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Pincel Atômico - 10/05/2023 00:01:12 1/6 RILDO RAMÃO GONZAGA ACUNHA Avaliação Online (Curso Online - Automático) Atividade finalizada em 25/04/2023 11:26:38 (688317 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: HISTÓRIA DO BRASIL COLONIAL E IMPERIAL [794401] - Avaliação com 10 questões, com o peso total de 30,00 pontos [capítulos - Todos] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A190123 [82199] Aluno(a): 91418676 - RILDO RAMÃO GONZAGA ACUNHA - Respondeu 9 questões corretas, obtendo um total de 27,00 pontos como nota [360017_773 12] Questão 001 (UEL) Em relação às consequências da Guerra do Paraguai, no Brasil, pode-se afirmar que X o declínio da monarquia foi concomitante à guerra e as críticas atingiram seu ponto vital: a escravidão. Foi através dessa brecha, que os ideais republicanos se propagam. a participação das camadas mais pobres da população na guerra respondeu pela sua integração nas decisões políticas após a proclamação da República. o território foi devastado e a população gravemente afetada pelas mortes, o que retardou o desenvolvimento econômico do país. ao favorecer o desenvolvimento do setor naval contribuiu para a reorganiza-ção da marinha que, após a guerra, colocou-se contra a monarquia. a abertura do mercado externo paraguaio, resultante da derrota na Guerra, trouxe grandes benefícios à expansão da economia cafeeira no país. Pincel Atômico - 10/05/2023 00:01:12 2/6 [360017_446 34] Questão 002 “A Aclamação de Amador Bueno permaneceu na história brasileira, a despeito de sua falta de consequências, primeiramente como exemplo de obediência contraposto à perfídia espanhola. Esse ponto de vista aparecia nas memórias e linhagens setecentistas paulistanas que procuravam sublinhar a inocência dos vassalos paulistas e a honra do aclamado, ao mesmo tempo que buscavam a nobilitação de seus antepassados. Dessa forma, no século XIX, a aclamação de Amador Bueno foi associada à ideia de ‘tradição’, ora para ser destacada como elemento significativo para a manutenção da ordem e da unidade territorial nacional, ora para ser desmerecida em função dos ataques que eram desferidos ao fidalguismo paulistano”. MONTEIRO, Rodrigo Bentes. O rei no espelho. A Monarquia portuguesa e a colonização da América (1640-1720). São Paulo: Hucitec; FAPESP, 2002. p. 71. O historiador Rodrigo Bentes Monteiro discute no trecho acima os usos na História do evento conhecido como a Aclamação de Amador Bueno. Sobre esse acontecimento, considere as seguintes afirmações: I. Foi a tentativa espanhola de dominar a região de São Paulo a partir da aclamação de um espanhol como rei. Amador Bueno, ainda que tenha se esforçado para ser reconhecido pela população, foi expulso da cidade e teve seus bens apreendidos pela Câmara da vila. II. Amador Bueno foi aclamado rei por parte da população paulista, ainda que não tenha aceitado essa posição e se refugiado em um mosteiro. III. A tentativa paulista de se separar de Portugal foi duramente reprimida pelos soldados enviados pelo governador do Rio de Janeiro. Amador Bueno foi enforcado em praça pública para servir de exemplo para os moradores da região. IV. A Aclamação de Amador Bueno ocorreu meses após a Restauração portuguesa ter ocorrido em Lisboa, momento em que Portugal se separou dos domínios castelhanos e colocou no poder a dinastia de Bragança. Dentre as afirmações acima, escolha a alternativa que contém apenas as informações corretas. I apenas. II e III. I e IV. X II e IV. IV apenas. Pincel Atômico - 10/05/2023 00:01:12 3/6 [360017_445 68] Questão 003 (ENADE 2014) Índio é ‘coisa do passado’? Claro que a resposta a essa pergunta é um sonoro ‘NÃO’!, especialmente se levarmos em conta que índios não são ‘coisas’ e muito menos somente ‘do passado’. Desde que os europeus aportaram, no final do século XV, em terras que viriam a se chamar posteriormente Brasil, um enorme contingente de pessoas, equivocadamente