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Ética e Cidadania UNIDADE 1 Educação Salesiana, Direitos Humanos e Educação Sociocomunitária ÍNDICE Apresentação da Disciplina Introdução da Unidade Seção 1: A identidade salesiana Seção 2: O magistério da igreja nas últimas décadas Seção 3: Identidade institucional salesiana Seção 4: A identidade católica no mundo contemporâneo Seção 5: Os direitos humanos Seção 6: A educação sociocomunitária Recapitulando Referências Para início de conversa Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) à disciplina de Ética e Cidadania. O objetivo aqui é envolver você em uma reflexão sobre o significado do “ser em sociedade” para além do senso comum. Com isso, você vai participar de um processo de problematização sobre a conexão com o meio sociopolítico, econômico e cultural em que nos inserimos, ou seja, na identidade como cidadãos brasileiros e latino-americanos e na perspectiva global da humanidade. Independentemente de onde você vive, da sua cultura, suas opções, seus hábitos e necessidades, seus desafios e plano de vida, nesta disciplina você poderá desenvolver ideias e práticas, ao se apropriar de informações e conceitos que auxiliarão a traçar sua trajetória social como cidadã(o) ou membro de variados grupos atuantes na sociedade em relações familiares e comunitárias, ou mesmo como profissional. Além de práticas e valores professados pela educação salesiana da qual você está participando, a disciplina aprofundará conhecimentos sobre a ética e sua importância para os mais variados setores da cultura e de sua vida, da importância da ação política nas suas mais variadas formas, a diversidade étnico-cultural, a dimensão religiosa que vai além das igrejas e doutrinas, principalmente a ética cristã, esse aspecto tão presente na cultura, os costumes morais, os aspectos filosóficos cotidianos como a felicidade e a visão de mundo, a importância dos Direitos Humanos e as distorções que os envolvem, a democracia no Brasil e no mundo, a ação social da Igreja segundo sua doutrina, construída em séculos de estudos, práticas em diferentes épocas e situações. https://ava.ead.unisal.br/pluginfile.php/63481/mod_resource/content/7/ua1/index.html#s0a https://ava.ead.unisal.br/pluginfile.php/63481/mod_resource/content/7/ua1/index.html#s00 https://ava.ead.unisal.br/pluginfile.php/63481/mod_resource/content/7/ua1/index.html#s01 https://ava.ead.unisal.br/pluginfile.php/63481/mod_resource/content/7/ua1/index.html#s02 https://ava.ead.unisal.br/pluginfile.php/63481/mod_resource/content/7/ua1/index.html#s03 https://ava.ead.unisal.br/pluginfile.php/63481/mod_resource/content/7/ua1/index.html#s04 https://ava.ead.unisal.br/pluginfile.php/63481/mod_resource/content/7/ua1/index.html#s05 https://ava.ead.unisal.br/pluginfile.php/63481/mod_resource/content/7/ua1/index.html#s06 https://ava.ead.unisal.br/pluginfile.php/63481/mod_resource/content/7/ua1/index.html#s07 https://ava.ead.unisal.br/pluginfile.php/63481/mod_resource/content/7/ua1/index.html#s08 Por fim, você terá acesso a explicações pormenorizadas, sugestão de canais para aprofundar os temas e verificar sua efetivação na prática, exercícios variados pelos quais você poderá fixar os principais conceitos e esclarecer dúvidas. Bons estudos! INTRODUÇÃO DA UNIDADE Olá, caro(a) aluno(a)! Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai verificar que a identidade institucional é desenvolvida ao longo de sua história. Assim, os valores, missão e objetivos organizacionais refletem o caminho que uma organização planeja seguir. No caso do Unisal e das instituições salesianas, é essencial reconhecer o carisma e a comunhão religiosa que fundamentam a missão de Dom Bosco. Em seguida, você vai estudar a importância do magistério da Igreja, sua orientação para a leitura, interpretação e ensino dos documentos sagrados da Igreja, o que é fundamental para a vida carismática salesiana. Por fim, é necessário retomar a leitura de trechos da Declaração Universal dos Direitos Humanos para a concepção de promoção da dignidade humana através de ações comunitárias e pedagógico-educativas. Bons estudos! SEÇÃO 1 A identidade salesiana A identidade salesiana desenvolveu-se pela visão de São João Bosco, ou Dom Bosco, que dedicou sua vida à promoção de educação integral de jovens, em especial de jovens em condição de vulnerabilidade social. Dom Bosco (1815-1888), educador italiano, instituiu o compromisso de promover a educação e evangelização de jovens. Com esse objetivo, diversas frentes são orientadas pela identidade salesiana, como escolas, obras sociais, ensino superior, paróquias e obras pastorais. A presença