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Aula 7 Disfunções do Complexo do Ombro

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Dor subacromial do 
ombro 
 Dor no ombro relacionada ao 
manguito rotador (MR). 
➢ A dor subacromial do ombro abrange 
uma variedade de condições e sintomas, 
incluindo rupturas atraumáticas parciais e 
completas do MR, inflamação dos tendões e 
da bursa do MR e síndrome do impacto 
subacromial (SIS); 
➢ Prevalência de patologias por 
imagem: alterações acromioclaviculares 
(79%), tendinopatia (74%), alterações 
labrais (66%), aumento de fluído 
subacromial (61%); 
➢ Provoca um impacto socioeconômico, 
profissional e pessoal: afastamento do 
trabalho, gastos com saúde, alterações do 
estado geral de saúde, distúrbios do sono, 
etc. 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA: 
➢ Dor no ombro insidiosa, noturna e 
durante a movimentação ativa (arco 
doloroso) e na passiva (>50% mantém); 
➢ Edema/derrame ausente/pouco 
evidente, fraqueza muscular; 
➢ Teste de Neer, Jobe e/ou Hawkins ++; 
➢ Tipicamente pior ao alcançar objetos 
acima da cabeça (movimento overhead), uso 
repetido ou atrás das costas; 
➢ Mínima dor ao repouso, exceto ao 
deitar sobre o ombro afetado. 
 
➢ Mecanismos extrínsecos são definidos 
como aqueles que causam compressão ou 
cisalhamento dos tendões do MR; 
 
o Patologias do tendão do lado 
bursal com anormalidades 
coracoacromiais são mais comuns. 
➢ Mecanismos intrínsecos são aqueles 
relacionados com a degeneração dos tendões 
do MR; 
o Patologia intratendínea do tendão 
e do lado articular sem 
anormalidades coracoacromiais. 
 
OS DIFERENTES “IMPACTOS” DO 
OMBRO: 
➢ Síndrome do Impacto – Impacto 
Subacromial (externo): compressão e 
abrasão mecânica dos tendões do MR, bursa 
subacromial ou cabeça longa do bíceps sob a 
superfície anterior do acrômio, lig. córaco-
acromial ou porção inferior da articulação 
acromioclavicular. Tendão X Acrômio; 
➢ Síndrome do Impacto – Impacto 
Interno (Póstero-Superior): compressão dos 
tendões do MR (mm. supraespinhal e 
infraespinhal) entre o tubérculo maior do 
úmero e o rim póstero-superior da glenóide 
durante a fase de armação do arremesso 
(máxima rotação lateral e abdução 
horizontal do ombro). Tendão X Glenóide; 
➢ Síndrome do Impacto Coracóide: 
presume-se que os sintomas ocorram 
quando o tendão subescapular colide entre o 
processo coracoide e o tubérculo menor do 
úmero. Tendão X Coracóide. 
 
Disfunções do COMPLEXO DO OMBRO 
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: 
➢ O tratamento não cirúrgico - 
acromioplastia tem produzido resultados 
comparáveis as descompressões acromiais 
cirúrgicas; 
➢ 75% das pessoas que apresentam 
sintomas atribuídos a uma ruptura 
atraumática do MR de espessura total que 
se submetem a um programa de exercícios 
não precisarão de cirurgia; 
➢ A distância acromioumeral importa 
na dor crônica do ombro no MR? Não houve 
relação moderada/forte da redução do 
espaço subacromial com dor e função; 
➢ Alterações no movimento escapular já 
foram identificadas em indivíduos com 
patologias no ombro: SIS diminuem a 
rotação superior, Tilt posterior e RE da 
escápula; 
➢ Alterações na cinemática escapular 
(discinese escapular): 
o Encurtamento do peitoral menor: 
um protocolo de alongamento de 
PM não alterou o comprimento 
dele ou a cinemática escapular em 
indivíduos com ou sem dor no 
ombro; 
o Desempenho de mm. escapulares: 
hiperatividade do trapézio 
superior, diminuição e atraso na 
ativação do serrátil anterior, 
atraso na ativação dos trapézios 
inferior e médio, redução na 
coativação de músculos do MR; 
o Mobilidade/Postura da coluna 
torácica: indivíduos com SIS 
aresentam maior cifose torácica 
(provoca redução da ADM da GU 
e redução da força com a elevação) 
e menor extensão ativa da 
torácica; 
o Alterações na postura da coluna 
torácica tem relação com dor no 
ombro, ADM e função? Nenhuma 
associação entre hipercifose 
torácica e dor no ombro. Já as 
posturas eretas sentadas reduzem 
a cifose torácica e melhoram a 
ADM na flexão e abdução de 
paciente com e sem dor no ombro; 
o Alterações na coluna cervical => <= 
Dor no ombro: indivíduos que 
relatam problemas graves no 
pescoço => deficiência severa dos 
MMSS; 
o Encurtamento da cápsula 
posterior do ombro déficit de RM: 
atletas com diminuição da RM 
demonstram aumento da 
inclinação anterior da escápula no 
final da ADM de RM glenoumeral 
com o ombro em 90º de abdução 
ou flexão. 
➢ Alterações na cinemática umeral: 
alterações na cabeça umeral relacionada a 
cavidade glenoide já foram identificadas em 
indivíduos com patologias no ombro. 
o Déficit de Rotação Interna da 
Glenoumeral (GRID): é 
caracterizada como uma 
diminuição da amplitude de 
movimento da RI do ombro, tanto 
no lado dominante, quanto no 
lado não dominante; 
o Déficit no desempenho dos mm do 
MR: contribui para a tendinopatia 
do MR, pois resulta em translação 
superior da cabeça umeral e 
redução do espaço acromioumeral. 
 
