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Embriologia- sistema nervoso (medula espinhal)

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1 Isadora Silva 
Embriologia 
Sistema nervoso: Medula 
espinhal 
O sistema nervoso é dividido em três regiões 
principais: 
 SNC: encéfalo e medula espinhal. 
Protegido pelo crânio e coluna vertebral. 
 SNP: neurônios fora do SNC, nervos 
cranianos, nervos espinhais e gânglios. 
Conexão encéfalo-medula espinhal. 
 SNA: partes do SNC e SNP, formado por 
neurônios que inervam o músculo liso, 
músculo cardíaco, epitélio glandular e 
tecidos. 
 
Desenvolvimento do Sistema 
Nervoso 
As primeiras indicações do sistema nervoso 
aparecem durante a 3ª semana de 
desenvolvimento, de acordo como 
desenvolvimento da placa neural e do sulco 
neural. 
OBS: tubo neural: Medula espinhal 
 Notocorda: Corpo vertebral 
 
RECORDANDO... 
O sistema nervoso surge de tecidos do 
ectoderma embrionário. 
Tudo se inicia com o surgimento da linha 
primitiva, que resulta da proliferação e do 
movimento das células do epiblasto para o 
plano mediano do disco embrionário. Tão logo a 
linha primitiva aparece, é possível identificar o 
eixo crânio caudal do embrião, que começa a 
surgir no sentido cauda—crânio. 
A linha primitiva forma ativamente o 
mesoderma pelo ingresso de células até o início 
da 4ª semana, formando o indivíduo trilaminar. 
Com sua expansão, forma o nó primitivo e uma 
fosseta primitiva. Posteriormente essa linha 
diminui e torna-se uma estrutura insignificante. 
 
Processo notocordal: Algumas células 
mesenquimais migram através da linha 
primitiva e, como consequência, adquirem 
destinos de célula mesodérmica. Essas células 
então migram cefalicamente do nó e da fosseta 
primitiva, formando um cordão mediano que se 
denomina processo notocordal. 
 
 
 
Por volta da 3ª semana, o mesoderma 
intraembrionário separa o ectoderma e o 
endoderma e, os sinais instrutivos da região da 
linha primitiva induzem as células precursoras 
notocordais a formar a notocorda. 
Quando o desenvolvimento da notocorda está 
completa, o canal neuroentérico normalmente 
se fecha, e a notocorda funciona como um 
indutor primário no embrião inicial. 
 Ectoderma embrionário 
 Placa neural (primórdio do SNC) 
 
 
 
2 Isadora Silva 
Neurulação- começa durante a 4ª semana. 
É o processo envolvido na formação da placa 
neural e das pregas neurais e no seu 
fechamento para formar o tubo neural. 
Finaliza quando há o fechamento do neuroporo 
caudal. 
Conforme a notocorda se desenvolve, ela induz 
o ectoderma a se espessar e formar a placa 
neural (sulco neural + prega neural). O 
neuroectoderma da placa dá origem ao SNC 
(encéfalo + medula espinhal). 
 
 
 
De início a placa neural corresponde em 
comprimento à notocorda. Ela surge 
rostralmente ao nó primitivo e dorsalmente a 
notocorda. Conforme a notocorda se amplia, a 
placa neural se estende até a membrana 
bucofaríngea e, posterioemente se estende 
além da notocorda. 
Ao final da 3ª semana, as pregas neurais se 
movem e se fusionam transformando a placa 
neural em tubo neural (primórdio das vesículas 
encefálicas- prosencéfalo, mesencéfalo, 
rombemcéfalo, e da medula espinhal). 
O tubo neural se separa do ectoderma 
superficial assim que as pregas neurais se 
fusionam. 
 Crista neural- se deslocam a direita e a 
esqueda do tubo neural e dão origem aos 
gânglios do SNA e gânglios espinhais. 
-muitas doenças resultam de defeitos na 
migração ou diferenciação das células da crista 
neural. 
 
 
 Somitos: Além da notocorda, as células 
derivadas do nó primitivo formam o mesoderma 
paraxial que se diferencia, se condensa e 
começa a se dividir em corpos cuboides 
pareados, os SOMITOS (formados na sequência 
craniocaudal). 
Formam-se cerca de 38 pares de somitos que 
são utilizados para determinar a idade do 
embrião e dão origem a maior parte do 
esqueleto axial e a musculatura associada. 
 
3 Isadora Silva 
 
A fusão das pregas neurais e a formação do 
tubo neural começa no quinto somito e 
prossegue nas direções cranial e caudal. 
- O lúmen do tubo torna-se canal neural. 
- A abertura cranial (neuroporo rostral) se fecha 
por volta do 25º dia e o neuroporo caudal se 
fecha aproximadamente no 27º dia. 
- O fechamento dos neuroporos coincide com o 
estabelecimento da circulação vascular para o 
tubo neural. 
As células neuroprogenitoras da parede do tubo 
neural se espessam para formar o encéfalo e a 
medula espinhal. O canal neural forma o 
sistema ventricular do encéfalo e o canal 
central da medula espinhal. 
 
