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APS Radioatividade e suas aplicações na indústria - Wesley t169518

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São José dos 
Campos - 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPUS São José dos Campos 
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 
 
 
 
São José dos 
Campos - 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 
 “Radioatividade e suas aplicações na indústria”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPONENTES DO GRUPO 
 
TURMA - 10/EM0948 
NOME - Wesley Pereira de Souza 
RA – T15951-8
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Toda a matéria que constitui o universo é composta por rearranjo de átomos, os 
quais são integrados por prótons, nêutrons e elétrons. A diferença quantitativa dos 
elementos integradores dos átomos é o que confere a cada material, características 
físico-químicas distintas que caracterizam sua singularidade. Todavia, um elemento 
pode se apresentar de diversas formas na natureza, mas com comportamento 
químico idêntico. Um exemplo disso são os isótopos, cujo conceito se refere à 
característica de átomos apresentarem o mesmo número de prótons, mas com 
diferente número de nêutrons, tornando-os instáveis. 
Essa instabilidade pode ser definida como excesso de energia acumulada pelo 
átomo, e que pode ser liberada como radiação. Assim, o átomo ao perder energia se 
torna mais estável (processo denominado decaimento). Alguns átomos liberam 
partículas, alterando conseqüentemente as estruturas químicas do mesmo. 
Palavras chaves: Radiação – Protons . 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abstract 
 
All the matter that makes up the universe is composed of atoms, which are 
integrated by protons, neutrons and electrons. The quantitative difference of the 
integration elements, of atoms is what gives each material distinct physical-chemical, 
characterize its only. 
However, an element can appear in different ways in nature, but with identical 
chemical behavior. 
An example of this is isotopes, whose concept refers of the characteristic of 
atoms having the same number of protons, but with a different number of neutrons, 
making them unstable. 
This instability can be defined as excess energy accumulated by the atom, which 
can be released as radiation. The atom losing energy becomes more stable. Some 
atoms release particles, consequently altering their structures. 
 
Key words: Radiation, Protons, Electrons. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. Introdução 
 A radioatividade pode proporcionar uma qualidade de vida melhor: emprego 
na medicina, obtenção de energia elétrica dos reatores nucleares, produção de 
bens de consumo a partir da energia nuclear, e assim por diante. No entanto a 
radioatividade tem resíduos que são perigosos quando mal manipulados. O uso da 
radiação para a obtenção de um serviço (como energia elétrica) ou de um produto 
(como armas nucleares) produz resíduos que estão se acumulando como lixo 
nuclear numa velocidade acelerada. A presença do lixo nuclear, em todo o mundo, 
geralmente concentrado nas proximidades dos reatores, oferece risco à 
população. 
Estamos sempre expostos à radioatividade, normalmente conhecida como a 
radiação que vem do espaço ou emana da terra. De toda a radiação que 
recebemos, 87% tem origem natural. O restante provém principalmente de 
tratamentos médicos, dentre eles os raios X. 
Até o final do século XIX, se acreditava que o átomo era a menor partícula 
de qualquer matéria e se assemelhava a esferas sólidas. A emissão espontânea 
de radiações pelos núcleos atômicos mostrou que o átomo era composto de 
partículas menores: os prótons, os elétrons e os nêutrons. O núcleo é constituído 
por prótons e nêutrons e ao seu redor giram os elétrons. Descobriu-se que os 
átomos não são todos iguais. O átomo de hidrogênio, por exemplo, o mais simples 
de todos, possui um próton e um elétron (e nenhum nêutron). Já o átomo de 
Urânio-235 conta com 92 prótons e 143 nêutrons. 
Todas as coisas existentes na natureza são constituídas de átomos ou suas 
combinações. O núcleo do átomo é onde fica concentrada a massa, como o Sol, e 
em partículas girando em seu redor, denominadas elétrons, equivalentes aos 
planetas, que ficam na eletrosfera. Como o Sistema Solar, o átomo possui grandes 
espaços vazios, que podem ser atravessados por partículas menores do que ele. 
O número de prótons (ou número atômico) identifica um elemento químico, 
 
