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DOENÇAS EM EQUINOS Discentes: Bianca Vasconcelos; Ívina Leal Dos Santos; Daniele Castro; Andressa Marques; Carlos Eduardo; Taynara lira do Vale. Docente: Fagner C. Patrocinio Dos Santos DOENÇAS EM EQUINOS Universidade Estadual do Ceará - UECE Faculdade de Veterinária - FAVET INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Algumas doenças de equinos causam preocupações nos criadores e é de extrema importância que estes tentem evitá-las ao máximo. Porém, caso alguma doença seja detectada, um programa efetivo de sanidade deve ser posto em ação juntamente com o médico veterinário de confiança do criador. Devido a isso, neste trabalho abordaremos as principais doenças que atacam os equinos, assim como alguns tratamentos e prevenções. 3 SÍNDROME CÓLICA EQUINA SÍNDROME CÓLICA EQUINA "Dor abdominal aguda localizada num órgão oco e frequentemente causada por um espasmo, obstrução ou torção” White (1990). 5 SÍNDROME CÓLICA EQUINA 6 É uma das causas de maior número de mortes em equinos Envolve fatores distintos Pode variar desde um distúrbio passageiro até algo complexo e de difícil resolução SÍNDROME CÓLICA EQUINA 7 Embora as manifestações clínicas dos equinos com cólica tenham certa semelhança, a etiologia, a patofisiologia e o prognóstico podem ser extremamente diferentes SÍNDROME CÓLICA EQUINA 8 pequena capacidade volumétrica do estômago incapacidade de regurgitar longo mesentério associado ao jejuno Favorece torções! segmentos intestinais com diminuição abrupta do diâmetro do lume Favorecem o acúmulo de alimentos! SÍNDROME CÓLICA EQUINA Outros fatores: 9 Manejo Atividade física Dieta Infestações parasitárias sexo Raça Idade SÍNDROME CÓLICA EQUINA Eventos fisiopatológicos que decorrem durante um episódio de cólica: 10 Distensão intestinal Isquemia intestinal reperfusão dos tecidos Inflamação mudanças na flora bacteriana apoptose Necrose Causam alterações na motilidade intestinal, nos processos de absorção e secreção de água e eletrólitos, na permeabilidade vascular, ativação de células inflamatórias, e por último, na estrutura dos tecidos SÍNDROME CÓLICA EQUINA TRATAMENTO: 11 varia e depende da natureza e severidade da lesão reposição de fluidos analgesia e sedação PRINCIPIOS TERAPEUTICOS COMUNS: correção de desequilíbrios eletrolíticos e ácido-base Lubrificação gastrointestinal ou administração de laxantes tratamento específico da doença em causa SÍNDROME CÓLICA EQUINA INTERVENÇÃO CIRÚRGICA: 12 Quando é possível diagnosticar a causa exata da cólica e a lesão obstrutiva requer correção cirúrgica. Quando não foi efetuado um diagnóstico específico, mas existem evidências suficientes que indicam a necessidade de realização de cirurgia; Quando os pacientes com cólica recorrente, que se mantém durante dias ou semanas, são suspeitos de sofrerem de uma lesão obstrutiva parcial devido a aderências, neoplasias, etc. INFLUENZA EQUINA INFLUENZA EQUINA 14 Doença respiratória causada por um vírus Gripe equina Altamente contagiosa Equinos Asininos Muares Afeta Independente de sexo, raça ou idade INFLUENZA EQUINA 15 O influenza equina existe em todo mundo. Distribuição geográfica No Brasil, está amplamente disseminado, INFLUENZA EQUINA 16 Agente etiológico Família :Ortomixoviridae Vírus da influenza (EIV) Tipo A INFLUENZA EQUINA 17 A influenza é subdividida em dois subtipos: Subtipo equi-1 (H7N7): Menos patogênico Subtipo equi-2 (H8N8): Mais potogênica INFLUENZA EQUINA 18 A influenza é subdividida em dois subtipos: Subtipo equi-2 (H8N8): Nasofaríngea e laringotraqueal Bronquite Bronquiolite INFLUENZA EQUINA 19 A transmissão ocorre quando : Disseminação do vírus pelo ar Contato direto entre os animais Ambiente Comedouros Bebedouros Embocaduras Materiais de uso diário. Secreções/excreções dos animais doentes Contaminando INFLUENZA EQUINA 20 Sintomas : Os sintomas aparecem de forma súbita Apatia geral Desânimo Relutância para mover-se Traqueíte Faringite Febre Depressão Tosse seca Corrimento nasal aquoso Redução do apetite Perda de peso INFLUENZA EQUINA 21 Tratamento Dipirona Tetraciclina e penicilina Benzatina Dexametasona Antitérmico para febre Antibióticos para infecção bacteriana secundária. Sintomático Inalatório Mucolíticos INFLUENZA EQUINA 22 Prognóstico Em casos de infecção por H8N8 (A equi-2) Em condições de manutenção adequadas. O prognóstico é favorável com morbidade de 5% Morbidade de 80% Mortalidade de 20 a 35% ENCEFALITE EQUINA ENCEFALITE EQUINA 3 tipos de vírus da família Togaviridae Gênero Alphavirus: Leste(EEL), Oeste(EEO) e Venezuela(EEV) RNA fita simples Patogenicidade variável. 