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1 COLÉGIO RUI BARBOSA CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM FONTES DE RADIOATIVIDADE NA PREVENÇÃO E CONTROLE AFOGADOS DA INGAZEIRA – PE 2022 2 COLÉGIO RUI BARBOSA CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM ALUNA: MARIA MADALENA DE QUEIROZ BEZERRA PROFESSOR: ALAN Trabalho apresentado ao Curso Técnico em Enfermagem do Colégio Rui Barbosa, como requisito para obtenção de nota semestral. AFOGADOS DA INGAZEIRA – PE 2022 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 2. TIPOS DE RADIAÇÃO ....................................................................................................... 5 3. CONTAMINAÇÃO ............................................................................................................... 5 4. PREVENÇÃO E CONTROLE............................................................................................ 6 5. CONCLUSÃO....................................................................................................................... 7 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 8 4 1. INTRODUÇÃO No início de 1896, Antonie-Henri Becquerel descobriu a radioatividade. Esta descoberta apontou o início da Física Nuclear, representando uma das maiores descobertas da humanidade, um fenômeno que pode ser de ordem natural ou artificial. Becquerel havia tomado conhecimento da descoberta dos raios X por Röntgen, numa sessão da Academia de Ciências de Paris, em 20 de janeiro de 1896, por meio de Henry Poincaré, que havia recebido uma cópia do artigo de Röntgen. Este dizia que esses raios eram emitidos pela parede fosforescente do tubo de Crookes e que, ao incidir num anteparo pintado com platino cianeto de bário, produzia luminescência. Becquerel interessou-se imediatamente pelo assunto, pois tanto ele quanto seu pai e avô haviam trabalhado com o fenômeno da luminescência. (OKUNO, 2010). Segundo Navarro et al 2008, no início, Becquerel achou que se tratava dos mesmos raios X descobertos por Röntgen, mas os estudos do casal Marie e Pierre Currie permitiram a descoberta de mais três novos elementos (tório, polônio e rádio). Evidenciar o termo ‘radioatividade’ e descrever o fenômeno como uma propriedade dos elementos químicos, renderam a Becquerel o Nobel em Física em 1903. Em 1899, o físico inglês Rutherford (Prêmio Nobel de Química em 1908) identificou a natureza de dois tipos distintos de radiações emitidas por elementos naturais: as partículas alfas (α) e as partículas betas (β). Naquele mesmo ano, o físico francês Villard descobriu um terceiro tipo de radiação, que passou a ser denominado raios gama (γ). Cada partícula alfa é formada pela associação de 2 prótons e de 2 nêutrons. Quanto maior for a energia com que as partículas alfas são emitidas, maior será o seu poder de penetração quando bombardeia outras matérias. (ALMEIDA, 2004). Com a descoberta da radioatividade e dos raios X, além das aplicações médicas, o átomo pôde ser mais bem estudado, contribuindo de modo significativo para os conhecimentos desenvolvidos no século XX. (MOULD,1998). 5 2. TIPOS DE RADIAÇÃO Os tipos de radiação incluem as ondas eletromagnéticas de alta energia (raios- X, raios gama), partículas (partículas alfas, beta, nêutrons). As partículas alfas são emitidas pelo núcleo do hélio por vários radio nucleotídeo com altos números atômicos (p. ex., plutônio, radio, urânio) que não podem penetrar na pele além de uma profundidade rasa (< 0,1 mm). As partículas beta são elétrons de alta energia emitidas pelo núcleo de átomos instáveis (p. ex., césio-137, iodeto-131). Tais partículas podem penetrar mais profundamente na pele (1 a 2 cm) e causar dano epitelial e subepitelial. Os nêutrons são partículas eletricamente neutras projetadas pelo núcleo de alguns radio nucleotídeo (p. ex., califórnio-252) e produzidas em reações nucleares (p. ex., em reatores nucleares); sua profundidade de penetração no tecido varia de poucos milímetros a dezenas de centímetros, dependendo da sua energia. Colidem com os núcleos dos átomos estáveis, resultando em emissão de prótons energéticos, partículas alfa e beta e radiação gama. Radiação gama e raios-X são radiações eletromagnéticas de alta energia (fótons) e alta frequência que podem penetrar a pele por vários centímetros. Enquanto alguns fótons depositam toda sua energia no corpo, outros podem somente depositar uma fração de sua energia e outros podem, ainda, passar completamente pelo corpo sem nenhuma interação. 