 
 
comandando seu comportamento em relação aos outros elementos. O núcleo do 
átomo é formado, basicamente, por partículas de carga positiva (Prótons) e de 
partículas de mesmo tamanho, mas sem carga, denominadas nêutrons. A 
radioatividade ocorre porque as forças de ligações do núcleo são insuficientes 
para manter suas partículas perfeitamente ligadas. 
II. Revisão bibliográfica 
A descoberta da Radioatividade é atribuída basicamente a três pessoas o físico 
francês Antoine Henri Becquerel e ao casal Pierre Curie e Marie Curie, 
ganhadores do Prêmio Nobel de Física em 1903. Em 1895, Becquerel ao deixar 
acidentalmente uma rocha de urânio em um filme fotográfico notou que o filme 
havia sido marcado por algo que era emitido pela rocha, essa nova propriedade da 
matéria foi denominada de raios ou radiações. Notou que os sais de urânio 
emitiam uma radiação capaz de atravessar papéis negros e outras substâncias 
opacas a luz. 
Só então em 1896 incentivada por Antoine Henri Becquerel, a cientista Marie 
Curie começou a estudar o material que produzia tais radiações. Posteriormente 
tais estudos seriam introduzidos em sua tese de doutorado e então os termos 
radioativos e radioatividade seriam denominados para caracterizar a energia 
liberada espontaneamente por este novo elemento químico. Através de um 
equipamento que seu marido e professor Pierre Curie havia inventado para 
detectar cargas elétricas ao redor de amostras de minerais deu inicio ao seu 
estudo. Em 1898 ganhou um minério de Urânio chamado “pechblenda”, que 
através de testes, percebeu que tal material apresentava mais emissões 
radioativas do que se podia esperar de certa quantidade de urânio. Assim, notou 
que essa amostra deveria conter outra substancia para emitir radiação a mais. 
Verificou que quanto mais purificava o material removendo as substancias 
conhecidas, mais a “pechblenda” ficava radioativa. Através desses estudos, 
detectou dois novos elementos radioativos, o Radium e o Polonium 
em 1901. Marie Curie ao revelar suas descobertas, apresentou uma 
minúscula partícula de puro sal de radio que pesava 
aproximadamente 0,1g e era um milhão de vezes mais radioativo do 
que o urânio. Até esse momento, eram desconhecidos os perigos da 
radioatividade. 
 
 
 
No urânio, o núcleo do átomo possui 92 prótons, sendo por isso o elemento 
químico natural mais pesado conhecido. 
Em 1899, o físico inglês Rutherford identificou a natureza de dois tipos distintos 
de radiações emitidas por elementos naturais: as partículas alfas (α) e as 
partículas betas (β). Nesse mesmo ano o físico francês Villard descobriu um 
terceiro tipo de radiação, que passou a ser denominados raios gama (y) 
Comprovou-se que um núcleo muito energético, por ter excesso de partículas 
ou de carga como, por exemplo, o próprio Urânio, tende a estabilizar-se, emitindo 
algumas partículas. 
Assim, as 
radiações emitidas 
pelas substâncias 
radioativas são 
principalmente par
tículas 
alfa, partículas 
betas e raios 
gama. 
A energia 
inicial com que essas partículas são emitidas pelos núcleos radioativos varia de 
um isótopo – emissor para outro. Quanto maior for a energia com que as partículas 
alfa são emitidas, maior será o seu poder de penetração quando bombardeia 
outras matérias. Em consequência, o poder de penetração das partículas no ar 
atmosférico varia de um para outro isótopo emissor. 
As partículas alfa é um dos resultados de estabilização de um núcleo com 
excesso de energia, constituído de um grupo de partículas positivas, contendo dois 
prótons e dois nêutrons, e da energia a elas associada. Por terem massa e carga 
elétrica maiorque as outras, podem ser facilmente detidas, até mesmo por uma 
folha de papel; elas em geral não conseguem ultrapassar as camadas externas de 
células mortas da pele de uma pessoa, sendo assim praticamente inofensivas. 
Entretanto, podem ocasionalmente penetrar no organismo através de um ferimento 
 
 
 
ou por aspiração, provocando lesões graves. 
As partículas betas são constituídas de 
partículas emitidas por um núcleo, quando da 
transformação de nêutrons em prótons ou de 
prótons em nêutrons. São capazes de penetrar 
cerca de um centímetro nos tecidos, 
ocasionalmente danos à pele, mas não aos 
órgãos internos, a não ser que sejam engolidas 
ou aspiradas. 
Raios gama, após a emissão 
de uma partícula alfa ou beta, o 
núcleo resultante desse processo, 
ainda com excesso de energia, 
procura estabilizar-se, emitindo esse excesso em forma de onda eletromagnética, 
da mesma natureza da luz, denominada radiação gama. São extremamente 
penetrantes, podendo atravessar o corpo humano, sendo detidos somente por 
uma parede grossa de concreto ou metal. As radiações gama são semelhantes 
aos Raios X. 
Os elementos radioativos possuem um 
período de tempo que seu átomo precisa para 
desintegrar-se. Assim surgiu o termo Meia-
Vida ou Período de Semidesintegração como o 
tempo necessário para desintegrar a metade dos 
átomos radioativos. 
 
