Buscar

Módulo IV

Prévia do material em texto

DISCIPLINA
GEOLOGIA AMBIENTAL
AULA 04
AS ROCHAS
CURSO DE 
TECNOLOGIA EM 
GESTÃO AMBIENTAL 
A DISTÂNCIA
DISCIPLINA
GEOLOGIA AMBIENTAL
AULA 04
AS ROCHAS
CURSO DE 
TECNOLOGIA EM 
GESTÃO AMBIENTAL 
A DISTÂNCIA
GOVERNO DO BRASIL
Presidente da República
DILMA VANA ROUSSEFF
Ministro da Educação
ALOIZIO MERCADANTE
Diretor de Ensino a Distância da CAPES
JOÃO CARLOS TEATINI
Reitor do IFRN
BELCHIOR DE OLIVEIRA ROCHA
Diretor do Câmpus EaD/IFRN
ERIVALDO CABRAL
Diretora Acadêmica do Câmpus EaD/IFRN
ANA LÚCIA SARMENTO HENRIQUE
Coordenadora Geral da UAB /IFRN
ILANE FERREIRA CAVALCANTE
Coordenador Adjunto da UAB/IFRN
JÁSSIO PEREIRA 
Coordenadora do Curso 
de Tecnologia em Gestão Ambiental
MARIA DO SOCORRO DIÓGENES PAIVA
GEOLOGIA AMBIENTAL – Aula 04
Professor Pesquisador/Conteudista
LEÃO XAVIER DA COSTA NETO
DiretorA da Produção de Material Didático
ROSEMARY PESSOA BORGES
Coordenador da Produção de 
Material Didático
LEONARDO DOS SANTOS FEITOZA
Revisão Linguística
KALINA ALESSANDRA RODRIGUES DE PAIVA
Coordenação de Design Gráfico
LEONARDO DOS SANTOS FEITOZA
Projeto Gráfico
BRENO XAVIER
Diagramação
EMERSON LUÃ
5
AS ROCHAS
APRESENTANDO A AULA
Você teve a oportunidade de estudar os minerais na 
Aula 03, cujos conhecimentos adquiridos serão de grande 
importância para o estudo das rochas, tema que será 
abordado nesta aula.
O reconhecimento das rochas e das alterações sofridas 
ao longo do tempo é a base para o entendimento de muitos 
fenômenos ambientais que ocorrem em nosso planeta. Por 
isso, saber identificar determinado tipo de rocha com suas 
características principais irá auxiliar na compreensão das 
ações dos agentes climáticos e antrópicos.
Portanto, esta aula irá mostrar o ciclo de formação das 
rochas, apresentando sua classificação em ígnea, metamórfica 
e sedimentar, e principalmente, suas características 
composicionais, texturais e estruturais, importantes para a 
sua descrição e identificação.
Por fim, você ainda encontrará um pequeno glossário 
de termos geológicos para auxiliar no entendimento dos 
conteúdos estudados.
Vamos lá?
DEFININDO OBJETIVOS
Ao final desta aula, você deverá:
•	 entender os processos que ocorrem no ciclo das rochas;
•	 conhecer como se classificam as rochas;
•	 saber quais as principais características das rochas 
ígneas, metamórficas e sedimentares;
•	 reconhecer e identificar os principais tipos de rochas.
6
GEOLOGIA AMBIENTAL
DESENVOLVENDO O CONTEÚDO
Ciclo das Rochas
Para entender como se formam as rochas, é importante que você saiba o 
que é uma rocha. Assim, uma rocha é um agregado sólido de minerais, mais 
comumente constituídas por dois ou mais minerais, as rochas pluriminerálicas: 
granito, basalto e gnaisse , por exemplo. Entretanto, existem rochas formadas 
quase exclusivamente por um mineral, denominadas de rochas monominerálicas. 
Como exemplo desses tipos, elencamos: o mármore, o quartzito e o calcário, 
constituídos principalmente por calcita, quartzo e calcita, respectivamente.
Algumas características das rochas são importantes na sua descrição e 
classificação. A título de exemplificação, citamos a mineralógia que representa 
a sua composição percentual; a textura que representa a forma como os cristais 
estão organizados, considerando o tamanho e as formas; e a estrutura que 
representa o aspecto geral da rocha, levando em consideração sua forma maciça, 
planar e presença de falhas ou dobras.
A principal classificação das rochas da crosta terrestre é fundamentada na 
sua origem (genética), ou seja, no modo em que foram formadas na natureza, 
aspecto que divide as rochas em três grupos: ígneas, metamórficas e sedimentares.
A formação das rochas na crosta terrestre ocorre de maneira cíclica, de 
forma que uma rocha pode se originar de uma outra pré-existente, que, por 
sua vez, pode ser fonte para outras, a depender dos fenômenos que atuarão 
nos ambientes de formação. Esse conjunto de processos atua de forma cíclica e 
interligada, denominando-se Ciclo das Rochas (Conferir a Figura 1).
Para uma mellhor compreensão desse ciclo, você precisa conhecer as 
características principais dos ambientes de formação das rochas na Terra: os 
ambientes Primário ou Interno e Secundário ou Externo. O Primário, ou seja, que 
ocorre no interior da Terra, em profundidade, englobando a Crosta e o Manto, 
Fig. 01 - Ciclo das rochas. 
7
AS ROCHAS
conteúdos que você estudou na Aula 02, apresenta temperatura e pressão 
elevadas, possui pouca água, gases e oxigênio, sendo o ambiente onde ocorrem 
os processos de fusão das rochas, diferenciação magmática e metamorfismo. Por 
outro lado, o Secundário, ou seja, que ocorre na superfície terrestre, fazendo parte 
da porção mais externa da crosta e em contanto com a atmosfera, apresenta 
baixa temperatura e pressão, muita água, gases e oxigênio, onde ocorrem os 
fenômenos de intemperismo, tais como ação dos ventos, das águas, do gelo, dos 
organismos, a erosão, o transporte de sedimentos, a sedimentação, etc.
Observe,agora, a Figura 1 e perceba como o Ciclo das Rochas se processa! 
Veja que a linha tracejada preta delimita hipoteticamente os ambientes Primário 
e Secundário; e que as setas vermelhas e azuis indicam o fluxo dos processos 
geológicos até os produtos gerados por eles.
Partindo de uma câmara magmática (fonte magmática), local onde as rochas 
foram fundidas devido às altas temperaturas, gerando o magma (Conferir o nº 1 da 
Figura 1), observe que esse magma pode ascender à superfície através de planos 
de fraquezas (falhas e fraturas), sofrendo resfriamento, pois a temperatura vai 
diminuindo e, dessa forma, cristalizando. Consequentemente, vão se formando as 
rochas ígneas ou magmáticas (Conferir o nº 2 da Figura 1). Essa cristalização pode 
ocorrer, ainda, no interior da Terra ou em sua superfície, gerando as rochas ígneas 
plutônicas e vulcânicas, respectivamente. As rochas ígneas, quando atingem a 
superfície, seja pela ascensão natural do magma (rochas vulcânicas), seja pelo 
soerguimento por movimentos tectônicos através de falhas, ficam susceptíveis a à 
ação dos fenômenos do ambiente secundário, que vão alterá-las e desagregá-las, 
fornecendo fragmentos que darão origem aos sedimentos, e consequentemente, 
às rochas sedimentares (Conferir os nº 4 e 5 da Figura 1).
Existem ambientes geológicos relacionados à tectônica de placas, cuja 
pressão e temperatura são bastante elevadas, em virtude da colisão ou expansão 
das placas tectônicas que podem modificar as rochas pré-existentes, provocando 
a formação das rochas metamórficas (Conferir o nº 3 da Figura 1). Veja que as 
setas indicam que todas as rochas podem ser modificadas pelo aumento de 
pressão e de temperatura, dando origem às rochas metamórficas, através do 
fenômeno denominado de metamorfismo, o qual você ainda estudará nessa 
aula. Da mesma forma que as rochas ígneas, as metamórficas também podem 
ser soerguidas até a superfície e ficarem susceptíveis aos processos geológicos 
que ocorrem no ambiente Secundário.
A ação dos agentes climáticos, oceanográficos, geológicos e biológicos 
que atuam no ambiente Secundário provocam modificações nas rochas que 
afloram na superfície terrestre, e consequentemente, sua desagregação, erosão, 
transporte e deposição, contribuindo para a formação dos sedimentos (Conferir 
o nº 4 da Figura 1). Posteriormente, quando ocorrem condições para que ocorra 
a diagênese, provocando o endurecimento desses sedimentos, surgem as rochas 
sedimentares (Conferir o nº 5 da Figura 1). Da mesma forma que as rochas ígneas 
e metamórficas, as sedimentares também podem sofrer soerguimento e/ou 
sofrerem ação dos agentes físicos, químicos e biológicos atuantes no ambiente 
8
GEOLOGIA AMBIENTAL
Secundário, contribuindo para a formação de novas rochas sedimentares.
