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Psicogênese: a construção dos processos de leitura e escrita na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (PCPL) Sumário UNIDADE I - Fundamentos da Epistemologia Genética - Piaget4 UNIDADE II - Psicogênese da Língua Escrita – Emília Ferreiro..9 UNIDADE III - Teoria Sócio Interacionista da Cognição ............ 18 UNIDADE IV - Processo De Alfabetização e Contexto Escolar: Consequências Pedagógicas ...................................................... 22 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA .......................................................... 28 Introdução Sejam bem-vindos (as) ao estudo do módulo Psicogênese: a construção dos processos de leitura e escrita na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (PCPL) Este módulo está dividido em quatro unidades. Na Unidade I discorremos sobre a construção da leitura e da escrita a partir da concepção de Piaget sobre epistemologia genética. Na Unidade II vamos abordar o construtivismo e suas relações na pesquisa de Emília Ferreiro, psicogênese da língua escrita. Na Unidade III iremos continuar discorrendo sobre o construtivismo e seus desdobramentos para o sociointeracionismo, na perspectiva de Vygotsky. Na Unidade IV vamos abordar as consequências pedagógicas no processo de alfabetização, com o artigo “Escola, Leitura e Vida”, de Cecília Maria Aldigueri Goular, publicado no livro Práticas de leitura e escrita, organizado por Maria Angélica Freire de Carvalho, publicado pelo Ministério da Educação, na série do programa Salto para o Futuro. Ao final de cada capítulo você deverá aprofundar seu aprendizado, com dicas do professor com novas informações ou curiosidade relacionadas ao tema em estudo. Para aproveitamos melhor a carga horária deste módulo, utilizaremos como material complementar o uso de artigos. Serão também utilizadas para enriquecer sua aprendizagem as mídias digitais como sugestão de recursos audiovisuais para consolidar os conhecimentos adquiridos neste módulo. Então, mãos à obra e bons estudos do Módulo! Professora Mestre Magali Soares da Silva UNIDADE I - Fundamentos da Epistemologia Genética - Piaget Piaget nasceu em Genebra no ano de 1896. Formou-se em Biologia, tendo feito doutorado na área. Seu conhecimento na área biológica forneceu a ele fundamentos teóricos para desenvolver a sua pesquisa sobre como ocorre à aprendizagem na cognição humana. Sua pesquisa na teoria da Epistemologia Genética, considerada pelos estudiosos na área educacional, como umas das mais importantes. Iniciou o seu trabalho de pesquisa na área da aprendizagem cognitiva no Instituto Jean- Jacques-Rousseau. Foi a partir deste trabalho no instituto que iniciou a publicação de seus primeiros artigos relacionados à área educacional. O trabalho do epistemólogo suíço Jean Piaget é, sem dúvida alguma, uma das principais contribuições ao entendimento de como o ser humano se desenvolve. A Epistemologia Genética proposta é essencialmente baseada na inteligência e na construção do conhecimento e visa responder à questão não só de como os indivíduos, sozinhos ou em conjunto, constroem conhecimentos, mas também por quais processos e por que etapas eles conseguem fazer isso. (ABREU et all, 2010, p.362). De acordo com Abreu et all (2010), o termo Epistemologia é derivado do grego, que possui um significado de estudo, tratado de ciência. Episteme (ciência) e Logos (tratado, estudo). A pesquisa realizada por Piaget configura dentro da perspectiva da ciência, ou seja, com formulações de hipóteses e confirmação através da experiência – pesquisa empírica. Ao basear seus estudos na pesquisa com rigor científico, ele demonstra, segundo Abreu et all (2010), “a grande lição contida no estudo da gênese ou das gêneses é, pelo contrário, mostrar que não existem jamais conhecimentos absolutos.” (p. 362). Em seus estudos, Piaget aponta que há uma evolução natural cognitiva na assimilação do conhecimento. Esta evolução natural, de acordo com suas teorias é inata ao ser humano. Do mesmo modo que as grandes funções do ser vivo são idênticas em todos os organismos, mas correspondem a órgãos muito diferentes de um grupo para outro, também entre a criança e o adulto podemos assistir a uma construção contínua de estruturas variadas, enquanto que as grandes funções do pensamento permanecem constantes. (MUNARI, 2010, P29) De acordo com Abreu et all (2010), Piaget dividiu a aquisição de conhecimentos no processo da cognição em 4 etapas: sensório-motor; pré- operatório; operatório -concreto e operatório – formal. A primeira etapa, sensório-motor, considera a idade cronológica de 0 a mais ou menos 2 anos de idade. Nesta fase a criança inicia o processo de aquisição da estrutura da fala, constituindo uma estrutura linguística. A segunda fase, pré-operatório, considera