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Guia_Pratico_em_Cirurgia_Geral - SANAR

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2020
Título: Guia Prático em Cirurgia Geral
Editor: Guilherme Melo
Projeto gráfico: Bruno Brum
Diagramação: caixadedesign.com
Capa: Mateus Machado
Revisão ortográfica: Lindsay Viola
Conselho Editorial: Caio Vinicius Menezes Nunes, Paulo Costa Lima, Sandra de Quadros
Uzêda | Silvio José Albergaria Da Silva
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP)
B238g   Barbosa, Leonillson Joanh Paullo Vilarinho.
  Guia Prático em Cirurgia Geral / Leonillson Joanh Paullo Vilarinho Barbosa, Talita de Lima
Aquino Nogueira, Vilarinho e Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho.–
1. ed.- Salvador : Editora Saúde, 2020. 512 p.
  ISBN 978-65-86246-24-7
  1. Cirurgia Geral. 2. Guias. 3. Medicina. 4. Saúde. I. Título. II. Assunto. III. Barbosa,
Leonillson Joanh Paullo, Vilarinho. IV. Vilarinho, Talita de Lima Aquino Nogueira.
V. Carvalho, Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de.
CDD 617.9
CDU 616-089
ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO
1. Medicina: Cirurgias ( técnicas, equipamentos, material ).
2. Medicina: cirurgias diversas. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARBOSA, Leonillson Joanh Paullo Vilarinho; VILARINHO, Talita de Lima Aquino Nogueira;
CARVALHO, Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de. Guia Prático em Cirurgia Geral. 1. ed.
Salvador, BA: Editora Sanar, 2020.
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
 
Editora Sanar Ltda.
Rua Alceu Amoroso Lima, 172
Caminho das Árvores
Edf. Salvador Office e Pool, 3º andar.
CEP: 41820-770 – Salvador/BA
Telefone: 0800 337 6262
sanarsaude.com
atendimento@sanar.com
Sumário
Parte 1: Princípios Básicos da Cirurgia Geral
01. Cirurgia segura
02. Nomenclatura e terminologia em cirurgia
03. Ambiente cirúrgico e seus profissionais
04. Resposta endócrina e metabólica do trauma
05. Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base
06. Nutrição em cirurgia
07. Cicatrização de feridas
08. Cuidados pré operatórios e risco cirúrgico
09. Antibioticoprofilaxia e antibioticoterapia em cirurgia
10. Complicações da ferida operatória
11. Cuidados com Drenos e sondas
Parte 2: Principais Temas Teóricos da Cirurgia Geral
12. Abdome agudo
13. Hérnias da parede abdominal
14. Afecções da vesícula e via biliar
15. Neoplasias colônicas malignas
16. Neoplasias gástricas benignas e malignas
17. Tumores eabscessos hepáticos
18. Doenças diverticulardos cólons
19. Pancreatite aguda e crônica
20. Doenças inflamatórias intestinais
21. Apendicite aguda
22. Tumores pancreáticos e neuroendócrinos
23. Doença do refluxo gastroesofágico
24. Câncer de esôfago
25. Doença ulcerosa péptica
26. Nódulos tireoidianos
Parte 3: Procedimentos Básicos da Cirurgia Geral na Prática
27. Os anestésicos locais
28. Agulhas e fios
29. Nós e suturas
30. Punção venosa periférica e central
31. Procedimento de Pressão Arterial Invasiva (PAI)
32. Acesso intraósseo
33. Paracentese
34. Punção lombar
35. Toracocentese
36. Drenagem torácica
37. Pericardiocentese
38. Intubação orotraqueal
39. Cricotireoidostomia
40. Traqueostomia
41. Técnica em Sondagem nasogástrica e nasoenteral
42. Sondagem de alívio e vesical de demora
43. Cistostomia
 
 
Agradecimentos
A ideia e produção do livro “GUIA PRÁTICO EM CIRURGIA GERAL” demonstra o desejo de
levar aos profissionais de saúde alguns dos tópicos mais relevantes dentro de patologias
com abordagem e segmento cirúrgico.
Esperamos, após a conclusão deste livro, que o leitor tenha uma ferramenta do
conhecimento a qual possa dar-lhe uma percepção mais abrangente no campo da cirurgia
geral.
Agradecemos a todos os profissionais envolvidos no processo de produção deste livro,
acreditamos que apenas com um estudo adequado e continuado podemos melhorar como
profissionais, e, portanto, oferecer um tratamento mais adequado para aqueles que são o
foco principal dos nossos esforços: os pacientes
Que este livro estimule os leitores.
Talita de Lima Aquino Nogueira Vilarinho - Coordenadora
 
À Deus,
Por ter criado nossa moradia nesse universo e ter me permitido habitar e evoluir nele.
Agradecimento especial por sempre me iluminar com a Sua presença.
Aos meus pais Dr. Taniusmar e Rosimary,
Expresso a minha eterna gratidão, por estarem comigo nessa jornada terrena e por
partilharem o conhecimento, generosidade, sabedoria, amor, virtudes diversas e me
apoiarem em todos os momentos de minha vida.
Aos meus irmãos, Dr. Deyvid, Dr. Rodrigo e Dr. Diego,
Pelo companheirismo, amor e proteção eterna.
Aos familiares,
Meus agradecimentos. Meu tio Dr. Wilmar e minha tia Lêda, extraordinários e sábios
seres humanos a quem amo e tenho enorme carinho.
Agradeço, também, à ótima e esforçada equipe que me acompanhou na construção e
disseminação dessa ferramenta de conhecimento.
Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho - Coordenadora
 
Apresentação
“Guia prático em cirurgia geral” é um livro idealizado para os estudantes e profissionais
de saúde com o intuito  de nortear alguns dos principais tópicos dessa área médica.
A construção deste livro envolveu vários profissionais empenhados em dar ao leitor uma
experiência ampla, profunda e agradável durante a sua leitura.
Trata-se de um conjunto de temas da área cirúrgica, organizados em capítulos teóricos
e práticos, escolhidos baseados na prevalência e relevância com que se apresentam nas
emergências hospitalares.
Esperamos que o leitor possa usar este material de maneira prática e intuitiva, seja por
leitura “do início ao fim”, seja por pesquisas direcionadas.  O objetivo é permanecer em
constante aprendizado, buscando sempre melhorar seus conhecimentos em prol dos
pacientes.
