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1 CÂNCER DE PÂNCREAS-Mariane Kolandjian AULA – TUMORES PERIAMPULARES – MSA UC6 1. CÂNCER DE PÂNCREAS 1.1. LOCALIZAÇÃO DO PÂNCREAS • Depender da localização no pâncreas da lesão, possui diferentes indicações cirúrgicas • PÂNCREAS ➔ Órgão Retroperitoneal, alongado e coloração amarelo róseo, circundado por fina camada de tecido conectivo que confere ao órgão aspecto lobulado 1.2. DIVISÃO DO PÂNCREAS • 5 porções: Divisão com base nos vasos mesentéricos • Não existe segmentação real da glândula • Cabeça ➔ À direita dos vasos mesentéricos • Corpo e cauda ➔ À esquerda dos vasos mesentéricos • Colo ou istmo ➔ Sobre estes vasos • Processo uncinado ➔ Posteriormente aos vasos mesentéricos; contorno ao redor dos vasos mesentéricos 1.3. EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA • Constitui doença com extensos problemas diagnósticos e terapêuticos, apesar dos inúmeros avanços tecnológicos • O diagnóstico precoce é feito em pequeno número de casos o Maioria dos pacientes chegam com tumores em estágio avançado, de difícil tratamento 2 CÂNCER DE PÂNCREAS-Mariane Kolandjian • INCIDÊNCIA ➔ Incide frequentemente no sexo masculino (70,5%) e na faixa etária de 40 e 70 anos de idade. • Sua ocorrência em menos de 40 anos é de 8,1% • Etiologia desconhecida. Sua ocorrência familiar é rara • Pode estar associada à Síndrome de Gardner e à pancreatite familiar • Relações com diabetes e fumo (tabagismo) tem sido referido na literatura o Pacientes com diabetes, que evoluíram para insuficiência exócrina podem evoluir para CA de pâncreas 1.4. PATOLOGIA • Tumor maligno não endócrino do pâncreas mais frequente é o adenocarcinoma (ADENOMAS) • Locais de ocorrência: o Cabeça ➔ 79,5% ▪ Porção mais difícil de tratamento o Corpo e cauda ➔ 10,2% o Difusa ➔ 10,2% ▪ Acomete o pâncreas inteiro • As metástases ocorrem precocemente. o Por conta disso se leva em conta fazer terapia neoadjuvante → quimioterapia antes da cirurgia, por conta das metástases precoces • A rede linfática peripancreática é muito rica e as metástases invadem em curto tempo, precocemente a A drenagem linfonodal do pâncreas é representada na figura. Os marcadores correspondem às estações linfonodais classificadas pela Sociedade Japonesa do Pâncreas 3 CÂNCER DE PÂNCREAS-Mariane Kolandjian • As metástases hepáticas e pulmonares fazem-se por via hematogênica → mais comuns • Em uma fase mais avançada encontramos metástases peritoneais generalizadas e ascite pancreática, esta depende principalmente de bloqueio por infiltração tumoral o Icterícia é comum nos pacientes caso lesão ocorra na cabeça no pâncreas 1.5. QUADRO CLÍNICO • Depende da localização, extensão e comprometimento ou não de órgãos vizinhos • Os principais sinais e sintomas sugestivos da doença são: o Dor em abdome superior ou dorso ➔ 84% ▪ Principalmente devido ao comprometimento do tronco celíaco o Icterícia do tipo obstrutiva ➔ 73% ▪ Cabeça do pâncreas o Emagrecimento ➔ 76% (dor ao se alimentar) • A dor abdominal é geralmente persistente, moderada a forte intensidade, muitas vezes sem característica específica (incaracterística), localizada em região supra-umbilical (em faixa) ou no dorso, acompanhada de queixas digestivas vagas, inapetência, emagrecimento, diabetes, distúrbios emocionais o Diabetes aparece nas pacientes após o comprometimento de 80% do pâncreas • Os vômitos são provocados por mecanismos reflexos do nervo vago ou por obstrução duodenal secundária à neoplasia pancreática • A presença de melena indica o comprometimento da parede duodenal com ulceração de sua mucosa 1.5.1. Exame físico o Icterícia ➔ Sinal importante no exame físico o Hepatomegalia ➔ Devido a estase biliar, por compressão das vias biliares ou por