Ombro congelado 
 Capsulite adesiva. 
 Perda progressiva da ADM (passiva e 
ativa) da glenoumeral associada a rigidez 
articular e dor. Gera prejuízo na qualidade 
do sono, incapacidade nas AVDs e atividades 
ocupacionais, além de perda da QV, 
ansiedade e depressão. 
FISIOPATOLOGIA: 
➢ É geralmente descrita como 
contratura fibrótica e inflamatória do 
intervalo rotador, cápsula e ligamentos; 
➢ A patologia mais reconhecida é a 
inflamação sinovial mediada por citocinas 
com proliferação fibroblástica (achados 
artroscópicos); 
o Formação de adesões (aspecto 
inferior da cápsula) => Déficit de 
flexibilidade (perda progressiva da 
ADM para RM, RL e abdução). 
 
ESTÁGIOS DA CAPSULITE ADESIVA: 
1. Pré-adesivo: duração de 0-3 meses, 
dor na ADM ativa e passiva, limitação da 
ADM (flexão, abdução, RM e RL), sob 
anestesia (normal ou mínima perda da 
ADM); 
2. Congelando: duração de 3-9 meses, 
dor crônica com ADM ativa e passiva, 
limitação significante da ADM (flexão, 
abdução, RL e RM), sob anestesia (ADM 
idêntica quando o paciente está acordado); 
3. Congelado: duração 9-15 meses, 
mínima dor, exceto no final da ADM, 
limitação significante da ADM com sensação 
de extremidade rígida, sob anestesia (ADM 
idêntica quando o paciente está acordado); 
4. Descongelamento: duração 15-24 
meses, dor mínima, melhoria progressiva na 
ADM. 
o A teoria da história natural 
(Congelado -> Descongelamento) é 
ficcção. Evitar essa expectativa do 
descongelamento natural pode 
reduzir o atraso no tratamento do 
paciente com ombro congelado. 
o NADA MELHORA SE NÃO FIZER 
NADA! 
 
➢ Dor > Rigidez (Estágio 1 - Freezing): 
injeção de corticoide + exercícios 
domiciliares; 
➢ Rigidez > Dor (Estágio 2 - Frozen): 
exercícios + terapia manual + alongamentos. 
CLASSIFICAÇÃO DE IRRITABILIDADE 
TECIDUAL – SINTOMAS E LIMITAÇÃO 
FUNCIONAL: 
➢ Nível Alto: dor intensa (≥7/10), dor 
em repouso ou consistente à noite, 
incapacidade alta no DASH, ASES, PSS, dor 
antes da ADM final, ADM ativa menor que 
a passiva devido a dor; 
➢ Nível Moderado: dor moderada (4-
6/10), dor em repouso ou intermitente à 
noite, incapacidade moderada no DASH, 
ASES, PSS, dor no final da ADM, ADM ativa 
semelhante a passiva; 
➢ Nível Baixo: dor baixa (≤3/10), dor 
noturna ou dor em repouso, incapacidade 
baixa no DASH, ASES, PSS, dor mínima no 
final da ADM com sob pressão, ADM ativa 
mesmo que a passiva. 
DÉFICIT DE MOBILIDADE E DOR NO 
OMBRO/CAPSULITE ADESIVA: 
 
➢ Aproximadamente 50 anos, ADM 
ativa e passiva igualmente restritas, ADM 
RL ativa = ADM RL passiva e ≤ 50% do outro 
lado, RX normal. 
 
 Apresentação Clínica: 
 
 O medo reduz o movimento: falta de 
confiança, crenças negativas, ansiedade e 
depressão, baixa autoconfiança em relação a 
dor, afeta significativamente a percepção da 
função do ombro. 
Instabilidade 
Glenoumeral 
 Hipermobilidade sintomática, que 
inclui subluxação ou luxação traumática e 
atraumática, que resulta em instabilidade 
de plano único ou multidirecional. 
 Os pacientesdevem ter desconforto + 
uma sensação de ombro solto ou ombro 
saindo para atender à definição de 
instabilidade. 
➢ Sistemas de Classificação: alertar 
para característica anatômicas específicas, 
fornecer informações sobre a história 
natural e o prognóstico, oferecer 
recomendações sobre o tratamento. 
o Não existe um método padrão 
ouro para classificar a 
instabilidade => métodos não 
validados e confiáveis. 
 