Desejo-lhes empenho, sede de conhecimento e, a partir de agora, uma boa leitura.
Leonillson Joanh Paullo Vilarinho Barbosa
Talita de Lima Aquino Nogueira Vilarinho 
Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho
 
Autores Coordenadores
Leonillson Joanh Paullo Vilarinho Barbosa
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC (2007-2013). Cirurgião Geral pela
Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2017-2019).
Especialização em Saúde da Família pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação da UFC (2014-
2016). Experiencia Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Geral
da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Médico do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência – Samu/Sobral. Instrutor do Prehospital Trauma Life Support – PHTLS.
Talita de Lima Aquino Nogueira Vilarinho
Médica Formada pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2010-2016). Cirurgiã Geral
pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2017-2019).
Experiência Profissional: Cirurgiã Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgiã Geral da Santa
Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência –
Samu/Sobral. Médica Emergencista do Hospital da Unimed. Médica do Serviço de Procura de
Órgãos e Tecidos da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – OPO/SCMS. Preceptora da Graduação
e do Internato do Curso de Medicina do Centro Universitário Inta- Uninta.
Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho
Interna do curso de medicina da Universidade Nove de Julho. Integrou a diretoria e a coordenação do
Centro Acadêmico César Timo-Iaria (C.A.C.T.I.) nos anos de 2017, 2018 e 2019. Foi coordenadora
geral do XIV Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho e diretora do V
Congresso Acadêmico de Neurociências. Atuou nas Ligas acadêmicas de: Neurologia e
Neurocirurgia, Ginecologia e Obstetrícia e Oncologia, sendo diretora desta. É membro acadêmico da
American Academy of Neurology desde 2018. Atual coordenadora local de estágios e vivências
(CLEV Sul 2). Tem interesse nas áreas cirúrgicas, de neurociências e educação.
Autores Colaboradores
Adriana Santos de Oliveira
Médica formada pela Universidade de São Paulo (2006-2011). Cirurgiã geral (2014-2016) e cirurgiã
de Cabeça e Pescoço (2016-2018) pela Universidade de São Paulo.Aldenir Rocha de Oliveira Filho
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2009-2015). Residente de
Clínica Médica pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral- SCMS (2019-2021). Mestrando em
Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Ceará – UFC (2019-2020). Pós - Graduado em
Medicina de Família pela Universidade Federal do Ceará- UFC (2016-2017). Experiência
Profissional: Médico Emergencista Clínico do Hospital Regional Norte - HRN.
Alessandra Marques Figueira Muoio Gonzalez
Graduação em Medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes (2000). Atualmente é professora na
Universidade Nove de Julho. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cirurgia Geral,
Cirurgia do Trauma e Cirurgia Plástica (mais especificamente cirurgia reconstrutora). Doutoranda no
Departamento de Biofotônica Aplicada à área da Saúde na Universidade Nove de Julho, iniciado no
primeiro semestre de 2019. Atuação como docente da Faculdade de Medicina da Universidade Nove
de Julho nas unidades curriculares de Cirurgia Geral e suas Especialidades, Técnica Operatória e
Propedêutica Cirúrgica.
Alexandre Araújo Aguiar
Médico pelo Centro Universitário Christus -Unichristus (2010-2016). Residente de Cirurgia Geral na
Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021).
Experiência Profissional: Médico do Pronto Atendimento Clínico e Cardiológico Prontocárdio (2017-
2018). Médico do Pronto Atendimento do Hospital São Raimundo (2017-2018). Médico do Pronto
Atendimento Hapvida (2018-2019). Médico do Pronto Atendimento do Hospital Central Freelife
(2017-2019). Médico do Programa de Saúde da Família de Caucaia (2017-2018). Médico Generalista
da Marinha do Brasil desde 2018. Médico Regulador do Cresus Macro Fortaleza e sobral.
Ana Cristina Fiuza De Albuquerque
Médica Formada pela Universidade Técnica Privada Cosmo – UNITEPC (1997-2003). Cirurgiã
Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2010-2012).
Experiencia Profissional: Cirurgiã Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgiã Geral da Santa
Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Preceptora da Graduação e do Internato do Curso de
Medicina do Centro Universitário Inta- Uninta.
Ana Dimitria Gomes Ponte
Médica Formada pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2010-2015). Cirurgiã Geral
pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2017-2019).
Experiencia Profissional: Cirurgiã Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgiã Geral da Santa
Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS.
Anderson José Vieira Da Silva
Médico Formado pela Escola Latino Americana – ELAM (2002-2008). Cirurgião Geral pela Santa
Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020). Experiência
Profissional: Médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu/Ceará. Coordenador
Médico da Emergência do Hospital Ana Lima, Maracanaú – Ceará. Médico Chefe de Equipe Upa
Canidezinho e Upa Messejana.
Antônio Robson Gomes Ximenes
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2009-2014). Cirurgião Geral
pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2016-2018).
Experiência Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Geral da
Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS
Arnaldo Paula Pessoa Azevedo Júnior
Residência em Clínica Médica HPS 28 de Agosto/UNL De Manaus - AM. Residência em
Endoscopia pelo Hospital Oncológico Ophir Loiola da Universidade Estadual do Pará-Uepa.
Membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED. Experiência Profissional:
Médico Endoscopista no Hospital da Unimed de Sobral. Médico Endoscopista do Hospital Regional
Norte – HRN. Médico da Endogastro de Sobral.
Artur Guimarães Filho
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC (1977-1982). Cirurgião Geral Pelo
Hospital Geral de Fortaleza/Universidade Federal do Ceará – UFC (2017-2019). Titular do Colégio
Brasileiro de Cirurgia – TCRC. Mestrado em Cirurgia pela Universidade Federal do Ceará- UFC.
Doutorado em Cirurgia pela UFC. Ex Coordenador da Residência de Cirurgia Geral da Santa Casa de
Misericórdia de Sobral- SCMS. Experiencia Profissional: Presidente da Comissão e Controle de
Infecção do Hospital da Unimed Sobral. Professor Titular do Curso de Medicina da Universidade
Federal do Ceará – UFC. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS.
Cirurgião Geral do Hospital da Unimed Sobral. Autor do Livro Pesquisa Rápida em Enfermaria
Cirúrgica.