24 ENCEFALITE EQUINA 25 Vetores: Culex, Aedes, Anopheles e Culiseta Vírus no mosquito: infecção instestinal Glandula salivar Epidemiologia ENCEFALITE EQUINA 26 Hospedeiros: Mamíferos, aves, insetos, anfíbios e répteis. Cavalos mais jovens tem susceptibilidade Revervatórios: pássaros. Epidemiologia ENCEFALITE EQUINA 27 Sazonal: Clima quente e úmido Final de verão e inicio do outono (temperado) Período chuvoso (tropical) Epidemiologia ENCEFALITE EQUINA 28 Inoculação do vírus Replicação primária nas células reticulo endoteliais do linfonodo regional Replicação viral com encefalite necrosante Patogenia ENCEFALITE EQUINA 29 Manifestações variáveis Geralmente inaparente Período de incubação: 3 dias a 3 semanas Mortalidade: 50%(Oeste), 80%( Venezuela) e 100% (Leste) Sinais clínicos ENCEFALITE EQUINA 30 Febre e depressão Invasão do sistema nervoso Ranger de dentes, ataxia, hiperexcitabilidade ou paralisia, ptose labial, protrusão da língua etc. Fase final: Decúbito, movimentos de pedalagem e morte Curso clínico: 2 – 14 dias Sinais clínicos ENCEFALITE EQUINA 31 Exames virológicos Soro: Na fase aguda ou convelescente, titulação por inibição da hemaglutinação ou soroneutralização Líquor: detecção de ac IgM Sangue: Coleta de animais febris em um surto Diferencial: Raiva, leucoencefalomalacia, mielite por herpervirus, encefalopatia hepática, flavivírus. Diagnóstico ENCEFALITE EQUINA 32 Controle de população de vetores Imunização dos equinos Vacina de vírus inativo por formalina 2 vacinações seguidas com reforço semestral ou anual Controle e profilaxia ANEMIA INFECCIOSA EQUINA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA Histórico Primeira doença retroviral descrita em animais não-humanos * Lignee, 1843 (França): sinais clínicos associáveis à AIE. * Vallée e Carré , 1904: AIE causada por agente filtrável; descrição dos estágios subagudo, agudo e crônico. * Vallée e Carré: transmissão por sangue, transmissão para asininos, persistência viral em assintomáticos. 34 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 35 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 36 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA A prova da imunodeficiência em gel de agar (IDGA) é considerada o teste padrão ouro. No Brasil, os animais positivos no teste de IDGA devem ser sacrificados conforme estabelecido pelo Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos do Ministério da Agricultura. É uma doença viral que atinge todos os membros da família dos Equídeos. Todas as raças e idades são suscetíveis, porém, animais subnutridos, parasitados e debilitados têm maior predisposição. 37 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 38 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA A contaminação é feita principalmente por insetos sugadores (moscas e mosquitos). O agente é transmitido primariamente por picadas de tabanídeos (Tabanus sp.) e moscas dos estábulos (Stomoxys calcitrans), estes atuam como vetores mecânicos, uma vez que o vírus não se replica nos insetos. Infecção iatrogênica: uso de agulhas ou instrumentos cirúrgicos contaminados, transfusões sanguíneas ou ainda por equipamentos impropriamente esterelizados. 39 Anemia Infecciosa Equina 40 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 41 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA Diagnóstico diferencial na doença aguda: Púrpura hemorrágica; Babesiose; Erliquiose granulocítica equina; Arteriteviral equina; Anemia hemolítica auto-imune; Leptospirose; Trombocitopenia idiopática. 42 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 43 ANEMIA Infecciosa Equina Diagnóstico diferencial na doença crônica: Infecção metastática por Streptococcus equi; Doenças inflamatórias crônicas; Neoplasias; Hepatite crônica. 