salesiana está em mais de 130 países, e no Brasil podem ser encontrada em São Paulo, Belo Horizonte, Campo Grande, Manaus, Porto Alegre e Recife. A esse respeito, pode-se dizer que “A inspiração cristã, a natureza católica e a identidade salesiana do Unisal supõem uma visão do mundo e da pessoa humana enraizadas e em sintonia com o Evangelho e uma pedagogia fundamentada sobre os valores do Sistema Preventivo vivido por Dom Bosco ” —SALESIANOS, 2013, [s. p.] Nesse sentido, há em sua essência o compromisso de unidade e comunhão com a Igreja, ou seja, há dedicação em favor dos jovens, promovendo a comunidade acadêmica, o projeto cultural cristão com intencionalidade educativo-pastoral. A missão que sustenta a identidade salesiana é Educar-evangelizar os jovens, vivendo o Sistema Preventivo de Dom Bosco, que compreende uma base sólida no Evangelho, ao promover uma educação e convivência voltada a fomentar a humanidade a alcançar seus objetivos de forma ética. Cabe salientar o significado do Sistema Preventivo de Dom Bosco, que fundamenta as ações salesianas. O Sistema Preventivo consiste em uma proposta de evangelizar e educar integralmente, ancorada na razão, religião e amor, reconhecendo-se também como uma metodologia, um caminho que orienta a identidade salesiana, que promove a liberdade, cidadania participativa e cristã consciente. Com essa reflexão, pode-se observar que a integração do conhecimento, o diálogo entre fé e razão, a busca contínua da verdade, a formação ética, o espírito de liberdade na caridade, o respeito recíproco e a promoção dos direitos humanos caracterizam e animam o Unisal, fomentando a força motriz da razão de ser da identidade salesiana. Segundo Castilho (2020), uma das dimensões da identidade salesiana é a capacidade de manter uma escuta atenta e sensível da sociedade. Esse posicionamento implica uma visão contemporânea da sociedade, que observa os avanços socioculturais e resulta na capacidade de respeitar as diferencias, ter uma abertura legítima para o pluralismo, abertura ao diálogo com a comunidade e crença vigorosa na possibilidade da comunhão e unidade mesmo na diversidade. Nessa reflexão, o pluralismo, a escuta e o diálogo são elementos intrínsecos e que fomentam o caminho da identidade salesiana, a qual busca acolher e promover o desenvolvimento humano por meio de suas ações em diferentes frentes na sociedade. SEÇÃO 2 O magistério da igreja nas últimas décadas Castilho (2020) afirma que, para considerar o valor do diálogo e o caminho da comunhão entre pessoas, grupos e instituições distintas, como realidades queridas pela Igreja, são abundantes as indicações do magistério e as motivações surgidas dentro dos chamados organismos eclesiásticos. O magistério da Igreja segue uma lógica hierárquica, sendo a função do Magistério do Papa e bispos em comunhão. Em uma visão mais ortodoxa, o Magistério católico se dispõe a meditar, estudar, interpretar e ensinar a Palavra de Deus aos católicos. Na contemporaneidade, o magistério da Igreja tem como desafio a renovação, com vistas a construir seu diálogo com as sociedades de seu tempo. O Papa Paulo VI, que exerceu o Papado até 1978, preconizou em sua primeira carta intitulada Ecclesiam suam, em 1964, que: “O nosso terceiro pensamento,que será também vosso, deriva dos dois primeiros: Quais as relações que a Igreja deve hoje estabelecer com o mundo que a circunda e em que vive e trabalha? Uma parte deste mundo, como todos sabem, recebeu influxo profundo do cristianismo e absorveu-o intimamente, apesar de agora muitas vezes não reconhecer que lhe deve o que tem de melhor; a cristandade foi-se distanciando e separando, nestes últimos séculos, da origem da sua civilização. E outra parte, e a maior, deste mundo dilata-se pelos horizontes ilimitados das nações novas, como se costuma dizer. Uma parte e outra formam um mundo só, que oferece à Igreja não um, mas mil contatos possíveis: evidentes e fáceis, alguns; delicados e complexos, outros; hostis e refratários ao colóquio amigo, hoje muitíssimos, infelizmente. ” —PAULO VI, 1964 apud CASTILHO, 2020 Evidenciam-se os desafios da vida moderna para o Magistério da Igreja de promoção do pluralismo, da escuta e do diálogo em outro trecho da carta de Paulo VI, a saber: “É o chamado problema do diálogo entre a Igreja e o mundo moderno, problema cuja apresentação, na sua amplitude e complexidade, cabe ao Concílio, como também o esforço para o resolver da melhor maneira possível. A realidade, porém, e a urgência do problema, se por um lado nos afligem, são-nos por outro estímulo, quase diríamos vocação. Este ponto era desejo nosso aclará-lo de algum modo aos nossos olhos, e