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SUMÁRIO 1. Introdução ..................................................................... 3 2. Mecanismos de ação e resistência .................... 5 3. Espectro de atividade ............................................... 7 4. Farmacocinética ......................................................... 9 5. Eventos adversos ....................................................10 6. Interações medicamentosas ................................13 Referências Bibliográficas ........................................17 3AZÓLICOS 1. INTRODUÇÃO Os azóis ou azólicos são um grupo de agentes fungistáticos sintéticos, com um amplo espectro de atividade anti- fúngica. Os azóis se dividem em imi- dazóis e triazóis, conforme o número de átomos de nitrogênio presente no anel azólico (2 e 3, respectivamente). Clotrimazol, econazol, fenticonazol, cetoconazol, miconazol, tioconazol e sulconazol se baseiam no núcleo imi- dazol, e itraconazol, posaconazol, vo- riconazol e fluconazol são derivados triazóis. Os triazóis são alguns dos agentes antifúngicos mais utilizados. Os medicamentos desta classe ofe- recem atividade contra muitos pató- genos fúngicos sem os efeitos ne- frotóxicos graves observados com a anfotericina B. Além da terapêutica antifúngica, os azóis também são utilizados no tra- tamento profilático ou de suporte em pacientes imunossuprimidos, como portadores do Vírus da Imunodefici- ência Humana (HIV), transplantados, em quimioterapia antineoplásica, en- tre outros. O isolamento, em 1953, do antibióti- co azomicina (2-nitroimidazol) a par- tir de um estreptomiceto por Maeda e colaboradores e a demonstração de suas propriedades tricomonicidas, em 1956 por Horie levaram à síntese quí- mica e a testes biológicos de muitos nitroimidazóis. Um composto, 1-(β-hi- droxietil)-2-metil-5-nitroimidazol ou metronidazol, tem atividade especial- mente alta in vitro e in vivo contra os protozoários anaeróbios T. vaginalis e E. histolytica. Estudos posteriores revelaram que o metronidazol tinha atividade clínica extremamente útil contra uma variedade de patógenos anaeróbios incluindo tanto bactérias gram-negativas e gram-positivas como o protozoário G. lamblia. Outros 5-nitroimidazóis clinicamente eficazes, estreitamente relacionados com o metronidazol em estrutura e atividade incluem o tinidazol, o sec- nidazol e o omidazol. O benzonida- zol, outro derivado do 5-nitroimida- zol, apresenta a peculiaridade de ser eficaz contra a doença de Chagas aguda. SE LIGA! O metronidazol e os nitroimi- dazóis relacionados são ativos in vitro contra uma ampla variedade de anaeró- bios, sejam eles protozoários parasitos ou bactérias. O metronidazol é um dos principais medicamentos para o tratamento de infecções anaeróbias. Esse fármaco exerce seus efeitos antimicrobianos através da produção de radicais livres que são tóxicos para o micróbio. Além das aplicações já descritas, a descoberta por Brown e colabo- radores de que o tiabendazol era muito potente contra os nemató- deos desencadeou o desenvolvi- mento dos benzimidazólicos como 4AZÓLICOS anti-helmínticos de amplo espectro para vários parasitos importantes em medicina humana e veterinária. Entre centenas de derivados testados, os mais úteis sob o ponto de vista te- rapêutico contêm modificações nas posições 2 e/ou 5 do anel de benzi- midazol. Três fármacos - tiabendazol, mebendazol e albendazol - têm sido amplamente utilizados como trata- mento para helmintíases humanas. MAPA MENTAL: INTRODUÇÃO Cetoconazol IMIDAZÓIS Miconazol Itraconazol Fluconazol Clotrimazol Metronidazol Secnidazol Albendazol Mebendazol Tiabendazol Antifúngicos Antiprotozoários e anaerobicidas Antihelmínticos 5AZÓLICOS 2. MECANISMOS DE AÇÃO E RESISTÊNCIA A atividade contra a maioria dos anaeróbios obrigatórios ocorre atra- vés de um processo de quatro etapas: • Entrada no microrganismo: o metronidazol é um composto de baixo peso molecular que se di- funde pelas membranas celulares de microrganismos anaeróbicos e aeróbicos. No entanto, a ativida- de antimicrobiana é limitada aos anaeróbios. • Ativação redutora por proteínas de transporte intracelular: o me- tronidazol é reduzido pelo sistema piruvato-ferredoxina oxidoredu- tase (PFOR) nos anaeróbios obri- gatórios, o que altera sua estrutu- ra química. A PFOR normalmente gera