chamadas até hoje de ‘índios’ e pertencentes a diferentes grupos étnicos, lutou para sobreviver física e culturalmente através dos tempos. Hoje, no início do século XXI, ainda existem quase 240 sociedades distintas, que falam pelo menos 180 línguas diferentes da língua portuguesa, de norte a sul e de leste a oeste do país. (SILVA, G. J. Ensino de história indígena no Brasil: algumas reflexões a partir de Mato Grosso do Sul. In: PEREIRA, A. A., MONTEIRO, A. M. (org.) Ensino de história e culturas afro-brasileiras e indígenas. Rio e Janeiro: Pallas, 2013, p. 133-154. Adaptado). Nesse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. Considerar os povos indígenas como pertencentes ao passado é uma forma de ignorar a riqueza da sua história e da sua cultura, deixando de reconhecer que sua sociedade se modifica como a de qualquer outro povo. PORQUE II. Há entre as sociedades indígenas uma grande diversidade em termos históricos, sociais, políticos, econômicos, culturais e linguísticos, e, também, no que tange à adaptação social a diferentes ambientes. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. As asserções I e II são proposições falsas. X As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. [360017_772 93] Questão 004 (FUVEST) "Naquela época não tinha maquinaria, meu pai trabalhava na enxada. Meu pai era de Módena, minha mãe era de Capri e ficaram muito tempo na roça. Depois a família veio morar nessa travessa da avenida Paulista; agora es-tá tudo mudado, já não entendo nada dessas ruas". Esse trecho de um depoi-mento de um descendente de imigrante, transcrito na obra MEMÓRIA E SOCIE-DADE, de Ecléa Bosi, constitui um documento importante para a análise da imigração europeia para o Brasil, organizada pelos fazendeiros de café nas primeiras décadas do século XX, baseada em contratos de trabalho conheci-dos como "sistema de parceria". da crise na produção cafeeira da primeira década do século XX, que forçou os fazendeiros paulistas a desempregar milhares de imigrantes italianos, aceleran-do o processo de industrialização. do percurso migratório italiano promovido pelos governos italiano e paulista, que organizavam a transferência de trabalhadores rurais para o setor manufa-tureiro. X da imigração italiana, caracterizada pela contratação de mão de obra es-trangeira para a lavoura cafeeira, e do posterior processo de migração e de crescimento urbano de São Paulo. do processo de crescimento urbano paulista no início do século atual, que de- sencadeou crises constantes entre fazendeiros de café e industriais. Pincel Atômico - 10/05/2023 00:01:12 4/6 [360017_772 67] Questão 005 (Fei) O equilíbrio federativo brasileiro vem sendo discutido no Congresso Nacio-nal e entre os estudiosos do sistema político brasileiro. A construção da federação brasileira foi obra da República em nosso país, já que, no Império, vivíamos um período de centralismo bastante acentuado. No entanto, mesmo naquele momento a discussão e os embates acerca da maior ou da menor centraliza-ção do poder estavam em pauta. Acerca da questão centralização x descentralização no período imperial é correto afirmar que poucas foram as manifestações a favor da descentralização política no final do Império. a maior liberdade das províncias no período do Segundo Reinado foi obra do Conselho de Estado . a defesa do descentralismo encontrava adeptos principalmente entre os membros da elite do Rio de Janeiro e da Bahia. X o grande número de rebeliões ocorridas no Período Regencial tiveram como causa fundamental a defesa da maior liberdade para as províncias. a defesa do ideal descentralistaera feita pelo Partido Conservador. [360018_777 36] Questão 006 Dentre as primeiras medidas tomadas pelos parlamentares, a historiadora Miriam Dolhnikoff explica que: “Também em 1827 foi aprovada lei que criava o Juizado de paz. Eram juízes eleitos localmente, sendo que não se exigia do ocupante do cargo nenhuma formação técnica. Qualquer cidadão