aos vossos, Veneráveis Irmãos. Não estais, sem dúvida, menos habituados que nós a senti-lo nas suas exigências apostólicas. Desejávamos propor este exame como preparação comum nossa, para as discussões e deliberações que no Sínodo Ecumênico, todos juntos, julgarmos oportunas em matéria tão grave e complexa. ” —PAULO VI, 1964 apud CASTILHO, 2020 Observa-se que o caminho proposto é o da comunhão, da unidade, da abertura, tendo sempre o diálogo como método. Ao mesmo tempo, é preciso olhar o quanto se acredita, segundo a referida encíclica (carta endereçada a toda Igreja), que esse percurso de diálogo e busca de comunhão pode contribuir para uma autêntica cultura de paz entre os povos. O Magistério da Igreja, sendo mais objetivo, manifesta-se na função primordial de ensinar, transmitir e traduzir para a sociedade os ensinamentos das Sagradas Escrituras, promovendo a capacidade de dialogar com as realidades da sociedade e dos acontecimentos contemporâneos. Na evolução da visão do Magistério da Igreja, a percepção cultural em constante adaptação, a pluralidade dos povos, as questões sempre presentes sobre nossa existência e o sentido de nossas vidas, a compreensão da vida e da morte são indagações permanentes no contexto magisterial. Essa visão é inclusiva, pois respeita as diversas religiões, tendo caráter inclusivo, de tolerância e acolhimento. Retomando a discussão sobre o diálogo, tal atitude implica dispor-se a ouvir de forma genuína os interlocutores, assim como ter uma escuta ativa e atenta para perceber a complexidade do que está sendo exposto. Nem sempre é uma tarefa fácil, visto que estamos imersos em nossas verdades e em uma realidade que nos parece única, embora não exclusiva. A compreensão de que somos indivíduos com subjetividades e visão preestabelecidas sobre ética, política, moral, fé etc., pode nos deixar mais abertos ao novo, à promoção do diálogo sem julgamento prévio. O Magistério da Igreja segue esse papel como um norteador de compreender o paralelo entre a razão, as emoções e a fé. Em suma, o Magistério da Igreja se estabelece pela ação efetiva, sendo as atitudes a real condição humana. É por meio das atitudes que compreendemos as intenções, é pela ação das instituições e indivíduos que conhecemos quem realmente são, suas verdades e seus objetivos. Nesse sentido, o Magistério da Igreja pauta-se na percepção de que os indivíduos são os patrocinadores das mudanças no mundo e que cada povo tem suas características, mas que o papel da Igreja é unir as melhores intenções da humanidade em um bem pacifista, nobre nos gestos e plural nas ações. SEÇÃO 3 Identidade institucional salesiana As Instituições Salesianas presam pelo diálogo contínuo, considerando a fé cristã e a razão, buscando se conectar sempre com a verdade, ética, formação integral do indivíduo, espírito de caridade, respeito entre os indivíduos e a reciprocidade para a promoção e garantia dos direitos humanos. A orientação do Unisal é voltada ao ensino e pesquisa, além de visar a desenvolver as diversas áreas em que se propõe a oferecer à comunidade. A pluralidade nas Instituições Salesianas está desde seus colaboradores, com contratações sem distinção de etnia, crença ou qualquer outro pré-requisito que limite a possibilidade de diálogo com a sociedade, até na representação de suas diversas áreas de atuação. Com esse objetivo, busca-se promover o respeito à pessoa humana em suas crenças, mas também garantir os princípios e valores alinhados à sociedade moderna em que vivemos. Tal afirmação de princípios expressa-se com autenticidade nas atitudes dos indivíduos, ou seja, “[...] na relação entre o seu “falar” e o seu “agir”, não tergiversa quando em jogo estão as suas crenças, é tão firme quanto serena e respeitosa nas situações conflituosas, reflete maturidade quando em contexto de diversidade, expressa com elegante objetividade seus pontos de vista, testemunha espírito de resiliência e elevada estatura dialógica quando duramente questionada em seus valores. ” —CASTILHO, 2020 A construção da Identidade Institucional Salesiana considera em si as influências da identidade pessoal de quem participa da comunidade, como colaboradores, estudantes, religiosos e membros do entorno. Seus históricos de vida, realidades sociais, contextos culturais, construção biológica, relações familiares e religiosas norteiam quem somos integralmente, conduzindo-nos à ação, direcionando e mostrando os melhores caminhos a seguir. Como instituição, a orientação salesiana fundamenta-se em elementos contemporâneos, que relevam a clareza dos objetivos organizacionais e profundidades de seus valores e de sua missão enquanto