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Influenza Equina AULA nº 02 – Parte 1 Profª Saruanna Millena dos S. Clemente PROFESSOR AQUI Influenza Equina Conhecida como gripe equina, é uma enfermidade respiratória viral aguda, infectocontagiosa, produzida por vírus do gênero influenza A, considerada endêmica em diversos países e caracterizada por alta morbidade e baixa mortalidade. Influenza Equina Vírus da Influenza Equina (Equine Influenzavirus – EIV) Família Orthomyxoviridae Gênero Influenzavirus A Subtipos de vírus influenza A: H7N7 (A Equi-1) e H3N8 (A Equi-2) H7N71956 H3N81963 (americana e europeia) ETIOLOGIA Influenza Equina VÍRUS INFLUENZA A Influenza Equina Enzoótica em quase todo o mundo EPIDEMIOLOGIA 2019.1 Influenza Equina EPIDEMIOLOGIA 2019.2 Influenza Equina Acomete os equídeos em todas as idades 1 -3 anos (Pouco risco para a saúde pública) 2004, surto em cães nos EUA foi causado pelo vírus da gripe equina H3N8 Período de incubação 1-3 dias (eliminação viral 24-48h) Morbidade Mortalidade Fatores predisponentes: Feiras, leilões, aquisição de animais, deficiência na ingestão de colostro, dieta desbalanceada, mudança brusca de temperatura Sensível a desinfetantes comuns Hipoclorito de sódio a 2% e formol a 8% EPIDEMIOLOGIA Influenza Equina Fatores predisponentes EPIDEMIOLOGIA Influenza Equina Direta: Aerossóis tosse Indireta: Contaminação Fômites, alimentos, equipamentos, roupas TRANSMISSÃO Influenza Equina PATOGENIA Porta de entrada: mucosa nasal e orofaringe Invasão de células epiteliais da mucosa do trato respiratório Replicação viralCitocinas processo inflamatório Apoptose descamação do epitélio e alteração da motilidade ciliar Eliminação de partículas virais pelo trato respiratório Complicações: Streptococcus equi Influenza Equina Período de convalescença 3-4 semanas Febre (39,5 -41,5°C) Inapetência Prostração Anorexia Dispneia Tosse Secreção nasal (serosa mucopurulenta) SINAIS CLÍNICOS Influenza Equina SINAIS CLÍNICOS Animais imunocomprometidos miocardite, encefalite Influenza Equina Processo inflamatório de vias aéreas com presença de secreções Áreas de atelectasia Descamação epitelial das mucosas respiratórias Edema pulmonar Complicações processo inflamatório com conteúdo purulento em vias aéreas ACHADOS DE NECROPSIA Influenza Equina Clínico-epidemiológico Direto: Isolamento viral: suabe ou lavado faríngeo (início da fase febril), PCR, Imunofluorescência direta Indireto: Sorológicos Imunodifusão em Gel de Ágar - IDGA ELISA Inibição de Hemaglutinação Neutralização Viral DIAGNÓSTICO Influenza Equina Inibição de Hemaglutinação DIAGNÓSTICO Influenza Equina Imunodifusão em Gel de Ágar - IDGA DIAGNÓSTICO Influenza Equina ELISA DIAGNÓSTICO Influenza Equina TRATAMENTO Isolamento do animal acometido local limpo, seco e ventilado Repouso Tratamento sintomático Antitérmicos Descongestionantes e Mucolíticos Infecções secundárias bacterianas antibióticos Influenza Equina CONTROLE e PROFILAXIA Quarentena (4 sem) Medidas de biossegurança Ações de manejo sanitário Vacinação (não proporciona imunidade a longo prazo) Vacina inativada 3 doses – potros 4 e 6 meses de idade Revacinação a cada 6meses até 2 anos de idade anual Éguas prenhes 2-6 sem antes do parto Anemia Infecciosa Equina AULA nº 02 – Parte 2 Profª Saruanna Millena dos S. Clemente PROFESSOR AQUI Anemia Infeciosa Equina Anemia Infecciosa Equina - AIE Doença causada por um lentivírus, acomete equídeos, caracterizada como uma infecção persistente Febre dos Pântanos, Febre das montanhas, Mal do cochilo Morbidade e mortalidade Variável Notificação Anemia Infecciosa Equina - AIE Em 1843 na França Lignee Em 1904 Valle e Carré publicaram um trabalho descrevendo o vírus da AIE No Brasil em 1968 no Estado do Rio Grande do Sul HISTÓRICO Anemia Infecciosa Equina - AIE Vírus da Anemia Infecciosa Equina (VAIE) Família: Retroviridae Subfamília: Orthoretrovirinae Gênero: Lentivirus ETIOLOGIA gp90 gp45 Anemia Infecciosa Equina - AIE Estável em baixas temperaturas Resiste 100°C por 15min Inativado Hidróxido de sódio, hipoclorito de sódio, compostos fenólicos orgânicos, clorexidine Vírus da Anemia Infecciosa Equina (VAIE) Anemia Infecciosa Equina - AIE DISTRIBUIÇÃO 2019.1 Anemia Infecciosa Equina - AIE DISTRIBUIÇÃO 2019.2 Anemia Infecciosa Equina - AIE TRANSMISSÃO Transferência de sangue de um animal infectado para outro suscetível Insetos hematófagos Vetores mecânicos Ordem Diptera: Stomoxys calcitrans (mosca-de-estábulo) Gêneros: Tabanus (mutuca), Chrysops e Hybromitra Temperatura e Umidade Stomoxys calcitrans Tabanus sp. Anemia Infecciosa Equina - AIE TRANSMISSÃO VAIE Infectante em insetos 30min – 4h Repasto sanguíneo