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Revisão Mecanismos de Agressão e Defesa I VÍRUS → acelular, , parasitas intracelulares obrigatórios, DNA ou RNA, capsídeo (proteína), envelope (lipídeo) e fica na natureza na forma de vírion. Obs.: O vírus envelopado é menos resistente em relação ao vírus não envelopado. Obs.²: O vírus não envelopado é geralmente transmitido via fecal-oral. BACTÉRIA → procarionte, unicelular, parede celular de peptideoglicanos (Gram + ou Gram -), cápsula de açúcares (só bactéria tem). GRAM - • Ordem da sua composição estrutural 1. cápsula 2. Membrana externa com LPS (endotoxina) 3. Parede celular fina com poucos peptideoglicanos 4. Membrana celular • Pode ter endo e exotoxina • Obs.: o álcool destrói a membrana externa dessas bactérias gram negativas e por isso se cora de rosa. GRAM + • Ordem da sua composição estrutural: 1. Cápsula 2. Parede Celular espessa de peptideoglicanos com ácidos teicóicos 3. Membrana celular • Pode ter só exotoxina Mais informações gerais sobre as bactérias • Elementos das bactérias: esporos, plasmídeo, exotoxinas, arranjos, morfologia, fímbrias/pili, flagelo. • Obs.: CÁPSULA feita de açúcar serve de camuflagem em relação ao nosso sistema imune. Katielle R. Bernardo 10/02/22 FUNGO → parede de quitina; pode ser na forma de: bolores(hifas), leveduras (fungos não filamentosos). Os fungos do tipo cogumelo são dimórficos (fator temperatura) que hora pode ser bolor ou levedura; são unicelulares e filamentosos. PROTOZOÁRIOS → eucariontes, sem parede celular, flagelo, pseudópodes, apicomplexos, cílios Ex de doenças: chagas, leishmaniose, malária, amebíase HELMINTOS→ cilíndricos, vermes, teníase, cisticercose, lombriga (ascaridíase), esquistossomose, oxiurose, filariose ARTRÓPODES→ vetores. Transportam os parasitas, são importantes vetores das doenças como malária, leishmaniose e tal. Mas temos artrópodes que causam doenças na gente mesmo como o carrapato, piolho e sarna 1ª linha de defesa: • Barreira física: pele (defesa mecânica) • Barreira química: queratina, cera, muco, ácidos (pH) • Barreira biológica: microbiota residente 2ª linha de defesa: Quando o patógeno ultrapassa a primeira e consegue adentrar no corpo Resposta imune inata (rápida e inespecífica/sem memória) – local da infecção • Macrófagos* • Células Dendríticas* • Neutrófilos* • NK (Natural Killers): matam células que elas não reconhecem e que não apresentam o MHC • Basófilos • Eosinófilos • Mastócito* • Proteínas: citocinas (proteínas de comunicação celular) / Sistema Complemento • Inflamação: dor, rubor, edema, calor, perda de função (sinais flogísticos) • A resposta da inata dura em média 7 dias e ocorre nos tecidos, no local onde ocorreu a infecção. APC (Células apresentadoras de antígeno) * As células dendríticas são as principais APCs, que vão reconhecer os PAMPS (glicoproteínas, peptideoglicanos, alguns açucares das cápsulas etc.) e os DAMPS (que são os nossos próprios padrões como ptn intracelulares, ptnp) por meio do PRR (receptores de reconhecimento de padrões e um tipo seria o tool like). 3ª linha de defesa: Imunidade adaptativa (específica, resposta lenta, com memória) Ocorre de forma sistêmica, ao invés da inata que ocorre de forma local. É ativada a partir do momento em que se tem a apresentação de antígeno pelas APCs nos órgãos linfóides secundários (principalmente linfonodos) para os linfócitos B e T (CD4 e CD8) virgens. Após esse fato, os linfócitos deixam se ser virgens e cada qual já nasce com as suas especificidades, isto é, é capaz de reconhecer um tipo de antígeno -APC com o seu PRRs reconhece o patógeno e fagocita-o (seja inteiro ou não) afim de apresentar ao linfonodo via MHC I ou MHC II. - MHC Classe I: presente em todas as células nucleadas.