é necessário jejum.
Esse exame é feito com amostra de sangue, que pode ser coletado no laboratório ou por
um técnico em visita. O sangue é colhido de uma veia, geralmente no braço. a amostra é
encaminhada ao laboratório para a realização das análises.Resultados menores que
200.00 mg/dL indicam que o colesterol está dentro da faixa normal. Valores entre 200.00
e 239.00mg/dL indicam que o colesterol está no limite e, por isso, é preciso aumentar os
hábitos saudáveis para não ficar com colesterol alto. Colesterol maior que 240.00mg/dL
é considerado alto e precisa de acompanhamento médico.
As lipoproteínas plasmáticas incluem quilomicra, lipoproteínas de muito baixa densidade
{VLDLs), lipoproteínas de baixa densidade {LDLs) e lipoproteínas de alta densidade
{HDLs). A função das lipoproteínas é manter os lipídeos em solução (triacilgliceróis e
ésteres de colesterol) durante o seu transporte entre os tecidos. As lipoproteínas são
compostas de um núcleo de lipídeos neutros (contendo triacilgliceróis, ésteres de
colesterol, ou ambos) circundados por um envoltório antipático de apolipoproteínas,
fosfolipídeos e colesterol livre (não-esterificado). Os quilomicra são produzidos nas
células da mucosa intestinal a partir de lipídeos da dieta (principalmente triacilgliceróis) e
de lipídeos sintetizados nessas células. Cada quilomícron nascente contém uma
molécula de apolipoproteína 8-48 (apo 8-48). Os quilomicra são liberados pelas células
no sistema linfático e viajam até o sangue, onde recebem apo C-11 e apo E, doadas
pelas HDLs, formando quilomicra funcionais. A apo C 11 ativa a lipase lipoprotéica, que
degrada os triacilgliceróis dos quilomicra em ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos
liberados são armazenados (no tecido adiposo) ou usados para energia (pelo músculo).
O glicerol é metabolizado no fígado. Pacientes com deficiência na lipase lipoprotéica ou
na apo C-11 mostram um dramático acúmulo de quilomicra no plasma
(hiperlipoproteinemia do tipo I, deficiência familiar de lipase lipoprotéica ou
hipertriacilglicerolemia). Depois da hidrólise da maioria dos triacilgliceróis, a apo C-11
retorna para a HDL, e o quilomícron remanescente - transportando a maioria do
colesterol da dieta - liga-se a um receptor no fígado, que reconhece a apo E. A partícula
é endocitada e seus componentes degradados pelas enzimas lisossomais. VLDLs
nascentes são produzidas no fígado e são compostas principalmente de triacilgliceróis.
Elas contêm uma única molécula de apo 8- 100. Como os quilomicra nascentes, também
recebem apo C-11 e apo E das HDLs no plasma. A função das VLDLs é carregar
triacilgliceróis do fígado para os tecidos periféricos, onde a lipase lipoprotéica degrada os
lipídeos. Na medida em que os triacilgliceróis são removidos das VLDLs, estas recebem
ésteres de colesterol das HDLs. Esse processo é feito pela proteína
transferidora de ésteres de colesterol. As VLDLs no plasma são por fim convertidas em
LDLs - muito menores e mais densas. A apo DNAC-11 e a apo E retornam para as
HDLs, mas a LDL retém a apo 8-100, que é reconhecida por receptores nos tecidosperiféricos e no fígado. A LDL sofre então endocitose mediada por receptor e seus
componentes são degradados nos lisossomos. A deficiência de receptores funcionais
para LDL causa hiperlipidemia do tipo 11 (hipercolesterolemia familiar). O colesterol
endocitado inibe a HMG-CoA-redutase e diminui a síntese de receptores para LDL. O
colesterol também pode ser esterificado pela acii CoA:colesterol-aciltransferase e
armazenado. As HDL são sintetizadas pelo fígado e pelo intestino. Elas têm uma série
de funções: 1) são um reservatório circulante de apo C-11 e apo E para quilomicra e
VLDL; 2} removem colesterol não-esterificado das superfícies celulares e de outras
lipoproteínas e o esterificam, usando a fosfatidilcolina:colesterol-aciltransferase, uma
enzima sintetizada pelo fígado e que é ativada pela apo A-1 ; e 3) transportam esses
ésteres de colesterol para o fígado ("transporte reverso de colesterol"). O colesterol é
precursor de todos os hormônios esteróides (glicocorticóides, mineralocorticóides e
hormônios sexuais - andrógenos, estrógenos e progestágenos). A síntese, usando
principalmente oxidases de função mista, ocorre no córtex da adrenal (cortisol,
aldosterona e andrógenos), nos ovários e na placenta (estrógenos e progestágenos) e
nos testículos (testosterona). Cada hormônio esteróide difunde pela membrana
plasmática de suas células-alvo e liga-se a um receptor específico citosólico ou nuclear.
O complexo receptor-ligante acumula no núcleo, dimeriza e liga-se a uma seqüência
regulatória específica do DNA (elementos de resposta a hormônios) em associação com
proteínas co-ativadoras, causando a ativação do promotor e estimulando a transcrição
de genes-alvo.

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