Buscar

Embriologia do Sistema Nervoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
↠ As primeiras indicações do desenvolvimento do 
sistema nervoso aparecem durante a terceira semana, já 
que a placa neural e o sulco neural se desenvolvem no 
aspecto posterior do embrião trilaminar. 
↠ A notocorda e o mesênquima paraxial induzem o 
ectoderma subjacente a se diferenciar na placa neural. 
➢ O tubo neural se diferencia no SNC. 
➢ A crista neural dá origem às células que formam 
a maior parte de SNP e SNA. 
 
NEURULAÇÃO 
↠ A neurulação (formação da placa neural e do tubo 
neural) começa durante a quarta semana (22-23 dias) na 
região do quarto ao sexto pares de somitos. Nesse 
estágio, os dois terços craniais da placa e do tubo neural 
até o quarto par de somitos representam o futuro 
encéfalo, e o terço caudal da placa e do tubo representa 
a futura medula espinhal. 
↠ A fusão das pregas neurais e a formação do tubo 
neural começa no quinto somito e prossegue nas 
direções cranial e caudal até que somente pequenas 
áreas do tubo permaneçam abertas em ambas as 
extremidades. 
↠ A abertura cranial (neuróporo rostral) se fecha 
aproximadamente no 25° dia e o neuróporo caudal se 
fecha aproximadamente no 27° dia. 
 
DESENVOLVIMENTO DA MEDULA ESPINAL 
↠ A medula espinhal primordial se desenvolve da parte 
caudal da placa neural e da eminência caudal. O tubo 
neural caudal ao quarto par de somitos se desenvolve na 
medula espinhal. As paredes laterais do tubo neural se 
espessam, reduzindo gradualmente o tamanho do canal 
neural até somente um minúsculo canal central da medula 
espinhal existir na 9ª à 10ª semanas. 
 
↠ Inicialmente, a parede do tubo neural é composta por 
um neuroepitélio espesso, colunar e pseudoestratificado. 
Essas células neuroepiteliais constituem a zona ventricular 
(camada ependimária), que dá origem a todos os 
MOORE, 10ª edição 
2 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
neurônios e células macrogliais (macróglia) da medula 
espinhal. 
↠ As células macrogliais estão em maior número na 
família das células neurogliais, que incluem astrócitos e 
oligodendrócitos. Logo, a zona marginal composta pelas 
partes externas das células neuroepiteliais se torna 
reconhecível. Essa zona se torna gradualmente a 
substância branca da medula espinhal conforme os 
axônios se desenvolvem dos corpos das células nervosas 
da medula espinhal, dos gânglios espinhal e do encéfalo. 
 
↠ Algumas células neuroepiteliais em divisão na zona 
ventricular se diferenciam nos neurônios primordiais 
(neuroblastos). Essas células embrionárias formam uma 
zona intermediária (camada do manto) entre as zonas 
ventricular e marginal. Os neuroblastos se tornam 
neurônios conforme desenvolvem processos 
citoplasmáticos 
↠ As células de suporte do SNC, chamadas glioblastos 
(espongioblastos), diferenciam-se das células 
neuroepiteliais, principalmente após cessar a formação 
dos neuroblastos. Os glioblastos migram da zona 
ventricular para as zonas intermediária e marginal. Alguns 
glioblastos se tornam astroblastos e posteriormente 
astrócitos, enquanto outros se tornam oligodendroblastos 
e finalmente oligodendrócitos. 
↠ Quando as células neuroepiteliais cessam a produção 
de neuroblastos e glioblastos, diferenciam-se em células 
ependimárias, que formam o epêndima (epitélio 
ependimário) o qual recobre o canal central da medula 
espinhal. 
↠ A microglia (células microgliais), que está disseminada 
por toda a substância branca e cinzenta da medula 
espinhal, são pequenas células derivadas das células 
mesenquimais. A microglia invade o SNC mais tarde no 
período fetal após os vasos sanguíneos entrarem no SNC. 
A microglia se origina na medula óssea e faz parte da 
população de células fagocíticas mononucleares. 
↠ A proliferação e a diferenciação das células 
neuroepiteliais no desenvolvimento da medula espinhal 
produzem o espessamento das paredes e o 
adelgaçamento das placas do teto e do assoalho. O 
espessamento diferencial nas paredes laterais da medula 
espinhal produz precocemente um sulco longitudinal raso 
de cada lado, o sulco limitante. Esse sulco separa a parte 
dorsal (placa alar) da parte ventral (placa basal). 
↠ As placas alar e basal produzem protuberâncias 
longitudinais que se estendem através da maior parte do 
comprimento da medula espinhal em desenvolvimento. 
IMPORTANTE: Essa separação regional é de importância 
fundamental porque as placas alar e basal posteriormente 
estarão associadas às funções aferente e eferente, 
respectivamente. 
 