Após um tempo t, considerando o número de átomos radioativos inicial no, e 
a meia-vida P, tem-se: 
1. O número de átomos não desintegrados n, será: n = no / 2x. 
 
 
 
2. O tempo total decorrido: t = XP 
A radioatividade esta presente naturalmente no meio ambiente através da 
radiação que vem do espaço e em algumas substancias. Sua aplicação estende-
se ao campo da medicina, agricultura, indústria, produção de energia, radioterapia, 
raios-X, e também, porém menos benéfico na produção de armas nucleares. O 
uso crescente pelo homem desse tipo de material aumenta o risco de exposição, 
principalmente quando há acidentes com materiais radioativos. 
A contaminação por um composto radioativo é um processo químico de 
difusão desse composto no ar, de sua dissolução na água, de sua reação com 
outro composto ou substância, de sua entrada no corpo humano ou em outro 
tecido vivo. Os acidentes nucleares ocorridos em Windscale (Reino Unido – 1957), 
Cheljabinsk (Rússia – 1957), Three Mile Island (Estados Unidos – 1979 e 
Chernobyl - Rússia – 1986), contribuíram significativamente para a liberação de 
radionuclídeos no meio ambiente. 
No Brasil, o caso mais conhecido ocorreu em Goiânia. Devido ao 
“esquecimento” de forma irregular e irresponsável de um equipamento para 
tratamento de câncer em uma clinica desativada. O equipamento foi retirado do 
local por duas pessoas e aberto, ocasionando a morte de quatro pessoas de um 
total de duzentos e quarenta e nove contaminados que tiveram contato direto ou 
indiretamente com o material. Pesquisas revelam que a poluição radioativa 
compreende mais de 200 nuclídeos, sendo que do ponto de vista de impacto 
ambiental, destacam-se o césio-137 e o estrôncio-90, devido às suas 
características nucleares como alto rendimento de fissão e meia-vida longa. O 
césio, por ser semelhante quimicamente ao potássio, tende a acompanhá-lo 
depositando-se parcialmente nos músculos e o estrôncio, semelhante ao cálcio, 
deposita-se nos ossos. 
Os materiais radioativos que não são utilizados em virtude dos riscos que 
representam são tratados de acordo com seu grau de periculosidade. Esses 
rejeitos radioativos são classificados quanto a rejeitos de baixa, média e alta 
atividade. Os rejeitos de meia-vida curta são armazenados até atingirem os níveis 
de radiação semelhante ao do meio ambiente e só então são liberados. Rejeitos 
de baixa atividade, como luvas, aventais são colocados em sacos plásticos e 
 
 
 
guardados em tambores ou caixas de aço, após classificação e respectiva 
identificação. Os produtos de fissão, resultantes do combustível nos reatores 
nucleares, sofrem tratamento especial em Usinas de Reprocessamento. Os 
materiais radioativos restantes sofrem tratamento químico e são vitrificados, 
guardados em sistemas de contenção e armazenados em depósitos de rejeitos 
radioativos. 
Assim, radioatividade é definida como a capacidade que alguns elementos 
fisicamente instáveis possuem de emitir energia sob forma de partículas ou 
radiação eletromagnética. O trifólio é o símbolo internacional que indica a 
presença de radiação no entorno, este símbolo deve ser respeitado e não temido. 
Símbolo Internacional da 
Radioatividade 
 
 
 
 
 
III. Aplicação na ciência e tecnologia 
No início do século XX após a descoberta de Marie Curie, as pessoas achavam 
que a radiação fazia bem para saúde. Acreditava-se que essa forma de energia 
tinha propriedades curativas, energizantes, renovadoras, afrodisíacas, etc. Isso 
porque era desconhecido até então seus efeitos a longo, médio e curto prazo. 
Assim devido a falta de informação, logo surgiram os mais diversos produtos 
radioativos à venda. 
Este anúncio incluía os dizeres “100% natural”, pois continha Radio puro não 
refinado. Atualmente, o uso da radioatividade estende-se a áreas diversificadas e 
suas aplicações são as variadas possíveis. 
 