Breiner Rodrigues de Almeida Ferro
Médico formado pela Universidade Federal de Goiás - UFG (2008-2013); Cirurgião Geral pela
Universidade de Brasília - UnB (2014-2015); Urologista pelo Hospital Geral de Goiania- HGG (2017
- 2019); Experiência profissional: Cirurgião Geral do hospital regional do gama-df (HRG)
Breno Alexander Bispo
Interno do curso de Medicina do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic Campinas
(SP). Ex presidente da Liga de Cirurgia Geral São Leopoldo Mandic - LCSLM (2019); Diretor
Científico e de estágios da Liga de Neurologia e Neurocirurgia São Leopoldo Mandic - LANN
(2019); Membro Fundador da Liga Acadêmica de Anatomia Humana São Leopoldo Mandic -
LAANATO (2017); Diretor de Marketing da IV Gestão do Centro Acadêmico André Ricardo Ribas
Freitas - C.A.A.R.R.F. (2017); Presidente e Organizador do 1º Congresso “Inovações em Cirurgia:
Para onde Vamos?” (2018); Idealizador e Organizador do Curso: “Imersão em Cirurgia Plástica para
o Cirurgião Geral” (2019). Observership em Neurocirurgia na Technischen Universität Dresden -
Department of Neurosurgery (2020).
Cádmo Silton Andrade Portella
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC (1981-1987). Cirurgião Geral pelo
Hospital César Cals em Fortaleza (1988-1989). Formado em Administração Hospitalar pela
Universidade Estadual do Ceara – UECE (1985). Formado em Medicina do Trabalho pela UFC.
Formado em Endoscopia Digestiva pelo Instituto Nacional do Câncer – Inca (1995). Experiência
Profissional: Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Cirurgião Geral do
Instituto José Frota – IJF/Fortaleza. Professor Concursado do Curso de Medicina da Universidade
Federal do Ceará/Sobral.
Caio Plácido Arcanjo
Médico Formado pela Universidade de Fortaleza– UNIFOR (2011-2017). Cirurgião Geral pela Santa
Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020). Experiencia
Profissional: Médico Emergencista do Hospital Regional Norte - HRN.
Danilo Frota Guimarães
Médico Formado pela Universidade de Fortaleza. Cirurgião Geral pelo Hospital Ana Nery pela
Universidade Federal da Bahia- UFBA (2013-2014) Residência em Endoscopia pelo Hospital
Universitário Walter Cantídio/Universidade Federal do Ceará – HUWC/UFC (2015-2016). Membro
da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED. Experiência Profissional: Cirurgião e
Endoscopista no Hospital da Unimed de Sobral. Médico Endoscopista do Hospital Regional Norte –
HRN. Médico da Endogastro de Sobral.
Diego De Aragão Bezerra
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC/Sobral (2001-2006). Cirurgião Geral
pelo Hospital Geral César Cals-/Universidade Federal do Ceará -HGCC /UFC (2009-2011),
Cirurgião Oncológico pelo Instituto do Câncer do Ceará – ICC/UFC- (2011-2014) Mestre em
Ciências da Saúde pela UFC /Sobral. Doutorando pelo Departamento de Cirurgia - UFC. Experiência
Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Oncológico na Santa
Casa de Misericórdia de Sobral - SCMS. Professor Efetivo de Oncologia do Curso de Medicina da
UFC /Sobral.
Eduardo Fausto de Andrade Filho
Médico formado pela Universidade do Vale do Sapucaí (1990). Mestrado em Cirurgia Plástica
Reparadora pela Escola Paulista de Medicina (1999). Membro Titular da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica e Craniomaxilofacial. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em
Cirurgia Plástica e Restauradora, atuando principalmente no seguintetema: Cirurgia reparadora pós
ressecção de tumores. Atualmente é Professor Assistente da Disciplina de Cirurgia Plástica do
Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic de Campinas/SP e Coordenador da Liga
Acadêmica de Cirurgia Plástica São Leopoldo Mandic– LACIRPL-SLM.
Elson Arruda Linhares
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC (1978-1983). Cirurgião Geral pelo
Hospital Geral Cesar Cals/Universidade Federal do Ceará – UFC (1986-1988). Experiencia
Profissional: Diretor Clínico do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Sobral. Diretor Clínico do
Hospital da Unimed. Coordenador da Residência de Cirurgia Geral da SCMS. Cirurgião Geral da
Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Cirurgião Geral do Hospital da Unimed.
Eneivaldo Soares Mororó
Médico Formado pela Universidade Estadual Do Piauí – UESPI (2003-2010). Cirurgião Geral pela
Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2011-2013). Cirurgião
Cabeça e Pescoço pela Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza - SCMF/Universidade Federal do
Ceará – UFC (2014-2015) Experiência Profissional: Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia
de Sobral – SCMS. Cirurgião Cabeça e Pescoço do Serviço de Oncologia da SCMS. Preceptor do
Internato do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará – UFC. Preceptor do Internato do
Curso de medicina do centro Universitário Inta- Uninta. Preceptor da Residência em Cirurgia Geral
da SCMS.
Erika Silva Spessirits
Médica Formada pelo Centro Universitário do Pará (2010-2016). Cirurgiã Geral pela Santa Casa de
Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020). Experiência
Profissional: Médica Plantonista do Hospital da Unimed Sobral. Médica Plantonista do Hospital
Dom Walfrido.
Fábio Goussain Labat
Graduação em medicina pela USP em 1992. Residencia médica em cirurgia geral pela USP no
Hospital das Clínicas de SP. Médico preceptor da Residência médica em cirurgia geral e do aparelho
digestivo no hospital do Mandaqui desde 1997.
Professor facilitador do internato em cirurgia geral da Uninove desde 2007. Médico coordenador do
serviço de cirurgia geral e do aparelho digestivo no CHM.
Fábio José Bonafé Sotelo
Cirurgião Vascular com títulos MEC/AMB, Doutorado pela Universidade Federal de São Paulo,
UNIFESP, Coordenador da Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Universidade Nove de Julho,
Diretor do Departamento de Cirurgia do Hospital Ipiranga UGA-II São Paulo, Coordenador do
Programa de Residência Médica em Cirurgia Vascular do Hospital Ipiranga UGA-II São Paulo, Vice-
diretor De Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular da regional
de São Paulo (SBACV – SP), Vice-Presidente do COREME do Hospital Ipiranga UGA-II São Paulo,
Membro Internacional da Society for Vascular Surgery (SVS), Revisor Convidado da Revista
Einstein e Clinics, Diretor da Clínica Sotelo São Paulo.
