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Articulação do cotovelo ARTICULAÇÕES: ➢ Úmero-ulnar: a superfície articular côncava da ulna (incisura troclear) articula- se com a superfície articular convexa do úmero (tróclea do úmero); ➢ Úmero-radial: a superfície articular côncava do rádio (fóvea do rádio) articula- se com a superfície articular convexa do úmero (capítulo do úmero). LIGAMENTOS: ➢ L. Colateral lateral/radial; ➢ L. Colateral medial/ulnar: mais afetado em atletas, principalmente os de baseball; ➢ L. Colateral Ulnar Lateral: principal estabilizador lateral do cotovelo; ➢ L. Anular: estabiliza a cabeça do rádio. MÚSCULOS: ➢ Bíceps braquial: movimento de flexão e supinação => rosca direta; ➢ Braquial: principal flexor primário => flexão neutra, rosca martelo; ➢ Braquiorradial: principal estabilizador lateral => flexão pronada, rosca inversa; ➢ Tríceps: principal extensor do cotovelo; ➢ Ancôneo: mínima extensão, estabiliza o cotovelo aproximando o úmero da ulna; ➢ Extensores de punho e dedos: tem origem no epicôndilo lateral; ➢ Flexores e pronadores: tem origem no epicôndilo medial. Tendinopatia lateral do cotovelo Expressão a ser usada para designar dor persistente e perda funcional relacionada à carga mecânica nos tendões do aspecto lateral do cotovelo. Na preensão os flexores se contraem para fechar os dedos e os extensores se contraem para que o punho não fique fletido. DEFINIÇÕES: ➢ Tendinopatia Lateral do Cotovelo (TLC) é a causa mais comum de dor crônica no cotovelo gerando dor, incapacidade e perda de produtividade; ➢ Sinônimos: epicondilite lateral, cotovelo de tenista, epicondilalgia lateral. INDIVÍDUOS COM MAIOR RISCO: ➢ Homens e mulheres de 35 – 54 anos; ➢ Trabalhadores envolvidos em tarefas manuais => maior risco de desenvolver TLC e são mais resistentes ao tratamento (prognóstico ruim); ➢ Mulheres, mais velhas e trabalhadoras de escritório => maior risco; ➢ Tabagismo e lesões de MR => maior risco de TLC. FISIOPATOLOGIA: ➢ Fisiopatologia da TLC é multifatorial; ➢ Tenócitos de tendões sobrecarregados auxiliam na liberação de substâncias envolvidas em nocicepção e que alteram a matriz; ➢ Histologia: o aumento da celularidade e substância amorfa, desorganização do colágeno e neovascularização; Lesões do cotovelo ➢ “O ERCC (extensor radial curto do carpo) é o mais acometido, pois quando se contrai sofre fricção pelos LCL e LA”. ➢ Substâncias bioquímicas liberadas pelos Tenócitos sobrecarregados (tensão ou compressão), crescimento de neovasos, microlesões que geram inflamações. ➢ Tendão em estágio degenerativo pode apresentar porções em estágio reativo: intervenções devem levar em conta o estágio da disfunção. ➢ Tendinite X Tendinopatia: o Tratamentos tradicionais para desordens inflamatórias têm baixo sucesso em tendinopatias; o Estudos histológicos mostram mínima ou nenhuma inflamação; o Opções de tratamento para desordens inflamatórias e degenerativas. TEORIA DO ICEBERG: A ponta do iceberg é a dor e a base é o exercício saudável, entre essas extremidades tem muitos fatores, dentre eles exercícios com muita repetição e pouco tempo de descanso. ESTÁGIOS DA TENDINOPATIA: Quando o tendão normal sofre carga normal/ideal => fortalecimento. Quando o tendão sofre com uma carga excessiva + pouco tempo de repouso adequado + fatores individuais = provável tendinopatia. 1. Tendinopatia Reativa: maior potencial de reversibilidade; 2. Tendinopatia Degradativa: carga excessiva contínua; 3. Tendinopatia Degenerativa: maior risco de ruptura. 