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INFECÇÕES FÚNGICAS Lara Camila | 4º Semestre FUNGOS: estrutura e principais fungos de importância médica Reino: fungi Eucariotos com parede celular rígida (quitina, glicana e uma membrana plasmática – ergosterol); Classificação: unicelulares (ex: leveduras) ou multicelulares (ex: fungos filamentosos); A reprodução fúngica ocorre por brotamento, assim como nas bactérias. No entanto, há fungos que se reproduzem por reprodução sexuada, permitindo a troca de gametas e a variedade genética. A maioria dos fungos são anaeróbicos – fermentadores. Assim, beneficia o homem na indústria alimentícia e farmacêutica, visto que os produtos sintetizados pelos fungos podem ter ação antibacteriana e, na indústria alimentícia, está relacionado à fermentação de pães, bolos e bebidas alcóolicas, por exemplo. Os malefícios dos fungos é que eles são capazes de causar doenças de pele e do trato respiratório em pacientes imunodeprimidos. CARACTERÍTICAS GERAIS DOS FUNGOS Nutricionalmente são heterotróficos por absorção, pois podem liberar enzimas que degradam a matéria orgânica possibilitando a absorção de macromoléculas importantes. Quando estão associados a microbiota da nossa pele, os fungos conseguem viver em regiões ácidas, como o trato genitourinário. Geralmente, estão em ambientes úmidos pois precisam da água para realizar suas atividades metabólicas. Além disso, como eles têm uma alta atividade metabólica, a produção de energia está associada ao aumento da temperatura do local. ESTRUTURA DA CÉLULA FUNGICA Os fungos podem ser uni ou pluricelulares e quando se unem podem formar os bolores e cogumelos – vistos macroscopicamente; Os fungos são heterotróficos por absorção porque liberam enzimas líticas que permitem a degradação de matéria orgânica; O material genético é associado a histonas, ou seja, está bem condensado. Além disso, a parede celular é constituída por quitina, sendo mais rígida e permitindo mais adaptabilidade ao meio. MORFOLOGIA DAS CÉLULAS FUNGICAS As colônias leveduriformes são pastosas ou cremosas (microrganismos unicelulares); As colônias filamentosas podem ser algodonosas, aveludadas ou pulverulentas (multicelulares em forma de tubo – hifas); MORFOLOGIA DAS LEVEDURAS MORFOLOGIA DOS FUNGOS FILAMENTOSOS Hifas: células alongadas constituindo estruturas filamentosas; Micélio: conjunto de hifas; Conídios: esporo (estrutura de reprodução assexuada); Antroconídio: células blásticas; REPRODUÇÃO DAS LEVEDURAS Pode ocorrer por brotamento, fissão nuclear e a formação das pseudo-hifas. ➢ Células de leveduras que se reproduzem por fissão nuclear e por formação de blastoconídios. O alongamento de células de leveduras em brotamento para formar pseudo-hifas é mostrando, assim como também a formação de um tubo germinativo; ➢ Reprodução de levedura por brotamento: REPRODUÇÃO DOS FUNGOS FILAMENTOSOS Os fungos filamentosos reproduzem-se assexuadamente pela fragmentação de suas hifas; A reprodução sexuada e assexuada em fungos ocorre pela formação de esporos. Os fungos filamentosos formam um esporo, este se separa da célula parentam e germina, originando um novo fungo filamentoso. A reprodução sexuada ocorre através de três mecanismos: (1) Plasmogamia: onde o núcleo haplóide de uma célula doadora penetra no citoplasma da célula receptora; (2) Cariogamia: onde os núcleos se fundem para formar um núcleo zigoto diploide; (3) Meiose: onde o núcleo diploide origina um núcleo haploide, esporos sexuais, dos quais alguns podem ser recombinantes genéticos; Os fungos filamentosos, de acordo com os tipos de reprodução, podem ser: Holomorfo: aquele que no ciclo de vida realiza ambas as reproduções, sexuada e assexuada; Anamorfo: aquele que no ciclo de vida realiza apenas a reprodução assexuada; Teleomorfo: aquele que no ciclo de vida realiza apenas a reprodução sexuada; CARACTERISTICAS NUTRICIONAIS E AMBIENTAIS DOS FUNGOS Crescem melhor em ambientes com o pH próximo a 5, e devido ao grau do pH este ambiente é