( Hemácia não possui). É reconhecido pelo TCD8+ (citotóxico, CTL), o qual é capaz de matar células infectadas por vírus. - MHC Classe II: presente apenas nas células apresentadoras de antígeno (APC). É reconhecido pelo TCD4+ (helper, auxiliar – que na verdade é chefe) - TCD8+ é ativado pelo linfonodo, produz granzimas, perforinas para ir até o antígeno ( no local da infecção) para matar a célula. - NK faz o mesmo papel do TCD8+, mas ele só quer saber se tem MHC ou não. E faz parte da imunidade inata. - TCD4+ quando se torna maduro, se transforma em efetor e faz expansão clonal. • Exs: o Th1 (parasitas intracelulares) combate infecções virais e ele vai ativar os macrófagos e aumentar a sua produção o Th2 parasitas (protozoários e helmintos): combate patógenos intracelulares: ação dos macrófagos. o Th17 combate infecção bacteriana, vai recrutar neutrófilos e agir. - Linfócito B (Media a resposta humoral, quando ativo é chamado de plasmócito) • Possui MHC I, MCH II e também é uma APC. • Possui anticorpos (receptor) de superfície o IgM- é o primeiro anticorpo produzido e também está presente na superfície; é secretado; infecção aguda, sem memória o IgD- não é secretado • Pode ser ativado ao reconhecer o antígeno sozinho (T independente) e OU porque se comunicou por meio de citocinas com o TCD4 para que ele também reconheça (T dependente) o T dependente- possui memória, Linfócito B se torna plasmócito [cheio de RER que produz anticorpos-imunoglobulinas- secretando-as: IgA (mucosa e amamentação), IgE (helmintos e alergia), IgG (crônica), IgM (aguda)]. o T independente produz apenas IgM, o qual não leva à memória, pois o responsável por ela é o IgG e não tem aqui nessa resposta independente. Lembrando que a adaptativa pode ser celular (linfócito) ou humoral (mediada por anticorpos). Fonte: CDC (Centers for Disease Control and Prevention) Em 2017, um garoto de 6 anos que não recebeu imunizações, sofreu uma laceração na testa enquanto brincava ao ar livre em uma fazenda; a ferida foi limpa e suturada em casa. Seis dias depois, ele teve episódios de choro, aperto da mandíbula e espasmos involuntários dos membros superiores, seguidos de arqueamento do pescoço e das costas (opistótono) e espasticidade generalizada. Mais tarde naquele dia, no início da dificuldade respiratória, os pais entraram em contato com os serviços médicos de emergência, que o transportaram diretamente para um centro médico pediátrico terciário. Posteriormente, o menino recebeu um diagnóstico de tétano e necessitou de aproximadamente 8 semanas de internação, seguidas de reabilitação, antes de poder retomar as atividades normais. No momento do atendimento a criança apresentava espasmos musculares na mandíbula (trismo). Ele estava alerta e pedia água, mas não conseguia abrir a boca; o desconforto respiratório causado por espasmo diafragmático e laríngeo exigia sedação, intubação endotraqueal e ventilação mecânica. Imunoglobulina tetânica (3.000 unidades) e vacina DTPa (difteria, tétano e coqueluche) foram administrados. Paciente foi internado em terapia intensiva pediátrica. No 47° dia de internação, foi transferido para unidade de tratamento intermediário. 1. Qual o agente causador dessa patologia? Bactéria Clostridium tetani. 2. Como o paciente adquiriu a doença? Esporos que entraram através da laceração na testa que deu acesso a bactéria entrar no corpo. 3. Qual tipo de toxina é produzida por esse patógeno? Exotoxina/neurotoxina = Tetanospasmina 4. De acordo com o caso: “Imunoglobulina tetânica (3.000 unidades) e vacina DTPa (difteria, tétano e coqueluche) foram administrados.” Classifique essas estratégias em tratamento ou profilaxia e defina os tipos de imunização utilizados. Imunoglobulina/antitoxina (soro antitetânica) → tratamento que neutraliza as toxinas para que elas não entrem na célula (imunização passiva artificial) Vacina do tipo toxóide que parece a toxina → profilaxia, para produção de anticorpos (imunização ativa) E precisade antibiótico para matar as bactérias . 5. Esta vacina gera resposta por LTCD8? Justifique. Não. Se o patógeno for intracelular LTCD8 age. E se o patógeno for extracelular APC fagocita e ativa LTCD4. É o caso da bactéria em questão.
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