adenosina trifosfato (ATP) por descarboxilação oxidativa do piruvato. Com o metronidazol no ambiente celular, seu grupo nitro atua como um receptor de elé- trons, capturando elétrons que normalmente seriam transferidos para íons hidrogênio nesse ciclo. A redução do metronidazol cria um gradiente de concentração que im- pulsiona a captação de mais droga e promove a formação de compos- tos intermediários e radicais livres que são tóxicos para a célula. • Produtos intermediários reduzi- dos interagem com alvos intra- celulares: partículas citotóxicas intermediárias interagem com o DNA da célula hospedeira, resul- tando em quebra da fita do DNA e desestabilização fatal da hélice do DNA. • Quebra dos produtos interme- diários citotóxicos: as partículas intermediárias tóxicas decaem em produtos finais inativos. 6AZÓLICOS Figura 1. Mecanismo de ação do metronidazol. Fonte: https://www.emaze.com/@ATIFFWZ O metronidazol exerce rápido efeito bactericida contra bactérias anaeró- bias com uma taxa de morte propor- cional à concentração do medicamen- to. O metronidazol mata Bacteroides fragilis e Clostridium perfringens mais rapidamente que a clindamicina. O metronidazol também é citotóxico para bactérias anaeróbicas facultati- vas, como Helicobacter pylori e Gard- nerella vaginalis, mas o mecanismo dessa ação não é bem conhecido. Apesar do uso extensivo em todo o mundo, a resistência adquirida ao metronidazol entre bactérias anaeró- bicas é rara. Metronidazol Metronidazol Metabólitos DNA Bactéria DNA fragmentado Ferredoxina (reduzida) Ferredoxina (oxidada) Pesquisas demonstram que mais de 95% dos isolados anaeróbicos nos Estados Unidos são suscetíveis ao metronidazol. Fora dos Estados Uni- dos, a resistência ao metronidazol en- tre anaeróbios gram-negativos tem sido relatada com mais frequência e parece estar aumentando em alguns países como a Índia. SE LIGA! As taxas de resistência variam de acordo com o país, mas geralmente são baixas na maioria dos países. Nas espécies de Bacteroides, a re- sistência tem sido conferida por 7AZÓLICOS mecanismos mediados tanto por plasmídeo, como por cromossomo, embora a transferência de resistência mediada por plasmídeo para cepas suscetíveis tenha sido rara. Vários passos parecem necessários para o desenvolvimento da resistência, o que pode explicar por que a resis- tência é rara na ausência de terapia a longo prazo. A resistência é confe- rida através da redução da atividade da PFOR, que limita a captação celu- lar de metronidazol e a subsequente ativação. Embora o desenvolvimento de re- sistência ao metronidazol em bacté- rias anaeróbias seja raro, foi relatado com mais frequência com H. pylo- ri. Pesquisas indicam que 10 a 30% dos isolados de H. pylori nos países ocidentais são resistentes ao metro- nidazol. Embora o mecanismo de re- sistência não seja bem conhecido, o H. pylori resistente pode acumular quantidades menores de metronida- zol em taxas mais lentas do que as cepas sensíveis. Isolados de T. vaginalis resistentes fo- ram isolados de pacientes com infec- ções por tricomonas refratárias. Nes- ses organismos, a PFOR está contida em um hidrogenossoma, uma vez que o organismo não possui mitocôndrias. A resistência ao metronidazol está associada à atividade de transcrição reduzida do gene da ferredoxina, que resulta em níveis intracelulares dimi- nuídos de ferredoxina e na atividade reduzida da PFOR. Além disso, a oxi- dação do piruvato em lactato nos hi- drogenossomas é encerrada e ocorre no citossol via lactato desidrogenase. MAPA MENTAL: MECANISMO DE AÇÃO MECANISMO DE AÇÃODO METRONIDAZOL Entrada no microrganismo Redução do metronidazol pelo sistema piruvato-ferredoxina oxidoredutase Produtos intermediários citotóxicos desestabilizam DNA Produtos intermediários são quebrados em produtos inativos Efeito bactericida 3. ESPECTRO DE ATIVIDADE O metronidazol é ativo contra uma ampla variedade de anaeróbios, pro- tozoários e bactérias microaerófilas. 