 
 
 Terapia 
A terapia estuda e coloca em prática os meios necessários para aliviar ou 
curar os doentes. Radioterapia, braquiterapia, aplicadores e radioisótopos são 
exemplos de terapia. 
A Radioterapia consiste em eliminar tumores malignos (cancerígenos) 
utilizando radiação gama, raios X ou fontes de elétrons. O princípio básico é 
eliminar as células cancerígenas e evitar sua proliferação, e estas serem 
substituídas por células sadias. O tratamento é feito com aplicações programadas 
de doses elevadas de radiação, com a finalidade de “matar” as células alvo e 
causar o menor dano possível aos tecidos sadios intermediários. Como as doses 
aplicadas são muito altas, os pacientes sofrem danos orgânicos significativos e 
ficam muito debilitados. Por isso são cuidadosamente, acompanhados por 
terapeutas, psicólogos, apoio quimioterápico e de medicação. 
A radioterapia destrói o tumor, absorvendo energia da radiação. Os 
irradiadores, denominados de bomba de cobalto, nada mais são que uma fonte 
radioativa de cobalto-60 utilizada para tratar câncer de órgãos mais profundos. As 
fontes de césio-137, já foram bastante utilizadas na radioterapia, mas estão sendo 
desativadas, pois a energia da radiação gama emitida pelo césio-137 é 
relativamente baixa. Graças à radioterapia, muitas pessoas com câncer são 
curadas hoje em dia, ou se não, têm a qualidade de vida melhorada durante o 
tempo que lhe resta de vida. 
 Diagnóstico 
O diagnóstico é responsável pela determinação e conhecimento da doença 
através de seus sintomas. Radiografia, tomografia, mamografia e o mapeamento 
com radiofármacos são muito úteis na medicina. 
A radiografia é uma imagem obtida, após um feixe de raios X ou raios 
gama, atravessar a região de estudo e interagir com uma emulsão fotográfica ou 
tela fluorescente. Existe uma grande variedade de tipos, tamanhos e técnicas 
radiográficas. As mais conhecidas são as de radiologia oral (periapicais, 
panorâmicas), radiologia de tórax (pulmão, trato intestinal), de membros, de crânio, 
 
 
 
cérebro e coluna. Para essas aplicações utilizam-se raios X com energia 
adequada. 
O princípio da tomografia consiste em ligar o tubo de raios X a um filme 
radiográfico por um braço rígido que gira ao redor de um determinado ponto, 
situado num plano paralelo à película. Assim, durante a rotação do braço, produz-
se a translação simultânea do foco e do filme. Os pontos do plano do corte dão 
uma imagem nítida, enquanto que nos demais planos, a imagem sai “borrada”. 
Desta forma, obtêm-se imagens de planos de cortes sucessivos, como se fossem 
observadas fatias secionadas, por exemplo, do cérebro.A mamografia é um instrumento poderoso para a redução de mortes por 
câncer de mama. Como o tecido da mama é difícil de ser examinado com o uso de 
radiação penetrante, devido às pequenas diferenças de densidade e textura de 
seus componentes como tecido adiposo e fibroglandular, a mamografia possibilita 
apenas suspeitar e não diagnosticar um tumor maligno. O diagnóstico é 
complementado com o uso de biópsia e ultrassonografia. 
O Mapeamento com Radiofármacos é comum. A marcação de aves e 
peixes pela fixação de anéis identificadores em seu corpo é usada para estudar os 
seus hábitos migratórios e reprodutivos. O traçador radioativo tem o mesmo 
objetivo, porém os elementos marcados são moléculas de substâncias que se 
incorporam ou são metabolizadas pelo organismo do homem, de uma planta ou 
animal. 
 Indústria 
 Radiografia Industrial 
Os radioisótopos se mostraram extremamente úteis na indústria e, como 
detectores eficazes, são atualmente empregados em muitos processos. Um dos 
primeiros usos dos radioisótopos foi a radiografia. O conhecido aparelho de raios X 
foi substituído por um emissor de raios gama, que é mais facilmente manejado, 
embora deva ser contida numa espessa blindagem de chumbo, quando não está 
em uso. Utilizam-se fontes de radiação gama, como o Césio-137 e o Cobalto-60 
para produzir uma imagem sobre um filme adequado, formada pelos raios que 
 