3. CONTAMINAÇÃO A contaminação é o termo utilizado quando o material radioativo pode se impregnar em utensílios diversos, em pisos, tetos ou em pessoas. Nestes casos o objeto ou a pessoa contaminada se transforma em uma fonte de radiação. O material radioativo fica impregnado na pele, o que é chamado de contaminação externa, ou ser incorporado pelo indivíduo, que é a contaminação interna. Esse tipo de contágio pode ocorrer por inalação, ingestão, ou por algum corte na pele que permita a entrada do material radioativo no corpo do indivíduo. Nessa situação, todos os fluidos liberados por ele também estarão infectados. 6 4. PREVENÇÃO E CONTROLE As normas de radioproteção se resumem em três fatores: distância, blindagem e tempo. Essas orientações são adequadas àqueles que trabalham com campos de radiação X e gama: mamografia, raios-X convencionais, tomografia, densitometria óssea, radioterapia com fonte de cobalto ou na área de controle de qualidade (radiografia industrial) em instalações industriais. No caso de possibilidade de contaminação dos profissionais, a instrução é evitar o contato com o material radioativo, utilizando os equipamentos de proteção adequados a cada isótopo (luvas, protetores para os sapatos, aventais de pano, aventais de chumbo, máscaras, toucas para proteger os cabelos, etc.). Quando o isótopo radioativo é volátil, normalmente a instalação possui uma capela com filtros e exaustão adequada. Contra a exposição, em Medicina Nuclear, pode ser feita a proteção da seringa em uma blindagem adequada, pela utilização de tijolos de chumbo ao redor dos radioisótopos, pela utilização de vidros plumbíferos na bancada onde se faz a eluição dos geradores de Tecnécio-99 m. A lixeira, onde são descartados materiais contaminados, também deve ser blindada de modo a minimizar o nível de radiação no interior do laboratório. Os profissionais também não devem permanecer um tempo desnecessário no interior do laboratório onde ficam os materiais radioativos. 7 5. CONCLUSÃO A Radioatividade favoreceu significativamente a história da humanidade, principalmente com sua enorme contribuição em diversas áreas nesse século, representando uma ferramenta extremamente útil na medicina, química, arqueologia, alimentícia, industrial e entre outras. Infelizmente, o mau uso desta ferramenta na construção de bombas atômicas tem ameaçado até hoje a população mundial. As consequências de desastres evolvendo radioatividade são, sem dúvida, catastróficas, gerando mortes, danos físicos e psicológicos a milhares de pessoas, além de gerar impactos ambientais que alteram o equilíbrio ecológico. É indispensável delimitar as zonas e áreas de acesso controlado e vigiado e higienizar as mãos antes e depois do manuseio com o material. Além disso, é obrigatório utilizar todo equipamento de segurança descrito ou não no Programa de Proteção Radiológica (aventais, óculos, luvas, entre outros).8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, E. V. de, A Radioatividade e suas aplicações. Monografia. Universidade de São Paulo - São Paulo, 2004. OKUNO, E., YOSCHIMURA, E.,– Física das Radiações: Oficina de Textos,p.70, São Paulo - 2010. OKUNO, Emico. Radiação: efeitos, riscos e benefícios. São Paulo, Harbra,1988. Olympio, 1974. MARCA AMBIENTAL. A importância do tratamento de resíduos radioativos. Disponível em: https://marcaambiental.com.br/radioatividade/. Acesso em: 14 de dezembro de 2022. GOVERNO FEDERAL. Contaminação por radiação x exposição à radiação. Disponível em: https://www.cdc.gov/nceh/radiation/emergencies/pdf/infographics/infographic_conta mination_versus_exposure_pt_br.pdf
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