6 – 10 meses para conseguir voltar a atividade esportiva. ➢ Se tirar a carga totalmente do tendão = enfraquecimento e sem estímulos que os Tenócitos precisam para fortalecer; o Pode gerar ruptura do tendão; o Carga excessiva e carga nenhuma, ambos são ruins. Aspectos da avaliação APRESENTAÇÃO CLÍNICA, DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO: ➢ Diagnóstico baseado na história clínica e avaliação física; ➢ Dor insidiosa na região do epicôndilo lateral, que pode irradiar para o antebraço; ➢ Dor agravada com preensão, extensão do punho e/ou 2º e 3º dedos, além de palpação; ➢ Testes de Cozen, Mill e Extensão do 3º dedo = +++; ➢ Déficits em preensão, força extensora e flexora do punho (sem alteração na força extensora dos dedos) e déficits de força no MR; ➢ Redução da eletromiografia do ERCC na extensão isométrica, preensão e backhand geram redução da Endurance, devendo trabalhar a resistência. HISTÓRICO: ➢ Histórico abrangente; ➢ Localização, intensidade e duração da dor; ➢ Data dos eventos relevantes/ mecanismo de lesão; ➢ Fatores agravantes, lesões prévias, tratamentos anteriores; ➢ Objetivos, expectativas, crenças do paciente. AVALIAÇÃO E EXAME FÍSICO: ➢ Flexão e extensão de cotovelo; ➢ Cotovelo fletido em 90º, polegar para cima (joia), realiza o movimento de pronação e supinação; ➢ Teste de Unidade Contrátil e Avaliação de Força: contração isométrica, se doer o tendão ou os músculos estão acometidos. ➢ ADM passiva e ativa dos movimentos do punho: flexão, extensão, desvios ulnar e radial; ➢ Testes de força dos extensores do punho e dedos: ERLC (cotovelo estendido), ERCC (cotovelo fletido), extensor dos dedos; ➢ Testes de força dos flexores do punho e dedos; ➢ Movimentos acessórios e colunas cervical e torácica: flexão de cotovelo + RL e RM, tração posterior, testar coluna cervical e torácica (compressão máxima no final dos movimentos da cervical); ➢ Testes Especiais: o Teste de Cozen: cotovelo a 90º e manter seu antebraço em pronação. Solicite ao paciente que realize a extensão ativa do punho, realizando o movimento contrário à resistência imposta. • Positivo: refere dor no EL. o Teste de Mill: cotovelo em extensão e o punho fletido, solicite ao paciente para resistir a hiperflexão de punho. • Positivo: refere dor no EL. o Extensão do 3º dedo: paciente deve vencer a resistência e manter o dedo estendido. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ➢ Instabilidades: mecanismo de lesão, testes especiais e histórico; ➢ Aprisionamento de nervo periférico (radial, interósseo posterior) => local sintomas e testes neurodinâmicos, além de paresia em extensores sem perda sensorial; ➢ Dor referida da cervical/ radiculopatia; ➢ Mobilização neural se houver compressão do nervo; o Procurar a reprodução dos sintomas e não apenas a dor. COMORBIDADES RELEVANTES: ➢ Dor cervical é mais comum em pessoas com EL; ➢ Pacientes com dor cervical e EL apresentam um pior prognóstico; ➢ Avaliação das colunas cervical e torácica é relevante. ➢ Podem ser aspectos contribuintes ou causais para a dor no epicôndilo. EXAMES DE IMAGEM: ➢ Exames de US são os principais exames complementares para identificação de alterações nos tendões; ➢ Áreas hipoecóicas, neovascularizações, espessamento do tendão e desorganização do tecido são achados relevantes; o Tendão branco: calcificação; o Tendão preto: alteração na matriz. ➢ Cuidado é necessário na interpretação => achados anormais são observados em 50% das pessoas assintomáticas. ASPECTOS DA AVALIAÇÃO: ➢ Força de preensão sem dor: válida e confiável para avaliação funcional => preensão até