Finalmente, se em certo ambiente geológico as condições de temperatura e 
pressão forem bastante elevadas, como por exemplo, em uma zona de subducção, 
as rochas pré-existente podem sofrer não só metamorfismo, mas tambémpodem 
sofrer fusão total ou parcial, gerando um novo magma e definindo claramente o 
Ciclo das Rochas.
Após a caracterização dos fenômenos e os produtos gerados durante 
o Ciclo das Rochas, chegamos a um ponto da aula em que você estudará as 
características dos principais grupos de rochas existentes na crosta terrestre. 
Como percebeu, são as rochas ígneas ou magmáticas, as rochas metamórficas e 
as rochas sedimentares. 
Rochas Ígneas ou Magmáticas 
as rochas ígneas ou magmáticas resultam da cristalização do magma. Mas 
o que é um magma? Magma é um material em estado de fusão, formados nas 
zonas profundas da crosta e também do manto, com temperatura entre 800º 
C e 1200º C, cuja composição apresenta diversos tipos de silicatos, óxidos e 
elementos voláteis.
Dependendo da profundidade na crosta terrestre (ambiente primário) onde 
ocorra a cristalização, as rochas ígneas podem ser classificadas em: intrusivas 
ou plutônicas (grande profundidade), hipoabissais (intermediária) e extrusivas ou 
efusivas ou vulcânicas (superfície terrestre). Na classificação moderna, as rochas 
plutônica, hipoabissal e vulcânica referem-se ao tamanho dos cristais formados 
pelo processo de cristalização. Nesse sentido, o termo “granulometria” está sendo 
utilizado para classificar essas rochas como de granulometria grossa, média e 
fina, respectivamente (MOTOKI, 2004). Lembrando que o termo granulometria 
é fundamentalmente relacionado à medida do tamanho dos grãos das rochas 
sedimentares clásticas.
As rochas ígneas apresentam as seguintes características gerais: geralmente, 
são duras; maciças, quebram-se de forma irregular; não apresentam estruturas 
segundo faixas ou camadas; os cristais se dispõem por justaposição (cristais 
se formam uns ao lado dos outros); apresentam textura cristalina, vítrea ou 
vesicular; apresentam alto teor de feldspato; e não apresentam fósseis. O Quadro 
1 apresenta uma comparação entre algumas características das rochas plutônicas 
e vulcânicas. 
9
AS ROCHAS
Quadro 1- Comparação entre as características das rochas ígneas plutônicas 
e vulcânicas.
Por um lado, quando o magma resfria no interior da crosta sólida, este 
fenômeno denomina-se plutonismo. É dessa maneira que são formados os corpos 
intrusivos, que podem ser concordantes, quando acompanham a estrutura da 
rocha encaixante, gerando corpos na forma de soleira ou sill, lacólito, lopólito e 
facólito; e discordantes, quando cortam a estrutura da rocha encaixante, gerando 
corpos na forma de dique, neck, apófise e batólito, como apresentado na Figura 2.
Por outro lado, quando o magma atinge a superfície terrestre, transbordando 
das crateras dos vulcões, preenchendo fendas (fraturas ou falhas) ou escorrendo 
em camadas sobre a superfície terrestre na forma de lava (derrame), o fenômeno 
denomina-se vulcanismo. As formas como o magma se cristaliza na superfície 
terrestre são conhecidas como: vulcão, neck vulcânico, diques radiais e derrames.
Para ajudar na compreensão desses conceitos, faça a leitura do Capítulo 
5 – Rochas Ígneas: sólidos que se formaram de líquidos, do livro Para Entender 
a Terra. Da mesma forma, para ampliar seus conhecimentos sobre vulcanismo, 
acesse o site indicado em Leituras Complementares.
As rochas ígneas apresentam texturas importantes para a sua descrição e 
classificação, as quais se referem ao grau de cristalização do magma, ao tamanho 
(granulometria como anteriormente mencionado) e à homogeneidade dos 
cristais.
Fig. 02 - Diagrama esquemático mostrando 
algumas formas de ocorrências das rochas 
ígneas.
10
GEOLOGIA AMBIENTAL
Quando essas rochas se cristalizam, apresentam diferentes graus de 
cristalização ou cristalinidade. Para que ocorra a cristalização de um magma, é 
necessário certo tempo, e consequentemente, uma determinada velocidade de 
resfriamento desse magma. Quando o resfriamento é lento, há tempo suficiente 
para cristalização total dos cristais, geralmente de tamanhos maiores, gerando 
rochas ígneas constituídas por cristais. Quando o resfriamento é rápido e não há 
tempo suficiente para cristalização, a rocha formada é constituída praticamente 
por vidro.
Portanto, quanto à cristalinidade, as rochas são classificadas em: holocristalina 
(formada totalmente por cristais, totalmente cristalizada) (Conferir a Figura 3a), 
hipocristalina ou hialocristalina ou hemicristalina (parcialmente cristalizada, 
ou seja, formada por uma mistura de cristais e vidro) (Conferir a Figura 3b) e 
holohialina ou vítrea (formada totalmente por vidro, não cristalizada, massa 
vítrea) (Conferir a Figura 3c).
Você pode perceber que é importante classificar as rochas quanto ao tamanho 
do cristal. Atualmente, emprega-se o termo granulometria para classificar as 
rochas ígneas segundo esse tamanho, principalmente nas rochas holocristalinas, 
como apresentado acima. Nesse sentido, a classificação granulométrica das 
rochas ígneas reflete exclusivamente a velocidade de resfriamento do magma, ou 
seja, a sua velocidade de cristalização. Quando o resfriamento é lento, os cristais 
apresentam granulometria grossa; já quando o resfriamento é rápido, os cristais 
apresentam granulometria fina. Assim, segundo a granulometria, as rochas são 
classificadas em: grossa (1 a 10 mm), média (0,2 a 1 mm) e fina (< 0,2 mm). A 
Figura 4 mostra a classificação granulométrica das rochas ígneas em diferentes 
escalas de observação.
Fig. 03 - Granito com textura holocristalina 
(a), basalto com textura hipocristalina (b) e 
obsidiana com textura holohialina (c).
11
AS ROCHAS
Considerando o aspecto macroscópico, as rochas ígneas são classificadas 
quanto ao tamanho dos cristais em: fanerítica, isto é, todos os cristais são 
visíveis a olho nu (Conferir a Figura 3a); e afanítica, ou seja, os cristais não são 
visíveis a olho nu, identificados apenas com uso do microscópio (Conferir a 
Figura 3b). As rochas faneríticas grossas e médias também são denominadas de 
fanerocristalinas. Microscopicamente, as rochas afaníticas podem ser classificadas 
em microcristalina (tamanho > 25 a 30 μm) e criptocristalina (tamanho < 25 a 30 
μm).
A relação de tamanho entre os cristais é outra característica textural 
importante na descrição das rochas ígneas. As rochas que apresentam cristais de 
tamanhos aproximadamente iguais (tamanho homogêneo) são denominadas de 
equigranulares (Conferir a Figura 5a), como exemplo têm-se: granito, granodiorito 
e gabro. Já as rochas com cristais de tamanhos variados, são denominadas de 
inequigranulares. Rochas que apresentam grandes cristais dispersos em uma 
massa afanítica ou mesmo fanerítica fina (dois tamanhos diferentes de cristais) 
são denominadas de porfiríticas (Conferir a Figura 5b). Os cristais maiores são 
denominados de fenocristais, aparecendo mais comumente nas seguintes rochas: 
granito, riolito, dacito, andesito, basalto e fonolito.
Fig. 04 - Representações esquemáticas da 
granulometria das rochas ígneas (grossa, média e 
fina) em relação a diferentes escalas de observação.
12
GEOLOGIA AMBIENTAL
Segundo Motoki (2004), as rochas ígneas se classificam conforme a 
percentagem relativa de sílica (SiO2): ácida (> 66% de SiO2), intermediária (66% 
> SiO2 >52%), básica (52% > SiO2 > 45%) e ultrabásica (< 45% SiO2). Nesse 
sentido, você precisa entender que o percentual de SiO2, em uma determinada 
rocha, não é sinônimo da presença exclusiva do mineral quartzo (SiO2), mas sim 
do quantitativo de minerais que apresentam o radical sílica na sua composição, 
como é o caso dos minerais da classe Silicatos. Como exemplos de rochas que 
se enquadram nessa classificação, você pode encontrar: granito e riolito (ácida), 
granodiorito e dacito (intermediária), gabro e basalto (básica) e peridotito 
(ultrabásica).