instituição religiosa. Essa visão fundamenta-se com o que os Salesianos chamam de “missão”, “vocação”, “carisma” ou “espírito”, em vista de não ser um empenho referido unicamente à dimensão material, organizativa ou física, mas de um caminho de desenvolvimento como instituição voltada ao servir a comunidade e aos direitos humanos. Reflete essa missão os valores e missão como organização do Unisal: VISÃO Ser uma instituição dinâmica, respeitada e reconhecida como referência na evangelização- educação dos jovens. VALORES Ética: compromisso com os valores autenticamente humanos e evangélicos, abertura à diversidade, construção da cidadania e transparência nas atitudes. Espírito Salesiano: vivência da espiritualidade salesiana, no seguimento a Jesus Cristo, pela abertura ao Espírito, que se manifesta na fidelidade dinâmica ao carisma de Dom Bosco, na presença e no serviço aos jovens e na comunhão fraterna. Competência: capacidade responsável de vivenciar significativamente a missão, com criatividade empreendedora e dinâmica participativa. Solidariedade: atitude que se caracteriza pela compaixão, pelo amor à juventude, pelo trabalho com as famílias, pelo espírito missionário, pela sensibilidade e pelo compromisso com as urgências das realidades juvenis. Trabalho em comum: dedicação generosa e incansável à missão, fortalecendo novas formas de articulação e gestão; organização em redes de ação, equipes e consolidação de parcerias. Comunhão de vida: caracteriza-se pela comunhão de vida simples, esforço de fazer-se amar, espírito de família, diálogo, disponibilidade e corresponsabilidade. Com esse norteamento, o Unisal, com seu caráter católico, se apoia na afirmação da Igreja Católica, que se apresenta como “Uma comunidade acadêmica que contribui, de modo rigorosoe crítico, para a defesa e o desenvolvimento da dignidade humana e para a herança cultural, mediante a investigação, o ensino e os diversos serviços prestados à comunidade. Para tanto ela goza daquela autonomia institucional que é necessária para cumprir, eficazmente, suas funções e garante aos seus membros a liberdade acadêmica na salvaguarda dos direitos do indivíduo e da comunidade no âmbito das exigências da verdade e do bem comum ” —JOÃO PAULO II, 1990 Como instituição de ensino, o Unisal busca valores da liberdade, justiça e dignidade humana, promovendo o acesso à universidade pelos jovens, seja de idade ou de espírito da juventude da abertura para o conhecimento, mas também da promoção e do comprometimento de pessoas orientadas às causas da justiça social, da promoção de uma sociedade voltada à valorização da juventude como agente de mudança positiva da sociedade. A inspiração no Evangelho visa a garantir que a vida seja exaltada em sua integralidade, que a consciência da comunidade Salesiana, tanto de colaboradores quanto de alunos, fomente a ética em suas ações e coerência em seus valores, promovendo a justiça e a cultura de solidariedade, desenvolvimento sustentável e legitimidade nas relações de igualdade entre os indivíduos, além da promoção da qualidade de vida. SEÇÃO 4 A identidade católica no mundo contemporâneo Em um mundo cada vez mais conectado e virtualizado, essa nova realidade social se impõe também para a fé e as religiões, possibilitando um novo paradigma para as gerações que convivem com essa turbulenta e veloz condição humana. A presença ganha uma perspectiva realística, mas com apresentações distintas, por isso precisamos lidar de forma consciente, retomando a essência das relações humanas e sociais. Em relação à perspectiva de Dom Bosco, que postulava a natureza pedagógica insubstituível da presença e da relação entre os membros da comunidade educativa, pode-se dizer que, “No mundo em que se verifica tanto avanço tecnológico, em que as redes sociais ocupam um espaço extraordinário e parecem gozar de uma força descomunal, também neste mesmo universo contemplamos e convivemos tantas expressões de desumanidade, de solidão, de abandono, de anonimato, de falta de empatia, de intolerância e de estímulo à violência; não parece irrelevante o fato de constatarmos, nos dias atuais, tantas manifestações de quadros depressivos e suicídios também entre os jovens ” —CASTILHO, 2020 Tal fenômeno, que acaba transformando a vida cotidiana em dados trafegados por redes de computadores, pode nos distanciar de uma perspectiva mais humana e social, dessensibilizando nossa visão de comunidade e diminuindo nossa percepção empática sobre o mundo e sobre a realidade das pessoas. A experiência (e expectativa) constituinte do carisma salesiano fundado por Dom Bosco pressupõe o olhar para a verdade, que se estabelece