o aparecimento da dor => média de 3 tentativas com 1 min de intervalo; ➢ Questionários: PRTEE e DASH. Reabilitação DA tcl ➢ O tratamento conservador é a primeira linha de cuidado da epicondilalgia lateral; ➢ É improvável que um tratamento padronizado para todos os casos de epicondilalgia lateral seja eficiente em todos os casos; ➢ Intervenções devem ser desenhadas sob medida para a apresentação clínica e características individuais de cada caso. “Por que não começamos com repouso para os atletas? Porque quando tira a carga total, o tendão fica mais fraco.”Após 14 semanas sem treinar, atletas de futebol americano tiveram um treino intenso por 17 dias antes das competições = aumento em 4x a incidência de ruptura pré-temporada. COMPRESSÃO E OS TENDÕES: ➢ Um tendão submetido a estresse compressivo por tempo prolongado se remodela, passando a ter características de fibrocartilagem; ➢ Situações comuns de compressão dos tendões em atividades funcionais, laborais e/ ou esportivas devem ser consideradas! ➢ “Alongamento gera compressão, não pode começar alongando (braço pronado + extensão de punho);” ➢ “Comprimir o ERCC pode gerar compressão e lesão patológica;” ➢ “Na pronação: cabeça do rádio sobre e gera a compressão do ERCC pelo ligamento anular.” “E as injeções de anti-inflamatórios, como corticosteroides? Será que não são uma boa opção? Corticoide no tendão tem efeito negativo reduzindo a proliferação celular, síntese e organização do colágeno, além de aumentar a necrose.” ➢ O tendão com alterações patológicas apresenta MAIOR área de secção transversa de tecido com boa estrutura do que um tendão normal; o “A intervenção precisa envolver cargas progressivas ao tendão como um todo e não só a parte lesada.” COMO PROPORCIONAR CARGAS PROGRESSIVAS AO TENDÃO: “Exercícios excêntricos para tendinopatias são parte de um tratamento multimodal para reabilitação da TLC. Fazer exercícios concêntricos também não fazem mal, mas precisam ser feitos de forma lenta na fase inicial e no final com maior velocidade.” FASE 1: ISOMÉTRICOS, CADEIA CINÉTICA E MANEJO DA CARGA; ➢ Fase aguda – manejo dos sintomas; ➢ Bandagem rígida do diamante: objetivo de reduzir a tensão nos tecidos acometidos (origem dos extensores). A bandagem é tensionada e a pele é movida em direção ao centro do “diamante”. Reduz a tensão nos tecidos acometidos; ➢ Contrações Isométricas Sustentadas: isométricos de 30 – 45” para tendinopatia reativa => punho em 30° de extensão, cotovelo a 90º de flexão; ➢ Controle Motor: dissociação da extensão do punho dos dedos; ➢ Manejo de carga: equilibrar na balança o repouso e o exercício; ➢ Alongamento: causa compressão do tendão contra o epicôndilo e a cabeça do rádio; ➢ Fortalecimento: musculatura do quadril, joelho e tornozelo. FASE 2: FORTALECIMENTO ISOTÔNICO COM CARGA PROGRESSIVA AO TENDÃO: ➢ Evitar flexão excessiva: gera compressão; ➢ Fortalecimento local: flexão de punho + desvio ulnar => extensão de punho + desvio radial; ➢ Progressão de posições que menos estressam para as que mais estressam: 1. Antebraço em extensão e supinado + extensão de punho; Oferecer carga progressiva para os extensores do punho inicialmente com o antebraço supinado; 2. Cotovelo a 90º de flexão + antebraço pronado + extensão de punho; 3. Antebraço pronado + extensão de punho. ➢ Progressão pode ser feita com manipulação da carga, repetição, ADM, repouso. ➢ Dor é permitido até 5/10, não podendo passar de 5 caso passe, a carga se excedeu. ➢ Fortalecimento com o componente excêntrico e o antebraço estendido e pronado (compressão