8AZÓLICOS O metronidazol exerce atividade bactericida potente contra organis- mos gram-negativos anaeróbicos, como Bacteroides spp, Prevotella spp, Porphyromonas spp, Fusobac- terium spp, Bilophila wadsworthia e Capnocytophaga. Os cocos anaeró- bicos, como as espécies Peptostrep- tococcus e Veillonella, também são inibidos pelo metronidazol. Esse medicamento é ativo também contra os bacilos gram-positivos anaeróbicos de Clostridium spp, em- bora o Clostridium ramosum possa exigir concentrações mais altas do medicamento para inibição. Entre os bacilos anaeróbios gram-positivos, a atividade do metronidazol é geral- mente mais baixa ou variável. Setenta e cinco por cento das espécies de Ac- tinomyces spp, Propionibacterium propionica, Cutibacterium (ante- riormente Propionibacterium) acnes e Lactobacillus são resistentes ao metronidazol. A suscetibilidade de Mobiluncus é variável; Mobiluncus curtisii é geralmente resistente ao metronidazol, enquanto Mobiluncus mulieris é frequentemente suscetível. O metronidazol também é ativo con- tra protozoários anaeróbicos, como T. vaginalis, E. histolytica, Giardia lamblia, Blastocystis hominis e Ba- lantidium coli. G. vaginalis e Actino- bacillus actinomycetemcomitans são geralmente suscetíveis ao composto original; o metabólito hidroxi do me- tronidazol é duas a oito vezes mais ativo contra esses organismos. A atividade do metronidazol contra H. pylori varia. MAPA MENTAL: ESPECTRO DE ATIVIDADE Bactérias anaeróbicas Bactérias microaerófilas Protozoários Metronidazol 9AZÓLICOS 4. FARMACOCINÉTICA O metronidazol é bem absorvido após administração oral e é pratica- mente 100% biodisponível. Geral- mente se distribui bem nos tecidos do corpo e, ao contrário da clindamici- na, penetra efetivamente na barreira hematoencefálica. SE LIGA! Duas das características do metronidazol são que o medicamen- to alcança altas concentrações séricas após administração oral e que sua pe- netração tecidual é excelente. O metronidazol é minimamente liga- do às proteínas, circulando aproxima- damente 80% ou mais como medi- camento livre. Exibe um metabolismo dose-dependente e é metabolizado no fígado a produtos oxidados e con- jugados com glucuronídeo, incluindo um hidroxi-metabólito, que possui 30 a 65% da atividade do composto ori- ginal. De 6-18% do metronidazol são excretados inalterados na urina; os metabólitos também são excretados na urina. A meia-vida do metronidazol em pa- cientes com função renal normal é de 6-9 horas e permanece inalterada naqueles com insuficiência renal. A hemodiálise pode aumentar a depu- ração do metronidazol em 100% ou mais, resultando em uma meia-vida reduzida de apenas 2,1 a 3,3 horas. A farmacocinética do metronidazol e seus metabólitos não é afetada sen- sivelmente pela diálise peritoneal ambulatorial crônica. No entanto, a meia-vida do medicamento pode ser estendida para 18 a 20 horas naque- les com insuficiência hepática. SE LIGA! Não são recomendados ajus- tes de dose específicos para pacientes com disfunção renal ou hepática que re- cebem metronidazol. No entanto, como o acúmulo do medicamento e de seus metabólitos pode ocorrer naqueles com disfunção hepática, doses mais baixas podem ser consideradas com base na gravidade da doença e na tolerabilidade do paciente. Entre crianças e adolescentes, a far- macocinética do metronidazol é se- melhante à dos adultos. No entanto, a eliminação metabólica do metronida- zol diminui significativamente entre os prematuros, com a depuração e a meia-vida correlacionadas com a ida- de gestacional. Recomenda-se, por- tanto, ajustes posológicos cuidadosos para essa população de pacientes. O metronidazol também pode ser administrado topicamente. Quando aplicado na face, o gel de metronida- zol é absorvido sistemicamente em um grau desprezível. Quando admi- nistrado intravaginalmente, o gel de metronidazol é absorvido em graus variados, dependendo da formulação. O metronidazol foi classificado pela US Food and Drug Administration como categoria B na gravidez. O uso 10AZÓLICOS de metronidazol na gravidez é um tanto controverso. O fármaco atra- vessa a placenta e entra rapidamente na circulação fetal. Uma vez que não existem estudos adequados e contro- lados que demonstrem segurança em mulheres grávidas, o metronidazol só deve ser usado durante a gravidez se for claramente necessário, e deve ser evitado durante o primeiro trimestre. O metronidazol é excretado no leite materno após administração sistê- mica em concentrações semelhan- tes às do soro. Sua meia-vida no lei- te materno é de aproximadamente 9 a 10 horas. Assim, recomenda-se a interrupção da amamentação duran- te e por três dias após a terapia com metronidazol. MAPA MENTAL: FARMACOCINÉTICA Vias de administração