CLASSIFICAÇÃO - ETIOLOGIA 
 TUBS <=> AIOS <=> AMBRII 
 
➢ Traumática: força externa; 
➢ Unidirecional: luxação anterior (98%) 
e posterior (2%); 
➢ Bankart: lesões de Bankart (e Hill 
Sachs); 
o Bankart: avulsão do complexo 
cápsulo-labral da região de 3-6h 
(presentes em 85% das cirurgias); 
o Hill Sachs: impactação óssea na 
região superior e póstero-lateral 
da cabeça umeral (80% das 
luxações). 
➢ Surgery: cirúrgico (12% de sucesso 
com tratamento conservador). 
 
➢ Lesão SLAP (Superior Labrum 
Antero-Posterior): lesão do complexo de 
inserção bicipital, podendo ocorrer em 
continuidade com a lesão de Bankart. 
o Mecanismo de Peel Back: força 
excêntrica sobre a cabeça longa do 
bíceps braquial durante a fase de 
finalização do arremesso. Lesão 
ocorreu na fase de armação tardia 
do arremesso. 
 
 
➢ Atraumática; 
➢ Multidirecional; 
➢ Bilateral; 
➢ Reabilitação; 
➢ Inferior capsular shift. 
 
➢ Apresentação Clínica: frouxidão 
ligamentar ou generalizada, fator 
hereditário, voluntárias/involuntárias, 
geralmente sem lesões associadas, 
tratamento conservador efetivo. 
o Escore de Beighton > 5: 
hipermobilidade generalizada. 
 
 Origem atraumética é multifatorial 
(deficiência no intervalo dos rotadores, falha 
no controle muscular e por anormalidades 
do colágeno). Provocam frouxidão capsular, 
alteração do controle muscular e assimetria 
ritmo escapular. 
 
Resultado positivo em pelo menos 2 
dos 3 testes: 
➢ Teste de Apreensão do Ombro: 
colocar o membro superior em abdução de 
90º e RE, empurrar a cabeça umeral para 
a frente, o paciente dará sinais de medo e, 
além das fáscias apreensivas), reagirá 
movimentando o corpo para evitar o 
deslocamento indicando que o teste é 
positivo. 
 
➢ Teste de Apreensão Posterior: colocar 
o membro em flexão anterior de 90°, 
adução e RI, com a escápula estabilizada, 
aplicar pressão posterior no cotovelo, se o 
paciente reagir como no teste anterior 
indica que o resultado é positivo; 
 
➢ Teste de Hiperabdução: com o 
paciente sentado, o examinador estabiliza a 
clavícula e escápula com uma mão, 
enquanto faz uma abdução no braço do 
paciente com a outra mão. Se tiver mais de 
105º de abdução o teste se torna positivo. 
O paciente pode sentir instabilidade, 
apreensão ou dor durante a realização. 
 
➢ Axquired; 
➢ Instability; 
➢ Overstress; 
➢ Surgery. 
 
➢ Apresentação Clínica: microtraumas 
repetitivos, fragmentação labral, tendão 
bíceps alongado, volume capsular 
aumentado, tratamento cirúrgico indicado, 
mas pode-se tentar conservador. 
➢ Diferentes critérios usados por 
diferentes autores em sistemas de 
classificação propostos de instabilidade da 
articulação glenoumeral: Frequência, 
Etiologia, Direção e Severidade; 
o Frequência: pergunta-se ao 
paciente quantos episódios você 
teve no último ano: 
• Único: 1 episódio; 
• Ocasional: 2 – 5 episódios; 
• Frequente: > 5 episódios. 
o Etiologia: pergunta ao paciente se 
teve uma lesão que causou isso: 
• Sim: traumático; 
• Não: atraumático 
o Direção: pergunta ao paciente em 
que direção o ombro sai a maior 
parte do tempo; 
• Anterior; 
• Inferior; 
• Posterior. 
o Severidade: pergunta ao paciente 
se alguma vez já precisou de ajuda 
para colocar o ombro de volta na 
articulação; 
• Sim: luxação; 
• Não: subluxação. 
Os recursos classificados como 
extremamente importantes para fazer o 
diagnóstico de instabilidade incluem: 
➢ A história do paciente e o exame 
físico; 
➢ Uma história de trauma; 
➢ Pacientes demonstrando a posição do 
braço que reproduz os sintomas; 
➢ Reprodução dos sintomas por meio de 
testes provocativos; 
➢ Determinação da direção da 
instabilidade por exame físico. 
O tempo decorrido desde a cirurgia 
para voltar a prática esportiva é a única 
consideração a ser levada em conta em 
cerca de 75% dos estudos. 
Já a força muscular e análise do 
movimento foram usados como 
consideração para retorno em apenas 20%.

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