Felipe Barbosa Rios
Médico Formado pela Universidade Federal do Acre – UFAC (2012-2017). Cirurgião Geral pela
Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020).
Experiência Profissional: Médico Emergencista do Hospital Regional Norte – HRN.
Francisco Wendel De Sousa Arruda
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2005-2010). Cirurgião Geral
pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2011-2013). 
Coloproctologia pelo Hospital Universitário Walter Cantídio/Universidade Federal do Ceará – UFC
(2014-2017). Endoscopia Digestivopelo Hospital Geral de Fortaleza/Escola de Saúde Pública do
Ceará (2017-2018). Experiência Profissional: Pronto Socorro Hospital Unimed Sobral (2012-2013).
Samu e Outros Atendimentos Pré-Hospitalares (2012-2015). Cirurgião Geral em Hospitais Públicos e
Privados (2013-2019). Preceptoria em Cirurgia Geral (2013-2019). Serviço de Endoscopia do
Hospital Regional Norte - HRN.
Gabriel Bernardo Rena
Interno do curso de Medicina do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic Campinas/SP.
Recebeu bolsa para pesquisa científica da FAPESP. Apresentou trabalho científico no congresso
American Association for Cancer Research em Austin/TX.Foi monitor do curso de Medicina do
Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic Campinas/SP na cadeira de Habilidades
Médicas I e II.
Geterson Bezerra Moreira
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2001-2006). Cirurgião Geral
pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2007-2009). 
Especialista em Endoscopia Digestiva pela Faculdade de Ciências Médicas de Juiz De Fora (2014-
2015) com Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva pela SOBED/AMB.
Especialista em Doenças Funcionais e Manometria do Aparelho Digestivo pelo Hospital Israelita
Albert Einstein. Experiência Profissional: Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral –
SCMS. Professor do Curso de Medicina do Uninta. Supervisor do Programa de Residência Médica
em Cirurgia Geral da SCMS/UFC. Atuou como Cirurgião Geral no Centro de Especialidades
Médicas, Policlínica Bernardo Félix e Hospital Regional Norte. Endoscopista da Clínica Geterson
Moreira.
Gilberto Sadala Mendes
Formado pela Faculdade Estadual de Medicina do Pará (1987-1992), Médico Anestesiologista pelo
Cet Integrado De Santos / Hospital da Beneficiência Portuguesa de Santos, Título de Especialista em
Anestesiologia pela SBA, Preceptor de Anestesiologia pela Uninove
Giovana Battaglia
Estudante do quinto ano de Medicina da Universidade Nove de Julho, campus Vergueiro.
Guilherme Pinho Mororó
Graduando do 9 Semestre do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará – UFC.
Gustavo Nader Guidoux
Médico formado pela Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS (2000-2005). Cirurgia
geral no Hospital Belo Horizonte (2006-2009). Pós Graduação em Videolaparoscopia (2009-2010).
Especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Professor da Faculdade de
Medicina do IMEPAC - Araguari. Cirurgião Geral do Hospital Santa Genoveva - Uberlândia-MG.
Higor Chagas Cardoso
Cirurgião vascular e Ecografista - SBAC/CBR/AMB. Professor mestre - Faculdade de Medicina
UFG/UniEVANGÉLICA
Isabela Alcântara Rocha
Estudante do 6º ano de Medicina, em formação pela IMEPAC - Com interesse especial em
anestesiologia e também nas áreas de terapia intensiva e medicina de urgência e emergência
Ivan Kirche Duarte
Médico pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE) - campus Vergueiro (2010-2015), cirurgião
geral pelo Conjunto Hospitalar do Mandaqui (2016-2018), residente de Urologia pelo Hospital
Edmundo Vasconcelos (2020-2023).
Jackeline Ribeiro Oliveira Guidoux
Médica formada pela Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG (1999-2004).
Cirurgião geral pelo Hospital Universitário Alzira Velano, Alfenas/MG. Mastologista pelo Hospital
Mater Dei, Belo Horizonte/MG. Título de especialista em Mastologia -TEMA, pela Sociedade
Brasileira de Mastologia. Mestre em Ciências da Saúde pela UFG. Docente do curso de Medicina do
Imepac Centro Universitário, Araguari/MG. Docente do curso de Medicina do Imepac Itumbiara.
Janiel Carvalho Ponte
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2004-2010). Cirurgião Geral
pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2011-2013).
Experiência Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Geral da
Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Médico do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência – Samu/Sobral. Cirurgião Geral do Hospital da Unimed. Preceptor da Graduação e do
Internato do Curso de Medicina do Centro Universitário Inta- Uninta. Preceptor da Residência
Médica de Cirurgia Geral da SCMS.
Janssen Loiola Melo Vasconcelos
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC/Sobral (2008-2013). Cirurgião Geral
pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2014-2016).
Cirurgião Oncológico pelo Instituto do Câncer do Ceará – ICC/UFC-(2017-2019). Experiência
Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Oncológico na Santa
Casa de Misericórdia de Sobral- SCMS. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral –
SCMS. Cirurgião Geral do Hospital da Unimed Sobral.
Joannillson Taygon Vilarinho Barbosa
Médico Formado pela Universidade Federal do Cariri – UFCA (2012-2018). Experiência
Profissional: Diretor Clínico e Plantonista do Hospital Municipal Antônio Ribeiro da Silva. Prescritor
da Clínica Médica no Hospital Municipal Dr. Abelardo Gadelha da Rocha.
João José Da Ponte Portela
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC (1982-1988). Cirurgião Geral pelo
Hospital Geral de Fortaleza/Universidade Federal do Ceará – UFC (1988-1989). Urologista pelo
Hospital Geral de Fortaleza (1990-1992). Experiencia Profissional: Cirurgião Geral e Urologista da
Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Cirurgião Geral e Urologista do Hospital da Unimed.