 
 
passam através do objeto em exame. Uma radiografia industrial, que é obtida em 
poucos segundos com o aparelho de raios X, pode exigir algumas horas com os 
raios gama. Essa técnica permite testar um produto sem danificá-lo. 
 Medidores Nucleares 
É uma técnica que se baseia na atenuação dos raios gama, quando estes 
passam através de um material qualquer. Pode-se assim determinar a espessura 
do material e os dados obtidos podem ser retransmitidos às máquinas para 
controlar a espessura dentro dos limites desejados. Entre os materiais produzidos 
por esse método incluem-se vários tipos de papéis e metais, forros de vinil para 
paredes, adesivos cirúrgicos, lonas para pneus, borrachas, zinco galvanizado, 
materiais para assoalhos, adesivos, lixas, etc. As folhas de muitos desses 
materiais passam pelos medidores a uma velocidade de centenas de metros por 
minuto. 
Usando o mesmo princípio, medidores de densidade servem para medir e 
controlar a produção e manufatura de tipos semelhantes de materiais. Outro tipo 
de medidor é o medidor de nível, que emprega a refração dos raios gama por 
parte da superfície envernizada de um tubo a fim de medir a espessura do verniz, 
ou a do tubo, ou as superfícies em que só um lado é acessível. Esse tipo de 
medição pode ser também usado para controlar a espessura da camada 
enferrujada de vigas e colunas de aço. Muitas indústrias se defrontam com o 
problema de verificar se as embalagens foram devidamente enchidas com os 
produtos. 
 Agricultura 
Atualmente, os radioisótopos são importantes para os agricultores, não 
como algo usado diretamente no cultivo da terra, mas devido a diversas 
possibilidades de aplicação. Por exemplo, empregam-se elementos radioativos 
traçadores para estudar os fertilizantes e o metabolismo dos minerais nas plantas, 
usam-se fertilizantes marcados com Fósforo-32 para medir a quantidade de fosfato 
existente no solo e o consumo de fósforo pelas plantas. 
As radiações têm sua utilidade na luta contra os insetos. O método usado é 
 
 
 
o da esterilização dos machos, e consiste no seguinte: insetos são criados em 
massa e, antes que cheguem à maturidade, são esterilizados por meio de radiação 
controlada. Em seguida são libertados na região infestada. O acasalamento 
improdutivo dos machos com as fêmeas que estavam em liberdade acaba por 
levar a extinção da espécie. Esta técnica foi empregada para acabar com as 
moscas das frutas, que danificavam laranjas e outros frutos. 
 Geração de Energia 
Os radioisótopos são utilizados como elementos para gerar energia térmica 
ou elétrica. Além das baterias que geram corrente elétricas, existem os reatores 
nucleares que podem gerar muita energia. O choque de um nêutron livre com o 
isótopo Urânio-235 causa a divisão do núcleo desse isótopo em duas partes – dois 
outros átomos – e ocasiona uma liberação relativamente alta de energia. Esse 
fenômeno é a fissão nuclear. 
 Pesquisas 
Um ótimo exemplo de sua aplicação em pesquisa foi na produção do 
acelerador de partículas, pelo Laboratório Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), 
com objetivo é estudar e recriar o Big Bang, em escala reduzida. Esta pesquisa 
pode confirmar ou mudar toda a teoria da Física sobre a estrutura da matéria. O 
acelerador de partículas é um instrumento essencialmente construído utilizando 
uma fonte de partículas carregadas expostas a campos elétricos que as aceleram. 
Após a aceleração passam em seguida por um campo magnético que as desvia de 
suas trajetórias focalizando-as e controlando as direções (defletindo-as). 
 
