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Aline David – ATM 2025/B 1 COLESTEROL: Colesterol endógeno – 70% - Síntese celular – praticamente todos os tecidos, principalmente fígado, gônadas, intestino, mamas (aleitamento). Colesterol exógeno – 30% - Dieta – ex: carnes, ovos Colesterol muito elevado faz com que as membranas percam a maleabilidade e fiquem muito espessas. Colesterol baixo faz com que as membranas fiquem muito moles e menos espessas. Os dois são ruins. LOCAL DA SÍNTESE DE COLESTEROL: No retículo endoplasmático e no citosolde todos os tecidos que contenham células nucleadas, principalmente o fígado e o intestino. HMG-CoA mitocondrial: síntese de corpos cetônicos. Extra mitocondrial: síntese de colesterol. Momento Metabólico da Síntese O fígado é o principal produtor de colesterol, o qual é sintetizado a partir do excedente de carboidratos e de proteínas. Medicamentos que inibem a síntese de colesterol: estatinas. Elas agem na segunda reação que transforma a Acetil – COA citosol em ccolesterol. No estado alimentado a insulina estimula a síntese de colesterol. No jejum, o glucagon inibe a síntese de colesterol. Substratos estimulam a atividade da HMG-CoA redutase. Quando aumenta o produto, ele acaba diminuindo a atividade da enzima que está formando o produto. Logo, se eu tenho o aumento do ácido mevalônico, vai reduzir a atividade da enzima HMG-CoA redutase, reduzindo o produto, e é assim que as estatinas atuam. A estatina mimetiza o ácido mevalônico. REGULAÇÃO DA SÍNTESE DE COLESTEROL: Metabolismo do Colesterol Aline David – ATM 2025/B 2 As estatinas como a provostatina, a lovostatinaa compactina e a sinvastatina são utilizados no tratamento da hipercolesterolemia elas inibirem a HMG-CoA redutase. Não adianta a pessoa tomar estatina se ela não cuidar da alimentação e nem da prática de exercícios, pois irá estimular o aumento de substratos que aumentam os níveis de insulina que estimulam a síntese de colesterol. LIPOPROTEÍNAS – TRANSPORTE: Por que transportar lipídeos nas lipoproteínas? O colesterol é uma molécula anfipática, aí a parte polar é externa e vai fica em contato com o solvente aquoso sanguíneo. Classificação das lipoproteínas de acordo com a densidade e proporção dos componentes: As lipoproteínas dividem-se em 5 classes consoante a sua densidade, dimensões, padrão de migração electroforética e composição proteica. VLDL – “Lipoproteína de Densidade Muito Baixa” IDL – “Lipoproteína de Densidade Intermediária” LDL – “Lipoproteína de Densidade Baixa” HDL – “Lipoproteína de Densidade Alta” Quilomícrons → são um tipo de lipoproteína sintetizada pelo intestino, que transporta o colesterol advindo da alimentação até o fígado; muita gordura (densidade mais baixa que o VLDL). São compostos principalmente por lipídeos. Quanto maior a quantidade de proteínas, maior é a densidade. Quanto maior é a proporção de gorduras, menor é a densidade. Funções das apoproteínas presentes nas lipoproteínas: Apo B48 → presente nos quilomícrons. Apo E → liga-se no receptor hepático. Apo B100 → liga-se nos receptores extra- hepáticos. Apo CII → ativa a LPL (lipase lipoproteica). A célula intestinal sintetiza o quilomícron nascente, sendo o seu principal constituinte o triglicerídeo. É absorvido pela circulação linfática até chegar aos capilares sanguíneos. Esse quilomícron nascente se transforma em quilomícron maduro (triglicerídeos, Apo CII (proteína presente no quilomícron que serve para ativar a LPL). A LPL está presente nos vasos sanguíneos, mas está inativa, a qual é ativada apenas quando se liga com a Apo CII, fazendo com que a lipase hidrolise os triglicerídeos, liberando ácidos graxos e glicerol. Esse ácido graxo poderá ser captado pelo músculo para ser utilizado como fonte energética após ser decomposto em CO2 + H2O; ou captado pelo tecido adiposo para sintetizar triglicerídeos nos estoques de gordura. Aline David – ATM 2025/B 3 Conforme o quilomícron circula no vaso sanguíneo, sua densidade aumenta, pois ele está perdendo triglicerídeos (gordura), diminuindo a