Outra forma de classificar as rochas ígneas é baseada no índice de cor (M). 
Atualmente, existem 2 classificações principais: a proposta clássica de Shand 
(1927), usada até hoje, que se baseia no percentual de minerais máficos (minerais 
de cor escura como apatita,magnetita, olivina, ortopiroxênio e clinopiroxênio), e 
a classificação moderna, proposta por geólogos americanos, que se fundamenta 
na proporção relativa entre quartzo, feldspato alcalino, plagioclásio e nefelina, 
ou seja, a percentagem dos minerais coloridos e opacos, sendo definindo por M. 
A título de informação, os minerais de cores claras, como plagioclásio, feldspato 
alcalino e quartzo são denominados de minerais félsicos.
Na classificação de Shand (op cit), as rochas que apresentam cores claras (0 < 
M < 30) são denominadas de leucocráticas; as que apresentam cores intermediárias 
(30 < M < 60) são denominadas de mesocráticas e as que apresentam cores 
escuras (60 < M < 100) são denominadas de melanocráticas. Etimologicamente, 
esses termos significam: crática = cor; leuco = clara; meso = mediana e melano 
= escuro.
A classificação moderna que se baseia no índice de cor M, como descrito 
acima, classifica as rochas ígneas como: félsicas (0 < M < 20), intermediárias (20 
< M < 40), máficas (40 < M < 70 e ultramáfica (70 < M < 100).
Nessa disciplina, adotaremos as duas classificações, pois a de Shand (op cit) 
é de mais fácil compreensão e utilização, quando numa análise macroscópica de 
Fig. 05 - Granito equigranular (a) e granito 
porfirítico, de Punta del Diablo, Rocha, Uruguai (b).
13
AS ROCHAS
rochas; a classificação moderna, por sua vez, é mais precisa quando realizada uma 
análise química detalhada da rocha.
A Figura 6 mostra um resumo das principais características das rochas 
ígneas, estudadas acima.
Veja que foram apresentadas as principais características descritivas das 
rochas ígneas. E agora, como faremos para classificar essas rochas após todo 
o conhecimento adquirido? Para facilitar a descrição e a identificação de uma 
rocha, será necessário utilizar os conhecimentos adquiridos nessa aula e na Aula 
03 – Os minerais, uma vez que descreveremos a sua mineralogia percentual e as 
texturas relacionadas.
Em 1976, a Subcomissão da International Union of Geological Sciences 
(IUGS) propôs uma classificação descritiva para a nomenclatura das rochas ígneas, 
baseada na composição mineralógica, que utiliza o percentual de quartzo (Q), 
feldspato alcalino (A), plagioclásio (P) e feldspatóides (F), a partir do trabalho de 
Streckeisen (1976), apresentado sob a forma de um duplo diagrama triangular, o 
qual ficou conhecido como Diagrama de Streckeisen (Conferir a Figura 7).
Fig. 06 - Bloco diagrama mostrando as 
relações entre as seguintes características 
das rochas ígneas: classificação, exemplo de 
rocha, mineralogia, índice de cor, teor de sílica, 
granulometria e textura.
14
GEOLOGIA AMBIENTAL
Fig. 07 - Classificação de rochas ígneas, segundo 
o Diagrama de Streckeisen (1976), baseado no 
percentual de QAPF (quartzo, feldspato alcalino, 
plagioclásio e feldspatóide). An significa o teor 
do mineral anortita no plagioclásio.
ATIVIDADE 01
Com base nos conteúdos estudados nessa aula 
sobre rochas ígneas, como também em outra fonte 
bibliográfica sobre o assunto, preencha a tabela 
abaixo com as principais características das seguintes 
rochas ígneas: granito, pegmatito e basalto.
15
AS ROCHAS
Metamórficas
São rochas que resultam da transformação, em estado sólido, de uma 
rocha preexistente, através do aumento de pressão e temperatura (processos 
termodinâmicos), apresentando mudanças na composição química, na mineralogia, 
na textura, na estrutura ou, ao mesmo tempo, em todos esses parâmetros. Esse 
fenômeno de mudança de uma forma para outra se chama metamorfismo (meta 
= mudança, morpho = forma) e ocorre devido à energia liberada do interior da 
Terra (ambiente primário), na forma de calor, cuja temperatura pode alcançar 
800º C, porém sem ocorrer fusão total das rochas.
As rochas metamórficas apresentam elementos que as caracterizam e que 
facilitam a sua identificação, seja em escala macroscópica ou microscópica, a saber: 
as camadas apresentam planos, minerais orientados, presença de estruturas de 
dobras, falhas e fraturas, e resistência média a elevada.
O metamorfismo é controlado por meio de quatro fatores principais: a 
temperatura e a pressão interna da Terra, os fluídos envolvidos e o tempo. A 
temperatura no interior da Terra aumenta com a profundidade, cujo fenômeno 
é denominado de gradiente geotérmico que você já estudou na Aula 02. Além 
disso, outras fontes de calor também podem estar associadas, tais como: intrusões 
de grandes massas de magma (intrusões ígneas), desintegração de minerais 
radioativos e atrito entre as camadas.
A pressão, igualmente como a temperatura, também aumenta com a 
profundidade. Existem dois tipos de pressão que atuam nas rochas, a saber: 
pressão confinante (força exercida igualmente em todas as direções) e a pressão 
(força exercida em uma direção específica).
Durante o metamorfismo, são gerados fluídos hidrotermais ricos em dióxido 
de carbono, sódio, potássio, sílica, cobre, zinco e tantos outros, solúveis em água 
quente sob pressão. Esses fluídos, durante o metamorfismo, podem reagir com 
as rochas preexistentes e modificar totalmente a sua composição química e a 
mineralogia. Esse fenômeno é denominado de metassomatismo.
Como em todo fenômeno geológico, o tempo também é fator fundamental 
na formação de rochas metamórficas, que ocorre de maneira lenta, como 
consequência das mudanças de temperatura e de pressão. Dados geocronológicos 
e modelagens teóricas indicam que o metamorfismo de rochas preexistente pode 
ocorrer de 10 a 50 Ma.
Depois dessas informações sobre metamorfismo, fica uma pergunta: Em 
quais ambientes geológicos podem ocorrer mudanças na temperatura e na 
pressão suficientemente para provocar o metamorfismo e transformar uma rocha 
em outra?
Os principais mecanismos que explicam a formação da maioria das 
rochas metamórficas estão relacionados aos processos de tectônica de placas, 
16
GEOLOGIA AMBIENTAL
principalmente nas zonas de colisão continental (crosta continental-crosta 
continental), nas zonas de subducção (colisão crosta oceânica-crosta continental), 
nas zonas de expansão do assoalho oceânico, nas zonas adjacentes a ocorrência 
de grandes corpos ígneos em altas temperaturas, nas zonas de deposição de 
espessas camadas de sedimentos e em locais de quedas de meteoritos. Para 
maiores informações sobre Tectônica de Placas, leia o Capítulo 2 - Tectônica de 
Placas: a Teoria Unificadora, do livro Para Entender a Terra (2006), disponível nas 
Leituras Complementares.
Nesse sentido, as transformações metamórficas ou o metamorfismo, que 
modificam as rochas preexistentes, ocorrem de duas formas, a saber, normal, 
sem qualquer perda ou adição de novo material, ou seja, a composição química 
continua a mesma, embora a rocha seja outra, como por exemplo: calcário 
(sedimentar) e mármore (metamórfica); arenito (sedimentar) e quartzito 
(metamórfica); e metassomática ou metassomatismo, quando ocorre mudança 
de composição química da rocha, com a formação de novos minerais, como por 
exemplo: ortognaisse e paragnaisse (gnaisses originados pelo metamorfismo de 
um granito e argilito, respectivamente).
Considerando os principais fatores controladores (temperatura, pressão 
e fluído) e os diferentes ambientes geológicos, o metamorfismo é classificado 
segundo os seguintes tipos (Conferir a Figura 8):
a) Metamorfismo regional ou geral ou dinamotermal: Tipo de metamorfismo 
mais comum que ocorre em porções profundas da costa com altas temperaturas 
e pressões, tais como as extensas regiões tectônicas de limites de placas 
convergentes (compressão). Está associado à formação das grandes cadeias de 
montanhas, como nos Andes e no Himalaia. É comum o surgimento de xistos 
e gnaisses, com planos (foliação) bem definidos e intensamente dobrados e 
falhados.