Metabolização hepática Excelente penetração tecidualVia de excreção renal Farmacocinética Oral Tópica Intravaginal 5. EVENTOS ADVERSOS Os sintomas gastrointestinais como náusea, anorexia, vômito, diarreia, có- licas abdominais e constipação têm sido associados ao metronidazol. Um sabor metálico desagradável também é frequentemente experimentado por quem toma metronidazol siste- micamente. Língua peluda, glossite e estomatite também foram expe- rimentadas e estão associadas ao crescimento de candidíase. Embora 11AZÓLICOS a droga seja ativa contra C. difficile, casos de colite por C. difficile foram relatados raramente entre pacientes que receberam metronidazol. Em relação ao sistema nervoso, fo- ram relatadas convulsões, neuropatia periférica, tontura, vertigem, ataxia, confusão, encefalopatia, irritabilida- de, fraqueza, insônia, dor de cabeça e tremores entre os pacientes que receberam metronidazol, particular- mente entre aqueles que receberam altas doses do medicamento. Foram relatadas reações de hiper- sensibilidade entre pacientes rece- bendo metronidazol e podem incluir urticária, erupção cutânea eritemato- sa, rubor, broncoespasmo e doença do soro. O escurecimento transitório da urina para uma cor marrom avermelhada é comum entre os pacientes que rece- bem metronidazol. Disúria, cistite, in- continência, crescimento vaginal ex- cessivo de Candida e diminuição da libido também foram relatados com menos frequência. Houve relatos de casos sugerindo uma possível reação do tipo dissul- firam quando o metronidazol é ad- ministrado sistemicamente ou vagi- nalmente em pacientes que bebem etanol, mas ainda não está claro se o metronidazol causa essa reação. A reação típica do dissulfiram causa ru- bor, taquicardia, palpitações, náusea e vômito. O mecanismo de reações do tipo dissulfiram com metronidazol é desconhecido. SE LIGA! Embora não existam evidên- cias claras de uma reação do tipo dissul- firam com metronidazol, as informações do fabricante recomendam evitar a in- gestão de álcool durante a terapia com metronidazol e por pelo menos 48 horas depois. As reações adversas menos comuns incluem dor nas articulações e trom- boflebite; efeitos hematológicos, como neutropenia reversível e trom- bocitopenia, raramente ocorreram. Vários relatos de casos também do- cumentaram pancreatite e hepatite associada ao uso de metronidazol, embora esses eventos sejam raros. Houve alguns relatos de prolonga- mento do intervalo QT com o uso de metronidazol; isso pode ser particu- larmente preocupante em pacientes que recebem outros medicamentos que prolongam o intervalo QT ou quando outros fatores de risco estão presentes, principalmente a síndrome do QT prolongado congênito. Efeitos sistêmicos são raros com a aplicaçãotópica de gel (dermatoló- gico) de metronidazol, uma vez que muito pouco é absorvido sistemica- mente. Efeitos locais, incluindo irri- tação da pele, eritema transitório da pele e ressecamento ou queimadura leve da pele são incomuns. 12AZÓLICOS Em relação ao gel vaginal com me- tronidazol, os efeitos geniturinários incluem cervicite/vaginite sintomática por Candida, prurido vaginal, perineal ou vulvar, corrimento vaginal e ede- ma vulvar. Cólicas e dor abdominal ou uterina também foram relatadas en- tre mulheres que usam metronidazol por via intravaginal. Náuseas, gosto metálico, prisão de ventre, diarreia, di- minuição do apetite, tontura e dor de cabeça foram relatados com menos frequência. Aumento ou diminuição da contagem de leucócitos e erupção cutânea são raros. Náuseas Distúrbios gastrointestinais Gosto metálico Figura 2. Principais efeitos colaterais do metronidazol. Fonte: Farmacologia Ilustrada, 2016 13AZÓLICOS 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Como mencionado acima, a ingestão de álcool durante o tratamento com metronidazol pode resultar em uma reação do tipo dissulfiram. Medica- mentos contendo etanol, como elixi- res e cápsulas de tipranavir, trimeto- prim-sulfametoxazol intravenoso (IV) e muitos xaropes para tosse/resfriado também podem levar a uma reação semelhante ao dissulfiram quando in- geridos com metronidazol. Além dis- so, o uso de metronidazol com dissul- firam pode resultar em psicose aguda ou estado confusional. Mortes súbi- tas foram atribuídas a reações com metronidazol/etanol. O metronidazol pode promover a re- tenção