Preceptor da Residência Médica de Cirurgia Geral da SCMS. Cirurgião Geral e Urologista da
Secretaria de Saúde de Fortaleza.
João Paulo Ribeiro Silva
Médico Formado pela Estácio FMJ – Juazeiro do Norte (2006-2012). Cirurgião Geral pelo Hospital
Universitário Walter Cantídio HUWC/UFC-Fortaleza (2012-2014). Título de Especialista pelo
Colégio Brasileiro de Cirurgiões – CBC. Experiência Profissional: Cirurgião Geral Emergencista no
Hospital Regional Norte – HRN. Cirurgião Geral pela Secretaria de Saúde de Fortaleza. Preceptor da
Graduação e do Internato do Curso de Medicina do Centro Universitário Inta- Uninta.
João Victor Maretti
Interno do curso de Medicina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE - campus Vergueiro). Foi
membro do Centro Acadêmico César Timo-Iaria (C.A.C.T.I.) e vice-presidente do XIII Congresso
Médico Acadêmico UNINOVE. Atuou na Liga de Neurologia e Neurocirurgia, tendo permanecido
também como membro titular da Liga de Cirurgia Oncológica da mesma instituição.
José Alberto Guilherme Frota Júnior
Médico Formado pela Universidade De Fortaleza – UNIFOR (2013 – 2018). Residente de Cirurgia
Geral na Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021).
Juarez Jucá De Queiroz Neto
Médico Formado pela Unichristus (2013 – 2018). Residente de Cirurgia Geral na Santa Casa de
Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021). Experiência
Profissional: Médico Emergencista do Hospital da Unimed de Sobral.
Karla Orlany Costa Gomes Aires
Nutricionista pela Universidade Federal do Piauí – UFPI (2009-2014). Especialista com Residência
Multiprofissional em Urgência e Emergência pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS
(2015-2017). Especialista em Terapia Nutricional e Nutrição Clínica pelo Instituto GANEP (2016-
2018). Experiência Profissional: Nutricionista da Unimed Medicina Preventiva em Sobral-CE.
Nutricionista do NASF em Sobral-CE.
Laís Siqueira de Magalhães
Estudante de Medicina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE) - Campus Vergueiro (2015-
2020). Intercambista em programas de pesquisa científica (Universidad Autónoma de Nuevo León,
Monterrey, México - 2017), de estágio hospitalar (Semmelweis University, Budapeste, Hungria -
2018) e de trabalho voluntário (ONG Volunteering Solutions, Cusco, Peru - 2019). Participou da
organização de congressos acadêmicos, bem como apresentou trabalhos em congressos de âmbito
nacional.
Lara Ranulfo de Mendonça
Graduanda em Medicina na Universidade de Rio Verde campus Aparecida de Goiânia. Fundadora e
Diretora da Liga Acadêmica do Aparelho Digestivo, membro da Liga do Aparelho Digestivo e
membro da Liga de Cirurgia Geral. Afinidade pelas áreas de Cirurgia, Infectologia e de Medicina
Integrativa.
Larissa Miranda Rocha
Interna de medicina do IMEPAC Centro Universitário, Araguari/ MG
Leandro do Couto Aguiar
Graduado em Medicina pela UFG (Universidade Federal de Goiás). 7/1/2010 Especialista em
Cirurgia Geral e Cirurgia do cirurgia plastica pela universidade federal de São Paulo UNIFESP- EPM
fev/2011-marco/2016. Especialização (fellowship) em rinoplastia estruturada funcional e estética por
2 anos. Mar 2016-fev 2018. Fellowship em reconstrucao de mama por 1 ano. Marc2017-mar 2018.
Membro titular da sociedade brasileira de cirurgia plastica - SBCP. Professor da Habilidades medicas
(TO e ambulatorio de cirurgia) pela UNiRV. Corpo clínico de Cirurgia Plástica do Hospital Órion-
Einstein.
Leticia Maria Casagrande de Oliveira
Graduanda do curso de medicina do 5° ano na Universidade Nove de Julho campus Vergueiro.
Interessada em cirurgia geral, especialmente emergência e trauma.
Mariane de Castro Michielin
Interna do curso de Medicina do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic Campinas/SP.
Atual Vice-Presidente da Associação Brasileira das Ligas de Cirurgia Plástica – ABLCP, braço
acadêmico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP. Membro Acadêmico da Sociedade
de Medicina e Cirurgia de Campinas – SMCC. Ex-Presidente da Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica
São Leopoldo Mandic – LACIRPL-SLM (2018-2019). Fez parte da Diretoria de outras ligas
acadêmicas, como Vice-Presidente da Liga de Dermatologia São Leopoldo Mandic – LADERM-
SLM (2018) e Diretora de Marketing da Liga de Anatomia Humana – LAANATO-SLM (2017).
Organizou congressos e cursos na área de Cirurgia Plástica e Dermatologia, com destaque ao “V
Encontro Nacional da SBCP e ABLCP” (2020) e Curso de Extensão: “Imersão em Cirurgia Plástica
para o Cirurgião Geral” da SLM – Presidência (2019), e campanhas nacionais voluntárias de
promoção à saúde. Além disso, realizou diversas produções científicas e apresentações de trabalhos
no âmbito da Cirurgia Plástica e Dermatologia.
Marina Rodrigues Lima
Interna do Curso de Medicina do Centro Universitário Uninta.
Octavio Henrique Arcos Campos
Médico pela Universidade de Brasília (2002-2008). Cirurgião Geral pela Unesp (2010-2011).
Urologista pelo HSPM (2012-2015). Membro Titular da SBU, possui Certificação em Cirurgia
Robótica. Urologista Assistente do HSPM e Professor de Urologia da UniNove.
Patrick Teles Frota Capote
Médico Formado pela Universidade Federal Do Maranhão – UFMA (2000-2006). Cirurgião Geral
pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2010-2012).
Endoscopia Digestivo pelo Hospital Geral de Fortaleza/Escola de Saúde Pública Do Ceará (2014-
2015). Experiência Profissional: Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS.
Cirurgião Geral do Hospital da Unimed. Preceptor do Internato do Curso de Medicina do Centro
Universitário Inta- Uninta. Preceptor da Residência Médica de Cirurgia Geral da SCMS. 