Os corpos celulares nas placas alares formam as colunas dorsais 
cinzentas, que se estendem no comprimento da medula espinhal. Nas 
secções transversais da medula, essas colunas são os cornos cinzentos 
dorsais. Os neurônios nessas colunas constituem os núcleos aferentes 
e os grupos deles formam as colunas cinzentas dorsais. Conforme as 
placas alares aumentam, formam-se os septos medianos dorsais. 
Os corpos celulares nas placas basais formam as colunas cinzentas 
ventrais e laterais. Nas secções transversais da medula espinhal, essas 
colunas são os cornos cinzentos ventrais e os cornos cinzentos laterais, 
respectivamente. Axônios das células dos cornos ventrais crescem 
para fora da medula espinhal e formam as raízes ventrais dos nervos 
espinhais. Conforme as placas basais aumentam, elas formam uma 
protuberância ventralmente em cada lado do plano mediano. 
3 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
Conforme isso ocorre, forma-se o septo mediano ventral, e um sulco 
longitudinal profundo (fissura mediana ventral) se desenvolve na 
superfície ventral da medula espinhal. 
DESENVOLVIMENTO DOS GÂNGLIOS ESPINAIS 
Os neurônios unipolares dos gânglios espinais (gânglios da raiz dorsal) 
são derivados das células da crista neural. Os axônios das células nos 
gânglios espinhais são primeiramente bipolares, mas precocemente os 
dois processos se unem em formato de T. Ambos os processos nas 
células dos gânglios espinhais apresentam as características estruturais 
de axônios, mas o processo periférico é um dendrito no qual há 
condução em direção ao corpo celular. 
 
DESENVOLVIMENTO DAS MENINGES ESPINAIS 
↠ As meninges (membranas que recobrem a medula 
espinhal) se desenvolvem das células da crista neural e do 
mesênquima entre o 20° e o 35° dias. As células migram 
para circundar o tubo neural (primórdio do encéfalo e da 
medula espinhal) e formam as meninges primordiais.
 
 
↠ A camada externa dessas membranas se espessa para 
formar a dura-máter, e a camada interna, a pia-aracnoide, 
é composta pela pia-máter e aracnoide-máter 
(leptomeninges). Os espaços preenchidos por líquido 
aparecem nas leptomeninges que em breve coalescem 
para formar o espaço subaracnoide. 
Obs.: A origem da pia-máter e aracnóidea partir de uma camada única 
é indicada no adulto pelas trabéculas. 
ALTERAÇÕES POSICIONAIS DA MEDULA ESPINAL 
A medula espinhal no embrião se estende inteira no comprimento do 
canal vertebral. Os nervos espinhais passam através dos forames 
intervertebrais opostos ao seu nível de origem. Em razão da coluna 
vertebral e a dura-máter crescerem mais rápido do que a medula 
espinhal, essa relação da posição dos nervos espinhais não persiste. 
A medula espinhal em neonatos termina no nível da segunda ou 
terceira vértebra lombar. Em adultos, a medula geralmente termina no 
limite inferior da primeira vértebra lombar. Esse é um nível médio 
porque a extremidade caudal da medula espinhal em adultos pode ser 
tão superior quanto a 12ª vértebra torácica ou tão inferior quanto a 
terceira vértebra lombar. 
As raízes dos nervos espinhais, especialmente aqueles dos segmentos 
lombar e sacral, percorrem obliquamente a medula espinhal no nível 
correspondente da coluna vertebral. As raízes dos nervos inferiores à 
extremidade da medula (cone medular) formam um feixe de raízes 
de nervos espinhais chamadade cauda equina (do latim, cauda de 
cavalo), que se originam de um alargamento lombossacral 
(intumescência) e do cone medular da medula espinhal. 
Embora a dura-máter e a aracnoide usualmente terminem na vértebra 
S2 em adultos, a pia-máter não. Distal à extremidade caudal da medula 
espinhal, a pia-máter forma um feixe fibroso longo, o filamento terminal 
(filum terminale), que indica o nível de origem da extremidade caudal 
da medula espinhal embrionária. O filamento se estende do cone 
medular e se liga ao periósteo da primeira vértebra coccígea 
MIELINIZAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS 
↠ As bainhas de mielina ao redor das fibras nervosas na 
medula espinhal começam a se formar na fase final do 
período fetal e continuam a ser formadas durante o 
primeiro ano pós-natal. 
↠ Os tratos das fibras se tornam funcionais 
aproximadamente no período em que se tornam 
mielinizados. As raízes motoras são mielinizadas antes das 
raízes sensoriais. As bainhas de mielina ao redor das fibras 
nervosas na medula espinhal são formadas por 
oligodendrócitos (células oligodendrogliais), tipos de células 
gliais que se originam do neuroepitélio. As membranas 
plasmáticas dessas células se envolvem ao redor do 
axônio, formando diversas camadas. 
4 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 
↠ As bainhas de mielina ao redor dos axônios das fibras 
nervosas periféricas são formadas pelas membranas 
plasmáticas do neurilema (bainhas de células de Schwann), 
que são análogas aos oligodendrócitos. As células do 
neurilema são derivadas das células da crista neural que 
migraram perifericamente e circundaram os axônios dos 
neurônios motores somáticos e os neurônios motores 
autonômicos pré-ganglionares, conforme eles saem do 
SNC 
DEFEITOS CONGÊNITOS DA MEDULA ESPINAL 
↠ A maioria dos defeitos resulta da falha de fusão de um 
ou mais arcos neurais das vértebras em desenvolvimento 
durante a quarta semana. Os defeitos do tubo neural 
(DTNs) afetam os tecidos adjacentes à medula espinhal: 
meninges, arcos neurais, músculos e pele. 
↠ Os defeitos envolvendo os arcos neurais embrionários 
são referidos como espinha bífida; subtipos desse defeito 
estão baseados no grau e no padrão do DTN. O termo 
espinha bífida denota a não fusão das metades dos arcos 
neurais embrionários, o qual é comum a todos os tipos 
de espinha bífida. 
 