renal de lítio, resultando em aumento dos níveis e toxicidade por lítio. Também pode diminuir a elimina- ção dos derivados do ergot, portanto, o uso concomitante desses agentes não é recomendado. A maioria das interações medica- mentosas com o metronidazol ocor- re no fígado, onde o metronidazol é metabolizado. Foi sugerido que o me- tronidazol inibe seletivamente as rea- ções da oxidase aromática no fígado, uma propriedade que pode explicar sua inibição do metabolismo da feni- toína, varfarina e carbamazepina. O metronidazol diminui a depuração da fenitoína em aproximadamente 15% e, assim, prolonga sua meia-vida de eliminação. Essa eliminação reduzida pode resultar em concentrações séri- cas aumentadas de fenitoína. Deve- -se também ter cuidado ao adminis- trar concomitantemente fosfenitoína e metronidazol. O metronidazol pode MAPA MENTAL: EFEITOS ADVERSOS EFEITOS ADVERSOS Efeitos gastrointestinais Sintomas genitourinários Neurotoxicidade Reações alérgicas Outros Reações tipo dissulfiram 14AZÓLICOS aumentar o efeito anticoagulante da varfarina através do seu estereoisô- mero S (-) - varfarina. Assim, os pa- cientes que recebem os dois agen- tes concomitantemente devem ter o tempo de protrombina monitorado de perto e as doses de varfarina ajusta- das de acordo. Um relato de caso de toxicidade da carbamazepina em um paciente cinco dias após o início do metronidazol sugere uma possível in- teração medicamentosa entre o me- tronidazol e a carbamazepina. Torsades de pointes foi relatado ra- ramente quando o metronidazol foi usado em combinação com outros medicamentos que prolongam o in- tervalo QT ou quando outros fatores de risco estão presentes. Os indutores de enzimas hepáticas, como barbitúricos, fenitoína e rifam- picina, podem reduzir significativa- mente as concentrações plasmáticas de metronidazol, aumentando sua depuração. A prednisona também pode aumentar a depuração hepáti- ca do metronidazol. Essas interações podem resultar em falha clínica da te- rapia. A cimetidina pode aumentar as concentrações séricas de metronida- zol inibindo a atividade das enzimas hepáticas, mas os dados referentes a essa interação são conflitantes. In- terações de ligação com o trato gas- trointestinal também podem ocorrer entre metronidazol e antiácidos con- tendo alumínio ou magnésio, bem como colestiramina. As interações resultam em aproximadamente 15 a 20% de biodisponibilidade diminuída do metronidazol. A administração concomitante de ex- trato flavonóide de cardo de leite, si- limarina, pode levar ao aumento da depuração do metronidazol. Assim, o uso concomitante desses agentes deve ser evitado. 15AZÓLICOS MAPA MENTAL: INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Reação tipo dissulfiram, morte súbita Reação tipo dissulfiram Psicose aguda, estado confusional Retenção renal de lítio e toxicidade ↓ eliminação dos derivados de ergot ↓ depuração da fenitoína, ↓ concentração de metronidazol ↑ efeito anticoagulante Toxicidade ↑ intervalo QT ↓ concentração de metronidazol ↓ concentração de metronidazol ↑ depuração de metronidazol ↑ concentração de metronidazol ↓ absorção de metronidazol ↓ absorção de metronidazol ↑ depuração de metronidazol Álcool Medicamentos contendo etanol Dissulfiram Lítio Derivados do ergot Fenitoína Varfarina Carbamazepina Medicamentos que prolongam intervalo QT Barbitúricos Rifampicina Prednisona Cimetidina Antiácidos Colestiramina Extrato flavonoide de cardo de leite 16AZÓLICOS MAPA MENTAL: GERAL NITROIMIDAZÓIS Metronidazol (principal) Tinidazol Secnidazol Omidazol Bactérias anaeróbicas Bactérias microaerófilas Protozoários Vias de administração: oral, tópica, intravaginal Excelente penetração tissular Via de excreção renal Efeitos gastrointestinais Neurotoxicidade Reações alérgicas Sintomas geniturinários Reações tipo dissulfiram Outros Classe B Representantes Agentes bactericidas Produção de radicais livres tóxicos para o micróbio Espectro de atividade Farmacocinética Efeitos adversos Gestantes 17AZÓLICOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bruntos, Laurence L. Chabner, Bruce A. Knollmann, Bjorn C. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. Johnson, Melissa. Metronidazole: An overview. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 30 de abril de 2020). 18AZÓLICOS
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