inserida gradualmente), pode ser enfatizado, principalmente em fases mais avançadas. ➢ Exercícios realizados 2 – 3x/semana; ➢ Recondicionamento com 3 x 8 – 12 repetições (1 – 2 min de intervalo); ➢ Alongamento na fase subaguda auxilia na dessensibilização (lentos e sustentados – apenas sensação de alongamento leve, no início); o Extensão e flexão de punho; o 3 – 5 x 20 – 30 segundos. ➢ Fortalecimento bilateral; ➢ Cuidado com exacerbação dos sintomas (durante ou após), carga durante AVD/trabalho, forma e execução adequada. “E o tempo de descanso entre os dias de reabilitação e os dias de atividades esportivas/laborais? Tempo de descanso entre sessões de alta intensidade de exercício de fortalecimento ou atividade física/laboral é de 36 horas por causa da produção/ degeneração de colágeno. Após 36h que a síntese de colágeno > degradação de colágeno”. “Fortalecimento proximal (bíceps, tríceps, MR, deltoide) são importantes para fazer a ação do movimento do exercício e laboral.” ➢ Mobilizações com Movimento (MWM): o Mobilizações de deslizamento sustentadas enquanto o paciente executa uma ação => movimento simples, complexo, preensão; o Para ser indicada, deve haver uma redução ≥ 50% da dor com a técnica; o Mobilizações aplicadas com as mãos ou cinto. Bandagem pode ser aplicada; o MWM para ganho de flexão e extensão; o Manipulação (Grau 5) da articulação rádio-umeral; o Mobilização oscilatória da coluna cervical; o Glide lateral com flexão ativa e sobrepressão; o Glide lateral usando cinto com extensão ativa; o Glide lateral em vértebra cervical; o Bandagem para deslizamento lateral – mobilizações para melhora na força de preensão; o Mobilização com movimento para melhora na força de preensão; o Automobilização em deslizamento lateral; ➢ Treino de Atividades Funcionais: o Treino das tarefas funcionais específicas de AVD; o Treino das tarefas funcionais específicas de trabalho; o Treino das tarefas funcionais específicas do esporte; o Objetos leves, menores, de fácil pegada => objetos maiores, mais pesados e/ou de pegada mais difícil. ➢ Recurso eletrotermofototerapêutico: o Laser infravermelho: 904nm, 0,5 – 7,2 J => efetivo em conjunto com outras condutas. FASE 3: PLIOMÉTRICOS E RETORNO À FUNÇÃO: ➢ Exercícios Pliométricos: o Treino de perturbação; o Controle motor e estabilização; o Fortalecimento da musculatura do tronco e quadril; o Integração da cadeia cinética; o Fortalecimentos específicos do gesto esportivo; ➢ Adaptação e Retorno ao Trabalho – Fatores laborais associados à prognóstico ruim: o Manejo de ferramentas pesadas; o Manejo de cargas pesadas; o Movimentos muito repetitivos; o Pouco controle sobre o trabalho; o Posturas não neutras de punho no trabalho. ➢ Modificações ergonômicas devem evitar tarefas envolvendo desvios da posição neutra, exaustão excessiva e movimentos altamente repetitivos. Instaurar pausas e tempos de repouso adequados. ➢ Importância da cadeia cinética – os membros inferiores e o tronco desempenham importantes funções para: o Base estável para o movimento do MS; o Promover torque rotacional para geração de força; o Gerar 50 – 55% da energia cinética gerada em um saque no tênis; o Quebra na propagação das forças geradas nesses segmentos impedindo a sua chegada até os MMSS => padrões compensatórios e sobrecargas excessivas em tendões e articulações. ➢ Retorno ao esporte: o Retorno irrestrito quando os déficits locais e da cadeia cinética estiverem sanados; o Programa de intervalo do esporte => minimizar a chance de re-lesão e facilitar o ganho de confiança e