poderia ser eleito. Os juízes de paz tinham funções policiais e eram encarregados do recrutamento militar”. (DOLHNIKOFF, Miriam. História do Brasil Império. São Paulo: Contexto, 2017. p. 43). O que significou a criação do cargo de juiz de paz nos municípios? Ainda que não necessitassem de formação, em pouco tempo os candidatos ao cargo passaram a se especializar, o que gerou funcionários capacitados para exercer o ofício. X O cargo de juiz da paz acabou ocupado por fazendeiros poderosos ou alguém sob seu comando, já que esse ofício conferia poder a quem o exercia. O cargo de juiz de paz acabou não surtindo efeito nas localidades mais afastadas. Mesmo que a lei exigisse que houvesse eleição, elas não eram realizadas, fazendo com que os juízes de paz se tornassem cargos vitalícios. Não havia interesse da população em se candidatar a este cargo, que em pouco tempo acabou extinto. [360018_778 79] Questão 007 Nas palavras do historiador Boris Fausto, “A extinção da escravatura foi encaminhada por etapas até o final, em 1888. A maior controvérsia quanto às medidas legais não ocorreu em 1888, mas quando o governo imperial propôs a chamada Lei do Ventre Livre, em 1871”. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14 edição. São Paulo: Edusp, 2015, p. 186). O que foi a Lei do Ventre Livre, de que trata Boris Fausto? Fo a tentativa de esterilizar as mulheres escravizadas para que não tivessem diminuída sua força de trabalho. Foi a proibição da entrada no Brasil de mulheres escravizadas que estivessem grávidas, o que facilitou o controle do governo sobre o tráfico negreiro. Foi a lei que libertava a mulher escravizada grávida, colocando fim à utilização de mão de obra de crianças escravizadas nas fazendas de café. Foi a primeira lei que efetivamente libertou mãe e filhos da escravidão no Brasil. Pincel Atômico - 10/05/2023 00:01:12 5/6 X Foi a lei que libertava as crianças nascidas de mães escravizadas a partir daquela data, prevendo uma indenização ao senhor de escravos. [360018_446 50] Questão 008 Durante o período colonial, muitas revoltas ocorreram em todo o território da América portuguesa. Leia o trecho abaixo sobre a Revolta de Beckman: “De acordo com um dos primeiros cronistas da revolta, Francisco Teixeira de Morais, o líder do levante, o morador Manuel Beckman, teria planejado o motim juntando alguns moradores em seu engenho no Rio Mearim (na capitania de Maranhão), onde denunciara o estanco e as leis de 1680, que determinavam a total e irrestrita liberdade de todos os índios do Estado do Maranhão. Beckman teria sugerido, inclusive, que os moradores enviassem um procurador à Corte para apresentar as queixas dos moradores, entretanto, haviam chegado à conclusão que essa opção encontraria a resistência do governador, Francisco de Sá e Meneses, que então residia em Belém”. CHAMBOULEYRON, Rafael. ‘Duplicados Clamores’. Queixas e rebeliões na Amazônia Colonial (século XVII). In: Projeto História. N. 33. São Paulo, 2006. P. 159-178. Disponível em: <http://ken.pucsp.br/revph/article/view/2289/1383> Acesso dia 30-jan-2020. Qual foi a sequência dos acontecimentos após o motim se iniciar no engenho de Manuel Beckman? A Revolta de Beckman tornou-se um símbolo de como a população era capaz de se organizar e conseguir benefícios do governo, já que em pouco tempo as queixas dos moradores foram sanadas pela Coroa portuguesa. Apesar de importante para a História do Brasil, o motim se manteve apenas na fazenda de Manuel Beckman e em pouco tempo se desfez devido às promessas de melhorias feitas pela governador. Durante quase dez anos o novo governo fundando por Beckman e seus apoiadores administrou de maneira exemplar o Maranhão, mas com seu assassinato por um enviado da Coroa, a região voltou a ser administrada pelo governador enviado por Portugal. A Revolta de Beckman foi a primeira revolta separatista da América portuguesa; eles fundaram uma República baseada nos ideais iluministas vigentes mas que