IV. Impactos produzidos na sociedade 
Devido ao poder penetrante, as radiações podem provocar lesões no sistema 
nervoso, na medula óssea e até a morte dos seres vivos, pois elas alteram a 
estrutura celular. O grau de intensidade de alteração no interior da célula 
dependerá do tipo de radiação incidente, da natureza do tecido ou do órgão 
afetado, da dose de radiação aplicada e do tempo de exposição do tecido a uma 
mesma dose de radiação. As partículas alfa (α) são praticamente inofensivas, uma 
 
 
 
vez que elas em geral não conseguem ultrapassar as camadas externas de 
células mortas da pele de uma pessoa. Entretanto, podem penetrar no organismo 
através de um ferimento ou por aspiração, provocando lesões graves. As 
partículas beta (β) penetram cerca de um centímetro na pele e podem danificá-la, 
mas não os órgãos internos, a não ser que sejam engolidas ou aspiradas. Os raios 
gama (y) penetram o corpo humano, sendo detidos somente por uma parede 
grossa de concreto ou metal. 
Quando uma radiação atravessando um meio transforma os átomos em íons, 
diz-se que é uma radiação ionizante. Esse tipo de radiação provoca queimadura, 
câncer, defeitos genéticos em gerações futuras e até a morte. 
O estudo dos efeitos das radiações vem sendo feito em pessoas expostas à 
radiação em tratamentos médicos (radioterapia), que foram vítimas de acidentes 
nucleares (acidente de Chernobyl), sobreviventes das bombas atômicas de 
Hiroshima e Nagasaki dentre outros. A radiação atua de forma diferente, 
dependendo do tipo de célula. As células cancerosas, que se dividem rapidamente 
e não são especializadas, são bastante sensíveis, as nervosas, que se dividem 
mais lentamente e são altamente especializadas, são mais resistentes. As 
crianças são vulneráveis à radiação, e são mais susceptíveis antes do nascimento, 
pois nessa fase suas células se multiplicam rapidamente. 
Os efeitos das radiações são medidas em REM (Roentgen Equivalent Man). O 
REM mede o efeito, sobre um dado organismo, provocado pela absorção de certa 
quantidade de energia. Ele se refere a quantidade de radiação necessária para 
produzir danos no tecido vivo. Um REM equivale a 0,01J/Kg (Joule por 
Quilograma). Podem ser divididos em duas partes: efeitos somáticos e efeitos 
hereditários. Os efeitos hereditários surgem somente no descendente da pessoa 
irradiada. Resultam do dano causado pela radiação em dos órgãos reprodutores. 
Os efeitos somáticos resultam de danos nas células do corpo e aparece na própria 
pessoa irradiada, mas não é fatal. A dosagem excessiva de radiação pode causar 
efeitos imediatos como perda de apetite, emagrecimento, garganta dolorida ou 
ainda efeitos tardios como úlcera, câncer, catarata, leucemia, esterilidade e 
envelhecimento precoce. 
Um dos impactos produzidos e gerados, que trazem bastante transtorno, são 
 
 
 
os materiais radioativos produzidos em Instalações Nucleares (Reatores 
Nucleares, Usinas de Beneficiamentode Minério de Urânio e Tório, Unidades do 
Ciclo do Combustível Nuclear), Laboratórios e Hospitais, nas formas sólida, líquida 
ou gasosa, que não têm utilidade, não podem ser simplesmente “jogados fora” ou 
“no lixo”, por causa das radiações que emitem. Esses materiais, que não são 
utilizados em virtude dos riscos que apresentam, são chamados de Rejeitos 
Radioativos. 
Os rejeitos radioativos precisam ser tratados, antes de serem liberados para o 
meio ambiente, se for o caso. Eles podem ser liberados quando o nível de 
radiação é igual ao do meio ambiente e quando não apresentam toxidez química. 
Rejeitos sólidos, líquidos ou gasosos podem ser ainda, classificados, quanto à 
atividade, em rejeitos de baixa, média e alta atividade. 
Os de meia-vida curta são armazenados em locais apropriados (preparados), 
até sua atividade atingir um valor semelhante ao do meio ambiente, podendo, 
então, ser liberados. Esse critério de liberação leva em conta somente atividade do 
rejeito. É evidente que materiais de atividade ao nível ambiental mas que 
apresentam toxidez química para o ser humano ou que são prejudiciais ao 
ecossistema não podem ser liberados sem um tratamento químico adequado. 
Rejeitos sólidos de baixa atividade, como partes de maquinário contaminadas, 
luvas usadas, sapatilhas e aventais contaminados, são colocados em sacos 
plásticos e guardados em tambores ou caixas de aço, após classificação e 
respectiva identificação. 
Já os produtos de fissão, resultantes do combustível nos reatores nucleares, 
sofrem tratamento especial em Usinas de Reprocessamento, onde são 
separados e comercializados, para uso nas diversas áreas de aplicação de 
radioisótopos. Os materiais radioativos restantes, que não têm justificativa técnica 
e/ou econômica para serem utilizados, sofrem tratamento químico especial e são 
vitrificados, guardados em sistemas de contenção e armazenados em Depósitos 
de Rejeitos Radioativos. 
No Brasil, o acidente de Goiânia que envolveu uma contaminação radioativa, 
isto é, existência de material radioativo em lugares onde não deveria estar 
 