44 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 45 GARROTILHO EQUINO GARROTILHO EQUINO "Adenite equina", "gurma", "coriza contagiosa" Infecto-contagiosa Aparelho respiratório: Infecção purulenta Linfadenite abscedativa 47 Garrotilo Angina grave que gera morte por asfixia Fonte: Google Imagens GARROTILHO EQUINO Streptococcus equi Predileção: Sexo Raça Idade Morbidade Letalidade Prejuízos econômicos 48 Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens GARROTILHO EQUINO Transmissão: Direta Indireta Susceptibilidade Infecções latentes 49 Tratadores Alimentos Água Cama Fômites Insetos Estresse Transporte Frio excessivo Agrupamento Excesso de trabalho Infecções (vírus, parasita) 70% dos animais afetados adquirem imunidade Imunidade adquirida através do colostro (até os 3 meses) GARROTILHO EQUINO Sinais clínicos: 50 Linfadenopatia dos submandibulares e retrofaríngeos (Endurecidos, quentes, doloridos, abscedados) Mucosa nasal avermelhada Descarga bilateral (Serosa, mucopurulenta, purulenta, grossa) Febre 40-41ºC (Normal: 37.5 a 38.5º) Tosse e espirros Conjuntivite purulenta GARROTILHO EQUINO 51 Sinais clínicos: Linfadenite: Perda de apetite Depressão Respiração dificultada Asfixia Ruptura dos abcessos: Pneumonia purulenta Abscessos em fígado, rins, cérebro e articulações Miocardite Anemia crônica Púrpura hemorrágica Fonte: Google imagens GARROTILHO EQUINO 52 Diagnóstico: Exame clínico Cultura de colônia PCR ELISA Antibiograma Penicilina G Fluidoterapia Expectorantes Drenagem de abscessos Tratamento: Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens LAMINITE EQUINA LAMINITE EQUINA Patologia que atinge o sistema locomotor de extremidade dos equinos. Ocorrência frequente. 54 Transtorno vascular periférico Inflamação severa e muita dor Diminuição da perfusão capilar no interior dos membros (patas); Necrose isquêmica (falta de sangue) das lâminas LAMINITE EQUINA 55 LAMINITE EQUINA Causas: Alimentação Água Sobrecarga de exercício Cólicas Uso prolongado de corticoides Casqueamento e ferrageamento Etc ... 56 LAMINITE EQUINA Sintomas: Claudicação Aumento de pulso Calor nos cascos afetados Posição característica (de alívio) Perfuração da sola do casco Separação da faixa coronária (coroa do casco) Rotação da falange distal (crônica) 57 LAMINITE EQUINA Tratamento: Gelo Anti-inflamatórios Anti-térmicos Vasodilatadores periféricos Antibióticos Medicações Antiendotoxêmicas Casqueamento corretivo e preventivo. 58 CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerações finais: 60 Os equinos são animais muito sensíveis aos mais variados tipos de doenças que os acometem. Um dos principais fatores determinantes para isso é a falta de um manejo correto, tanto das instalações, quanto da propriedade como um todo. Nesse sentido, a adoção de medidas básicas como higienização constante, fornecimento de alimentação correta e de qualidade, bem como, principalmente, a prática da medicina preventiva por um médico veterinário, que irá atuar, por exemplo, por meio de programas de vacinação, ou por anamneses rotineiras, configurarão, assim, a garantia de saúde e longevidade a estes animais. Referências 61 FRANCO, M. M. J.; PAES, A.C. Anemia infecciosa equina. Vet. e Zootec, 2011, jan, 18(2): 197- 207. HILLYER, M. H.; TAYLOR, F. G. R.; FRENCH, N. P. A cross-sectional study of colic in horses on Thoroughbred training premises in the British Isles in 1997. Equine Veterinary Journal, v. 33, n. 4, p. 380-385, 2001 ALVES, G. E. S. Anamnese. In: FÓRUM DE GASTROENTEROLOGIAEQÜINA, 1., 1994, Curitiba. Anais... Curitiba: CBCAV, 1994 SOUZA, A. O. ; SALVATTI, J. R. ; PICCININ, A. Anemia infecciosa equina. Revista científica eletrônica de Medicina Veterinária, ano VI, n. 10. 2008 MORAES, C.M., et al. Adenite equina: sua etiologia, diagnóstico e controle. Ciência Rural, Santa Maria, v.39, n.6, p.1944-1952, set, 2009. OLIVEIRA, Joel Neves de ; BORGES, Luiz Felipe K. NFLUENZA EQUINA – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. XVII Mostra Científica – UNICRUZ. FERREIRA, Clara Raquel L. V. LAMINITES EM EQUINOS. Dissertação de Mestrado em Medicina Veterinária, Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa, 2008. 62 OBRIGADA!!!
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