com nossa relação com a natureza, com a humanidade e com Deus. Nessa perspectiva, não se perde a essência da fragilidade do homem, mas há um foco em sua capacidade de ser bondoso em consonância a vida cristã. Promove-se, assim, a capacidade de diálogo, que tem se desenvolvido ao longo dos anos em todas as religiões, compreendendo que a fé é universal e tem manifestações plurais no mundo. Fórum inter-religioso para uma cultura de paz e liberdade de crença A Secretaria da Justiça e Cidadania do Governo de São Paulo promoveu o I Fórum Inter- religioso, em 2005, evidenciando a importância de instituir um espaço democrático de diálogo inter-religioso para difusão da cultura de paz e da liberdade de crença. Desde sua fundação, o Fórum Inter-religioso tem como missão promover no âmbito estadual a implementação de políticas de enfrentamento e combate à intolerância religiosa e a difusão da cultura de paz, fomentando o diálogo entre diversos atores sociais com incentivo ao diálogo entre igrejas, templos, comunidades religiosas, organizações e instituições públicas e privadas, com o objetivo de sensibilizar as lideranças religiosas sobre a importância da propagação da cultura de paz para a promoção do bem comum. Acessar conteúdo A reflexão sobre a verdade é sempre tema na vida diária da humanidade, e sua relação com o catolicismo, dada a natureza religiosa, está presente também na organização de nossa sociedade. Em termos mais específicos, temos que “O magistério eclesiástico insiste de tal forma nessa compreensão [de que o valor do diálogo e o caminho da comunhão entre pessoas, grupos e instituições distintas, como realidades queridas pela Igreja, são abundantes as indicações do magistério e as motivações nascidas dentro dos chamados organismos eclesiásticos], porque entende que, sob uma ótica relativista, torna-se improvável que a consciência humana estabeleça quaisquer evidências em termos morais e éticos. A chamada sociedade líquida e o contexto/fenômeno da pós-verdade são explicitações dessa tendência sociocultural tão presente em nossos dias e que denominamos relativismo ” —CASTILHO, 2020 Conciliar e checar as verdades em nossa sociedade envolvem nossa missão como educadores, promovendo a aquisição de conhecimento e habilidades de lidar com os dados da realidade, o https://justica.sp.gov.br/index.php/coordenacoes-e-programas/342-2/forum-inter-religioso/ empenho social e político, compreendendo que nosso papel como sociedade é o de se envolver para o bem da comunidade, o que promove nosso bem como indivíduo; e nossa missão carismática se dá ao compreender os problemas atuais da sociedade e promover iniciativas que minimize o sofrimento e maximize a plenitude da vida. SEÇÃO 5 Os direitos humanos A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento que estabelece um conjunto de direitos pertencentes e aplicados em sociedades democráticas, a fim de garantir a integridade dos seres humanos. Em suma, é o resultado de uma série de documentações e disposições estabelecida nas nações como forma de proteção aos direitos individuais dos cidadãos. Alguns marcos precederam a promulgação da Declaração de 1948, entre eles as condições resultantes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Após esse conflito, suscitou-se uma série de movimentos segundo os quais se estabeleceram as diretrizes para as relações entre nações. A própria formação da Organização das Nações Unidas ocorreu após os conflitos da Segunda Guerra Mundial. Uma das consequências dessa nova forma de compreender as relações sociais se deu na Resolução 217 A (III), da Assembleia Geral da ONU em Paris, em 10 de dezembro de 1948, como resultado dos trabalhos de uma comissão específica, do qual surgiu o documento da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com os 30 artigos de direitos inalienáveis para a garantia da liberdade, justiça, igualdade de direitos e a paz. A Declaração de 1948 é um marco contra atos bárbaros, contra o cerceamento da liberdade, contra o desrespeito às garantias individuais, pois promove o espírito de justiça em um ideal comum entre as nações signatárias, a fim de proteger pessoas, povos, comunidades e populações. A seguir, vamos conhecer os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos: Artigo 1. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. Artigo 2: 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio,quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. Artigo 3. Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 4. Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. Artigo 5. Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. Artigo 6. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei. Artigo 7. Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. Artigo 8. Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. Artigo 9. Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. Artigo 10. Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Artigo 11: 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte de que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. Artigo 12. Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. Artigo 13: 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. 2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse regressar. Artigo 14: 1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. 2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas. Artigo 15: 1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. Artigo 16: 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. 3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado. Artigo 17: 1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. Artigo 18. Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular. Artigo 19. Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. Artigo 20: 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica. 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artigo 21: 1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. Artigo 22. Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. Artigo 23: 1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses. Artigo 24. Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas. Artigo 25: 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social. Artigo 26: 1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico- profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. Artigo 27: 1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios. 2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor. Artigo 28. Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. Artigo 29: 1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. 2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar deuma sociedade democrática. 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas. Artigo 30. Nenhuma disposição da presente Declaração poder ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. Alinhada aos conceitos universais dispostos nessa Declaração, a comunidade salesiana também se coloca como agente de promoção dessas diretrizes, seguindo o caminho da promoção da dignidade humana e da garantia de seus direitos fundamentais por meio de suas ações e de sua cultura de diálogo e respeito ao próximo. Nesse sentido, cabe ressaltar a visão salesiana de promoção dos direitos humanos tanto no âmbito institucional quanto na missão pedagógico-educativa para a efetiva aplicação e atuação nos contextos sociais em que está inserida: respeitar/viver internamente, no âmbito da comunidade acadêmico-universitária, o que determinado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos; estar atento para que no espaço de sua organização pedagógica (matrizes curriculares, planos de ensino, jornadas acadêmicas, linhas de pesquisa, planos de aula, entre outros) seja contemplada, de variadas e criativas formas, a possibilidade de se conhecer em profundidade, sobretudo em suas bases antropológicas/filosóficas e seu alcance sociocultural, político- econômico, tudo o que se refere à questão dos direitos humanos; estabelecer parceria e colaboração com instituições, organismos e movimentos que comungam desse mesmo olhar e buscam superar as muitas distorções, incoerências e lacunas na compreensão e atuação dos direitos humanos; considerar, por conta da herança carismática herdada do sacerdote e educador italiano Dom Bosco, um olhar atento e arrojado na defesa dos direitos das crianças, adolescentes e jovens; propor itinerários acadêmico-pedagógicos que busquem reafirmar a coerência entre os grandes pressupostos e valores que embasam os direitos humanos e a doutrina e cultura cristãs, particularmente os irrenunciáveis valores da liberdade, da igualdade, da justiça, da paz, todos eles reveladores do essencial “princípio de humanidade”; reconhecer como preciosa herança as referências do magistério da Igreja que se vinculam diretamente à defesa dos direitos humanos; como exemplo: as Encíclicas Rerum Novarum de Leão XIII, Quadragesimo Anno de Pio XI e Pacem in Terris de João XXIII, a Carta Apostólica Octogesima Adveniens de Paulo VI e as chamadas três cartas encíclicas “sociais” Laborem Exercens, Sollicitudo Rei Socialis e Centesimus Annus, todas de João Paulo II. Mas recentemente tivemos a Encíclica Laudato Sí e a Exortação Apostólica Querida Amazônia, ambas do Papa