retorno à função; o O programa e suas progressões devem ser modificados para ir de encontro às necessidades específicas do atleta; o Programa abrangente de fortalecimento, flexibilidade, exercícios pliométricos, controle neuromuscular, estabilização dinâmica adequados aquecimento e gesto(s) esportivo(s) são importantes para a manutenção dos ganhos, com menor chance de recidivas. Tendinopatia média do cotovelo Teste Especial: extensão de punho passiva com cotovelo estendido gera reprodução dos sintomas em casos de tendinopatia medial de cotovelo. Instabilidade do cotovelo ➢ Classificação Cronológica: aguda, crônica e recorrente; ➢ Classificação Anatômica das Instabilidades: o Simples: sem fratura associada, mais comum; o Complexas: com fratura associada (fratura da cabeça radial, processo coronóide, olecrano ou úmero distal). ➢ Tríade terrível: luxação do cotovelo + fratura da cabeça radial + fratura do processo coronóide; CLASSIFICAÇÃO DAS INSTABILIDADES: ➢ Direção da luxação: definidapela direção dos ossos do antebraço. ➢ Subdivisão da luxação posterior (baseada na relação final entre o úmero e o olecrano): o Posterior; o Póstero-Lateral: mais comum. É a condição na qual o rádio e a ulna rodam lateralmente em relação à extremidade distal do úmero, levando a um deslocamento posterior da cabeça radial em relação ao capítulo; • Mecanismo de lesão: queda com a mão espalmada, punho em extensão, com a combinação de força axial aplicada em valgo, estando o antebraço em supinação. o Póstero-Medial: carga axial extrema com o braço acima da cabeça (Overhead). o Lateral Pura; Instabilidade póstero- lateral FISIOPATOLOGIA DA INSTABILIDADE: ➢ A combinação de forças produz uma ruptura sequencial das estruturas moles, que progride de lateral (LCUL) para medial (LCUM) através da articulação (“anel da instabilidade”); ➢ Sequência de rupturas determina graus variáveis de instabilidade que vão desde a subluxação até luxação completa. ESTÁGIOS DA RUPTURA: 1. O ligamento colateral ulnar lateral é rompido, resultando em subluxação rotatória póstero-lateral do cotovelo e ocorre redução espontânea da subluxação; 2. Lesões adicionais, anteriormente e posteriormente (cápsula), ocorrem resultando em luxação póstero-lateral incompleta do cotovelo; 3. Pode ser dos seguintes tipos: a) Ruptura das estruturas mediais: apenas a banda anterior do LCM intacta; b) Todo o complexo ligamentar medial é rompido: instabilidade em valgo, varo e rotacional presente; c) Ruptura da origem dos tendões flexores/pronador: instabilidade marcante. COMORBIDADES DA INSTABILIDADE: ➢ Fraturas associadas: cabeça radial, epicôndilo medial ou lateral, processo coronóide e fraturas intra-articulares do úmero; ➢ Lesões neurológicas: principalmente dos nervos ulnar e/ou mediano. Avaliação TESTES ESPECIAIS: ➢ Estresse em varo (0 – 30º) - interno; ➢ Estresse em valgo (0 – 30º) – externo; ➢ Pivot Shift: DD cotovelo a 70º e antebraço supinado. Terapeuta com uma mão estabilizando o braço e a outra no punho. Extensão + estresse em valgo no cotovelo, impondo uma compressão axial sobre o antebraço. Positivo: produz subluxação da articulação úmero-ulnar. Reabilitação ➢ Reabilitação pós-lesão é complexa, é preciso manter a congruência articular e prevenir rigidez; ➢ Cotovelo => especialmente propenso a rigidez => tecidos capsulares tendem a enrijecer e contraturar após trauma; ➢ Mobilização precoce é enfatizada para prevenir rigidez; ➢ Conhecimento, reparos e fixações internas são importantes para mobilização precoce segura. Boa comunicação entre cirurgião