em pouco tempo foi atacada e destruída pelos soldados enviados pelo governador. X Os rebeldes chegaram a instalar um governo próprio, mas em pouco tempo e com a chegada do novo governador, a revolta se desfez e seus principais líderes foram executados pelo governo. [360019_777 26] Questão 009 Com o novo país, era necessário estabelecer quem seriam os brasileiros e se todos os brasileiros seriam cidadãos. Em uma nação em que boa parte da população era escravizada ou de grupos indígenas, o tema foi polêmico durante a Constituinte: “O interessante dessa discussão é que ela aponta que, na escrita da Constituição, era preciso solucionar o impasse gerado pela adoção de um modelo liberal em um país escravista. Era possível adotar os princípios liberais, uma vez que os direitos fossem associados ao exercício de cidadania e esta seria exclusiva dos homens livres assimilados. Por isso, no debate, a principal questão estava em definir se nacionalidade e cidadania eram indissociáveis ou não”. (DOLHNIKOFF, Miriam. História do Brasil Império. São Paulo: Contexto, 2017. p. 37). Sobre este importante tema, podemos afirmar que ficou decidido pela Constituição de 1824 que de nenhuma maneira pessoas que um dia foram escravizadas pudessem se tornar cidadãs no Brasil, o que excluía grande parte da população. indígenas não assimilados culturalmente e pessoas escravizadas foram incluídas como cidadãs na Constituição de 1824, o que acelerou o processo da abolição no país. Pincel Atômico - 10/05/2023 00:01:12 6/6 a Constituição de 1824 não conseguiu estabelecer as definições dos dois termos, mas na prática tanto pessoas escravizadas como indígenas não assimilados culturalmente não possuíam direitos políticos. X ficou definido que os membros da comunidade nacional eram os cidadãos (e não os brasileiros). Assim, no momento em que o escravizado alcançasse a liberdade ou o indígena fosse assimilado, ele faria parte da sociedade legalmente reconhecida. nacionalidade e cidadania foram considerados de mesmo valor pela Constituição de 1824, ou seja, bastava nascer no Brasil para ser um cidadão brasileiro. [360019_778 81] Questão 010 A historiadora Miriam Dolhnikoff explica que nas últimas décadas do século XIX os cafeicultores paulistas estavam bastante descontentes com o governo imperial e chegaram a fundar o Partido Republicano: “Fundaram, em 1873, o Partido Republicano Paulista e participaram ativamente da mobilização em defesa da República. Como explicar que justamente o grupo econômico que controlava a atividade mais rentável, que, sob a monarquia, conseguira manter a cafeicultura em constante expansão e adotar medidas para enfrentar os problemas que se apresentavam, se tornou um adversário do regime monárquico? ” (DOLHNIKOFF, Miriam. História do Brasil Império. São Paulo: Contexto, 2017. p. 159). Escolha a melhor alternativa para responder à pergunta da autora. O privilégio concedido por Dom Pedro II à províncias da região nordeste, apoiadoras do governo, foi fundamental para que a elite cafeeira de São Paulo se organizasse pela instauração da República. X A ação dos cafeicultores se explica pelo entendimento de que eles não contavam com ajuda do governo para sua expansão e entendiam que faltava representatividade para a província de São Paulo no governo, uma das mais ricas do país. A elite cafeeira paulista se deu conta de que apenas com a instauração da República e abolição da escravidão, as desigualdades sociais no Brasil poderiam diminuir. A forte pressão inglesa pelo fim da monarquia no Brasil fazia com que a elite paulista, interessada nos investimentos vindos da Inglaterra, se organizasse pelo fim do governo de Dom Pedro II. A Guerra contra o Paraguai,promovida por Dom Pedro II, endividou o país e diminuiu os investimentos do governo na região cafeeira, o que fez com que a elite paulista fundasse o Partido Republicano e passasse a defender o fim da monarquia.
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