Coordenador do Serviço de Cirurgia do HRN. Coordenador do Serviço de Endoscopia do Hospital da
Unimed /Sobral. Médico do Serviço de Endoscopia do HRN.
Paula Daher Rassi Guimarães
Acadêmica de medicina da UniEVANGÉLICA. Ex-presidente da Liga Acadêmica de
Gastroenterologia de Anápolis. Com interesse em pediatria e gastroenterologia.
Petrônio Fonteles Andrade
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará (2013 – 2018). Residente de Cirurgia Geral na
Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021).
Experiência Profissional: Médico Emergencista do Hospital da Unimed de Sobral.
Rafael Aires de Castro
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2009-2015). Cirurgião Geral
pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal Do Ceará – UFC (2016-2018). 
Residente de Cirurgia Vascular do Hospital da Restauração - UPE/Recife. Experiência Profissional: 
Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia
De Sobral – SCMS.
Rafael Azeredo Bastos
Interno do 6 ano de medicina da Universidade Nove de Julho
Rafael Bernardo Da Silva
Médico Formado pela Universidade Estadual do Ceará– UECE (2005-2010). Pediatra pelo Hospital
Infantil Albert Sabin (2012 -2014). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de
Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020).Experiencia Profissional: Médico
Emergencista do Hospital Geral de Fortaleza – HGF. Emergencista Pediátrico do Hospital Regional
Norte – HRN.
Raimundo Nonato Araújo
Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC /(1988). Médico Cirurgião Geral da
Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Médico Cirurgião Geral e do Serviço de
Ultrassonografia do Hospital da Unimed de Sobral.
Renato Kátrio Policarpo Carvalho
Médico Formado pela Universidade Federal de Campina Grande – UFCG (2004-2010). Cirurgião
Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal Do Ceará – UFC (2017-
2019). Experiência Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Geral
da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS.
Rhuce Pedrosa Carvalho
Médica Formada pela Unichristus (2013 – 2018). Residente de Cirurgia Geral na Santa Casa de
Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021). Experiência
Profissional: Médica Emergencista do Hospital Ana Lima – Rede Hapvida e Hospital Infantil de
Fortaleza. Médica Emergencista do Pronto Atendimento de Forquilha – CE.
Ricardo Pagrion Neto
Estudante do 5 ano de medicina pela Universidade Nove de Julho- Vergueiro. Interessado em
Cirurgia Geral, seguido de Urologia.
Roberto Salvador Martins
Médico formado pela Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista – UNESP
(1991 a 1996). Pediatra e Intensivista Pediátrico formado na Faculdade de Medicina de Botucatu -
Universidade Estadual Paulista – UNESP (1997 a 1999), Titulado pela AMIB em 2000. Mestre em
Farmacologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP em 2017. Experiência
profissional: Foi Referência Técnica da UTI Pediátrica de 2002 a 2018, é Médico Assistente da UTIP
do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti desde o ano 2000. Docente da Faculdade de Medicina São
Leopoldo Mandic de Campinas/SP, no curso de Medicina, desde 2013. Instrutor dos cursos PALS,
BLS e ACLS – American Heart Association.
Rogério Fortunato de Barros
Formado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Concluiu a
residência de Cirurgia Geral no Hospital Municipal de Campinas Dr. Mario Gatti em 2005. Concluiu
a residência de Cirurgia Infantil na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
em 2008. Concluiu Doutorado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 2012. Trabalha
no Hospital Universitário de Jundiaí com vínculo municipal obtido por concurso público como
Cirurgião Infantil. Professor voluntário da Faculdade de Medicina de Jundiai, realiza cirurgias
semanais com os residentes e internos da Faculdade. Trabalhou 7 anos na PUC-Campinas como
Cirurgião Infantil assistente e foi coordenador da residência médica 3 anos (2011-2014). Trabalha no
Hospital Dr Mário Gatti com vínculo municipal obtido por concurso público como Cirurgião Infantil.
Atualmente é professor coordenador da disciplina de cirurgia pediátrica da faculdade de Medicina
São Leopoldo Mandic. Desde janeiro de 2015 assumiu a coordenação do departamento de cirurgia
pediátrica da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC). Coordena com o apoio da
SMCC o site Pedline (www.pedline.org.br) em projeto filantrópico de prevenção precoce de doenças
na infância. Coordena a Liga de Cirurgia da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic. Em Julho
de 2017 assumiu a coordenação das ligas acadêmicas da Faculdade de Medicina São Leopoldo
Mandic.
Saulo Pinto Nunes
Médico Formado pela Universidade Federal da Paraíba (2011-2017). Residente de Cirurgia Geral na
Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021).
Experiência Profissional: Médico Chefe de Equipe da Upa /Sobral
Tárcilla Pinto Passos Bezerra
Médica Formado pela Universidade Federal do Ceará - UFC/Sobral (2001-2006). Residência em
Clínica Médica pelo Hospital Universitário Walter Cantídio – HUWC/UFC (2010-2011), Pós-
graduação em Cuidados Paliativos (2013-2014). Experiência Profissional: Professora Efetiva de
Semiologia e Clínica Médica do Curso de Medicina da UFC/Sobral. Médica Diarista da Unidade de
Cuidados Especiais do Hospital Regional Norte – UCE /HRN.
Thais Vasconcelos
Médica Formada pela Universidade Federal do Piauí – UFPI (2011-2017). Cirurgiã Geral pela Santa
Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020). Experiencia
Profissional: Médica Plantonista do Hospital da Unimed Sobral. Médica Plantonista do Hospital
Dom Walfrido.
Thales Resende Damião
Médico formado pelo Centro Universitário Barão de Mauá (2000 - 2005). Anestesiologista (TEA -
Título de Especialista em Anestesiologia) pelo Hospital de Base de São José do Rio Preto -
H.B/FAMERP - FUNFARME (2006 - 2008). Médico Anestesiologista do Hospital de Clínicas de
Uberlândia-MG. Médico Anestesiologista da CLINEST LTDA Araguari-MG. Professor de
Anestesiologia do IMEPAC Araguari-MG
Victor Costa Monteiro
Acadêmico do curso de Medicina do Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos em
Araguari - MG, monitor de técnica cirúrgica e semiologia médica desde 2018. Fundou a Liga
Acadêmica de Nutrologia (LANUT) e integrou a diretoria das ligas acadêmicas de: Cirurgia,
Cardiologia e Pediatria. Fundador do Projeto de Práticas Estudantis Cirúrgicas (PROPEC) da
respectiva instituição. Criador do aplicativo “MINHA SAÚDE APP” que está disponível
gratuitamente para a população.