a idade entre 2 a mais ou menos 7 anos. Nesta fase a criança já apresenta conceitos pré-operatórios, ou seja ao ouvir e falar uma palavra, consegue estruturar o pensamento. Como exemplo, podemos utilizar a palavra “cadeira”. Ao falar e ouvir a palavra “Cadeira” a criança utiliza os processos mentais e consegue formular o pensamento com a imagem. Porém, alguns conceitos linguísticos ainda não estão prontos. Como exemplo, palavras que possuem significados dúbios. Ao falarmos para uma criança que “vamos dar um pulo na casa da vovó”, nesta fase a criança entende a palavra “pulo” como pular literalmente. Por este motivo é uma fase pré - operatória, pois os processos mentais da linguística ainda não estão totalmente apreendidos. Na aprendizagem matemática a criança também ainda não consegue fazer algumas abstrações, ou seja cálculos mentais sem o material concreto. No terceiro estágio, ou fase, operatório concreto, a idade cronológica vai de 8 a 12 anos. Nesta fase a criança já se apropria da linguística e conceitos estruturados pelo pensamento. A criança já inicia operações concretas e consegue fazer abstrações do pensamento. Entender a comunicação e operações lógicas. No quarto e último estágio, de 13 anos em diante, o sujeito atingi o estado de equilíbrio. A estrutura mental já está desenvolvida e a aprendizagem se estabelece na relação com o mundo, ou seja, sujeito/objeto; sujeito/sujeito. De acordo com Abreu et all (2010, p. 363), Piaget afirma que “esta relação é dialética e se dá por processos de assimilação, acomodação e equilibração, num desenvolvimento sintético mútuo e progressivo”. O processo de assimilação, equilibração e acomodação descrito por Piaget, é explicado por Munari (2010), [...] adaptação é um equilíbrio entre a assimilação e a acomodação. Esta definição aplica-se também à própria inteligência. A inteligência é de fato assimilação na medida em que incorpora todos os dados da experiência. Quer se trate do pensamento que, graças ao juízo, faz entrar o novo no já conhecido, reduzindo assim o Universo às suas próprias noções, quer se trate da inteligência sensório-motora que estrutura igualmente as coisas que percebe reconduzindo-as aos seus esquemas, nos dois casos a adaptação intelectual comporta um elemento de assimilação, quer dizer, de estruturação por incorporação da realidade exterior às formas devidas à atividade do sujeito. Quaisquer que sejam as diferenças de natureza que separam a vida orgânica (a qual elabora materialmente as formas, e assimila desta as substâncias e as energias do meio ambiente), a inteligência prática ou sensório-motora (que organiza os atos e assimila ao esquematismo destes comportamentos motores as situações que o meio oferece) e a inteligência reflexiva ou gnóstica (que se contenta em pensar as formas ou em construí-las interiormente para lhes assimilar o conteúdo da experiência), tanto umas como as outras se adaptam assimilando os objetos ao sujeito. (MUNARI 2010.p.30). Os conceitos fundamentaisda epistemologia genética de Piaget é o da assimilação, equilibração e acomodação, ou seja, as aprendizagens realizadas pelo sujeito com as informações que são incorporadas podem ser modificadas ou não às estruturas mentais já existentes na estrutura cognitiva. Como exemplo, podemos citar a aprendizagem da escrita, onde as crianças e os adultos ainda não alfabetizados, produzem hipóteses sobre a estrutura linguística da palavra, fonemas e grafemas. Assim, ao aprender, assimilamos e equilibramos, entendemos o conceito de junção de sílabas e somos capazes de fazer novas leituras, não precisando mais de pensar sobre os sons e junção de letras ao fazer leituras mais complexas – acomodação. Para Abreu et all (2010), os estágios de aprendizagem estão relacionados ao comportamento e não a idade das pessoas. A idade é somente um critério de desenvolvimento. Assim, é de se concordar que: são os comportamentos, não as pessoas, que estão em estágios; a idade é um indicador e não um critério de desenvolvimento; é a necessidade lógica, não a verdade, a questão central; a construção do conhecimento não é uma tarefa individual, mas social; e que as estruturas de conjunto são critérios formais mais do que entidades funcionais. Ainda, que não há apenas um, mas múltiplos percursos desenvolvimentistas, e que o que os sujeitos fazem ao raciocinar não é seguir regras lógicas, mas agir e operar em conteúdo e significado, no desempenho da compreensão epistêmica. (ABREU, et all, 2010, p. 365) Abreu et all (2010) nos apresenta as possibilidades de aprender ao longo da vida. Podemos confirmar esta afirmação na alfabetização de jovens e adultos, que já passaram das fases descritas por Piaget cronologicamente, mas que, ao adentrar para a escola e apreender o conhecimento, modificam comportamentos, independente da idade. Outro fato que podemos constatar na teoria de Piaget é em relação aos alunos com Necessidades Especiais. É necessário aos docentes verificarem a idade mental de seus estudantes e fazer um paralelo com as etapas mencionadas por Piaget. A idade mental nem sempre está equiparada a idade cronológica e precisamos adequar os conteúdos para que possamos ter maior sucesso com a aprendizagem deste grupo de aprendizes. Sobre as hipóteses da leitura e da escrita, vamos entender um pouco mais sobre esta teoria formulada por Emília Ferreiro, discípula de Jean Piaget. SAIBA MAIS! Munari, Alberto. Jean Piaget / Alberto Munari; tradução e organização: Daniele Saheb. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4676.pdf. Acesso em 11/01/2020 YAEGASHI, Solange Franci. A epistemologia genética em pesquisas sobre o fracasso escolar realizadas na década de 80. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40601994000100014. http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4676.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40601994000100014 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40601994000100014 UNIDADE II - Psicogênese da Língua Escrita – Emília Ferreiro A pesquisadora Emília Ferreiro tem seus estudos realizados na aprendizagem dos signos linguísticos. Sua teoria, conhecida como Psicogêneses da Língua Escrita, teve como base epistemológica o trabalho iniciado por Jean Piaget, epistemologia genética. Natural da Argentina mudou-se para Genebra, onde fez o doutorado sob orientação do biólogo Piaget, explorando uma área do conhecimento no qual o mestre ainda não havia trabalhado. Tornou-se professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, na cidade do México. Sua teoria é confundida como método, mas não é um método, é uma pesquisa, que explica com fundamentos científicos como se dá o processo de aquisição da leitura e da escrita na alfabetização. Para compreender melhor sua teoria, vamos apresentar as ideais de sua teoria publicada em 1979, juntamente com a coautoria de Ana Teberosky, intitulada Los sistemas de escritura en el desarrollo del niño. Neste livro, publicado e editado pela Editora Siglo XXI, as autoras apresentam os resultados realizadas na pesquisa da aquisição do processo alfabético e as hipóteses construídas pelas crianças no início da alfabetização, com reflexões oriundos dos estudos realizados nos anos de 1974, 1975 e 1976. No ano de 1985, esta obra é traduzida e publicada no Brasil pela Editora Artes Médicas, com o título Psicogênese da língua escrita, revolucionando o entendimento sobre a alfabetização e seus processos de construção na aquisição do código linguístico. Nos estudos realizados por Emília Ferreiro e Ana Teberosky, a criança enfrenta dificuldades para aprender o sistema de codificação da escrita somente quando o educador não leva em consideração as hipóteses que elas apresentam no sistema de representação. De acordo com as autoras, “a invenção da escrita foi um processo histórico de construção de um sistema de representação, não um processo de codificação”. Isso significa que, ao iniciar o processo de alfabetização, a criança também re-inventa este sistema. (p.8). Do ponto de vista construtivo, a escrita infantil segue uma linha de evolução surpreendentemente regular, através de diversos meios culturais, de diversas situações educativas e de diversas línguas. Aí, podem ser distinguidos três grandes períodos no interior dos quais cabem múltiplas sub-divisões: - Distinção entre o modo de representações icônico e o não- icônico. - A construção de formas de diferenciação (controle progressivo das variações sobre os eixos qualitativo e quantitativo). - A fonetização da escrita (que se inicia com um período silábico e culmina no período alfabético). (FERREIRO e TEBEROSKY, 1985, p. 10). As autoras apresentam em suas pesquisas os níveis que as crianças constroem as hipóteses sobre a escrita. Em suas reflexões os alunos passam por 4 hipóteses ou fases: pré-silábica, silábica, silábico-alfabética e a alfabética. 2.1 – Construções originais da criança: as fases da psicogênese da língua escrita De acordo com Ferreiro e Teberosky (1985, p.10), “as crianças não empregam seus esforços intelectuais para inventar letras novas: recebem a forma das letras da sociedade e as adotam tal e qual”. Nesta tentativa, as crianças elaboram verdadeiras “teorias” sobre a escrita, estudadas nos níveis que precedem a alfabetização. No primeiro nível, a hipótese pré-silábica, a criança inicia o processo não fazendo diferenciação muito clara entre o sistema de representação de desenho e o da escrita. No primeiro estágio, hipótese pré – silábica, as imagens produzidas pelas crianças são de fundamental importância para que elas iniciem o processo de aprendizagem. Ao formular as hipóteses com desenhos, elas