Na imagem acima: A- espinha bífida oculta; B- espinha 
bífida com meningocele; C- espinha bífida com 
mielomeningocele; D- espinha bífida com mielosquise. 
 
ESPINHA BÍFIDA OCULTA 
↠ A espinha bífida oculta é um DTN resultante da falha 
da fusão das metades de um ou mais arcos neurais no 
plano mediano. Esse DTN ocorre nas vértebras L5 ou S1 
em aproximadamente 10% de pessoas normais. Na sua 
forma mais branda, a única evidência de sua presença 
pode ser uma pequena ondulação com um tufo de pelos. 
A espinha bífida oculta usualmente não produz sintomas. 
Poucas crianças afetadas apresentam defeitos 
funcionalmente significativos da medula espinhal e das 
raízes dorsais subjacentes. 
 
ESPINHA BÍFIDA CÍSTICA 
↠ Tipos graves de espinha bífida, os quais envolvem a 
protrusão da medula espinhal e/ou meninges através dos 
defeitos nos arcos vertebrais, são referidos coletivamente 
como espinha bífida cística, devido ao cisto meningeal 
(estrutura semelhante a um saco). 
↠ Quando o cisto contém as meninges e LCE, o defeito 
é espinha bífida com meningocele. A protrusão das 
meninges e do LCE da medula espinhal ocorre através 
de um defeito na coluna vertebral. 
5 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
↠ Se a medula espinhal ou as raízes nervosas estiverem 
contidas no cisto meningeal, o defeito é a espinha bífida 
com meningomielocele. 
↠ A meningomielocele é o defeito mais comum e mais 
grave do que a espinha bífida com meningocele. Esse 
DTN pode ocorrer em qualquer lugar ao longo da coluna 
vertebral; entretanto, é mais comum na região lombar e 
sacral. 
 
↠ Mielosquise é o tipo mais grave de espinha bífida. Neste 
defeito, a medula espinal na área afetada está aberta 
porque há falha na fusão das pregas neurais. Como 
resultado, a medula espinal é representada por uma 
massa achatada de tecido nervoso. Mielosquise 
geralmente resulta na paralisia permanente ou fraqueza 
dos membros inferiores. 
 
CAUSAS DOS DEFEITOS DO TUBO NEURAL 
Fatores nutricionais e ambientais sem dúvida desempenham um papel 
na produção dos DTNs. Interações gene-gene e gene-ambiente 
provavelmente estão envolvidas na maioria dos casos. A fortificação 
da alimentação com ácido fólico e os suplementos de ácido fólico 
antes da concepção e continuados por, no mínimo, 3 meses durante 
a gestação, reduzem a incidência de DTNs. 
DESENVOLVIMENO DO ENCÉFALO 
↠ O encéfalo começa a se desenvolver durante a 
terceira semana, quando a placa e o tubo neural estão se 
desenvolvendo do neuroectoderma. 
↠ A fusão das pregas neurais na região cranial e o 
fechamento do neuroporo rostral formam três vesículas 
encefálicas primárias, das quais se desenvolve o encéfalo. 
➢ Prosencéfalo (encéfalo anterior). 
➢ Mesencéfalo (encéfalo médio). 
➢ Rombencéfalo (encéfalo posterior). 
 
