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Fórum semana 02 – Desafio clínico / AINES
COMANDO:
1. Caso clínico: Qual a melhor hipótese diagnóstica?
Paciente do sexo feminino, 42 anos, com história de úlcera péptica de longa data, que consultou devido a dor epigástrica persistente, melena e sinais de irritação peritoneal. Úlcera péptica perfurada foi diagnosticada, necessitando de intervenção cirúrgica de emergência. Abaixo resultado de CT de abdome e PET-Scan. 
Com base na história clínica e nas imagens de TC e de PET Scan, a melhor hipótese diagnóstica é de neoplasia maligna. 
O PET Scan é um exame de imagem muito utilizado para diagnosticar precocemente o câncer, verificar o desenvolvimento do tumor e se há metástase. Como as células cancerígenas se reproduzem rapidamente e consomem muita energia para se manterem em atividade, o exame aproveita essa propriedade. Assim, as moléculas de glicose marcada que são injetadas se concentram nas células cancerígenas, onde o metabolismo celular é mais intenso.
A tomografia computadorizada permite confirmar a localização do câncer, e também se o tumor se disseminou para órgãos próximos ou outros órgãos distantes do corpo. Especificamente para o câncer gástrico, cumpre o papel de avaliar a presença de metástases a distância e invasão direta da lesão para órgãos adjacentes.
2. Qual o motivo da predisposição à úlcera péptica em um paciente usuário de AINES?
A mucosa gástrica e duodenal saudável constitutivamente usa COX-1 para produzir prostaglandinas, que são protetores da mucosa. As prostaglandinas estimulam a secreção de mucina, de bicarbonato e de fosfolipídios pelas células epiteliais, melhoram o fluxo sanguíneo da mucosa e do fornecimento de oxigênio às células epiteliais por meio de vasodilatação local, aumentam a migração de células epiteliais em direção à superfície luminal (restituição) e a proliferação de células epiteliais.
De acordo com Feldman (2019), a aspirina e muitos outros AINEs são derivados do ácido carboxílico. Como resultado, eles não são ionizados no pH ácido encontrado no lúmen gástrico e, portanto, podem ser absorvidos pela mucosa gástrica. Uma vez que o fármaco se move do ambiente ácido do lúmen gástrico para a mucosa com pH neutro, o fármaco ioniza e fica temporariamente preso nas células epiteliais, onde pode danificar essas células. Somado a isso, há a inibição sistêmica da atividade da ciclooxigenase da mucosa gastrointestinal (COX).
Assim, segundo De Oliveira e colaboradores (2019), a lesão gástrica por ácido e pepsina ocorre quando as funções protetoras são comprometidas como consequência da deficiência de prostaglandinas induzida por um AINE inibidor da ciclooxigenase da mucosa gastrointestinal (COX). Esse dano pode eventualmente levar à formação de úlcera gástrica e/ou duodenal, com ou sem complicações graves da úlcera (sangramento, perfuração e obstrução).
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, Maria Fernanda Arruda et al. Tomografia computadorizada com protocolo gástrico e de gastroscopia virtual no estadiamento do câncer gástrico: experiência inicial. Radiologia Brasileira, v. 51, p. 211-217, 2018.
DE OLIVEIRA, Byanca Milla Maia; MATOS, Larisse Gabrielle Pinheiro; BARROS, Karla Bruna Nogueira Torres. A incidência de casos de úlcera e gastrite causadas pelo uso irracional de aspirina, ibuprofeno e diclofenaco: uma pesquisa de campo no município de Quixadá-CE. Mostra Científica da Farmácia, v. 6, n. 1, 2019.
FELDMAN, Mark. NSAIDs (includingaspirin): Pathogenesisof gastroduodenal toxicity. Uptodate, 09 jan. 2019. 
Correlacionando as duas perguntas e supondo que a paciente faça automedicação crônica de AINES para a úlcera péptica, as funções protetoras da mucosa gástrica estariam comprometidas devido a deficiência de prostaglandinas induzida pelo medicamento inibidor de COX. Ademais, se ela estivesse tratando apenas os sintomas e não a causa (a principal causa de formação de úlceras seja a presença da bactéria Helicobacter pylori), isso poderia explicar a evolução do quadro para úlcera perfurada, que é uma complicação decorrente do não tratamento adequado. Além disso, é sabido e comprovadamente reconhecido que essa bactéria é um dos fatores de alto risco para o câncer gástrico.

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