Fig. 08 - Relação entre os tipos de metamorfismo e os ambientes 
tectônicos de ocorrência.
17
AS ROCHAS
b) Metamorfismo de contato ou termal ou endógeno: Tipo de metamorfismo 
que ocorre ao redor de corpos ígneosintrusivos do tipo batólitos (ígneas 
plutônicas), em locais cuja temperatura modifica as rochas encaixantes na zona 
de contato, em uma extensão que varia de centímetros a dezenas de metros. 
O metamorfismo de contato em corpos ígneos vulcânicos pode ocorrer em 
estreitas faixas, uma vez que a diminuição da temperatura ocorre de forma rápida. 
Como a pressão não é importante, as rochas geralmente não apresentam planos 
(foliação). As rochas geradas nesse tipo de metamorfismo são denominadas de 
hornfels, tactito (escarnito).
c) Metamorfismo dinâmico ou cataclástico: Predomina o aumento de 
pressão no fenômeno da transformação das rochas, produzindo zonas de atrito 
pouco profundas da crosta, como em zonas de falhas. As rochas formadas nesse 
tipo de metamorfismo ocorrem em longas e estreitas faixas adjacentes às falhas. 
Exemplos de rochas: milonitos, ultramilonitos e cataclasitos.
d) Metamorfismo de soterramento ou de baixo grau: Característica de 
bacias sedimentares em subsidência, devido o soterramento de espessas 
camadas de rochas sedimentares e vulcânicas em grandes profundidades. Nesse 
tipo de metamorfismo, ocorre aumento de pressão pelo peso dos sedimentos e 
consequente aumento da temperatura que pode atingir 300 ºC. A ardósia é um 
uma rocha formada por metamorfismo de soterramento.
e) Metamorfismo hidrotermal: Resultado da infiltração de águas quentes 
através das fraturas e grânulos da rocha. Os minerais são cristalizados a 
temperaturas de 100 a 370 ºC.
f) Metamorfismo de fundo oceânico: Característico dos rifts das cadeias 
meso-oceânicas, com a crosta recém-formada e quente que interage com a água 
fria do mar.
g) Metamorfismo de alta pressão e de pressão ultra-alta: Tipo de 
metamorfismo incomum, uma vez que se formam em grandes profundidades 
(> 30 km), com pressões variando de 8 a 32 kbar, geralmente associados a zonas 
de subducção (convergência de placas). Os eclogitos são exemplos de rochas 
formadas nessas condições.
h) Metamorfismo de impacto: Ocorre em regiões limitadas da crosta, em 
locais de impacto de grandes meteoritos. A energia de impacto é dissipada na 
forma de ondas de choque, que deslocam as rochas, formando a cratera de impacto 
e de calor, vaporizando o meteorito e fundindo as rochas. A rocha encaixante 
pode ser fragmenta e até mesmo parcialmente fundida, gerando rochas do tipo 
tactito, que se parece com gotículas de vidro. O quartzo pode ser transformado 
em coesita e stishovita, duas de suas formas de alta pressão.
Baseado no critério da origem da rocha preexistente, as rochas 
metamórficas são denominadas de parametamórfica, quando se origina de uma 
rocha sedimentar, por exemplo: calcário → mármore e renito → quartzito; 
18
GEOLOGIA AMBIENTAL
ortometamórfica, quando se origina de uma rocha ígnea, como por exemplo: 
granito → gnaisse e diabásio → anfibolito. Quando a rocha metamórfica ainda 
conserva as características da rocha preexistente, usa-se o prefixo meta-, como 
por exemplo: conglomerado → metaconglomerado e tufo → metatufo.
Winkler (1977) classificou as rochas metamórficas segundo a intensidade 
ou grau do metamorfismo, considerando que o metamorfismo ocorre em uma 
faixa de temperatura, variando de 150 a 200 ºC e de 700 a 900 ºC, a saber: grau 
incipiente, grau baixo, grau médio e grau alto. Você pode observar na Figura 9 
os diferentes graus metamórficos em relação à profundidade, à temperatura e à 
pressão, além dos tipos de rochas formados (Conferir a Figura 9).
Outro conceito intimamente relacionado ao grau metamórfico é o de fácies 
metamórficas, que representa grupos de rochas de várias composições minerais, 
formadas sob diferentes graus de metamorfismo e de rochas preexistentes 
distintas. Assim, as fácies metamórficas são classificadas em: Fácies zeólito (200 
a 400 ºC), Fácies xisto verde (< 500 ºC), Fácies anfibolito (500 até 700 ºC), Fácies 
xisto azul (P > 6 kb e T < 400 ºC) e Fácies granulito (700 a 900 ºC).
O grau incipiente ou muito baixo corresponde às fácies xisto azul, enquanto 
os graus baixo, médio e alto correspondem aproximadamente às fácies xisto 
verde, anfibolito e granulito, respectivamente.
A mineralogia das rochas é fator preponderante na determinação das fácies 
metamórficas, e consequentemente, do grau metamórfico. Considerando dois 
tipos distintos de rochas parentais, tais como o folhelho e o basalto, você pode 
observar, no Quadro 2, os principais minerais formados durante o metamorfismo 
e suas fácies metamórficas correlatas.
Fig. 09 - Diferentes graus metamórficos em relação à 
profundidade, à temperatura e à pressão, além dos 
tipos de rochas formados.
19
AS ROCHAS
Quadro 2- Principais minerais das fácies metamórficas, produzidos a partir 
de rochas parentais de diferentes composições, tais como folhelho e basalto.
As rochas metamórficas apresentam seus cristais organizados conforme o 
tamanho, a forma, a disposição, os contatos e o arranjo ou organização, que 
definem as suas texturas. As texturas são classificadas em: granoblástica, que 
são minerais na forma granular e sem orientação preferencial (Conferir a Figura 
10a); lepidoblástica, que são minerais micáceos orientados, tais como biotita, 
muscovita e clorita (Conferir a Figura 10b); nematoblástica, que são minerais 
prismáticos orientados, tais como anfibólios e piroxênios (Conferir a Figura 10c); e 
profiroblástica, que são cristais grandes e bem desenvolvidos, dispersos em uma 
matriz mais fina, tais como grandes cristais de feldspato potássico em uma matriz 
gnáissica e granada em mica xistos (Conferir a Figura 10d). Segundo Teixeira et al 
(2009), a palavra blástica vem de blastese, que está relacionada ao processo de 
nucleação e crescimento mineral no estado sólido.
20
GEOLOGIA AMBIENTAL
As rochas metamórficas apresentam estruturas (organização geral dos 
planos das camadas, ou seja, de homogeneidades ou heterogeneidades texturais 
e/ou composicional) que são classificadas em três grupos, conforme o tamanho, a 
forma e o arranjo dos minerais formadores, a saber: foliada (apresentam foliação, 
ou seja, conjunto de superfícies paralelas, planas ou onduladas, produzidas pela 
deformação), maciça (não foliada ou granoblástica) e cataclástica.
As principais estruturas foliadas são: a) clivagem ardosiana que possuem 
superfícies lisas e paralelas, como se fossem folhas delgadas e regulares, 
característica da rocha ardósia; b) xistosidade, que apresentam arranjo paralelo dos 
minerais em folhas, como das micas, produzindo a foliação penetrativa, espessa 
e ondulada, característica dos xistos; e bandamento cujas bandas espessas de 
minerais claros e escuros são constituídas respectivamente por quartzo e feldspato 
e anfibólio e outros minerais máficos, característica dos gnaisses (Conferir a Figura 
11).
Fig. 10 - Texturas das rochas metamórficas: (a) 
granoblástica (fotomicrografia de quartzito, 
nicóis paralelos, aumento 40x), (b) lepidoblástica 
(fotomicrografia de biotita xisto, nicóis cruzados, aumento 
32x), (c) nematoblástica (fotomicrografia de gnaisse 
com cristais orientados de silimanita, nicóis cruzados, 
aumento 10x) e (d) porfiroblástica (fotomicrografia de 
um megacristal de magnetita envolvido por cloritas 
esverdeadas em xisto, nicóis paralelos, aumento 32x).
21
AS ROCHAS
A estrutura maciça é caracterizada pela presença de cristais esféricos ou cúbicos 
equidimensionais, assumindo um aspecto maciço, ou seja, sem apresentar planos 
de orientação. Nesse caso, as rochas são identificadas principalmente pela sua 
composição e não pela estrutura, como nos mármores, quartzitos e anfibolitos. A 
Figura 12 apresenta rochas com textura granoblástica.