e fisioterapeuta é fundamental; ➢ Muitos cirurgiões optam por abordagem conservadora no PO => cotovelo rígido é de mais fácil manejo do que um instável; ➢ Considerações importantes: o A pronação do antebraço reduz espontaneamente a instabilidade rotatória póstero-lateral quando o complexo ligamentar lateral está rompido; o Evitar força em varo na presença de um ligamento colateral lateral deficiente; o O LCL restringe o varo do cotovelo e a instabilidade póstero-lateral; o Músculos extensores do punho previnem a rotação do antebraço na direção póstero-lateral; o Nos casos de reconstrução dos ligamentos colaterais laterais, é necessário proteção do enxerto para evitar alongamento ou falha; o A progressão da terapia é baseada na estabilidade do cotovelo e nas adaptações fisiológicas que ocorrem com a cicatrização; o Alongamento passivo após 6-8 semanas. FASES DA REABILITAÇÃO PO 1. Fase 1 – dia 1 a 4 semanas: o Splint mantendo o antebraço em pronação e o cotovelo em flexão de 90º, mantido por até 3 a 4 sem; o PRICE: controle da dor e derrame articular; o Cuidado deve ser tomado com a RM do ombro, pois pode provocar estresse em varo no cotovelo; o Movimentação precoce para evitar contratura em flexão; o A mobilização precoce depende: estabilidade articular, se um bloqueio da extensão é necessário e se há a presença de drop sign (sinal de queda); o Se a articulação é estável após a redução: exercícios de ADM com o antebraço em pronação e exercícios de pronação e supinação do antebraço com cotovelo em 90º ou mais de flexão; o Na presença de um drop sign: exercícios isométricos para tríceps, ancôneo e braquial e exercícios de flexão e extensão (antebraço em pronação) com a mão acima da cabeça; o Ênfase em exercícios resistidos para os extensores de punho: estabilização articular; 2. Fase 2 – 4 a 6 semanas: o Objetivos: maximizar a ADM do cotovelo e antebraço, mantendo- se a estabilidade, maximizar a força dos músculos extensores de punho; o Se o cotovelo estiver estável, retira-se a órtese (splint); o Exercícios de flexão e extensão com o antebraço em posição neutra; o Os exercícios de pronação e supinação do antebraço com o cotovelo à 90º de flexão são continuados; o Exercícios de preensão; o Estimular AVD leves, porém movimentos combinados de extensão do cotovelo + supinação do antebraço devem ser evitados; o Splint noturno para ganho de extensão. ➢ Fase 3: 6 a 12 semanas: o Objetivos: aumentar a mobilidade, força e Endurance, função de todo o membro superior; o Uso de calor superficial é indicado para aumentar a complacência dos tecidos para ganho de ADM; o Mobilizações articulares em distração => grau 3 => grau 4 para ganho de mobilidade em geral; o Alongamento de baixa carga e longa duração: casos em que há marcante redução na ADM nessa fase; o Incorporar exercícios com pesos e resistência elástica; o Exercícios resistidos para flexores do cotovelo com o antebraço em pronação até a 8ª semana; o Exercícios resistidos para tríceps; o Exercícios resistidos para músculos do ombro, antebraço e punho; o Alongamentos, movimentação passiva e mobilização articular para aumento da ADM; ➢ Fase Final: fortalecimento avançado e treino sensório-motor. Outras instabilidades relevantes ➢ Lesão do LCU por estresse no arremesso: provoca instabilidade medial do cotovelo do atleta; ➢ Luxação da cabeça do rádio: distração longitudinal vigorosa (ser puxado/ carregado); o Não puxe a criança pelos braços => Campanha de Conscientização para Prevenção da Lesão
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