metástases no fígado • Vesícula biliar palpável na vigência de icterícia. o Sinal de Courvoisier Terrier é sugestivo de obstrução baixa das vias biliares (colédoco terminal) pelo tumor → sugestivo de CA pâncreas ▪ vesícula biliar palpável e indolor em paciente ictérico. • Nem sempre vesícula palpável com icterícia indica existência de tumor de cabeça de pâncreas, pois tumores de papila duodenal, do colédoco, compressão das vias biliares por tumores metastáticos e, raramente, obstrução do colédoco por cálculos ou pancreatite crônica cefálica, podem causar icterícia obstrutiva e distensão da vesícula biliar • Ascite é sinal encontrado tardiamente na evolução da doença. o Pode ser consequente a bloqueio linfático por disseminação do tumor ou a implantes de células cancerosas do peritônio 1.6. EXAMES LABORATORIAIS • Elevação dos níveis séricos de: o Bilirrubinas; o Fosfatase alcalina e Gamaglutamil Transpeptidase (Gama GT) → aumentadas por conta da obstrução dos canaliculares; o Transaminases poderão estar levemente elevadas o CA 19-9 (marcador) 1.7. EXAMES DE IMAGEM • USG • CT/RM • Ecoendoscopia com biópsia ➔ Padrão ouro • CPRE para desobstrução das vias biliares 1.8. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Cabeça de pâncreas o Pancreatite crônica (tumor de pâncreas possui uma massa e pancreatite não) o Coledocolitíase → pode apresentar com icterícia e dor, por migração de cálculo e não por tumor 4 CÂNCER DE PÂNCREAS-Mariane Kolandjian o Estenose cicatricial do colédoco → paciente com histórico de cirurgia o Neoplasia de ductos biliares, da ampola de Vater e do duodeno 1.9. TRATAMENTO CIRÚRGICO • Cirurgia ➔ A única perspectiva de cura é representada pela ressecção do tumor • Tratamento radical ➔ Visa retirada do tumor, do tecido pancreático circunjacente e da rede linfática que drena a porção da glândula sede do tumor (esvaziamento linfático) • O tipo de cirurgia depende da localização da neoplasia: o Cabeça ➔ Gastroduodenopancreatectomia parcial ou total (Cirurgia de Whipple) ▪ Retira: vesícula + porção distal do colédoco + primeira, segunda, terceira e quarta porção do duodeno até o jejuno + cabeça do pâncreas ▪ Reconstrução: • Em alça única → sobe uma alça que costura ligando com pâncreas, depois vias viliares e depois estômago. • Pode ser em alça dupla→ uma para via biliar e pâncreas e outra para o estômago, se juntando em Y Roux o Demais ➔ Pancreatectomia parcial do corpo e cauda com esplenectomia ou sem esplenectomia ▪ Com esplenectomia → quando comprovado que é maligno geralmente faz com ▪ LESÃO NO CORPO E NA CAUDA ▪ REMOÇÃO BAÇO ➔ Devido drenagem linfática 5 CÂNCER DE VESÍCULA BILIAR-Mariane Kolandjian b Corpo e/ou pancreatectomia parcial do corpo e cauda com esplenectomia ou sem esplenectomia 1.10. TRATAMENTO PALIATIVO • Visa aliviar o doente das complicações: icterícia, da dor e da obstrução duodenal • Obstrução biliar ➔ Cirúrgica, endoscópica ou percutânea • Alívio da icterícia ➔ Anastomose colédoco ou hepático jejunal em Y Roux • Anastomose colecisto-jejunal em Y Roux A derivação colecistojejunal, promove a anastomose da vesícula biliar com a boca distal da primeira alça jejunal seccionada. Após a confecção desta anastomose, o reestabelecimento do transito intestinal se faz pela anastomose jejuno-jejunal que deve se situar a aproximadamente, 40 cm da derivação biliodigestiva. A vesícula biliar pode ser utilizada em pacientes com obstrução do ducto colédoco distal por neoplasia pancreática desde que o ducto cístico mostre-se livre de lesão neoplásica. Geralmente, nesses casos, a vesícula biliar mostra- se distendida, facilitando o procedimento e abreviando o tempo de intervenção o que é muito benéfico ao paciente, tendo em vista que ele se encontra em condições