 
 
presente foi o mais expressivo até hoje no país. Segundo investigação, uma fonte 
radioativa de césio-137 era usada em uma clínica da cidade de Goiânia, para 
tratamento de câncer. Nesse tipo de fonte, o césio-137 fica encapsulado, na forma 
de um sal, semelhante ao sal de cozinha, e “guardado” em um recipiente de 
chumbo, usado como uma blindagem contra as radiações. Após vários anos de 
uso, a fonte foi desativada, isto é, não foi mais utilizada, embora sua atividade 
radioativa ainda fosse muito elevada, não sendo permissível a abertura do 
invólucro e o manuseio da fonte sem cuidados especiais. A Clínica foi transferida 
para novas instalações mas o material radioativo não foi retirado, contrariando a 
Norma da CNEN. Toda firma que usa material radioativo, ao encerrar suas 
atividades em um local, deve solicitar o cancelamento da autorização para 
funcionamento (operação), informando o destino a ser dado a esse material. A 
simples comunicação do encerramento das atividades não exime a empresa da 
responsabilidade e dos cuidados correspondentes, até o recebimento pela CNEN. 
Na época, duas pessoas “retiraram sem autorização” o equipamento do local 
abandonado, que servia de abrigo e dormitório para mendigos. A blindagem foi 
destroçada, deixando à mostra um pó azul brilhante, muito bonito, principalmente 
no escuro. E o “pozinho brilhante” foi distribuído para várias pessoas, inclusive 
crianças... O material que servia de blindagem foi vendido a um ferro velho. O 
material radioativo foi-se espalhando pela vizinhança e várias pessoas foram 
contaminadas. A CNEN foi chamada a intervir e iniciou um processo de 
descontaminação de ruas, casas, utensílios e pessoas. 
Esse acidente radioativo resultou na morte de quatro pessoas, dentre 249 
contaminadas. As demais vítimas foram descontaminadas e continuaram em 
observação, não tendo sido registrados, até o momento, efeitos tardios 
provenientes do acidente. Quanto aos objetos (móveis, eletrodomésticos etc.), 
foram tomadas providências drásticas, em razão da expectativa altamente 
negativa e dos temores da população. Móveis e utensílios domésticos foram 
considerados rejeitos radioativos e como tal foram tratados. As casas foram 
demolidas e seus pisos, depois de removidos, passaram também a ser rejeitos 
radioativos. Parte da pavimentação das ruas foi retirada. Estes rejeitos radioativos 
sólidos foram temporariamente armazenados em embalagens apropriadas, 
enquanto se aguardava a construção de um repositório adequado. 
 
 
 
A CNEN estabeleceu, em 1993, uma série de procedimentos para a construção 
de dois depósitos com a finalidade de abrigar, de forma segura e definitiva, os 
rejeitos radioativos decorrentes do acidente de Goiânia. O primeiro, denominado 
Contêiner de Grande Porte (CGP), foi construído em 1995, dentro dos padrões 
internacionais de segurança, para os rejeitos menos ativos. O segundo depósito, 
visando os rejeitos de mais alta atividade, concluído em 1997, deverá ser mantido 
sob controle institucional da CNEN por 50 anos, coberto por um programa de 
monitoração ambiental, de forma a assegurar que não haja impacto radiológico no 
presente e no futuro. 
Importante: a irradiação por fontes de césio-137, cobalto-60 e similares não torna 
os objetos ou o corpo humanos radioativos. 
V. Efeito do trabalho na formação do aluno 
O acelerado crescimento do conhecimento nos últimos anos tornou 
impraticável o ensino tradicional baseado exclusivamente na transmissão oral de 
informação. Em muitas disciplinas já não é possível, dentro das cargas horárias, 
transmitir todo o conteúdo importante. Mais importante ainda, o conhecimento não 
é acabado, e muito do que o estudante precisará saber em sua vida profissional 
ainda está por ser descoberto. 
O desafio da universidade hoje é formar indivíduos capazes de buscar 
conhecimentos e de saber utilizá-los. Ao contrário de outrora, quando o importante 
era dominar o conhecimento, hoje penso que o importante é "dominar o 
desconhecimento", ou seja, estando diante de um problema para o qual ele não 
tem a resposta pronta, o profissional deve saber buscar o conhecimento pertinente 
e, quando não disponível, saber encontrar, ele próprio, as respostas por meio de 
pesquisa. 
Não serão fazendo dos alunos meros depositários de informações que 
estaremos formando os cidadãos e profissionais de que a sociedade necessita. 
Para isto, as atividades, curriculares ou extracurriculares, voltadas para a solução 
de problemas e para o conhecimento da nossa realidade, tornam-se importantes 
instrumentos para a formação dos nossos estudantes. É dentro desta perspectiva 
que a inserção precoce do aluno de graduação em projetos de pesquisa se torna 
 