proporção de gordura frente as proteínas ali presentes. O glicerol poderá ser captado pelo fígado para fazer gliconeogênese. O quilomícron além de ter Apo CII, possui Apo E, e o fígado tem receptores para a Apo E, logo, se liga a esses receptores e a células hepática vai endocitar o quilomícron se fundindo com os lisossomos, os quais vão digerir os quilomícrons, fazendo com que tenha a formação de ácidos graxos, colesterol, aminoácido e glicerol. Hipertrigliceridemia Familiar: - Uma pessoa com níveis baixos de Apo B48, vai ter níveis baixos de quilomícrons, consequentemente, terá níveis baixos de triglicerídeos na corrente sanguínea. - Se fosse descoberto um medicamento que inibe a Apo B48, reduz os quilomícrons e reduz o nível dos triglicerídeos. - Uma pessoa com deficiência genética de Apo CII, ativa menos a lipase lipoproteica, hidrolisando menos os triglicerídeos, fazendo com que os níveis de triglicerídeos do sangue estivessem elevados. - Uma mutação na Apo E, faz com que ela perca a sua atividade, logo, ela será pouco reconhecida pelos receptores hepáticos, fazendo com que tenham pouca atração e iria ter mais quilomícrons na circulação sanguínea, logo teria mais triglicerídeos no sangue. - Um paciente que tem mutação nos receptores da Apo E iria fazer com que esse receptor tivesse menos afinidade com a Apo E, aumentando os níveis de quilomícrons e consequentemente, maiores níveis de triglicerídeos sanguíneos. O fígado vai sintetizar o VLDL para que os triglicerídeos que o fígado já hidrolisou sejam colocados no VLDL e liberado na corrente sanguíneo. O VLDL tem triglicerídeos, Apo B100, Apo CII (ativando a lipase lipoproteica) e Apo E transformando o VLDL em ácidos graxos e glicerol. Ao ser hidrolisado o VLDL se transforma em IDL (sua densidade está aumentando, pois está perdendo triglicerídeos). O IDL tem a Apo CII, Apo E e Apo B100. Será endocitado para o fígado onde se unirão com os lisossomos e serão digeridos, pois o IDL e o VLDL possuem a Apo E. a IDL vai perdendo triglicerídeos por conta da Apo CII, dando origem ao LDL, o qual tem densidade baixa e que contem a Apo 100. O principal componente do LDL é colesterol esterificado. Os tecidos periféricos (extra-hepáticos) tem receptores para a Apo B100, fazendo com que o LDL seja endocitado e associado à lisossomos, até hidrolisarem seus compostos. O VLDL e o IDL também possuem Apo B100, mas não conseguem se ligar aos receptores para serem endocitados porque são muito grandes. Se o LDL não for endocitado e aumentar seus níveis na corrente sanguínea, ele poderá ser fagocitado pelos macrófagos. Hipercolesterolemia Familiar: - Se uma pessoa tem uma mutação na Apo E ou no receptor do Apo e, os níveis de VLDL estarão altos, aumentando os níveis de triglicerídeos. - Uma pessoa que tem mutação da Apo B100 ou no receptor da Apo B100 tem os níveis de LDL sanguínea estão altos, se depositam na parede dos vasos e ocasionará a arteriosclerose. Aline David – ATM 2025/B 4 - Os níveis de colesterol intracelular estão baixos. Quando os níveis de colesterol das células estão elevados, inibe a formação de novos receptores de LDL, os níveis de LDL sanguíneo aumentam. Ou seja, pessoas que não tem genética familiar para a hipercolesterolemia família, o colesterol aumenta quando os tecidos periféricos estão abarrotados de colesterol e para elas tentarem sobreviver em homeostasia, esse colesterol faz com que a síntese de receptor de LDL seja reduzida, aumentando a quantidade de colesterol na corrente sanguínea, sendo mais fácil ter doenças cardiovasculares, como a arteriosclerose. O medicamento Alirocumab é um anticorpo que inibe a proteína PCSK9. Uma proteína que degrada os receptores do LDL (PCSK9), o medicamento inibe a proteína, inibindo a degradação do receptor, aumentando a quantidade de receptores, ajudando a dar uma reduzida na quantidade de LDL sanguíneo. O LDL não chega a ficar normal, ele apenas dá uma reduzida. HDL: Transferir as proteínas para outras lipoproteínas; Retirar os lipídios de outras lipoproteínas; Retirar o colesterol das