↠ Durante a quinta semana, o prosencéfalo se divide 
parcialmente em duas vesículas encefálicas secundárias, 
o telencéfalo e o diencéfalo; o mesencéfalo não se divide. 
O rombencéfalo se divide parcialmente em duas vesículas, 
o metencéfalo e o mielencéfalo. Consequentemente, há 
cinco vesículas encefálicas secundárias. 
FLEXURAS ENCEFÁLICAS 
↠ Durante a quinta semana, o encéfalo embrionário 
cresce rapidamente e se curva ventralmente com o 
dobramento da cabeça. A curvatura produz a flexura do 
mesencéfalo na região do mesencéfalo e a flexura 
cervical na junção do rombencéfalo e da medula espinhal. 
↠ Posteriormente, o crescimento desigual do encéfalo 
entre essas flexuras produz a flexura pontina na direção 
oposta. Essa flexura resulta no adelgaçamento do cume 
do teto do rombencéfalo. 
6 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 
PLEXOS CORIÓIDEOS E LÍQUIDO CEREBROESPINAL 
↠ O assoalho delgado do quarto ventrículo é coberto 
externamente pela pia-máter, que é derivada do 
mesênquima associado ao rombencéfalo. Essa membrana 
vascular, em conjunto com o teto ependimário, forma a 
tela corióidea, uma lâmina da pia que cobre a parte inferior 
do quarto ventrículo. 
 
↠ Por causa da proliferação ativa da pia, a tela corióidea 
invagina-se no quarto ventrículo, e se diferencia no plexo 
corióideo, invaginações de artérias corióides da pia. 
↠ Plexos similares se desenvolvem no teto do terceiro 
ventrículo e nas paredes mediais dos ventrículos laterais. 
↠ O plexo corióideo secreta o líquido ventricular, que se 
torna o LCE já que adições são feitas a ele nas superfícies 
do encéfalo, da medula espinhal e da camada pia-
aracnoide das meninges. 
↠ O teto delgado do quarto ventrículo se evagina em 
três localizações. Essas evaginações se rompem para 
formar aberturas, as aberturas mediana e lateral (forame 
de Magendie e forame de Luschka, respectivamente), 
que permitem que o LCE entre no espaço subaracnóideo 
do quarto ventrículo. 
↠ O revestimento epitelial do plexo corióideo é derivado 
do neuroepitélio, enquanto o estroma se desenvolve das 
células mesenquimais. O local principal de absorção do 
LCE no sistema venoso é através das vilosidades 
aracnoides, que são protrusões da aracnoide-máter nos 
seios venosos durais (grandes canais venosos entre as 
camadas da dura-máter). As vilosidades aracnoides 
consistem em uma camada celular delgada derivada do 
epitélio da aracnoide e do endotélio do seio. 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
O sistema nervoso periférico (SNP) consiste em nervos cranianos, 
espinhais e viscerais, e os gânglios cranianos, espinais e autonômicos. 
O SNP se desenvolve de várias fontes, mas principalmente da crista 
neural.Todas as células sensoriais (somáticas e viscerais) do SNP são 
derivadas das células da crista neural. Os corpos celulares dessas células 
sensoriais estão localizados fora do SNC. 
Com exceção das células no gânglio espiral da cóclea e o gânglio 
vestibular do NC VIII (nervo vestibulococlear), todas as células sensoriais 
periféricas são bipolares inicialmente. Posteriormente, os dois 
processos se unem para formar um único processo com 
componentes periféricos e centrais, resultando em um tipo de 
neurônio unipolar. 
O corpo celular de cada neurônio aferente está intimamente revestido 
por uma cápsula de células de Schwann modificadas (células satélites), 
que são derivadas de células da crista neural. Essa cápsula é contínua 
com o neurilema (bainha de Schwann) que circunda os axônios dos 
neurônios aferentes. 
NERVOS ESPINAIS 
Fibras dos nervos motores originadas da medula espinhal começam a 
aparecer no final da quarta semana. As fibras nervosas surgem das 
células nas placas basais da medula espinhal em desenvolvimento e 
emergem como uma série contínua de filamentos radiculares ao longo 
de sua superfície ventrolateral. 
NERVOS CRANIANOS 
Doze pares de nervos cranianos se formam durante a quinta e a sexta 
semanas. São classificados em três grupos, de acordo com sua origem 
embrionária. 
➢ Nervos cranianos eferentes somáticos: Os nervos troclear 
(NC IV), abducente (NC VI), hipoglosso (NCXII) e grande 
parte do oculomotor (NC III) são homólogos com as raízes 
ventrais dos nervos espinais. 
➢ Nervos dos arcos faríngeos: Os NC V, VII, IX e X inervam 
os arcos faríngeos embrionários. As estruturas que se 
desenvolvem destes arcos são, portanto, inervadas por 
estes nervos cranianos. 
➢ Nervos sensoriais especiais: nervo olfatório, óptico e 
vestibulococlear. 
 
Referências 
MOORE. Embriologia Clínica, 10ª ed.. Elsevier, RJ, 2016.

Continue navegando