representam no nível cognitivo a representação da fala. Para entender melhor as fases que as crianças perpassam, vamos ilustrar, de acordo com a pesquisa de Emília Ferreiro. Fonte: A Representação da linguagem e o processo de Alfabetização (FERREIRO, 1985, p.10). O nível silábico é quando a criança inicia o termo da fala com a grafia da palavra. Ainda coloca uma letra para cada parte. As crianças exploram então critérios que lhes permitem, às vezes, variações sobre o eixo quantitativo (variar a quantidade de letras de uma escrita para outra, para obter escritas diferentes), e às vezes, sobre o eixo qualitativo (varia o repertório de letras que se utiliza de uma escrita para outra; variar a posição das mesmas letras sem modificar a quantidade). (FERREIRO E TEBEROSKY, 1985, p. 11). Fonte: A Representação da linguageme o processo de Alfabetização (FERREIRO, 1985, p.13). No nível silábico-alfabética, a criança entra na fase da desequilibração, um período de transição entre as duas fases anteriores, silábico e pré-silábico, trabalhando com as duas hipóteses. Fonte: A Representação da linguagem e o processo de Alfabetização (FERREIRO, 1985, p.13). Fonte: A Representação da linguagem e o processo de Alfabetização (FERREIRO, 1985, p.14). O último nível descrito pelas autoras é o alfabético, onde cada letra já é representada pela criança por um fonema. Mesmo apresentando erros ainda na escrita, a criança já entende o funcionamento do sistema escrito. um método, e nenhuma teoria; com a mudança de concepção sobre o processo de aprendizagem da língua escrita, passou-se a ter uma teoria, e nenhum método”. ligados ao processo de alfabetização, ao utilizar os “métodos” de alfabetização eram considerados tradicionais, mesmo utilizando a teoria da psicogênese da língua escrita. Estas discussões no âmbito acadêmico educacional trouxeram muitas angústias e com a conotação negativa de utilização de métodos, de acordo com Soares (2004), durante muitos anos os educadores conceberão que os A discussão atual em debate é trazer uma articulação entre os métodos utilizados na alfabetização, sejam eles métodos sintéticos, analíticos ou Emília Ferreiro como será ensinado. A teoria vem para auxiliar o educador sobre o processo de aprendizagem. A teoria não invalida o método que o profissional irá utilizar no escrita e da leitura para os alunos. Soares (2004, p. 11) “para a prática de alfabetização, tinha-se, anteriormente, Desta forma, os profissionais da educação que estavam diretamente métodos de alfabetização são incompatíveis com a proposta da psicogênese. analíticos sintéticos, em consonância com a teoria construtivista de Piaget e Não há uma abordagem teórica que possa se consolidar sem um planejamento, um método, um caminho que determine o que será ensinado e conjunto de procedimentos sistematizados que irão possibilitar o ensino da 2.2 – Interpretação da Psicogênese da língua escrita A importância dos estudos de Piaget e Emília Ferreiro são inegáveis para a ciência da educação. Porém, mesmo diante das pesquisas publicadas por estes autores e uma vasta bibliografia em relação as suas pesquisas, o Brasil não conseguiu chegar a um nível de aplicabilidade destas pesquisas no ambiente escolar. As práticas de ensino inspiradas na teoria construtivista foram colocadas em práticas no chão das escolas de diversas formas. De acordo com Magda muito importante para todos os professores que desejam trabalhar com a alfabetização. Mas principalmente a leitura não somente da teoria de Piaget e Emília Ferreiro, mas também as contradições diante da perspectiva psicológica cognitiva no processo de aquisição da escrita. É necessário aos futuros educadores um olhar pesquisador sobre a sua prática para juntos conseguirmos avaliar nossos procedimentos e métodos em salas de aula, nem sempre tradicionais e nem sempre baseados na fala de outros, sem questionamentos que favoreçam o fazer pedagógico. Qual o melhor método? A melhor teoria? Ainda estamos no caminho. Não há respostas certas ou erradas. A melhor busca é aquela que possa partir da prática para a pesquisa. Este é o caminho de todo profissional Para esta discussão, os profissionais precisam entender melhor a teoria da psicogênese e os métodos que perpassam a educação brasileira, com as pesquisas consolidadas na área. A Resenha do livro “O quebra-cabeça: a alfabetização depois de Lacan”, da autora Sônia Borges, escrita por Ana Carolina Corrêa Soares de Camargo, traz a baila esta discussão. O quebra-cabeça: a alfabetização depois de Lacan foi seu doutorado defendido na Pontifícia Universidade Católica de que façam as leituras sugeridas para apropriação desta fundamentação teórica comprometido com sua sala de aula. São Paulo, em 1995. Trata-se de estudos bibliográficos e reflexões tecidas a partir da experiência de dois anos junto a crianças em fase inicial de alfabetização do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Goiás, que resultam numa discussão capaz de pôr em xeque a perspectiva psicológica/ cognitivista da aquisição da escrita. (CAMARGO, 2008, p. 224). Para entender melhor a teoria da Psicogênese da escrita, solicitamos SAIBA MAIS! ➢ ANDRADE, Paulo Estevão; ANDRADE, Olga Valéria Campana dos; PRADO, Paulo Sérgio T. do. PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA: UMA ANÁLISE NECESSÁRIA. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v47n166/1980-5314-cp-47- 166-1416.pdf. ➢ CAMARGO, Ana Carolina Corrêa Soares de. Resenha do livro O quebra-cabeça: a alfabetização depois de Lacan, de Sônia Borges. Estilos da Clínica, 2008, Vol. XIII, no 224 24, 224-231. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/estic/v13n24/a16v1324.pdf. Acesso em 24 de janeiro de 2020. http://www.scielo.br/pdf/cp/v47n166/1980-5314-cp-47-166-1416.pdf http://www.scielo.br/pdf/cp/v47n166/1980-5314-cp-47-166-1416.pdf http://www.scielo.br/pdf/cp/v47n166/1980-5314-cp-47-166-1416.pdf http://pepsic.bvsalud.org/pdf/estic/v13n24/a16v1324.pdf UNIDADE III - Teoria Sócio Interacionista da Cognição Lev Semenovith Vygotsky formulou a teoria com destaque para a aprendizagem através da interação social. Diferente de Piaget, Vygotsky não formulou uma teoria voltada para a área da pedagogia, mas seus estudos refletem diretamente na psicologia da aprendizagem, sendo apropriada pela ciência educacional, pois seus estudos ressaltam o papel da escola no desenvolvimento da inteligência das crianças. Em suas obras, Vygotsky deixa claro que a intervenção do educador no processo de aquisição da escrita e da leitura é fator de relevância na aprendizagem, uma vez que a interação entre a criança e o adulto (entendido aqui como meio social) é que possibilita o desenvolvimento da aprendizagem. O conceito sócio-interacionista na perspectiva dos estudos do teórico, também conhecido como sócio histórico, são termos dados a corrente pedagógica, atribuída a teoria de que as relações sociais tem um papel primordial na aprendizagem dos sujeitos. É a interação com o outro, com a cultura e com seu meio onde nasce, que a inteligência é estimulada e os processos mentais de aprendizagem são acionados. Em seus estudos sobre a aprendizagem e aquisição dos códigos linguísticos. [...] três elementos protagonizam o desenvolvimento infantil. A cultura, o professor ou a professora e a própria criança. A cultura, como a fonte das qualidades humanas criadas ao longo da história pela atividade humana no mesmo processo em que foram criados os objetos materiais e não materiais que constituem a herança cultural da humanidade (Vygotsky, 1994). O mediador apresenta a cultura para as novas gerações e faz isso a partir do acesso que ele próprio tem a essa herança cultural, histórica e socialmente acumulada, do sentido que atribui à cultura e das concepções que orientam seu pensar e agir, em especial, nesse caso, o conceito de criança. A criança é o terceiro elemento ativo que condiciona essa relação dialética que resulta na humanização. Como vimos acima, sua experiência anterior condiciona a influência que o meio exerce sobre seu desenvolvimento. Nas palavras de Vygotsky, “não é esse ou aquele elemento tomado independentemente da criança, mas sim, o elemento interpretado pela vivência da criança que pode determinar sua influência no decorrer de seu desenvolvimento futuro.” (Vygotsky, 1994:338) [tradução nossa]. (MELLO, 2010, p. 335). Ao internalizar um procedimento, a criança "se apropria"dele, tornando-o voluntário e independente. Desse modo, o aprendizado não se subordina totalmente ao desenvolvimento das estruturas intelectuais da criança, mas um se alimenta do outro, provocando saltos de nível de conhecimento. O ensino, para Vygotsky, deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho, porque, na relação Para desenvolvimento, o teórico Russo também traz o conceito de Zona Proximal. Este conceito apresenta em síntese que, Ao formular o conceito de zona proximal, Vygotsky mostrou que o bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidade que “ainda não domina completamente, puxando” dela um novo conhecimento. Ensinar o que a criança já sabe desmotiva o aluno e ir além de sua capacidade é inútil. O psicólogo considerava ainda que todo aprendizado amplia o universo mental do aluno. O ensino de um novo conteúdo não se resume à aquisição de uma habilidade ou de um conjunto de informações, mas amplia as estruturas cognitivas da criança. Assim, por exemplo, com o domínio da escrita, o aluno adquire também capacidades de reflexão e controle do próprio funcionamento psicológico. (MELLO, 2010, p. 337). De acordo com Vygotsky, as primeiras aprendizagens, ou funções elementares psicológicas se caracterizam como