A estrutura cataclástica é caracterizada por intenso faturamento devido aos 
esforços dirigidos que provocam fragmentação ou trituração. Inclusive, alguns 
tipos podem apresentar orientação. Como exemplos de rochas que apresentam 
estrutura cataclástica, temos: os cataclasitos (rochas que apresentam trituração 
dos minerais sem reconstituição química)e os milonitos (rocha que apresenta 
moagem e cisalhamento dos grãos, orientada).
Os critérios de nomenclatura para as rochas metamórficas são difíceis de serem 
estabelecidos, uma vez que essas rochas apresentam grande variabilidade na 
mineralogia, na estrutura e na textura. Essas condições, algumas vezes, podem 
se referir às rochas metamórficas geradas, mas podem também ser relacionadas 
à rocha-mãe.
O critério de nomenclatura mais adotado é o que combina mineralogia e estrutura 
das rochas, fazendo surgir termos (nome-raiz) como xisto, gnaisse, mármore e 
milonito. O nome das rochas pode ser estabelecido, levando em consideração 
o quantitativo dos minerais com > 5 % em ordem crescente de abundância e 
separados por hífen. Em seguida, vem o nome-raiz, e, se necessário, o nome 
Fig. 11 - Classificação das rochas foliadas e seus 
respectivos graus metamórficos.
Fig. 12 - Rochas com textura granoblástica: 
(A) mármore e (B) quartzito.
22
GEOLOGIA AMBIENTAL
dos minerais com < 5 % de abundância, precedido da palavra “com”, segundo 
nos orienta Teixeira et al (2009), tais como: biotita xisto, granada-biotita xisto ou 
granada-biotita xisto com cordierita.
Para concluir o estudo das rochas metamórficas, o Quadro 3 apresenta para você 
algumas rochas metamórficas e a sua rocha parental (rocha-mãe, original).
Quadro 3- Tipos de rochas metamórficas e seus correspondentes parentais.
ATIVIDADE 02
Com base nos conteúdos estudados nessa aula sobre 
rochas metamórficas, como também em outra fonte 
bibliográfica sobre o assunto, preencha a tabela abaixo 
com as principais características das seguintes rochas 
metamórficas: xisto, gnaisse e quartzito.
23
AS ROCHAS
Rochas Sedimentares
são rochas formadas a partir da destruição mecânica ou alteração de 
rochas pré-existenvtes, da precipitação de elementos dissolvidos em água, ou da 
acumulação de matéria orgânica em um ambiente de sedimentação. 
Como você já estudou na Aula 1, as rochas sedimentares se formam no 
ambiente Secundário, ou seja, em ambiente superficial. As áreas onde ocorre 
a formação dessas rochas são denominadas de bacias sedimentares. Entende-
se por bacia sedimentar uma depressão topográfica de origem tectônica e/ou 
termal de grande extensão, geometria circular, triangular ou linear, preenchida 
por grande espessura de sedimentos superpostos, seja continental, marinho ou 
ambos.
A formação dos sedimentos está condicionada à ocorrência de alguns 
processos geológicos secundários que atuam nas rochas pré-existentes, tais como: 
intemperismo, erosão, transporte, sedimentação/deposição e soterramento. As 
Figuras 1 (nº 4 e 5) e 13 mostram onde ocorrem esses processos e a formação das 
rochas sedimentares. Alguns desses serão discutidos nas Aulas 5 e 6.
Nesse sentido, as rochas sedimentares se formam a partir da deposição dos 
sedimentos (inconsolidado, desagregado) que, posteriormente, são transformados 
em rochas sedimentares (consolidada, agregada) pela ação da diagênese.
Após a deposição dos sedimentos, geralmente representada por um espesso 
pacote, são soterradas as camadas subjacentes (mais antigas) e novas condições 
Fig. 13 - Alguns processos geológicos responsáveis pela 
formação das rochas sedimentares. A área cujas rochas 
sedimentares (camadas horizontais com hachuras 
amarela e cinza) estão sendo formadas é denominada 
de bacia sedimentar.
24
GEOLOGIA AMBIENTAL
ambientais são estabelecidas. Essas novas condições causam mudanças físicas 
(pressão e temperatura) e químicas (pH e Eh) no ambiente, gerando um conjunto 
de transformações que dão origem às rochas sedimentares. A esse conjunto 
de transformações, dá-se o nome de diagênese, que modifica a textura e a 
mineralogia, altera a porosidade e cria novos minerais.
Os principais processos diagenéticos, responsáveis pela transformação de 
um sedimento em uma rocha sedimentar, são: compactação mecânica (ação 
da pressão exercida pelo soterramento, diminuindo os espaços porosos e 
fragmentando os grãos), dissolução (corrosão e dissolução dos grãos minerais 
por ação das águas alcalinas intersticiais), cimentação (precipitação química de 
minerais dissolvidos nas águas intersticiais nos poros dos sedimentos, diminuindo 
o espaço poroso) e recristalização (modificação da mineralogia dos componentes 
sedimentares devido à presença de soluções intersticiais). O fenômeno de 
consolidação/endurecimento dos sedimentos denomina-se litificação, o qual 
pode ocorre por compactação, cimentação ou ambos.
As rochas sedimentares apresentam as seguintes características gerais: 
geralmente são moles e quebram-se com facilidade; organizam-se em camadas 
estratificadas; os grãos constituintes apresentam-se geralmente desgastados, 
conferindo um aspecto arredondado; os grãos são unidos através de cimento 
químico e apresentam grande quantidade de fósseis. 
Componentes das Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares são constituídas por componentes sólidos 
(arcabouço, matriz e cimento) e espaços vazios (poros ou interstícios). O 
arcabouço, a matriz e os poros formados durante a deposição são considerados 
componentes primários, enquanto o cimento e os poros formados pós-diagênese 
são considerados secundários.
Antes de estudar os componentes das rochas sedimentares, você precisa 
saber como podem ser classificados granulometricamente os grãos clásticos 
formadores de sedimentos. Portanto, granulometria significa a medida do 
tamanho dos grãos, conforme mostra a classificação de Wentworth (1922) no 
Quadro 4.
Quadro 4 - Classificação granulométrica dos grãos (escala de mm e ϕ), 
segundo Wentworth (1922).
25
AS ROCHAS
*Escala Granulométrica em phi (ϕ) que é igual a -log2 d, onde d é o diâmetro 
da partícula em mm.
Veja, então, os termos cascalho, areia e lama se referem ao tamanho dos grãos 
e não à composição deles. Observe o exemplo: você descreveu os sedimentos das 
dunas que ocorrem na zona costeira da cidade de Natal-RN como areia fina (0,250 
a 0,125 mm). O que significa essa descrição? Composição do grão ou apenas o 
tamanho dele? Acredito que você respondeu o tamanho, a granulometria. Agora, 
se você acrescentou a sua descrição que esses grãos são constituídos pelo mineral 
quartzo, o que significa essa outra descrição? Tenho certeza que você sabe que, 
agora, trata-se da composição dos grãos de areia. Dessa forma, você pode juntar 
as descrições: areia fina (granulometria, tamanho) com quartzo (composição) e 
classificar o sedimento como uma areia fina quartzosa. A mesma metodologia 
você aplica para sedimentos em outras granulometrias. Viu como é fácil?
O arcabouço é o componente clástico principal, constituído pela fração 
granulométrica mais grossa do sedimento, geralmente > 0,0625 mm, ou seja, 
acima de areia muito fina (Conferir a Figura 14). Portanto, é o arcabouço que 
dá nome ao sedimento clástico, como por exemplo: se a fração granulométrica 
predominante em um sedimento varia entre 0,250 e 1,0 mm, então, esse 
sedimento é classificado como areia, caso seja inconsolidado, e como arenito, 
caso seja consolidado; se a fração predominante é maior que 2,0 mm, então, 
esse sedimento é classificado como cascalho, caso seja inconsolidado, e como 
conglomerado, caso seja consolidado e os grãos arredondados.
26
GEOLOGIA AMBIENTAL
As rochas formadas química ou bioquimicamente apresentam um arcabouço 
mais fino que o das rochas sedimentares clásticas. Portanto, o arcabouço das 
rochas químicas e bioquímicas é constituído por três elementos: aloquímicos 
(originados no interior da bacia de sedimentação, porém sofreram transporte 
curto, como por exemplo: oólitos e pisólitos, fósseis/bioclásticos, intraclastos e 
pellets); ortoquímicos (precipitados químicos que não sofrem transporte, tais 
como: micrito/calcita microcristalina (< 50 micros) e esparito/calcita espática 
(0,02 a 0,10 mm); e não carbonáticos, tais como: calcedônia, glauconita, pirita, 
quartzo e feldspato.