muito ácido, impedindo o crescimento de microrganismos comuns; Quase todos os fungos são anaeróbicos (Ex: Saccharomyces cerevisiae); Boa parte dos fungos são resistentes à pressão osmótica, podem crescer em concentrações altas de açúcar e sal; Podem crescer em baixo grau de umidade; a condição de baixa umidade permite a sobrevivência, mas não garante a forma metabólica ativa, apenas a forma de latência. Necessitam de menos nitrogênio para o crescimento; São capazes de metabolizar carboidratos complexos; PRINCIPAIS FUNGOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA CLASSIFICAÇÃO TAXÔNOMICA O reino fungi é dividido em seis filos ou divisões dos quais quatro são de importância médica: 1- Zygomycota 2- Ascomycota 3- Basidiomycota 4- Deuteromycota Zygomycota Fungos de micélio cenocítico; Repordução pode ser sexuada (zigósporos) e assexuada (esporos); Os fungos de interesse médico se encontram nas ordem Mucorales e Entoophthorales. 1ª ordem: Mucorales Exemplo: Rhizopus, Mucor, Absidia, Saaksenaea Mucormicose: oportunista em pacientes com diabetes, leucemia, queimaduras graves ou desnutrição; infecções rinocerebrais 2ª ordem: Entomophtorales Exemplo: Basidiobolus, Conidiobolus Mucormicose: infecções subcutâneas e gastrointestinais Ascomycota Fungos de hifas septadas; A sua principal característica é o asco (contém esporos sexuados); As espécies patogênicas para o homem se encontram na classe Hemiascomycetes 1ª classe: Hemiascomicetos Telemorfos de espécie de Candida; causa numerosas micoses. Basidiomycota Fungos de hifas septadas, que se caracterizam pela produção de esporos sexuados, os basidiósporos, típicos de cada espécie; A espécie patogênica mais importante se enquadra na classe Teliomycetes; 1º classe: basidiomicetos – teleomorfos de Cryptococcus, Malassezia e espécies de Trichosporon causam Chiptococose e numerosas micoses. Deuteromycota Fungos de hifas septadas que se multiplicam apenas por conídios e, por isso, são conhecidos como fungos imperfeitos; Se encontra a maior parte dos fungos de importância médica; Deuteromycota não é um táxon monofilético, ou seja, não reúne espécies descendentes de um único ancestral comum e, portanto, não é um táxon natural; Muitos dos fungos deuteromicetos estão “esperando” para que possam ser classificados em um dos outros filos. INFECÇÕES FÚNGICAS As infecções fúngicas podem ser: (1) Oportunistas: desenvolvem em hospedeiros imunocomprometidos (2) Primárias: desenvolvem em hospedeiros imunocompetetes Além disso, podem ser: (1) Sistêmicas (2) Locais: normalmente, envolvem a pele (dermatofitoses), boca e/ou vagina e podem ocorrer em hospedeiros normais ou imunocomprometidos. Infecções fúngicas oportunistas Em geral, os fungos oportunistas não são patogênicos, exceto em hospedeiro comprometido, como: aids, azotemia, diabetes melito, linfoma, leucemia, neoplasias hematológicas, queimadura e terapia com corticoides, imunossupressores ou antimetabólitos. Exemplos de infecções fúngicas sistêmicas oportunistas: candidíase, aspergilose, mucormicose, fusariose. Infecções fúngicas primárias Normalmente resultam da inalação de esporos que podem provocar pneumonia localizada como a primeira manifestação da infecção; Ex: coccidiodoidomicose, Histoplasmose, blastomicose, paracoccidioidomicose. Quando um fungo se dissemina de um foco primário no pulmão, as manifestações podem ser características. Exemplo: ➢ Criptococose: apresenta-se como uma meningite crônica ➢ Histoplasmose disseminada progressiva: envolvimento generalizado do sistema reticuloendotelial (fígado, baço, medula óssea); ➢ Blastomicose: lesões cutâneas únicas ou múltiplas, ou comprometimentoda próstata; ➢ Coccidioidomicose: infecções ósseas e articulares, lesões cutâneas e meningite. MICOSES SUPERFICIAIS ➢ Pitiríase versicolor (pano branco) A infecção clínica denominada de pitiríase versicolor é caracterizada pela descoloração ou despigmentação e descamação da pele. As manchas podem variar do branco até o vermelho e o castanho, por isso é