até 183 metros Uso comum de materiais contaminados: equipamentos cirúrgicos, arreios, tatuadores, esporas, agulhas (fômites), transfusão sanguínea Via colostro e leite Transmissão transplacentária – menor importância epidemiológica Anemia Infecciosa Equina - AIE PATOGENIA Retrovírus adere na superfície de células- alvo - macrófagos Fusão celular Inserção do material genético viral (transcriptase reversa, integrase e protease) Produção de DNA a partir do RNA viral integração no genoma da célula hospedeira Replicação viral eliminação por brotamento da célula infectada Anemia Infecciosa Equina - AIE EVASÃO DO SISTEMA IMUNE Dificulta a elaboração de vacinas e tratamento Uma vez infectados pelo VAIE, os equídeos permanecerão infectados pelo resto da vida Replicação viral em fagócitos e células apresentadoras de antígeno Incorporação de porções da membrana das células-alvo Variabilidade antigênica gp45 e gp90 Anemia Infecciosa Equina - AIE ANEMIA - RESPOSTA DO SISTEMA IMUNE ANEMIA Hemólise mediada pelo sistema imune anticorpos específicos contras as glicoproteínas virais ligadas aos eritrócitos Liberação de citocinas por macrófagos infectados TNF-alfa e TGF-beta Inibição da eritropoese Anemia Infecciosa Equina - AIE SINAIS CLÍNICOS 1. Aguda – 10-30 dias, viremia, regride em alguns dias 2. Crônica – Meses até um ano, ciclos recorrentes de viremia 3. Assintomática ou inaparente – Baixos níveis de viremia, fase assintomática, mantenedores do vírus Dose infectante, virulência e suscetibilidade do hospedeiro Anemia Infecciosa Equina - AIE SINAIS CLÍNICOS Alterações Clínicas e hematológicas Fases da AIE Aguda Crônica Assintomática Febre 41°C + - Anorexia + + - Hemorragia Petéquias (nasal, sublingual) + - Edema - Ventral - Letargia + + - Anemia - + - Trombocitopenia + + - Leucopenia + + - Crônica: Glomerulonefrite, diarreia, emagrecimento, aborto, icterícia Recrudescimento dos sinais clínicos: Estresse, corticosteroides Anemia Infecciosa Equina - AIE SINAIS CLÍNICOS Anemia Infecciosa Equina - AIE SINAIS CLÍNICOS Anemia Infecciosa Equina - AIE SINAIS CLÍNICOS Anemia Infecciosa Equina - AIE SINAIS CLÍNICOS Anemia Infecciosa Equina - AIE SINAIS CLÍNICOS Anemia Infecciosa Equina - AIE ACHADOS DE NECROPSIA Linfadenopatia Hepatomegalia Hemorragias Edema Icterícia Anemia Infecciosa Equina - AIE ACHADOS DE NECROPSIA Anemia Infecciosa Equina - AIE DIAGNÓSTICO Clínico-epidemiológicos Diagnóstico laboratorial – LABORATÓRIOS CREDENCIADOS IDGA Identificação de anticorpos contra a proteína viral p26, 45 dias após a infecção – recomendado pela OIE e MAPA ELISA indireto Método de triagem (MAPA) PCR Restrito a pesquisa Anemia Infecciosa Equina - AIE DIAGNÓSTICO Diagnóstico laboratorial – LABORATÓRIOS CREDENCIADOS IDGA Anemia Infecciosa Equina - AIE DIAGNÓSTICO Diagnóstico laboratorial – LABORATÓRIOS CREDENCIADOS ELISA Anemia Infecciosa Equina - AIE TRATAMENTO Não existe CONTROLE E PROFILAXIA Boas práticas de manejo (desinfecção de fômites ou utensílios de uso comum, utilização de agulhas descartáveis, fervura > 15 min de instrumental cirúrgico) Controle de tabanídeos (telas, evitar o acúmulo de dejetos) Quarentena Testes sorológicos, isolar o animal em baia telada com distância > 200 m Anemia Infecciosa Equina - AIE MEDIDAS OFICIAIS NO BRASIL IN 45 do MAPA, 15 de Junho de 2004 Regulamenta as normas para prevenção e controle para AIE IN 17, 8 de Maio de 2008 Instituí o Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE) Educação sanitária, estudos epidemiológicos, controle de trânsito animal, cadastramento, fiscalização e certificação sanitária de propriedades rurais, além de intervenção imediata Portaria n. 378 de dezembro de 2014, do MAPA Aprova o ELISA indireto como teste de diagnóstico oficial Anemia Infecciosa Equina - AIE MEDIDAS OFICIAIS NO BRASIL Amostras positivas no ELISA devem ser confirmadas pelo IDGA Laboratórios credenciados e médicos veterinários habilitados pelo MAPA Exames IDGA negativos tem validade de 60 dias transporte e participação de eventos 180 dias propriedades controladas Requerimento de contraprova até 8 dias após o resultado positivo Controle de trânsito de animais GTA – resultado negativo Potros até 6 meses são isentos desde que acompanhados pela mãe com resultado negativo Anemia Infecciosa Equina - AIE MEDIDAS OFICIAIS NO BRASIL Animais positivos no IDGA Eutanásia Ao proprietário não caberá indenização Marcação dos animais positivos com a letra “A”, seguido da sigla da unidade federativa ,na paleta do lado esquerdo Interdição da propriedade Desinterdição dois exames negativos consecutivos com intervalo de 30 a 60 dias
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