clínicas precárias, porém raramente, é benéfica por períodos prolongados, já que o ducto cístico obstrui facilmente por compressão externaou pela invasão neoplásica. A derivação hepaticojejunal ou colédocojejunal é confeccionada utilizando-se uma alça jejunal a 30 a 40 cm do ângulo de Treitz. A anastomose pode ser antecólica ou retrocólica, dependendo do tumor e da via de acesso. Uma reconstrução com Y-de-Roux pode ser elaborada, prevenindo-se uma futura obstrução do trânsito intestinal. • Obstrução duodenal ➔ pode ocorrer por tamanho do tumor, que comprime duodeno; Gastroenteroanastomose? • Dor ➔ Bloqueio do plexo celíaco; via punção 1.11. TRATAMENTO COMPLEMENTAR o Quimioterapia o Radioterapia o Tratamento da insuficiência pancreática pós a cirurgia ou por invasão do tumor 2. CÂNCER DE VESÍCULA BILIAR • Raro e representa de 0,76 a 1,2% de todos as neoplasias • Incidência anual estimada de 1,1 para homens e 2,2 para mulheres por 100.000; em pacientes submetidos à colecistectomia • A frequência do câncer da vesícula biliar é de 1-3% dependendo da idade, sendo mais prevalente em mulheres e raro em crianças FATORES DE RISCO • Litíase biliar • Lesões polipoides da vesícula biliar • Anomalias na junção do ducto bíliopancreático (dificulta drenagem da bile) 6 CÂNCER DE VESÍCULA BILIAR-Mariane Kolandjian • Cistos de colédoco (Indicação cirurgia antes de se tornar câncer) • Infecções bacterianas • Vesícula biliar em porcelana • Adenomiomatose (miomas da vesícula) • Colangite esclerosante primária (doença autoimune das vias biliares) • Outras o Polipose colônica, DII, exposição química, obesidade, tabagismo, colecistite xantogranulomatosa, multiparidade e estado pós- menopausa PÓLIPO DE VESÍCULA BILIAR • Estudos têm demonstrado que as lesões polipoides com mais de 10mm de diâmetro apresentam o maior potencial maligno e, se diagnosticadas em pacientes assintomáticos, mesmo na ausência de cálculos, a colecistectomia está recomendada • Fatores de risco em lesões polipoides da vesícula biliar o Tamanho da lesão ou igual a 10mm o Lesão única (ou menos de três lesões) ➔ Lesões múltiplas estão mais relacionadas a pólipos de colesterol o Idade do paciente igual ou superior a 50 anos o Lesão polipoide séssil o Lesão polipoide na superfície hepática da vesícula biliar o Associação com cálculos da vesícula biliar ANOMALIA NA JUNÇÃO DO DUCTO BILIOPANCREÁTICO • Defeito congênito na união dos ductos pancreáticos e biliar • O CA da vesícula biliar está associado a esta anomalia em 10% dos pacientes • O mecanismo proposto para o risco elevado de câncer da vesícula biliar em pacientes com anomalias da junção são as alterações metaplásicas do epitélio da vesícula, causadas pelo refluxo crônico de suco pancreático dentro da vesícula biliar VESÍCULA EM PORCELANA • Aproximadamente 20% dos casos de vesícula biliar em porcelana dão origem ao câncer da vesícula biliar • Pacientes com calcificação incompleta da parede do órgão apresentam um risco maior do que aqueles com calcificação completa • Isso pode ser explicado pela completa perda do epitélio mucoso da vesícula biliar, o que significa que nenhum espaço permanece para originar a malignidade ADENOMIOMATOSE • Frequentemente assintomática, mas pode estar associada com pequenos cálculos que podem causar dor • Um dos fatores de risco para o CA da vesícula, especialmente quando a inflamação crônica está associada com cálculos complicados • O espessamento da parede da vesícula biliar, por si só, é uma das características da Adenomiomatose e, portanto, a diferenciação de lesão maligna de um espessamento focal da parede da vesícula biliar não é facilmente identificada por imagem visual COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA • Doença hepática