Forum A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE AUSUBEL

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Forum – Aprendizagem Significativa 
 
A aprendizagem de conceitos como construção de significados, abordo a teoria de Ausubel, 
aprendizagem significativa, que explica a aprendizagem compreensiva como processo de construção 
de significados para os novos conceitos, o objetivo e planejar atividades de ensino para a construção 
de mapas conceituais. 
A partir do modelo de Ausubel, Joseph Novak (1991) propõe mapas conceituais como 
estratégia simples, que se constituem em mais uma poderosa ajuda para os estudantes aprenderem a 
organizar os materiais de aprendizagem a partir do estabelecimento de relações significativas e não 
arbitrárias entre os conceitos, e a definição para mapa conceitual, seu processo de elaboração, seus 
elementos e suas características. 
Assim sendo, os mapas conceituais são constituídos por conceitos (conteúdos conceituais 
estudados anteriormente), proposições e palavras de enlace. Vejamos o significado dos dois últimos: 
 
• A proposição: formada por dois ou mais termos conceituais (conceitos) unidos por uma 
palavra de enlace para formar uma unidade semântica. A unidade semântica tem valor de 
verdade por afirmar ou negar algo de um conceito. 
• As palavras de enlace: palavras que servem para unir os conceitos em proposições que têm 
um sentido, determinando um tipo de relação entre os conceitos. São exemplos de palavras de 
enlace: com a finalidade de; podem ser; suas características; que influem em; na base de, entre 
outras. 
OS ELEMENTOS E A ESTRUTURA DE UM MAPA CONCEITUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Impacto 
 
 
 
 
Estrutura de 
proposições 
Mapa Conceitual 
é 
De uma 
Integrada 
por 
Um recurso para 
representação 
Palavras 
de enlace 
conceitos 
Caracteriza-se 
por 
Impacto 
visual 
hierarquia simplificação 
Portanto, você pôde notar que os mapas conceituais podem ser elaborados durante a aprendizagem 
de um tema, com um conteúdo potencialmente significativo, podem ser usados como ferramentas de 
avaliação, mas faz-se necessário ensinar aos estudantes as formas de construí-los. É importante 
avaliar que cada estudante pode elaborar sua própria versão do mapa, isto é, ressaltar a negociação 
de significados e sentidos entre os estudantes mediados pelo conhecimento conceitual da ciência 
como uma referência. (MOREIRA, et al., p. 1–17, 2020). 
Mas, o que devemos considerar na construção de um mapa conceitual? 
Segundo Ross (1994), a construção de um mapa conceitual supõe: 
• Selecionar os conceitos-chave do conteúdo do texto, do tema, da unidade ou da disciplina; 
• Selecionar os conceitos por ordem de inclusão. Definir o conceitoincluso inicial, a partir do 
qual, pelo mecanismo de diferenciação progressiva, constrói-se a hierarquia com conceitos 
mais específicos, ou relacioná-los para formar conceitos de maior grau de generalização, pelo 
mecanismo da reconciliação integradora; 
• Estabelecer relações entre conceitos por meio de linhas e retas; 
• Explicitar as relações entre os conceitos por meio das linhas ou setas incluindo as palavras de 
enlace; 
• Atribuir significados aos conceitos e às conexões entre conceitos, compreendendo as 
proposições como unidade de sentido; 
• Estabelecer as relações horizontais e verticais. 
 
EXEMPLO DE UM MAPA CONCEITUAL NA QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 Podem ser 
 
 
 
 Podem ser 
 
 
 
 
 
 
Misturas 
Misturas 
Homogêneas 
Misturas 
Heterogêneas 
Misturas 
Homogêneas 
Gasosas 
Misturas 
Homogêneas 
Líquidas 
Misturas 
Homogêneas 
Sólidas 
É essencial portanto que para a construção de um mapa conceitual, há pontos importantes que 
precisam ser considerados, além dos itens apresentados anteriormente, são importantes os itens 
abaixo para que se tenha um mapa conceitual claro e objetivo: 
• Ter clareza dos objetivos da aprendizagem; 
• Classificar os conceitos por níveis de abstração e inclusividade, o que permite esclarecer 
os níveis de subordinação, coordenação, supra-ordenação entre os conceitos; 
• Identificar o conceito nuclear, inclusor, de maior generalização (abstração), o qual deve ser 
colocado na parte superior do mapa, dentro de um círculo, retângulo ou quadrado, 
destacado com uma cor diferente; 
• Construir o mapa como derivação hierárquica do conceito inclusor, solicitando as ligações 
entre conceitos com as palavras de enlace; 
• Reelaborar o mapa na busca de outros tipos possíveis de relações não previstas inicialmente 
ou de erros, procurando compreendê-lo. 
 
 
ALGUMAS UTILIDADES DOS MAPAS CONCEITUAIS 
 
A efetiva melhoria do processo de ensino e aprendizagem ocorre pela intervenção do professor 
e pelo contínuo aprimoramento sobre sua prática pedagógica em ações de educação inicial e 
continuada. Assim, o meio escolar é um ambiente propício à pesquisa e à investigação do potencial 
de diferentes metodologias. 
 
 
Para os estudantes compreensão de novos conceitos; 
 organização do conteúdo conceitual; 
 integração do conteúdo. 
 
 
 
 auxiliam na abrangência da “compreensão”estudantes; 
 facilitam o ensino; 
 passam uma imagem geral, integral dos conteúdos; 
Para Professores ajudam na visualização dos conceitos e suas relações; 
 auxiliam na avaliação dos estudantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclui-se, portanto que esses mapas conceituais que são propostos como estratégia, 
instrumento ou recurso da aprendizagem significativa, sendo instrumentos que podem ajudar na busca 
das ideias prévias dos estudantes e na organização hierárquica dos conceitos. Consistindo em um 
esquema visual que representa as relações significativas entre os conceitos, além de poder expressar 
a compreensão dos estudantes sobre o campo conceitual do tema que seria abordado. 
Assim sendo, a teoria da aprendizagem de Ausubel propõe que os conhecimentos prévios dos 
alunos sejam valorizados, para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas 
conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma 
aprendizagem prazerosa e eficaz. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
AUSUBEL, P. D.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicología educativa: un punto de vista 
cognoscitivo. Mexico: Trillas, 1997. 
 
MOREIRA, E. J. da S.; BERTINI, L. M. VISÃO DOS LICENCIANDOS EM QUÍMICA SOBRE O 
USO DAS UNIDADES DE ENSINO POTENCIALMENTE SIGNIFICATIVAS. HOLOS, [S. l.], v. 
8, p. 1–17, 2020. DOI: 10.15628/holos.2020.9599. Disponível em: 
https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/9599. Acesso em: 21 abr. 2023. 
 
KLEIN; S. L. Água: qualidade, poluentes e tratamento. São Paulo: UNESP, [2002?]. Disponível 
em: http://www.ignoran221.iq.unesp.br/quimgeral/respostas/agua.html. acesso em: 21 de abril de 
2023. 
 
NOVAK, J.; GOWIN, D. B. Aprendiendo a aprender. Barcelona: Martínez Roca, 1988. 
 
ONTÓRIA, A. et al. Mapas conceituais: uma técnica para aprender. Lisboa: Edições Asas, 1994. 
 
ROSS, O. H. ¿Cómo elaborar mapas conceptuales en el aula? Lima: Escuela Viva, 2000. 
 
https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/9599
http://www.ignoran221.iq.unesp.br/quimgeral/respostas/agua.html