As frações mais finas que o arcabouço constituem a matriz que geralmentevaria entre 0,0625 e 0,0002 mm, ou seja, de silte a argila. Entretanto, existem 
sedimentos que a matriz é arenosa (2,0 a 0,0625 mm). A matriz ocupa os espaços 
vazios entre os grãos maiores (arcabouço), reduzindo o espaço poroso (Conferir 
a Figura 14).
O cimento é o componente químico formado a partir da precipitação de 
minerais durante a digênese, unindo os grãos (cimentação), preenchendo os 
espaços vazios entre eles (poros) (Conferir a Figura 14), diminuindo a porosidade 
e a permeabilidade da rocha. Os tipos de cimento mais comuns são: carbonático 
(calcita, ankerita e siderita), silicoso (quartzo, calcedônia e opala), ferruginoso 
(pirita, marcassita, goethita e hematita) e argilominerais (caolinita, ilita e esmectita).
Os poros ou interstícios são os espaços vazios entre os grãos dos sedimentos, 
cuja relação entre o seu volume e o volume total da rocha define a sua porosidade 
absoluta. A porosidade efetiva é a relação entre os poros interconectados e o 
volume total da rocha e que facilita a percolação de fluído (água, petróleo ou 
gás) por entre os grãos, definindo a sua permeabilidade. A porosidade depende 
da granulometria, forma e arranjo dos grãos, compactação e cimentação. Os 
poros, formados durante o processo de deposição, definem a porosidade 
primária e os que se formam após a digênese, inclusive as fraturas, definem a 
porosidade secundária (Conferir a Figura 15). O conhecimento da porosidade e 
Fig. 14 - Componentes principais das rochas sedimentares.
27
AS ROCHAS
permeabilidade dos sedimentos é importante na prospecção de água subterrânea 
(hidrogeologia), de petróleo e de gás.
As rochas sedimentares são classificadas em clásticas, químicas e biogênicas, 
as quais serão descritas a seguir.
a) Clásticas (detríticas, terrígenas ou mecânicas): São rochas constituídas por 
fragmentos (grãos) de minerais e rochas pré-existentes. Quando os grãos são 
do tamanho maior que areia, são denominados de psefitos; já quando são do 
tamanho areia, denominam-se psamitos; e, finalmente, quando são menores que 
o tamanho da areia, denominam-se pelitos.
As rochas clásticas podem ser classificadas, segundo o grau de selecionamento 
ou seleção dos grãos, em: mal selecionadas, quando os grãos apresentam 
tamanhos em várias frações granulométricas, ou seja, de vários tamanhos, e bem 
selecionadas, quando os grãos apresentam tamanhos distribuídos em poucas 
frações granulométricas, ou seja, distribuição mais ou menos uniforme.
Outros parâmetros importantes na classificação de sedimentos são: 
arredondamento (medida da angularidade dos grãos) e a esfericidade (tendência 
do grão em adquirir a forma de uma esfera perfeita) dos grãos. Quanto ao 
arredondamento, podem ser classificados em angulosos, subangulosos, 
subarredondados e arredondados. A esfericidade se classifica em: não esférico, 
aproximadamente esférico e esférico.
Fig. 15 - Diagrama esquemático da porosidade primária 
e secundária e suas relações com a permeabilidade 
(interconectividade entre os poros).
28
GEOLOGIA AMBIENTAL
Cascalho, areia, silte e argila são exemplos de sedimentos clásticos. 
Conglomerado, brecha, arenito, siltito, argilito e folhelho são exemplos de rochas 
sedimentares clásticas (Conferir as Figuras 16a a 16f).
b) Químicas: São rochas originadas a partir da precipitação química de 
minerais, a partir de uma solução, seja pela diminuição da solubilidade ou graças 
à evaporação do solvente (água), os quais são denominados de evaporitos, 
tais como sal gema, gipsita, calcários, etc. (Conferir as Figuras 16g a 16i) e pela 
atividade bioquímica de organismos vivos que transformam os sais solúveis em 
sais insolúveis, provocando a sua precipitação, tendo como exemplos: calcários 
(> 50% de calcita) e dolomitos (> 50% de dolomita).
c) Biogênicas: São rochas formadas pelo acúmulo de restos de organismos 
(detritos orgânicos) ou por materiais resultantes de ação bioquímica. Essas rochas 
também são chamadas de biólitos e estão subdivididas em: caustobiólitos (rochas 
orgânicas combustíveis), tais como: turfa, linhito, carvão (hulha e antracito), 
conforme Figura 16j; e acaustobiolitos (rochas orgânicas não combustíveis), tais 
como: calcários e recifes de corais (carbonáticas), de acordo com a Figura 16k, 
além do diatomito (silicosas) que pode ser visto na Figura 16l e fosforito e guano 
(fosfatadas). O petróleo não é uma rocha, mas é considerado uma substância 
mineral caustobiólita.
Fig. 16 - Exemplos de rochas sedimentares clásticas, 
químicas e biogênicas: (a) conglomerado, (b) brecha, 
(c) arenito, (d) siltito, (e) argilito, (f) folhelho, (g) sal 
gema/halita, (h) gipsita (i) calcário, (j) carvão, (k) coral 
e (l) diatomito.
29
AS ROCHAS
Estruturas Sedimentares
As estruturas sedimentares são feições das rochas sedimentares formadas 
por processos físicos, químicos ou biológicos que representam a sua organização 
interna e auxiliam na determinação das condições hidrodinâmicas e na 
interpretação dos seus ambientes de sedimentação.
Podem ser classificadas segundo vários critérios, a saber: tempo de formação 
(pré-deposicionais, que ocorrem ao longo das interfaces e antes da deposição 
das camadas imediatamente superpostas; sin-deposicionais, singenéticas ou 
primárias, as quais são formadas por processos físicos durante a deposição dos 
sedimentos; pós-deposicionais, epigenéticas ou secundárias, que são formadas 
por processos químicos logo após ou muito depois da sedimentação e outras 
que correspondem a um grupo de estruturas que não podem ser incluídas em 
nenhum dos grupos anteriores) (Conferir o Quadro 5), origem (físicas, químicas 
e orgânicas), relação com o corpo rochoso (interna, quando ocorrem dentro das 
camadas de rochas; e externa, quando ocorrem entre interfaces) e tamanho (escala 
macroscópica= afloramento, mesoscópica= amostra de mão e microscópica= 
identificação lupa ou microscópio).
Quadro 5 - Classificação temporal e genética das principais estruturas 
sedimentares.
Nesse curso, será adotado o critério temporal de classificação, mas você 
pode descrever uma estrutura misturando esses critérios, como por exemplo: 
tempo e gênese ou tempo, gênese e tamanho. Existe um grande número de 
estruturas sedimentares, muitas delas relacionadas a fenômenos específicos e de 
pouca ocorrência e distribuição, de forma que apresentaremos as estruturas que 
ocorrem mais comumente nos sedimentos.
30
GEOLOGIA AMBIENTAL
As principais estruturas sedimentares singenéticas são: maciça, estratificação 
planar, estratificação cruzada (cuneiforme, acanalada, espinha de peixe), 
gradacional (normal ou inversa), marcas de ondas ou marcas onduladas e fósseis. 
Por sua vez, as principais estruturas sedimentares epigenéticas são: gretas de 
contração, marcas de pingos de chuva, estruturas biogênicas ou bioturbações 
(pistas, tubos, perfurações). Estruturas sedimentares podem se formar em 
sedimentos e em rochas sedimentares. A Figura 17 apresenta algumas dessas 
estruturas.
No estudo das rochas sedimentares, os termos estratificação e acamamento, 
que se referem ao estrato e à camada, são de grande importância para o estudo 
dos ambientes de deposição e das características do agente que as depositou. 
Segundo o Glossário Geológico da CPRN (2013), estratificação refere-se à 
disposição paralela ou subparalela que tomam as camadas ao se acumularem, 
formando uma rocha sedimentar; e acamamento é o termo utilizado para designar 
o plano de separação de camadas sedimentares contíguas. Sendo assim, você 
pode utilizar os termos referidos acima como sinônimos.
Chamamos, também, a sua atenção para a relação entre os termos 
estratificação e laminação. O primeiro representa uma unidade temporal de 
deposição com espessura, geralmente, superior a 1 cm. Quando a espessura de 
sedimentos depositados é inferior a 1 cm, denomina-se laminação, uma vez que 
se refere à lâmina a qual é a menor unidade identificável em rochas sedimentares. 
As estratificações são identificadas com base na composição, nagranulometria, 
na textura e na cor.