Francisco. Mais extensa e igualmente rica é a chamada “Doutrina Social da Igreja”. São referências que devem ser conhecidas e refletidas no interior de uma instituição confessional como o UNISAL; acreditar que, dentre os direitos fundamentais, capazes de criar a chamada cidadania “ativa e inclusiva”, além de “responsável e autônoma”, está o direito a uma educação de qualidade, capaz de gerar corações e mentes novas, promover uma verdadeira e duradoura revolução, a única capaz de mudar as estruturas sociais que precisam ser repensadas e repropostas (CASTILHO, 2020). Uma vez estabelecidos esses parâmetros de atuação, as instituições salesianas não só reconhecem, mas também buscam uma formação integral em sua comunidade, primordialmente fincados na admissão de reconhecimento de todos os direitos humanos e com uma intencionalidade educativa para promover esse reconhecimento para além de sua atuação institucional. SEÇÃO 6 A educação sociocomunitária Dom Bosco, com sua visão pedagógica ampla, tinha três grandes paixões educativas, a saber: Adolescentes e jovens: considerados a esperança para uma sociedade mais justa e igualitária, ou seja, a porção mais preciosa da sociedade. Educação: caminho mediador para promover as mudanças necessárias para seu tempo, daí a ênfase em seus estudos e escritos sobre práticas pedagógicas. Sistema preventivo: a promoção de uma educação integral amparada também por uma verdadeira espiritualidade, a partir do tripé Salesiano: razão, religião e amorevollezza (em uma tradução livre, executar com amor, bondade e afeto). A educação sociocomunitária surgiu do contexto em que Dom Bosco vivia, quatro décadas após a Revolução Francesa e o estabelecimento das ideias integradas nessa “nova” Europa, com sua missão carismática em Turim, região norte da Itália. Segundo Castilho (2020), a Europa vivia um período de grande transformação social, com a queda dos privilégios aristocratas e o avanço da desigualdade social e econômica, mas também uma nova organização política se fazia necessária. Esse contexto somado à sua preocupação de em relação aos jovens e adolescentes e sua visão de que “bons cristãos e honestos cidadão” foram os pontos de partida para a atuação pastoral e pedagógica proposta por Dom Bosco. A sociedade Europeia passava pela transformação da Revolução Industrial, o que promoveu a migração dos camponeses para as grandes cidades, trazendo mais questões sociais. Nesse cenário, surge o cerne do Sistema Preventivo de Dom Bosco. Com isso, Dom Bosco organizou instituições e uma rede de pessoas que comungavam de seus ideais. A esse respeito, Castilho (2020) faz a seguinte análise: embora, inicialmente, sua ação tivesse configurações de cunho mais assistencialista, não foi necessário muito tempo para ele entender que uma ação mais eficaz demandaria agir inteligentemente em uma dupla direção: responder de forma tempestiva e concreta aos efeitos advindos da pobreza, desemprego, abandono, exploração dos adolescentes e jovens; não menos importante, propor ações consequentes que minassem as causas da situação de pobreza e exploração desses mesmos adolescentes e jovens; em vista disso, criou internatos, escolas/oficinas de formação profissional para qualificar os destinatários de sua missão e favorecer sua inserção no mundo do trabalho; prezou o acompanhamento desses jovens, preocupado em propor-lhes não somente uma educação de qualidade, mas também assegurar a defesa de seus direitos; empreendeu isso com reconhecida originalidade e prudente ousadia; é impossível, por exemplo, estudar a história dos direitos trabalhistas na Itália sem fazer menção a Dom Bosco. Ele foi pioneiro na tutela dos direitos de seus jovens aprendizes, exigindo que os empregadores/empreiteiros da época assinassem um contrato de trabalho tendo como testemunhas o próprio Dom Bosco e, quando possível, os pais/responsáveis desses jovens; manteve uma tão fascinante quanto enérgica atitude de fidelidade aos seus propósitos desde o primeiro momento; isso foi se tornando de tal maneira explícito aos olhos da sociedade turinense e piemontesa, e mesmo de outras regiões da Itália e da Europa, que a admiração pelo sacerdote educador foi descortinando vastos horizontes e encontrando apoio até mesmo em ambientes anticlericais; sua ação educativa e social e sua dedicação aos pobres falavam por si mesmas. Com o sucesso das intenções de Dom Bosco, de sua visão pedagógica e pastoral, consolidou-se a educação sociocomunitária. Esse processo ainda está vivo, sendo representado pelas ações das instituições salesianas e formação integral de jovens e adultos.
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