reflexos. Os processos mentais mais complexos, como a inteligência e aprendizagem, são funções psicológicas superiores. Ou seja, somente presente nos humanos. Estas funções superiores é o que nos diferenciam dos animais. Mas para que as funções superiores se desenvolvam, é necessário o aprendizado. A fala, a escrita e a leitura somente poderão se desenvolver se as crianças aprenderem com os adultos da sociedade onde estão inseridas. Este conceito formulado por Vygotsky é conhecido como Mediação. É na mediação com o outro que os conceitos e aprendizagem são inseridos no cotidiano dos sujeitos. Desta forma, entende-se que todo aprendizado humano é mediado por outro ser humano e pelo ambiente em que está inserido. entre aprendizado e desenvolvimento, o primeiro vem antes. É a isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem o potencial de aprender - potencial que é demonstrado pela capacidade de desenvolver uma competência com a ajuda de um adulto. Em outras palavras, a zona de desenvolvimento proximal é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha. Saber identificar essas duas capacidades e trabalhar o percurso de cada aluno entre ambas são as duas principais habilidades que um professor precisa ter, segundo Vygotsky. (MELLO, 2010, p. 340). A questão central de sua teoria é que a aquisição do conhecimento somente acontece pela interação do sujeito com o meio. Para isto, o meio social onde a criança está inserida necessita intervir nos processos mentais – família, escola e sociedade. Nesta interação, o aluno aprende, mas também desenvolve novos conceitos e ensina aos outros também. Para a aprendizagem da leitura e da escrita é fundamental que a escola possa oferecer aos alunos o maior número de leituras com diferentes portadores de texto, para auxiliar no processo de aprendizagem. Quanto maior a interação da criança com diferentes gêneros textuais, maiores são as chances do desenvolvimento cognitivo e das funções superiores da inteligência no aprendizado da leitura. SAIBA MAIS! ➢ Revista Lusófona de Educação. Vygotsky, L. S. (2005). Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes (194 páginas) (1ªed. 1987). http://www.scielo.mec.pt/pdf/rle/n22/n22a11.pdf ➢ MELLO, Suely Amaral. (2010). Ensinar e Aprender a Linguagem Escrita na Perspectiva Histórico-Cultural. Psicologia Política, 10(20), 329- 343. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpp/v10n20/v10n20a11.pdf http://www.scielo.mec.pt/pdf/rle/n22/n22a11.pdf http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpp/v10n20/v10n20a11.pdf UNIDADE IV - Processo De Alfabetização e Contexto Escolar: Consequências Pedagógicas O estudo na área da linguística é de fundamental importância para os futuros professores. Geralmente é uma área de formação no curso de licenciatura de Letras. Porém, para o professor alfabetizador, conhecer sobre os conceitos da apropriação da linguagem no ser humano proporciona ao profissional da educação um olhar diferenciado aos seus alunos. É por meio da fala – linguagem que o ser humano atua sobre o mundo. Criando, recriando e praticando atividades sociais. Por esta razão, a fala é vista de forma dinâmica e integrada ao sujeito e sua comunidade. As práticas pedagógicas em leitura e escrita são, desde o século passado, pesquisadas por vários autores. Uma vasta bibliografia em relação ao tema pode ser encontrada na internet e livros, buscando compreender ainda mais este processo e possibilitando ao educador a apropriação das conclusões pesquisadas, para ampliar a fundamentação teórica em suas práticas. Entre as vastas bibliografias publicadas, ressaltamos o programa veiculado pela TV Escola, portal MEC, Salto para o Futuro. Este programa é realizado para formação continuada de educadores. As séries são divididas em 5 (cinco) capítulos de uma hora. Além da apresentação audiovisual, a série também traz a cada programa artigos de renomados professores em relação ao assunto apresentado. No período de 2000 a 2005, o programa apresentou várias séries em relação às Práticas de leitura e escrita. Estas séries resultaram em um livro, que está organizado com os textos produzidos nos boletins produzidos pelos programas. Apropriamos de um texto, dos vários que compõem o livro publicado, on- line, disponível no site do MEC - http://portal.mec.gov.br, link Salto para o futuro, podendo ser acessado e realizado sua leitura por todos os profissionais que se interessam pelo tema. Com vários artigos, destacamos o artigo Escola, leitura e Vida, da autora Cecília Maria Aldigueri Goulart, que apresenta a importância da fala para que o educador possa conhecer e intervir no processo de leitura e escrita em sala de aula; complementando com a temática do letramento, destacando as práticas sociais orais e escritas que envolvem os sujeitos em interação. http://portal.mec.gov.br/ Gonzaguinha, em conhecida letra de música, busca definir o que é a vida e nos diz que, de acordo com a pureza da resposta das crianças, a vida “é bonita, é bonita, é bonita”. Para os adultos, segundo o compositor, a vida é uma doce ilusão, é maravilha ou sofrimento, é alegria ou lamento, é o sopro do que é a vida? A vida parece ser tudo isso de que nos fala o poeta e cantor e, considerando a especificidade de nossa profissão, nos remete à De que modo podemos pensar a relação entre a escola e a vida? Como a escola, as atividades e os conteúdos que ali são trabalhados dialogam com a vida das crianças? O que quer dizer essa frase tão usual em escolas e em propostas pedagógicas: “ensinar partindo da realidade social das crianças”? Significaria partir da vida das crianças? Do que as crianças sabem, gostam, têm medo e de como sentem o mundo? E como essas vivências, experiências e sentimentos aparecem nas salas de aula? Chegamos a uma questão importante. Vocês já perceberam como a fala das pessoas nos dá elementos para conhecê-las, saber seu estado de espírito, seu temperamento, suas origens sociais? O sotaque, o tom de voz, determinadas palavras usadas, o modo como se utilizam as construções das pessoas que, muitas vezes, elas não se dão conta de que estão sendo evidenciadas. Isso acontece com todos. Tive acesso há pouco tempo a um texto de uma receita culinária que me 4.1 - Escola, leitura e vida1 Cecília Maria Aldigueri Goulart2 Criador, numa atitude repleta de amor, a vidaé viver, entre outras possibilidades de definição apresentadas pelo autor. E para nós, professores, o responsabilidade que temos de trabalhar lidando com a vida de tantas crianças. sintáticas, as referências, e tantas outras marcas, deixam entrever aspectos chegou assim: Receita Casera Minera de Môi de repôi nu ài e ói. 1 Esse texto se integra ao boletim da série “Letramento e leitura da literatura”, maio/2003. 2 Doutora em Letras pela PUC/Rio. Proale – Programa de Alfabetização e Leitura. Faculdade de Educação/Universidade Federal Fluminense – UFF. Fechem os olhos e pensem num mineiro falando a receita. Ora, o que a tem pelo menos um filho, que não é pequeno, pois já utiliza o telefone com desenvoltura; deve ter telefone em casa; há um forte desejo na família de que a moça trabalhe; a moça tem mãe viva, que professa uma religião e reza; além candidata apenas com uma pergunta que não era pessoal! E as falas dos nossos alunos, o que expressam? As falas deles, como as nossas, expressam a vida que vivem, o que sabem, seus valores, Ingridienti: 5 denti di ái 3 cuié di ói 1 cabeça di repôi 1 cuié di mastumati Modi fazê: casca o ái, pica o ái i soca o ái cum Sá. quenta o ói na cassarola foga o ái socado no ói quenti pica o repôi beeemmm finim fogá o repôi no ói quenti junto cum ái fogado põi a mastumati mexi cum a cuié prá fazê o môi. Sirva cum rôis e melete. Dá prá dois cumê. (Bão prá fazê no escrita desta receita expressa? Expressa de uma forma jocosa, caricatural, o modo como os mineiros, de um modo geral, falam. Mas só os mineiros têm modos particulares de usar a língua? Certamente, não. Poderíamos escrever a fala chiada do carioca, a fala “cantada” dos nordestinos e “mutchas” outras características da fala de grupos sociais, não só geográficas ou regionais, mas também ligadas às profissões, à idade e a outras. O modo de falar de uma requeridas: a candidata é casada; o marido tem carro, o carro tem um rádio; de outras suposições possíveis. Quantas informações o empregador teve da certa forma, apresenta a pessoa. Vejamos uma outra situação. Se imaginarmos uma cena em que, numa entrevista para um emprego, o entrevistador pergunta à candidata ao cargo: “Como soube dessa vaga?” e a candidata responde: “Meu marido ouviu no rádio do carro que estavam abertas as inscrições. Assim que soube, meu filho telefonou para minha mãe pedindo que rezasse um terço para que eu fosse aprovada!” A informação requerida pelo entrevistador, provavelmente, seria simplesmente “Pelo rádio” ou “Meu marido ouviu no rádio”, já que possivelmente fez a pergunta com o intuito de fazer um levantamento da eficácia dos meios de comunicação utilizados para a divulgação da vaga. Ao perguntar, entretanto, recebeu junto com a informação solicitada, outras não domingo.) conhecendo. Problematizando os casos que contam as histórias, os temas que surgem e levando-os a se interessarem por outras realidades, por outros temas, por outras questões e respostas, vamos indicando que o mundo é resolver um mesmo problema; que podemos também dar explicações diversas sobre um mesmo fato, dependendo de que lugar falamos. histórias e conhecimentos, e eles também vão se conhecendo e nos grande, que a vida das pessoas é diferente, que há modos diferentes de O sol, por exemplo, pode ser explicado como uma bola de fogo, uma