Desenvolvimento da medula 
espinhal 
A medula espinhal primordial se desenvolve da 
parte caudal da placa neural e da eminência 
caudal. O tubo neural caudal ao 4º par de 
somitos se desenvolve na medula espinhal. As 
paredes lateral do tubo neural se espessam 
reduzindo o tamanho do canal neural e, na 9ª e 
10ª semanas existe um minúsculo canal central 
da medula espinal. 
-Parede do tubo neural: neuroepitélio espesso, 
colunar e estratificado. 
 Zona ventricular: células dão origem aos 
neurônios e células macroglias(astrócitos e 
oligodendrócitos) da medula espinal. 
 Zona intermediária: algumas células se 
diferenciam nos neurônios primordiais- 
neuroblastos. 
 Zona marginal- parte extena das células 
neuroepiteliais: substância branca. 
 
As células de suporte do SNC, chamados 
GLIOBLASTOS, diferenciam-se das células 
neuroepiteliais. Eles migram da zona ventricular 
para a marginal. 
 Glioblastos 
 Astroblastos 
 Astrócito 
Ou 
 Glioblastos 
 Oligodendroblasto 
 Oligodendrócito 
 
A microglia, que está disseminada por toda a 
substância branca e cinzenta da medula 
espinal, são pequnas células derivadas das 
células mesenquimais. A microglia invade o 
SNC mais tarde no período fetal após os vasos 
sanguíneos entrarem no SNC. A macroglia se 
origina na medula óssea e faz parte da 
população de células fagocíticas. 
 
O espessamento diferencial nas paredes 
laterais da medula espinal produz 
precocemente um sulco longitudinal, 
denominado Sulco Limitante que separa a 
placa alar (dorsal) da placa basal (ventral). 
Posteriormente essa diferenciação será 
importante nas funções aferentes e eferentes. 
Nas placas alares, os corpos celulares formam 
as colunas dorsais cinzentas. Já na parte 
transversal levam o nome de cornos cinzentos 
dorsais. Além disso, as placas basais formam 
colunas cinzentas ventrais e laterais. 
 
 
 
4 Isadora Silva 
 Placas alares (aumentam) 
 Septos medianos dorsais. 
 Placas basais 
 Septo mediano ventral e fissura 
mediana ventral. 
 
Desenvolvimento dos gânglios espinhais: 
Os neurônios unipolares dos gânglios espinhais 
são derivados das células da crista neural. Os 
axônios desse neurônios são primeiramente 
bipolares. 
Os processos periféricos das células dos 
gânglios espinhais passam nos nervos 
espinhais às terminações sensoriais nas 
estruturas somáticas ou viscerais. Já os 
processos centrais contituem as raízes dorsais 
dos nervos espinhais. 
 
Desenvolvimento das meninges espinhais: 
As meninges, ou membranas que recobrem a 
medula espinhal, se desenvolvem das células 
da crista neural e do meseñquima entre o 20 e 
35º dias. As células migram para circundar o 
tubo neural e formam as meninges primordiais. 
 A camada externa se espessa para formar 
a DURA-MÁTER, enquanto a camada interna é 
circundada pela PIA-MÁTER e ARACNOIDE 
(leptomeninges) 
OBS: Os espaços preenchidos por líquidos 
aparecem nas leptomeninges que se coalescem 
para formar o espaço subaracnóide. 
 
 Trabéculas aracnoideas: origem da pia e 
aracnoidea 
O líquido cerebroespinhal começa a se formar 
durante a quinta semana. 
 
 
 
 
Mudanças na posição da Medula Espinhal: 
A medula espinhal no embrião se estendeno 
comprimento do canal vertebral. Os nervos 
passam através dos forames intravertebrais. 
Em razão da coluna e da dura-máter cescerem 
mais rápido do que a medula, essa relação da 
posição dos nervos não persiste. 
- OBS: em um feto de 24 semanas, a 
extremidade caudal da medula posiciona-se no 
nível da 1ª vertebra sacral. Já a medula em 
neonatos termina no nível de L2-L3. Nos 
adultos geralmente seu limite é na L1 (média). 
 
As raízes dos nervos inferiores á extremidade 
da medula no cone medular formam um feixe 
de raízes de nervos espinhais chamados de 
cauda equina. 
 Aracnóide e dura máter terminam 
usualmente em S2 nos adultos a pia 
máter se prolonga mais devido o 
filamento terminal indo até a primeira 
vértebra coccígea. 
 
Mielinização das fibras nervosas: 
As bainhas de mielina ao redor das fibras 
nervosas na medula espinhal começam a se 
formar na fase final do período fetal e 
continuam durante i primeiro ano pós-natal. 
 Proteínas básicas: família das isoformas 
de polipeptídeos + integrinas-β1 
(regulam). 
Os tratos se tornam funcionais o período em 
que se tornam mielinizados. 
OBS: as raizes motoras são mielinizadas antes 
das raízes sensoriais. 
 
-As bainhas são formadas por oligodendrócitos, 
um tipo de célula glial. 
-As bainhas de mielina ao redor dos axõnios 
das fibras nervosas são formadas pelas 
 
5 Isadora Silva 
membranas plasmáticas do neurilema (bainhas 
de células de Schwann), análogos aos 
oligodendrócitos. Essas células são derivadas 
da crista neural. Elas também se envolvem ao 
redor dos processos centrais e periféricos dos 
neurônios sensoriais somáticos e viscerais, e ao 
redor dos axônios dos neurõnios motores 
autonômicos pós sinápticos.

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