Parte 1: Princípios Básicos da Cirurgia Geral
Parte 1 | Capítulo 1
Cirurgia segura
Autora: Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho
Coautor: Dra. Alessandra Muoio
1. COMO ERA E COMO É
“O que as drogas não curam, a faca curará; o que a faca não cura, o cautério curará; o que o
cautério não cura, deve ser considerado incurável.” Desde o tempo em que esse trecho do
Corpus Hippocraticum foi escrito (por volta de 450 a.C.), a cirurgia se atrelou ao campo de
guerra. As batalhas culminavam com inúmeros feridos que necessitavam de uma
intervenção médica rápida, não raramente em condições precárias.
A cirurgia, em grande parte da história, foi uma conduta aterrorizante. Sem a assepsia e a
anestesia adequadas, ser submetido a uma intervenção cirúrgica era quase um instrumento
de tortura, além de uma possível sentença de morte. Hoje em dia, com o advento de
diversas tecnologias, podemos avançar as expectativas em relação a uma cirurgia. Nossas
expectativas são de cura e, muitas vezes, de resolução definitiva do adoecimento.
Dessa maneira, a medicina atual está preparada para ser o mais segura e eficaz que
puder. Nesse sentido, erros evitáveis devem ser observados de perto com o intuito de serem
extinguidos. A segurança do paciente deve ser prioridade.
2. Fatores humanos
No período da década de 1970 e começo dos anos 1980, os acidentes aéreos de grande
porte eram comuns (ao menos dois por ano). Só em 1977 foram oito casos registrados,
somando cerca de 980 mortos. E, à medida que o número de voos comerciais crescia,
aumentava também a frequência dos desastres. Investigações apontavam que a maior
parte das ocorrências era devida a falhas humanas. Erros que, segundo investigadores da
época, poderiam ser evitados eliminando ambientes hostis dentro das cabines de comando
e possibilitando o trabalho em equipe, com a tripulação envolvida ativamente na solução
dos problemas a bordo.
3. O que a aviação nos ensinou
As estatísticas forçaram as autoridades da época a repensar a segurança do setor. Em
1979, a Nasa criou o sistema de formação profissional e compartilhamento de informações
conhecido por Gerenciamento de Recursos da Tripulação (CRM, na sigla em inglês, de Crew
Resource Management ), hoje utilizado em todas as escolas de aviação. Divisor de águas, o
programa de treinamento instituiu mudanças nos comportamentos da equipe de voo,
tripulação e demais integrantes das companhias que operam na terra. Com a medida, a
frequência de acidentes envolvendo aviões comerciais se reduziu drasticamente, colocando
o veículo entre os mais seguros do mundo. Hoje, para cada 100 mil milhas viajadas, a médiade morte é de 0,01, enquanto que de trem e carro esse número sobe para 0,04 e 0,94,
respectivamente.
Tendo sua origem no programa de pesquisa de fatores humanos da NASA, o CRM tem
como meta o uso eficaz de todos os recursos disponíveis para garantir segurança e
eficiência nas operações aéreas. Seu treinamento busca a mudança nas atitudes e nos
comportamentos da tripulação, da equipe de voo e de todos os integrantes das companhias.
A discussão em torno do modelo de segurança da aviação aplicado aos cuidados na
saúde já tinha sido levantada pelos órgãos ligados ao setor há alguns anos. Em 1999, o
Institute of Medicine (IOM) publicou o relatório “Errar é Humano”, constatando que falhas do
trabalho em equipe e comunicação respondiam por 75% dos erros médicos nos EUA. E
ainda nos anos 1990, a Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ) criou o
MedTeams Project, tomando como modelo o TeamSteps da aviação. Hoje, a Joint
Commission on Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO) recomenda às
instituições que solicitam a acreditação incorporar cursos de teamwork e comunicação a
seus programas de educação profissional.
4. Protocolo de cirurgia segura
O protocolo de cirurgia segura do Ministério da Saúde em parceria com a ANVISA e
FioCruz é o principal guia para uma cirurgia segura no Brasil. Ele está descrito da seguinte
maneira:
A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases:
I – Antes da indução anestésica
II – Antes da incisão cirúrgica
III – Antes de o paciente sair da sala de cirurgia
Cada uma dessas fases corresponde a um momento específico do fluxo normal de um
procedimento cirúrgico. Para a utilização da Lista de Verificação, uma única pessoa deverá
ser responsável por conduzir a checagem dos itens.
Em cada fase, o condutor da Lista de Verificação deverá confirmar se a equipe completou
suas tarefas antes de prosseguir para a próxima etapa. Caso algum item checado não esteja
em conformidade, a verificação deverá ser interrompida e o paciente, mantido na sala de
cirurgia até a sua solução.
I – Antes da indução anestésica
O condutor da Lista de Verificação deverá:
• Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, sua
identificação, para que esta seja confirmada
• Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos
• Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia
• Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação
• Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu
funcionamento
• Revisar verbalmente com o anestesiologista o risco de perda sanguínea do
paciente, dificuldades nas vias aéreas, histórico de reação alérgica e se a
verificação completa de segurança anestésica foi concluída
II – Antes da incisão cirúrgica (pausa cirúrgica)
Neste momento, a equipe fará uma pausa imediatamente antes da incisão cirúrgica para
realizar os seguintes passos:
• A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e pela função
• A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio
cirúrgico correto
• A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a
cirurgia, usando as questões da Lista de Verificação como guia
• A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60
minutos da incisão cirúrgica
• A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários
III – Antes de o paciente sair da sala de cirurgia
A equipe deverá revisar em conjunto a cirurgia realizada por meio dos seguintes passos:
A conclusão da contagem de compressas e instrumentais
• A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida
• A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões
que necessitem ser solucionadas
•    revisão do plano de cuidado e as providências quanto à abordagem pós-
operatória e da recuperação pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala
de cirurgia
IV – Definições
• Lista de Verificação: lista formal utilizada para identificar, comparar e verificar um
grupo de itens/procedimentos
• Demarcação de lateridade: demarcação de local ou locais a ser operados. Essa
demarcação é particularmente importante em casos de lateralidade (distinção
entre direita e esquerda), estruturas múltiplas (p. ex., dedos das mãos e dos pés,
costelas) e níveis múltiplos (p. ex., coluna vertebral)
• Condutor da Lista de Verificação: profissional de saúde (médico ou profissional da
enfermagem) que esteja participando da cirurgia e seja o responsável por conduzir
a aplicação da lista de verificação, de acordo com diretrizes da instituição de saúde
•   Segurança anestésica: conjunto de ações realizadas pelo anestesiologista, que
visa à redução da insegurança anestésica por meio da inspeção formal do
equipamento anestésico, da checagem dos medicamentos e do risco anestésico do
paciente antes da realização de cada cirurgia. Esse procedimento deve seguir as
orientações contidas no Manual para Cirurgia Segura da OMS, traduzido pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
• Equipe cirúrgica: equipe composta por cirurgiões, anestesiologistas, profissionais
de enfermagem, técnicos e todos os profissionais envolvidos na cirurgia
V –Ampliações
Atualmente há uma discussão em torno da ampliação do checklist de cirurgia segura
para outras áreas da medicina. Dentre elas, o checklist de parto seguro está ganhando
atenção especial.