31
AS ROCHAS
Para melhor fixar os conteúdos sobre processos formadores, componentes, 
classificação e nomenclatua das rochas sedimentares, sugerimos a Leitura 
Complementar, intitulada Depósitos e Rochas Sedimentares.
Assim, os diferentes tipos de rochas sedimentares podem se formar em 
ambientes de sedimentação distintos ou semelhantes, como por exemplo: um 
arenito pode se formar no ambiente fluvial, deltáico ou marinho, bem como 
outros tipos de rochas. Queremos lembrar que você conheceu, com base na 
Figura 6 da Aula 1, os principais ambientes de sedimentação, a saber: continental, 
transicional e marinho. Para ampliar ainda mais seus conhecimentos, sugerimos a 
Leitura Complementar sobre rochas sedimentares.
Fig. 17 - Exemplos de estruturas sedimentares 
pré, sin e pós-deposicionais: (a) marcas de ondas 
costeiras, (b) marcas de ondas eólicas, (c) marcas de 
ondas em quartzito, (d) turboglifos, (e) estratificação 
plano paralela, (f) estratificação espinha de peixe, 
(g) estratificação acanalada, (h) estratificação 
gradacional, (i) fóssil de peixe, (j) pegadas de 
dinossauros, (k) gretas de contração, (l) gretas de 
contração preenchidas, (m) concreção ferruginosa, (n) 
estilólitos e (o) septária.
32
GEOLOGIA AMBIENTAL
ATIVIDADE 01
Com base nos conteúdos estudados nessa aula sobre 
rochas sedimentares, como também em outra fonte 
bibliográfica sobre o assunto, preencha a tabela 
abaixo com as principais características das seguintes 
rochas: areia, conglomerado e calcário.
33
AS ROCHAS
LEMBRE-SE
Glossário
Afloramento é a exposição natural ou artificial da rocha na superfície 
terrestre que permitem não só a observação direta das suas características (escalas 
macro e mesoscópicas) como também a coleta de amostras de mão para análises 
mesoscópica, até a confecção de lâminas delgadas para análises microscópicas.
Água Intersticial é a água contida nos poros ou interstícios dos sedimentos, 
ou seja, nos espaços vazios entre os grãos.
Amostra de mão é um fragmento de rocha em escala mesoscópica (5 a 50 
cm), utilizada para descrição das suas características, em laboratório, seja a olho 
nu ou com lupa de mão (aumento de 10 ou 20x).
Apófise é uma intrusão ígnea de forma irregular e tamanho pequeno, 
semelhante ao dique, mas sempre relacionada aos batólitos.
Batólito é uma intrusão ígnea irregular de grandes dimensões que 
geralmente formam corpos circulares ou elípticos.
Dique é uma intrusão ígnea tabular que corta as estruturas das rochas 
preexistentes, ou seja, das encaixantes.
Facólito é uma intrusão ígnea com forma inversa do lopólito, ou seja, ocorre 
na parte externa das dobras.
Falhas é uma superfície ou zona de rocha que sofreu ruptura ao longo da 
qual ocorreu deslocamento de blocos, seja vertical ou horizontal, e que pode 
variar de alguns centímetros até quilômetros, o qual recebe a denominação de 
rejeito.
Feldspatóides é o grupo de minerais quimicamente semelhantes aos 
feldspatos, porém com menor proporção de sílica, ou seja, insaturados em sílica, 
tais como: lazurita, leucita, nefelina e sodalita.
Foliação é a representação genérica de feições planares que ocorre de 
forma penetrativa em rocha metamórficas deformadas ou não, tais como: 
descontinuidades, orientação preferencial de minerais planares, agregados 
laminares ou combinação dessas estruturas.
Fratura é uma superfície ou zona de rocha que sofreu ruptura ao longo 
da qual não ocorreu deslocamento de blocos, porém o espaçamento (aberto ou 
preenchido) entre os blocos pode ser na ordem de centímetros até metros.
Interface é a zona de contato entre duas camadas com características 
distintas.
34
GEOLOGIA AMBIENTAL
Lacólito é uma intrusão ígnea concordante entre duas camadas de rochas 
sedimentares com topo em forma de domo ou de cogumelo e a base horizontal, 
ou seja, forma plano-convesa.
Lapólito é uma intrusão ígnea que ocorre na porção central de dobras 
sinformais e acompanham a curvatura das suas camadas.
Neck é um corpo ígneo vertical, forma circular, originado pela solidificação do 
magna no interior da chaminé vulcânica e que corta as camadas das encaixantes.
Nicóis são filtros polarizadores de luz dos microscópios petrográficos 
(descrição de rochas), sendo um deles denominado de polarizador e outro 
de analisador, os quais podem ser utilizados em paralelo (nicóis paralelos) ou 
cruzados (nicóis cruzados). Em nicóis paralelos, o analisador não está inserido, 
sendo observado o mineral em luz polarizada não analisada, ou seja, em luz 
natural; por sua vez, em nicóis cruzados, o analisador está inserido, sendo 
observado o mineral em luz analisada, ou seja, em luz polarizada (a luz passa a 
vibrar em apenas uma direção).
Placas tectônicas são grandes blocos da litosfera, fragmentados pela 
ascenção do magma do interior da Terra até a superfície dos oceanos nas zonas 
de divergência (cadeias meso-oceânicas) e que se deslocam sobre o manto em 
velocidades que variam de 0,8 a 15 cm/ano.
Rochas parentais são aquelas que dão origem a outras rochas, ou seja, a 
partir delas outras rochas são formadas, seja por processos metamórficos, seja 
pelos sedimentares e até mesmo magmáticos, gerando novo magma. São as 
rochas-mães.
Soleira ou sill é um corpo tabular de rocha ígnea, geralmente horizontal, 
que penetrou entre camadas de rochas mais antigas.
Tectônica de placas é a teoria da geologia que descreve os movimentos das 
placas litosféricas sobre a astenosfera ao redor do globo. O geólogo canadense J. 
Tuzo Wilson foi o primeiro a utilizar o referido termo.
Textura é o aspecto geral da rocha, macroscópico ou microscópico (escala 
de afloramento ou amostra de mão), resultante das formas, das dimensões, das 
disposições e da cristalinidade.
Zona de subducção é uma área formada em ambiente de convergência 
de placas tectônicas, de forma que uma das placas entre por baixo de outra, 
ocasionando destruição de crosta, fusão parcial do manto subjacente, gerando o 
vulcanismo.
35
AS ROCHAS
 RESUMINDO
Nessa aula, você aprendeu o que são rochas, 
como se processa o seu ciclo, além dos seus fenômenos 
internos e superficiais. Além disso, também aprendeu 
que as rochas se classificam em ígneas, metamórficas e 
sedimentares e que cada classe de rocha apresenta suas 
características mineralógicas, texturais e estruturais. 
Você estudou que a descrição dessas características, seja 
na escala macroscópica até microscópica, serve para 
auxiliar na identificação da rocha, e consequentemente, 
no estabelecimento da sua nomenclatura. Essa aula 
também permitiu que você estabelecesse relações entre 
os diferentes tipos de rochas, percebendo as alterações 
que podem sofrer diante das variações ambientais 
ocorridas no ambiente secundário onde estão inseridas. 
Esse entendimento é importante e será objeto da nossa 
próxima aula, intitulada Intemperismo e Solo.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Conheça as características dos diferentes tipos 
de corpos que se formam no interior e na superfície 
terrestre, a partir do resfriamento do magma, realizando 
a leitura das páginas 128 a 132, do Capítulo 5- Rochas 
Ígneas: Sólidos que se Formaram de Líquidos, do livro 
Para Entender a Terra (2006), postado na pasta Leituras 
Complementares dessa disciplina.
Para saber mais sobre o fenômeno de vulcanismo, 
acesse o sítio do Serviço Geológico do Brasil-CPRM, no 
link http://www.cprm.gov.br/Aparados/vulc_pag01.
36
GEOLOGIA AMBIENTAL
htm e assista ao vídeo da Globo News – Pelo Mundo 
viaja pelos principais vulcões do planeta, no seguinte 
endereço do Youtube https://www.youtube.com/
watch?v=6Vdbgipc_YE
Para entender os ambientes tectônicos formadores 
das rochas metamórficas, leia o Capítulo 2- Tectônica 
de Placas: a Teoria Unificadora, do livro Para Entender a 
Terra (2006), postado na pasta Leituras Complementares 
dessa aula.
Para ajudar na fixação dos conteúdos sobre 
processos formadores, componentes principais, 
classificaçãoe nomenclatura das Rochas Sedimentares, 
leia o Capítulo 14 - Depósitos e Rochas Sedimentares 
do Livro Decifrando a Terra (2000), postado na pasta 
Leituras Complementares dessa aula.