fonte de calor, pode significar luz, como em “o sol da minha vida”, e um ideal elevado, como em “o sol da liberdade”. Pode, também, como aparece na primeira acepção do dicionário Houaiss, significar: “estrela de quinta grandeza que faz parte da galáxia Via-Láctea e que é o centro do sistema planetário, do qual participa a Terra”. Conforme observamos, dependendo do espaço de onde produzimos a nossa fala, isto é, do conhecimento do cotidiano, da Física, da Literatura, da Astronomia, da Geografia, da História, da Religião, vamos lendo a realidade de modos diversos. Como nos ensinou Paulo Freire, a leitura do mundo precede a leitura da palavra e, acrescentamos nós, depois de um determinado momento, vão as duas caminhando lado a lado. Para que isso aconteça, é necessário que, nas rodinhas de conversa, na discussão de temas, na apresentação de novas questões para as crianças, materiais escritos estejam sempre presentes ou pelo menos disponíveis para consulta, mesmo se as crianças ainda não souberem ler. sentimentos e desejos, como a fala de qualquer um de nós. As crianças trazem para a escola seus conhecimentos, isto é, os conteúdos de suas vidas, o que suas vidas contêm. E qual é a função da escola? A função da escola deve ser a de proporcionar situações em que as crianças ampliem e aprofundem o sentido da vida, ampliando e aprofundando conteúdos que lhes permitam compreender a realidade de diversas maneiras. Para ampliar e aprofundar o sentido da vida de nossos alunos, partindo de suas realidades, precisou ouvi-los, instigá-los a falar, a conversar e a discutir. Nessas conversas e discussões, vamos conhecendo os alunos, suas Na relação entre a escola e a vida está a linguagem escrita, que nas sociedades letradas perpassa todas as nossas atividades, de forma mais ou menos direta, mais ou menos intensamente. Mesmo que consideremos grupos sociais pouco letrados, a escrita está na placa da rua, no dinheiro moeda ou papel, nos meios de transporte, nos documentos, nas embalagens e nos rótulos. A noção de letramento, desse modo, está associada às praticas sociais escritas e também às práticas sociais orais, já que estas são muito marcadas pelas formas como escrevemos e pelos usos e funções sociais da escrita. Só para ilustrar, uma pequena evidência desse fato é a inserção em nossas falas de expressões como “ponto final”, “parêntese”, “letra maiúscula”, como em: “Vamos botar um ponto final nessa discussão...” “Deixa eu fazer um parêntese na conversa...” “Ele é um homem com H maiúsculo...” E até mesmo em determinadas palavras que são „hipercorrigidas‟ (corrigidas para mais). Quando uma pessoa fala “adevogado” ou “senosite”, em vez de advogado e sinusite, está agindo da mesma forma que uma criança que escreve “pepoca”, “bececleta” e “professoura”. Ora, ela vê que a palavra doce é falada como “doci”, palavras como roupa e pouca são faladas como “ropa” e “poca”, o que faz então? Escreve-as como aparece acima, trocando o “i” por “e” e o “o” por “ou”, utilizando a “regra” que depreendeu porque é uma pessoa inteligente, que pensa e, por isso, estabelece relações, faz analogias. É a língua escrita atuando em pessoas que muitas vezes são analfabetas. Todas as questões apresentadas acima contextualizam uma sociedade em que é possível reconhecer crianças e adultos não alfabetizados, mas letrados, posto que tenham as suas vidas e as suas falas atravessadas de forma forte pela linguagem escrita: reconhecem vários materiais escritos e sabem o que contêm; sabem ditar um texto para ser escrito, considerando a sintaxe da escrita e diferentes tipos de texto; e, são capazes de compreender textos lidos sem dificuldades. A relação entre a escola, a leitura e a vida pode ser muito significativa se não distanciarmos os elos dessa cadeia. A melhor coisa que fazemos por nossos alunos é criar espaços na sala de aula para conversas, para manuseio e leitura de materiais escritos variados e situações em que escrevam atendendo a múltiplas propostas, para que possam se tornar íntimos de diversos tipos de texto que, na sociedade letrada, cumprem funções específicas e diferenciadas. SAIBA MAIS! SOARES, Adilma Oliveira Silva. Alfabetização: Um olhar sobre a prática do professor. Disponível em: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/4167/1/PDF%20- %20Adilma%20Oliveira%20Silva%20Soares.pdf http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/4167/1/PDF%20-BIBLIOGRAFIA UTILIZADA ABREU, Luiz Carlos de et al. A Epistemologia Genética de Piaget e o Construtivismo. Rev. Bras. Crescimento Desenvolvimento Humano. 2010; 20(2): 351-360. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbcdh/v20n2/18.pdf. Acesso em 12/01/2020. BRITES, Isabel; CÁSSIA, Roberta de. Recensão. Revista Lusófona de Educação. Vygotsky, L. S. (2005). 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