progressiva com colestase intra-hepática • Associada com DII, como Retocolite ulcerativa OUTRAS CAUSAS • Doença inflamatória intestinal crônica, com Polipose colônica, com índice de massa corporal elevado • Tabagistas • Mulheres em estado pós-menopausa TIPOS • Carcinoma in situ • Adenocarcinoma • Carcinoma papilífero • Adenocarcinoma tipo intestinal • Carcinoma mucinosos • Carcinoma de células raras • Carcinoma de células em anel de sinete 7 TUMORES DE VIAS BILIARES-Mariane Kolandjian • Carcinoma adenoescamoso ESTADIAMENTO • TNM QUADRO CLÍNICO • Dor abdominal difusa e persistente em até 73% dos casos, ou em hipocôndrio direito, seguido por náuseas e vômitos • 43% com icterícia, e pode estar associada à febre, podendo simular colecistite aguda • Anorexia em 35% • Perda de peso em 35% dos casos • Exame físico o Icterícia, por invasão por colédoco, compressão de linfonodos pericoledocianos ou invasão hepática, massa assimétrica palpável e indolor em HD (Sinal de Courvoisier) o Ascite, bem como linfadenopatia periumbilical (Nódulo da Irmã Maria José) o Adenopatia supraclavicular esquerda (Nódulo de Virchow) o Massa palpável ao toque retal (Prateleira de Blumer) o Obstrução ou fístula duodenal o Sangramento gastrintestinal o Hematobilia, devido à invasão do intestino ou dos vasos adjacentes SUSPEITA CLÍNICA • Sexo feminino • Idade superior a 60 anos • Crescimento rápido de pólipos • Vesícula biliar escleroatrófica • Espessamento irregular da parede da vesícula biliar • Cálculo intraluminal fixo • Linfoadenomegalia regional • Isoecogenicidade com parênquima hepático DIAGNÓSTICO POR IMAGEM • USG ➔ Primeira escolha o Acurácia superior a 80%, para tumor em estágio avançado, limitação na avaliação de linfonodos (estadiamento da doença) • TC de abdome e RNM o Caracterização de lesões com potencial de malignidade e para pesquisa de metástases • Ecoendoscopia o Avalia a profundidade da lesão sobre as camadas da vesícula biliar (mucosa, muscular da mucosa e serosa) e para diagnóstico diferencial com lesões polipoides o Estadiamento pré-operatório que determina a abordagem cirúrgica TRATAMENTO • Ressecção cirúrgica o Colecistectomia radical ▪ Único tratamento curativo, dependendo do estadiamento do tumor ▪ 80% tem tumor irressecável por: • Metástases a distância • Invasão da veia porta, artéria hepática • Invasão do fígado e órgãos adjacentes • Todas essas condições contraindicam qualquer abordagem cirúrgica, restando a esses pacientes apenas o tratamento paliativo • Terapia adjuvante • Radioterapia • Dilatação endoscópica de vias biliares com stents • Colecistectomia profilática (pólipo, aumento da vesícula, mulheres) TUMORES DE VIAS BILIARES • Colangiocarcinomas (CCA) ANATOMIA • Vias biliares possuem diversas variações 8 TUMORES DE VIAS BILIARES-Mariane Kolandjian • Fígado é irrigado 70% pela veia porta e 30% pela artéria. Irrigação pela artéria é para as vias biliares exclusivamente HISTOLOGIA • Epitélio colunar simples • Lâmina própria • Fibromuscular • Tecido conjuntivo perimuscular • Serosa • Se produz em torno de 1000ml de bile por dia • É uma neoplasia rara o 2% dos tumores malignos o Incidência de 1-2:100.000 (EUA) • Acomete qualquer região da via biliar o Região hilar: 40 – 60% (Tumor de Klatskin) o Via biliar distal: 20 – 30% o Intrahepático ou periférico: 10% o Difuso ou multifocal: < 10% • Prognóstico ruim ➔ Sobrevida de 6 a 12 meses o Insuficiência hepática o Colangite IDADE • Acomete mais entre 50 e 70 anos • Segundo pico na oitava década de vida • Acomete mais homens FATORES DE RISCO • Colangite esclerosante primária (8% em 5 anos) • Cistos de colédoco (15 a 20%) • Hepatolitíase (5 a 10%) • Anastomose biliodigestiva prévia (5% em 11 a 18 anos) • Hepatites B e C • Síndrome de Lynch