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CHOQUE Karenn Cruz |Urgência e Emergência | Página Definição Hipóxia celular, tecidual e orgânica É causado pela incapacidade do sistema circulatório de suprir as demandas celulares de oxigênio, por oferta inadequada de oxigênio (DO2) e/ou por demanda tecidual aumentada de oxigênio (VO2). Quadro clínico Sinais e Sintomas Iniciais: Alertam sobre a possibilidade de choque. 2 ou mais achados = predição de gravidade OBS: Considerar alteração de maior/igual 3 pontos no glasgow Ajuda a definir qual paciente prediz maior gravidade e necessita de maior cuidado. Pode auxiliar na indicação de UTI e internação; Achados clínicos principais do Choque Hipotensão: Absoluta (PAS <90 mmHg) ou relativa (uma queda >40 mmHg na PAS), entretanto não necessariamente está presente.. Oligúria: É um dos sinais mais precoces do choque. Débito urinário <0,5ml/Kg/h Alterações do estado mental: Agitação, confusão, delírio, obnubilação e coma. Acidose metabólica: Redução da conversão do lactato e o aumento da produção do mesmo. Má perfusão periférica: Avaliada por uma pele fria, pegajosa e com enchimento capilar lentificado (>3 segundos). Taquicardia, taquipnéia, hipoxemia. Diagnóstico O diagnóstico do choque é clínico. Quando houver a suspeita de um paciente estar em choque, o diagnóstico deve ocorrer ao mesmo tempo em que a ressuscitação. Os esforços para restaurar a perfusão jamais devem ser retardados em detrimento da coleta da história, exame físico ou realização de exames laboratoriais ou de imagem Tratamento O objetivo inicial do tratamento do paciente em choque na sala de emergência é restabelecer a perfusão e a oferta de oxigênio para os tecidos, enquanto são feitos o diagnóstico e o tratamento da etiologia do choque MOV · Máscara não reinalante, com meta de SatO2 94-98%. · Oximetria de pulso não é confiável pela vasoconstrição periférica, avaliada pela gasometria arterial. ABCDE Tratamento VIP V - ventilação Oxigenação /IOT se necessário I - Infusão de fluidos/intervenções imediatas Individualizar P - pump com drogas vasoativas Ressucitação volêmica: Choque hemorrágico: 1 L de SF 0,9% Choque não hemorrágico: (250-500 mL) de cristalóides EV em bolus, reavaliando necessidade a cada 10 minutos Otimização da pós carga: Se hipotensão persistente após ressuscitação volêmica, a administração de vasopressores é indicada. OBS: Norepinefrina é o vasopressor de primeira escolha nos quadros de choque, exceto no anafilático, em que a epinefrina é superior. Otimização do débito cardíaco Transfusão: É indicada transfusão de concentrados de hemácias se <7g/dL. Para cardiopatas o alvo passa a ser Hb acima de 8 a 8,5 g/dL. Redução do VO2 Evitar hipertermia (antitérmicos, se necessário). Controlar a dor (analgésicos, se necessário). Reduzir a ansiedade (ansiolíticos, se necessário). Reduzir o trabalho respiratório (ventilação mecânica, quando indicada, e esta deve ser bem ajustada, evitando assincronias). Tratamento específico: Choque hipovolêmico: Ressucitação volêmica Choque cardiogênico: Infarto: Shock trial: CATE + tratamento breve Culprit-shock: tratar apenas artéria culpada Tracs: transfusão se Hb<8 Shock-cool: hipotermia proscrita Drogas: AAS+heparina +2° anti agreg. plaq. (na sala de hemodinâmica) ICC: Definir perfil: ABCD(L) DVA/diurético Descobrir causa Bradi/taquicardia: Cardioversão Marcapasso Cardioversor interno Choque obstrutivo TEP- anticoagulação plena/trombólise Pneumotórax - punção e drenagem Tamponamento cardíaco - drenagem Choque distributivo: Medidas iniciais: hem. completo, BT, gasometria, culturas, imagem, ATBterapia + cristalóide 30ml/kg + DVA - reavaliação Choque anafilático Reposição volêmica Adrenalina · 0,5mg IM (se estável) · 0,2-10 ui/min IV (se grave) Difenidramina 25-50mg 6/6h até 4/4h IV Metilprednisolona 125mg até 6/6h (3d) Choque neurogênico: Atropina - inibir acetilcolinas Epinefrina Corticoide - inflamação Cirurgia.