chamada de versicolor. Patógeno: Malassezia furfur (frequente nos adultos jovens); é um tipo de fungo que pode existir tanto como levedura quanto bolor. Sintomas Placas escamosas de cor escura, marrom, rosa ou branca no tronco, pescoço, abdômen e, ocasionalmente, no rosto; as placas não ficam bronzeadas, então, no verão, quando a pele ao redor fica bronzeada, as placas ficam evidentes; As lesões normalmente não causam problemas, ocasionalmente o paciente pode sentir coceira; OBS: a tínea versicolor é benigna e não é considerada contagiosa; Diagnóstico 1- Aparência clínica 2- Exames micológicos (raspagens de pele ao microscópio para ver o fungo); 3- Uso da lâmpada de Wood para evidenciar a infecção da pele mais nitidamente; CUTÂNEAS (Dermatofitose) São infecções fúngicas da queratina na pele e unhas (a infecção das unha é denominada tinha ungueal ou onicomicose); Dermatofitoses comuns incluem: tinea barbae, tinea capitis, tinea corporis, tinea cruris, tinea pedis, reação dermatofitóide; Os sinais e sintomas incluem prurido, descamação, pelos tonsurados, lesões arredondadas na pele e unhas espessadas e opacas; ➢ Tinea barbae Tinha da barba – grandes lesões anulares e eritematosas na área da barba de um paciente com Tinea barbae. A tinha da barba é uma infecção por dermatófitos no couro cabeludo; Manifesta-se como pápulas e pústulas foliculares nas áreas de pelos no rosto e no pescoço; ➢ Tinea capitis O aspecto clínico da tinha da cabeça consiste em placas arredondadas com descamação seca e/ou alopecia; Infecção por Tricphyton tonsurans causa tinea enegrecida, em que os fios de cabelo se quebram na superfície do couro cabeludo; Infecção por Microsporum audouinii causa tinea com manha cinza, em que os fios de cabelo se quebram acima da superfície deixando tufos curtos; Quérion: massa grande e úmida no couro cabeludo, causada por reação inflamatória grave causada por reação inflamatória grave a uma infecção do couro cabeludo por dermatófitos. ➢ Tinea corporis É uma dermatofitose que causa manchas anulares (na forma de O) róseo-avermelhadas e placas com bordas ligeiramente elevadas que se expandem perifericamente e tendem a ser liberadas centralmente; Uma forma variante rara manifesta-se como placas numulares (na forma circular ou arredondada) descamativas com pápulas ou pústulas; ➢ Tinea curis É uma dermatofitose que geralmente é causada pelo Trichophyton rubrum ou T. mentagrophytes. Os fatores ambientais associados à umidade (clima quente, roupas quentes e apertadas, obesidade causando atrito entre as dobras da pele) são os fatores de risco primários; Os homens são mais acometidos que as mulheres pelo contato do escroto com a virilha; ➢ Tinea pedis A tinea do pé é a dermatofitose mais comum porque a umidade resultante de suor nos pés facilita o crescimento de fungos. Pode ocorrer em 4 formas clínicas ou em combinação: 1- Crônica hiperqueratótica 2- Crônica intertriginosa 3- Ulcerativa aguda 4- Vesicobolhosa Patógeno: Trichophyton sp ➢ Reação dermatofitoide As reações são de diversos tipos; não são relacionadas ao crescimento localizado dos fungos, mas são reações inflamatórias a dermatofitoses em outras áreas do corpo. As lesões são pruriginosas, que se manifestam como: Erupções vesiculares nas mãos e nos pés, pápulas foliculares. Placas que se assemelham à erisipela, eritema nodoso, eritema anular centrífugo, urticária. MICOSES SUBCUTÂNEAS As micoses subcutâneas envolvem as camadas mais profundas da pele, incluindo a córnea, os músculos e o tecido conjuntivo, e são causadas por um largo espectro de fungos taxonomicamente diversos; Os fungos ganham acesso aos tecidos mais profundos normalmente por inoculação traumática e permanecem localizados, causando a formação de abscessos e úlceras que não cicatrizam; O sistema imunológico do hospedeiro reconhece os fungos, resultando em destruição tecidual variável e frequentemente em uma hiperplasia epiteliomatosa; Os patógenos são os mesmos agentes etiológicos das dermatofitoses; MICOSES SISTÊMICAS