II • Polipomatose biliar múltipla APRESENTAÇÃO CLÍNICA • Icterícia em 90% dos casos o Bilirrubina sérica > 10, geralmente 18 • Colúria • Acolia fecal • Prurido em 66% • Dorabdominal constante em HCD (30 a 50%) • Fadiga • Anorexia • Perda ponderal (30 a 50%) • Febre (20%) • Hepatomegalia (25 a 40%) • Massa palpável em HCD (10%) • Vesícula de Courvoisier (raro) → Mais comum no CA de pâncreas EXAMES COMPLEMENTARES • Bilirrubina total > 10 (pensar em tumores de vias biliares) • Fosfatase alcalina elevada • CA 19-9 elevado • USG de abdome o Dilatação dos ductos intra-hepáticos ➔ Pensar em CCA hilar o Dilatação dos ductos intra e extra- hepáticos ➔ Pensar em CCA dista ▪ Diagnóstico diferencial com carcinoma periampular o Afastar coledocolitíase • TC de abdome o Auxilia na delimitação da massa e relação com estruturas adjacentes • Colangiorressonância magnética (CPRM) o Avaliação precisa da anatomia das vias biliares exclusas pelo tumor o Baixo risco de infecção/colangite o Associada a RNM de abdome superior auxilia na delimitação da massa com maior acurácia e no estadiamento • Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) o Alto risco de colangite e tempo de internação o Preferível quando há necessidade de realização de drenagem da via biliar (BT>10) 9 TUMORES DE VIAS BILIARES-Mariane Kolandjian o Citologia biliar ou escovado tem sensibilidade baixa CLASSIFICAÇÃO • Anatomicamente o Intra-hepático o Distal o Peri-hilar / Klatskin ▪ Classificação de Bismuth • Tipo I ➔ Mais comum • Tipo II ➔ Acomete ducto hepático direito ou esquerdo • Tipo III A e III B ➔ Acometimento intra- hepático além da região hilar • Tipo IV ➔ Difuso e de difícil tratamento ESTADIAMENTO • TNM TRATAMENTO CIRÚRGICO • Curativo ➔ Ressecção completa (R0) o Intra-hepático ▪ Ressecção hepática ▪ Depende do acometimento linfonodal e capacidade de alcançar margens livres ▪ Ressecabilidade em 62% ▪ Sobrevida de 22 a 66% em 3 anos o Distal ▪ Duodenopancreatectomia / Whipple ▪ Sobrevida em 15 a 25%, chegando a 54%, em 5 anos ▪ Paliação • Colecistectomia + Hepaticojejunostomia em Y de Roux proximal o Peri-hilar ▪ Ressecções curativas são possíveis em menos de 50% ▪ Classificação de Bismuth- Corlette • I e II ➔ Ressecção em bloco de ductos biliares + Colecistectomia com margens de 5 a 10 mm + Linfadenectomia regional + Hepaticojejunostomia em Y de Roux • II ➔ Pode exigir lobectomia hepática / lobectomia do caudado rotineira • III e IV ➔ Hepatectomia e ressecção de veia porta (Centros especializados) o Aumento da mortalidade cirúrgica em 8 a 10% ▪ Sobrevida de 50% em 5 anos • Contraindicação de ressecção de CCA o O paciente possui risco cirúrgico alto e não tem benefício da ressecção o Cirrose avançada com hipertensão portal o Envolvimento bilateral das vias biliares dentro do fígado o Envolvimento da veia porta o Atrofia do lobo não acometido pelo tumor o Atrofia contralateral à veia porta envolvida o Envolvimento de N2 de linfonodos o Metástases à distância TRATAMENTO PALIATIVO • Drenagem de via biliar o Direcionado ao controle da icterícia o Indicações ▪ Colangite ▪ Prurido refratário ▪ Melhora da função hepática previamente a QT o Objetivo é descomprimir pelo menos 1/3 da massa hepática funcionante (múltiplos segmentos) o Drenagem de segmentos atróficos não é efetiva 10 TUMORES DE VIAS BILIARES-Mariane Kolandjian o A icterícia pode estar presente em decorrência de obstrução de veia porta • Derivação biliodigestiva o Maior durabilidade o Alta morbimortalidade • Drenagem percutânea o Preferível quando há dificuldade de colocação de Stent endoscópico • Drenagem endoscópica com Stent o Ideal para CCA distal • Radioterapia não altera muito e quimioterapia é indicada
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