 
 
um instrumento valioso para aprimorar qualidades desejadas em um profissional 
de nível superior, bem como para estimular e iniciar a formação daqueles com 
mais vocação para a pesquisa. Para desenvolver um projeto de pesquisa é 
necessário buscar o conhecimento existente na área, formular o problema e o 
modo de enfrentá-lo, coletar e analisar dados, e tirar conclusões. Aprende-se a 
lidar com o desconhecido e a encontrar novos conhecimentos. Os mecanismos 
institucionais para esta inserção são os estágios curriculares e a iniciação 
científica. Precisamos ampliar a iniciação científica como uma atividade curricular, 
valendo crédito e devidamente avaliada, para possibilitar uma melhor formação 
dos nossos estudantes. 
A “Semanada Engenharia” faz parte do esforço de valorização desta atividade, 
porque dá ao aluno a oportunidade de expor o seu trabalho aos demais membros 
da comunidade universitária. A participação de todos, com críticas e sugestões 
aos trabalhos apresentados, representa uma grande contribuição à formação dos 
alunos. 
VI. Conclusão 
O conhecimento a respeitoda estrutura do átomo e de suas características 
torna possível uma boa compreensão sobre os fenômenos relacionados ao seu 
núcleo, que representa a região mais energética de toda a matéria e corresponde 
à menor parte do átomo (entre dez vezes menores que ele), concentrando 
praticamente toda a massa deste. 
Neste momento, já somos capazes de entender melhor a respeito da 
radioatividade, podendo então participar mais ativamente do mundo em que 
vivemos, no qual as tecnologias estão cada vez mais próximas de nós, muitas 
vezes, sem que a percebesse, com aplicações nas indústrias, hospitais, 
agricultura. Todas as reações químicas elementares, bem como as ligações 
químicas intra-atômicas responsáveis pela infinidade de substâncias conhecidas 
pelo ser humano, ocorrem com alterações somente na eletrosfera; o núcleo, 
nesses e nos demais casos, mantém-se “constantemente” inalterado; porém, 
quando ocorre a modificação deste, sabemos que as consequências podem ser 
catastróficas. 
 
 
 
VII. Referência Bibliográfica 
KENDALL, H. 100 Maiores descobertas científicas de todos os 
tempos: tradução Sergio Viotti. 2ed. São Paulo: Ediouro Publicações, 2007. 
CARDOSO, E.M. Radioatividade. Rio de Janeiro: Ministério da Ciência e 
Tecnologia/Comissão Nacional de Energia Nuclear, 2003. 19p. Apostila educativa. 
CARDOSO, E.M. Aplicações da Energia Nuclear. Rio de Janeiro: Ministério da 
Ciência e Tecnologia/Comissão Nacional de Energia Nuclear, 2003. 18p. Apostila 
educativa. 
CARVALHO, A.R.; OLIVEIRA, M.V.C. Princípios básicos do saneamento do 
meio. Nove ed. São Paulo: SENAC Editora, 2007. 
ALMEIDA, E.V. A RADIOATIVIDADE E SUAS APLICAÇÕES. São Carlos: 
USP/Instituto de Química, 2004. 23p. Trabalho de Conclusão de Curso 
WIKIPEDIA. A enciclopédia livre. Disponível em: <http:// www.wikipedia.org.br>. 
Acesso em: 4 6 e 14 de novembro 2010.

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