Como sugestão para ampliar os seus 
conhecimentos sobre os ambientes de sedimentação 
das Rochas Sedimentares, acesse o arquivo postado 
na pasta Leituras Complementares dessa aula e faça 
a leitura das páginas 200 a 203 do Capítulo 8- Rochas 
Sedimentares, retirado do Livro Para Entender a Terra 
(2006).
AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS
Agora que você já concluiu as Atividades 1, 2 e 3 que 
permitiu a você entender as características das rochas 
ígneas, metamórficas e sedimentares, é importante que 
coloque em prática esses conhecimentos numa descrição 
macroscópica de algumas rochas.
Sendo assim, procure identificar na sua região seis tipos 
diferentes de rochas, sejam elas ígneas, metamórficas 
37
AS ROCHAS
ou sedimentares/sedimentos. Descreva as suas características conforme os 
quadros abaixo. Uma dica importante para a identificação é a proposição 
de um nome para a rocha! Primeiro, descreva todas as suas características e, 
somente depois, proponha um nome.
38
GEOLOGIA AMBIENTAL
CONHECENDO AS REFERÊNCIAS
GROTZINGER, John; JORDAN, Thomas H.; PRESS, Frank.; SIEVER, Raymond. Under-
standing Earth. 5. ed. New York: W. H. Freedman an Company, 2007. 109p.
MOTOKI, Akihisa. Descrição Petrográfica de Rochas Ígneas. (Apostila). Rio de Janei-
ro: UERJ, 2004. 72 p.
PRESS, Frank; SIEVER, Raymond; GROTZINGER, John; JORDAN, Thomas H. Para En-
tender a Terra. 4. ed. São Paulo: Bookman, 2006. 656 p.
SHAND, Samuel James (1927). On the Relations between Silica, Alumina, and the Bases 
in Eruptive Rocks, considered as a Means of Classification. Durham-UK: Geological 
Magazine, 64, 1927. p 446-449.
TEIXEIRA, Wilson; FAIRCHILD, Thomas Rich; TOLEDO, Maria Cristina Motta de; TAIOLI, 
Fábio. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. 623 p.
WENTWORTH, Chester K. A scale of grade and class terms for clastic sediments. Chica-
go-USA: Journal of Geology. 30, 1922. p 377–392.
WINKLER, Helmut G. F. Petrogênese das rochas metamórficas. Tradução de Carlos 
Borges Jr. Porto Alegre: Ed. Edgard BlucherLtda, 1977. 254p.
 
LISTA DE FIGURAS
Fig. 01 - Adaptado de http://domingos. home.sapo.pt/rochas_7.html.
Fig. 02 - Teixeira et al (2009, p. 339).
Fig. 03 - (3a) Fonte: http://www.comprason-line.com/wp-content/uploads/2012/09/pedra-granito.jpg
(3b)http://vit ingeo.wik ispaces.com/f i le/view/Estrutura_Interna_da_Terra_-_Basalto.
jpg/223124378/800x600/Estrutura_Interna_da_Terra_-_Basalto.jpg
(3c) Fonte: http://cmapspublic2.ihmc.us/rid=1235559742171_1007332969_25987/Obsidiana.jpg
(3b) http://vitingeo.wikispaces.com/file/view/Estrutura_Interna_da_Terra_-_Basalto.
Fig. 04 - Motoki (2004, p. 36).
Fig. 05 - (5a) Fonte: http://www.aquariusobras.com/Fotos%20Marmores/2%20-%20Granitos/granito-
vermelho_imperial.jpg
(5b) http://www.flickr.com/photos/simonezgeo/6406196861
Fig. 06 - http://www.slideshare.net/malho/caractersticas-das-rochas-magmticas.
39
AS ROCHAS
Fig.07 - Acervo pessoal do autor para uso exclusivo em sala de aula.
Fig.08 - Adaptado de Grotzinger et al. (2007, p. 135).
Fig.09 - Adaptado de Press et al (2006, p. 238).
Fig.10 - (10a) Fonte: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/metamorficas/quartzitolamin.jpg
(10b) Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSFVWiHj4jI1MRayaSVPSlpypo
pyvM1WGjYeU42hzqQuqB5BYDkYA
(10c) Fonte: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/metamorficas/bdsillimanitanc.jpg
(10d) Fonte: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/metamorficas/xistolamin3.jpg
Fig.11 - Adaptado de Press et al (2006, p. 234).
Fig.12 - (12a) Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8d/MarbleUSGOV.
jpg/220px-MarbleUSGOV.jpg
(12b) Fonte: http://www.zjmineracao.com.br/noticias/ft15-05-2013_165655.jpg
Fig.13 - http://www.sobiologia.com.br/figuras/Solo/rochassedimentares.jpg
Fig.14 - Adaptado de Teixeira et al (2009, p. 273).
Fig.15 - http://rusoares65.pbworks.com/f/1258807436/1258807436/Permeabilidade.jpg
Fig.16 - (a) Fonte: http://domingos.home.sapo.pt/conglomerado1.jpg
(b) Fonte: http://espacociencias.com/site/wp-content/uploads/2012/11/brecha.jpg
(c) Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRMaM4DER3ydZpTP-hKCapufSB
Amw1kroVQzVUcl8ImFIFAoojA-w
(d) Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTzcYQgXEqo77GqvsOKoM-8qi-
zDT6-aHUYqzjiqJsFeHVh-UdNFQQ
(e) Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSwN7raCQCs24EO9cy0Il8RZ09l5
blsbGMV7rVb7-s69_180YGw
(f ) Fonte: https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR-0vKj8DXeuBWGUZ_
IPMW6eFYARaBzRbQdpDXcqc2dJqVVhAVV
(g) Fonte: https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTySMfkw9hH5MM9VJ4_
xiiOMv7fXCa-CtL2hSNLm0GE2ejH8JOZ2Q
(h) Fonte: http://www.dicionario.pro.br/images/thumb/9/97/Gipsita2EZ.jpg/300px-Gipsita2EZ.jpg:
(i) Fonte: http://www.tribunadojurua.com.br/wp-content/uploads/2012/03/calc%C3%A1rio.jpg
(j) Fonte: http://www.carvaoplanalto.com.br/imagens/026.JPG
(k) Fonte: http://1.bp.blogspot.com/_OXJ-ZnFd0JY/TS5WXmodMiI/AAAAAAAAAIk/nKLtX9SOKvw/
40
GEOLOGIA AMBIENTAL
s1600/Corais.jpg
(l) Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-a8tImFx7UXA/T3gQmIbZiqI/AAAAAAAACEk/JqNN_bnKiY0/s400/
GC1.JPG
Fig.17 - (17a) Fonte: http://farm5.static.flickr.com/4082/4931496179_019945db40.jpg
(17b) Fonte: Acervo pessoal do autor para uso exclusivo em sala de aula.
(17c) Fonte: http://www.cprm.gov.br/estrada_real/zoom/Figura33.jpg
(17d) Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQljolYieAL9y8ArLpuCSr2Oq_5
Kodzu6CBmSfoMs-zQuP7639I
(17e) Fonte: https://encrypted-tbn3.gstatic.com/mages?q=tbn:ANd9GcTOHnmJDKgN2qQI
efnFok4oYyYs9Pg6E0x0HeWuXHPA9uyPCGja
(17f ) Fonte: http://www.cprm.gov.br/estrada_real/zoom/Figura31.jpg
(17g) Fonte: Acervo pessoal do autor para uso exclusivo em sala de aula.
(17h) Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_jqkNl537JjQ/SPCuqEPNi_I/AAAAAAAAAFc/uMF2UPSgwHQ/
s320/estr+gradual+im+Cambriam+Sawatch+quartizito.jpg
(17i) Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/
images?q=tbn:ANd9GcSk3T4xPlDqlPnKVjUQ0eM163wqn2FZmkLpTzNk9euxpmJxHErLrw
(17j) Fonte: http://farm7.staticflickr.com/6233/6358165185_1a37991ff3_z.jpg
(17k) Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcREbHbQNFv5ubxZdGi0p_
qQwv0jivK92G2hFJ8fSZUQiDCH-6Be5g
(17l) Fonte: http://www.geocities.ws/arturpermiano/perfor_arquivos/image006.jpg
(17m) Fonte: http://www.irrigart.com.br/images/fotos/06.jpg
(17n) Fonte: https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS_HYdPQetCwLvyJdqFOhQcL4
JW8WrrQdaJoTgLwCi-N8DwQAjCyQ
(17o) Fonte: http://www.museunacional.ufrj.br/site/assets/public/2013-03/324.jpg

Continue navegando