Agentes etiológicos: Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis, Coccidioides posadasii e Paracoccidioides brasiliensis ➢ Histoplasmose Doença pulmonar e hematogênica causada por Histoplasma capsulatum, frequentemente crônica e em geral se segue a uma infecção primária assintomática; Os sintomas são tanto de pneumonia, quanto de doença crônica não específica; O diagnóstico é por identificação do microrganismo no escarro ou tecido ou uso serológica específico e testes para antígeno na urina; Em pacientes imunossuprimidos, a Histoplasmose pode se disseminar para a pele, medula óssea, cérebro, fígado, baço e sistema linfático. A lesão oral nessa imagem mimetiza o cancro da sífilis primária, mas os testes revelaram Histoplasma capsulatum. Pode acontecer de três formas: pulmonar aguda, progressiva disseminada e cavitária crônica. ➢ Blastomicose Doença pulmonar causada pela inalação de esporos do fungo Blastomyces dermatitidis; ocasionalmente, o fungo tem disseminação hematogênica, provocando doença extrapulmonar. Os sintomas são e pneumonia ou da disseminação para vários órgãos, em geral, a pele; O diagnóstico é clínico e/ou por meio de radiografia de tórax, confirmado por identificação laboratorial do microrganismo; A blastomicose extrapulmonar pode ocorrer na pele ou na região genital. As lesões cutâneas podem apresentar papilas verrucosas ou uma aparência verrucosa; ➢ Coccidiomicose Doença pulmonar ou hematogênica causada pelo fungo Coccidioides immitis e C.posadasii; geralmente ocorrendo uma infecção respiratória aguda, benigna, assintomática ou autolimitada; O microrganismo algumas vezes se dissemina para provocar lesões focais em outros tecidos; Os sintomas, quando presentes, são os mesmos de infecção do trato respiratório inferior ou de doença disseminada inespecífica de baixo grau; Fatores de risco de coccidiomicose Infecção pelo HIV; Uso de imunossupressores; Idade avançada; Na 2ª metade da gestação ou no pós-parto; Certas etnias (filipinos, afro-americanos, nativos norte-americanos, hispânicos e asiáticos, em ordem decrescente de risco relativo); Coccidiomicose primária: sintomas respiratórios inespecíficos – febre, tosse, dor no peito, calafrios, produção de escarro, dor de gargante e hemoptise. Coccidiomicose progressiva: ocorre principalmente naqueles que estão imunocomprometidos – cianose, dispneia progressiva e escarro mucopurulento ou sanguinolento. A hipersensibilidade aos antígenos do Coccidioides immitis pode se manifestar como eritema nodoso, artrite, conjuntivite ou eritema multiforme. A coccidiomidomicose proveniente de infecção pulmonar primária pode se manifestar como múltiplas lesões cutâneas; ➢ Paracoccidioidomicose É uma micose progressiva de pele, membranas mucosas, linfonodos e órgãos internos causada por Paracoccidioides brasiliensis. Os sintomas são úlceras de pele, adenite e dor no órgão abdominal envolvido; O diagnóstico é clínico e microscópico, confirmado por cultura. Sinais e sintomas Mucocutâneas: as infecções muito frequentemente envolvem a face, em especial as bordas mucocutâneas do nariz e da cavidade oral. Em geral, leveduras são abundantes e apresentam lesões puntiformes sobrebases granulares de úlceras que se expandem lentamente; linfonodos regionais aumentam de tamanho, tornam-se necróticos e drenam material necrótico através da pele. Linfáticas: ocorre aumento indolor de linfonodos cervicais, supraclaviculares ou axilares. Viscerais: caracterizadas por lesões focais que causam aumento, em especial, de fígado, baço e linfonodos abdominais, algumas vezes com dor abdominal concomitante. A infecção por Paracoccidioides brasiliensis torna-se clinicamente aparente como úlceras mucocutâneas, especialmente em torno do nariz (parte superior) e da boca, acometendo a língua, a faringe e as gengivas (parte inferior). Na infecção por Paracoccidioides brasiliensis os linfonodos regionais podem necrosar. MICOSES OPORTUNISTAS As micoses oportunistas são as que se desenvolvem principalmente