membranas celulares. Converter o colesterol em ésteres de colesterol através da lecitina colesterol aciltransferase (LCAT); Transferir os ésteres de colesterol para outras lipoproteínas; Transportar os ésteres de colesterol para o fígado. Serve para sequestrar o colesterol presente nas membranas, e leva esse colesterol de volta para o fígado. Evitando que o colesterol fique acumulado nas membranas. Nenhum quilomícron tem Apo CII e Apo E. o principal componente do HDL são as proteínas. O quilomícron tem apenas Apo B48, as outras Apo que dão capacidade para o quilomícron ativar a lipase proteica é o HDL. Por isso é chamado de quilomícron maduro, porque recebeu as proteínas do HDL. Aline David – ATM 2025/B 5 Pessoas que tem HDL baixo, tem quilomícrons com mais triglicerídeos na corrente sanguínea ou disfunções nos quilomícrons e no LDL. O LDL não pode ser recaptado pelo fígado porque não tem mais Apo E. PAPEL DA LDL NA ATEROSCLEROSE: O LDL começa a se depositar na íntima dos vasos sanguíneos. Os macrófagos irão endocitar esse LDL. No entanto, eles acabam tendo o acúmulo de gotículas no seu citoplasma e se transformam em uma célula esponjosa pró-inflamatória, sendo aumentadas por espécies reativas do O2, que vão se depositando e obstruindo o vaso sanguíneo, até Aline David – ATM 2025/B 6 que possam cessar o fluxo sanguíneo local e recrutando novos macrógagos, fazendo com que a inflamação lesione os vasos até que ele se rompa. Obstrução da artéria coronária pelo ateroma → quando a pessoa está em repouso ok, mas quando começa atividade física não tem espaço suficiente para o fluxo sanguíneo, fazendo com que a pessoa produza muito ácido láctico e comece a passar mal. Stent, ponte de safena. Anel de colesterol é um indicativo de aterosclerose → circulo branco localizado no olho. Tem que ter outras doenças genéticas associadas para aparecer. PRINCIPAIS FATORES DE RISCO: Tabagismo Hipertensão arterial sistêmica (≥140/90 mmHg) Hipercolesterolemia>200 mg/dL (LDL-C >160 mg/dL) HDL baixo (<40 mg/dL) Diabetes melito Hipertrigliceridemia(>200 mg/dL) Obesidade (IMC >25 kg/m2) Sedentarismo Sexo Idade (≥45 anos homens e ≥55 anos mulheres) História familiar precoce de ateroscleorose(parentes de primeiro grau <55 anos homens e <65 anos mulheres) FATORES DE RISCO PARA A DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA: Fatores que desestabilizam a placa: – Cigarro – Álcool – Radicais Livres – Pressão Arterial Elevada → vai batendo na placa até romper a placa, provocando infarto cerebral ou infarto do miocárdio. CONSEQUÊNCIAS: TERAPÊUTICA: Estatinas: Medicamentos de escolha para se reduzir o LDL- C em adultos (sinvastatina, lovastatina, rosuvastatina, etc). -Inibem a enzima HMG-CoA redudase – Colesterol Resinasde TrocaIônica: Capturam o colesterol na luz intestinal diminuindo sua absorção e interrompendo a circulação entero-hepática. Ômega-3: Diminuem a produção de VLDL no fígado - 4g/dia. Orlistat: Inibidor das lipases intestinais, Diminui a absorção de triglicerídeos ingeridos em 30%. DEGRADAÇÃO DO COLESTEROL: Excesso de colesterol é descartado pelo fígado como ácidos biliares. Único mecanismo significativo que o corpo possui para descartar essa substância insolúvel em água. Os sais biliares compõem 80% da bile. Em torno de 1g de colesterol/dia é eliminada nas fezes. Aline David – ATM 2025/B 7 COLILITÍASE: É a formação de pedras na vesículas. A remoção da vesícula fará com que a pessoa não tenha emulsificação de gorduras. CASO CLÍNICO: Aline David – ATM 2025/B 8 Colesterol Total = HDL + IDL + LDL + VLDL O IDL é rapidamente convertido em LDL , por isso não entra no cálculo. Colesterol Total = HDL + LDL + VLDL LDL = Colesterol Total – HDL – VLDL VLDL = Triglicerídeos/5 → * Somente se os triglicerídeos forem abaixo de 400mg/dL. LDL = Colesterol Total – HDL – TRI/5 Paciente A → LDL = 205 – 30 – 375/5 → 100mg/dL Paciente B → LDL = 205 – 30 – 80/5 → 159mg/dL O paciente B possui maior risco de doença cardiovascular, uma vez que possui o LDL mais alto.
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