em hospedeiros imunocomprometidos; Típicas infecções fúngicas sistêmicas oportunistas (micoses) incluem: 1- Candidíase 2- Aspergilose 3- Mucormicose (zigomicose) ➢ Candidíase Candidíase é a infecção causada por Candida sp, mais frequentemente C. albicans; ela se manifesta por lesões mucocutâneas, fungemia e, algumas vezes, infecção focal de múltiplos locais. Os sintomas dependem do local de infecção e incluem disfagia, lesões cutâneas e de mucosa, cegueira, prurido, queimação e corrimento vaginais, febre, choque, oligúria, insuficiência renal e coagulação intravascular disseminada. O diagnóstico é confirmado por histopatologia e culturas de locais habitualmente estéreis. Candidemia pode ocorrer em pacientes neutropênicos que estão hospitalizados por tempo prolongado. Essas infecções de corrente sanguínea são, muitas vezes, relacionadas a: cateteres venosos centrais, cirurgia de grande porte, terapia antibacteriana de amplo espectro, hiperalimentação IV, cateteres IV e de TGI são as vias de entrada habituais. ➢ Aspergilose Infecção oportunista causada por esporos inalados do fungo Aspergillus, comumente presente no ambiente; os esporos germinam e se transformam em hifas que entram nos vasos sanguíneos e, com doença invasiva, causam necrose hemorrágica e infarto; Os sintomas podem ser os mesmos de asma, pneumonia, sinusite ou doença sistêmica rapidamente progressiva; O diagnóstico é principalmente clínico, mas pode ser auxiliado por estudos de imagem, histopatologia e coloração de esfregaços e cultura Fatores de risco Neutropenia quando prolongada (tipicamente > 7 dias); Terapia com corticoide de alta dose a longo prazo; Transplante de órgão (especialmente transplante de medula óssea com doença de enxerto versus hospedeiro); Distúrbios hereditários de função neutrofílica, como doença granulomatosa crônica; Aspergilose pulmonar: se desenvolve em cavidades que se formam nos pulmões, causadas por doenças pulmonares preexistentes; Aspegiloma: é uma bola de fungo; aspergillus composto de hifas, fibrina, muco e restos celulares encontrados dentro dos seis paranasais e pulmões. Aspergilose invasiva extrapulmonar: ocorre em pacientes gravemente imunocomprometidos; começa com lesões de pele, sinusite ou pneumonia. Pode comprometer o fígado, os rins, o cérebro e outros tecidos, sendo, muitas vezes, rapidamente fatal. Aspergilose pulmonar invasiva crônica: costuma causar tosse, frequentemente hemoptise, dor torácica pleurítica e respiração ofegante. ➢ Mucormicose Infecção causada por diversas espécies fúngicas, inclusive Rhizopus, Rhizomucor e Mucor. A maioria dos sintomas frequentemente resulta de lesões necróticas invasivas no nariz e no palato, acompanhadas de dor, febre, celulite orbitária, proptose e secreção nasal purulenta. Sintomas pulmonares são graves e incluem tosse produtiva, febre alta e dispneia. Infecção disseminada pode ocorrer em pacientes gravemente imunocomprometidos. O diagnóstico é principalmente clínico, requer um alto grau de suspeita e é confirmado por meio de histopatologia e cultura. Murcomicose rinocerebral: lesões necróticas aparecem na mucosa nasal ou, algumas vezes, no palato. A invasão vascular por hifas provoca a necrose progressiva de tecido, que pode envolver o septo nasal, o palato e os ossos que circundam a órbita ou os seios. Manifestações podem incluir dor, febre, celulite orbitária, proptose, oftalmoplegia, perda da visão, secreção nasal purulenta e necrose da mucosa. Mucormicose pulmonar: lembra a aspergilose invasiva. Os sintomas pulmonares são graves, como tosse produtiva, febre alta e dispneia. A mucormicose é uma infecção de pacientes com comprometimento imunitário, como aqueles com diabetes. Na mucormicose rinocerebral, Rhizopus, Rhizomu cor, ou outra espécie de fungo angioinvasivo penetra no espaço vacular e causa necrose tecidual do septo nasal, palato, órbita e seios da face. A infecção pode se estender para o cérebro, causando sinais de trombose do seio cavernoso, convulsão, afasia ou hemiplegia.