A lista de verificação, desenvolvida e testada em parceria com a Ariadne Labs, um centro
conjunto do Brigham and Women’s Hospital e do Harvard T.H. Escola de Saúde Pública Chan,
apoiada pela Fundação Bill & Melinda Gates, sintetiza as Diretrizes e as Recomendações da
OMS existentes baseadas em evidências em uma ferramenta prática e única, com o objetivo
de melhorar a aderência às melhores práticas, incluindo comunicação adequada no
momento do parto.
A lista de verificação identifica quatro pontos de pausa correspondentes a um período
específico no fluxo normal de trabalho de um profissional de saúde: quando a mãe é
internada, imediatamente antes da expulsão (ou antes da cesariana), dentro de 1 hora após
o nascimento e antes da mãe e do recém-nascido receberem alta.
Esse checklist foi usado em plano piloto em nove países da África e da Ásia, com
resultados significativos. O próximo passo é explorar a viabilidade de usar a lista de
verificação em diversos contextos em todo o mundo.
Referências
1. CAIRUS, Henrique. Da natureza do homem Corpus hippocraticum. História, ciências, saúde-Manguinhos, v. 6, n. 2,
p. 395-430, 1999.
2. HAYNES, Alex B.; BERRY, William R.; GAWANDE, Atul A. What do we know about the safe surgery checklist now?.
Annals of surgery, v. 261, n. 5, p. 829-830, 2015.
3. HELMREICH, Robert L.; MERRITT, Ashleigh C.; WILHELM, John A. The evolution of crew resource management
training in commercial aviation. The international journal of aviation psychology, v. 9, n. 1, p. 19-32, 1999.
4. MAHAJAN, Ravi P. The WHO surgical checklist. Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology, v. 25, n. 2, p.
161-168, 2011.
5. MCCONAUGHEY, Edie. Crew resource management in healthcare: The evolution of teamwork training and
MedTeams®. The Journal of perinatal & neonatal nursing, v. 22, n. 2, p. 96-104, 2008.
�. MOREY, John C. et al. A transition from aviation crew resource management to hospital emergency departments:
the MedTeams story. In: Proceedings of the 12th international symposium on aviation psychology. Wright State
University Press Dayton, OH, 2003. p. 14-17.
7. Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo desafio global para a segurança do paciente. Cirurgias Seguras
Salvam Vidas. Tradução Nilo MS, Duran IA. Rio de Janeiro: Organização Panamericana da Saúde (OPAS); 2009.
�. PIZZI, Laura; GOLDFARB, Neil I.; NASH, David B. Crew resource management and its applications in medicine.
Making health care safer: A critical analysis of patient safety practices, v. 44, p. 511-519, 2001.
Parte 1 | Capítulo 2
Nomenclatura cirúrgica
Autora: Paula Daher Rassi Guimarães
Coautor: Dr. HigorChagas Cardoso
• Termos para indicar um determinado procedimento cirúrgico.
• Termos:
• Sinônimos → diferente grafia, mas mesmo significado:
enxerto autólogo = autoenxerto.
• Epônimos → nome da técnica ou instrumental ao nome de
quem descobriu/popularizou:
Incisão de McBurney
Técnica de Milligan-Morgan
Afastador de Farabeuf
Gastrectomia Billroth II
• Termos híbridos→ associação de duas palavras ou línguas
para formar uma palavra:
Apendicite, radioterapia, hipertensão
• Afixação→ associa a determinada raiz ou radical um
prefixo ou um sufixo:
Prefixo + raiz ou raiz + sufixo
Alguns radicais:
Entero → intestino
Nefro → rim
Oofor → ovário
Hístero → útero
Orqui → testículo
Salpinge→ trompa
Rino → nariz
Osteo→ osso
Procto → reto
Cisto → bexiga
Cole → vesícula
Colo → cólon
Colpo → vagina
Adeno → glândula
Sufixos:
Tomia → abertura
Centese → punção de uma cavidade
Ectomia → retirada
Stasia → parar
Anastomose → união
Stomia (proteger, desviar, alimentar) → exteriorizar
uma estrutura através de outra, podendo ser o próprio
órgão (colostomia) ou algum artifício (traqueostomia)
Plastia→ altera a forma do órgão sem mudar a
função (cardioplastia→ criar válvula/bolsa na cardia
para diminuir refluxo)
Dese → fixar/amarrar (artrodese de coluna → colocar
placas de titânio
Pexia → fixar órgão no sítio original ou trazer para
local correto
Síntese → sutura
Rafia → sutura
Tripsia → quebra (litotripsia → quebrar cálculo)
Scopia → olhar no interior
Nomes:
• Papilotomia → abertura da papila duodenal.
• Toracotomia → abertura da parede torácica.
• Drenagem → toracotomia + toracostomia fechada em selo
d’água.
• Flebotomia → dissecção (individualização e cateterismo) da
veia.
• Cistostomia →abertura na bexiga → drenagem de urina
• Coledocostomia →abertura no colédoco →dreno de Kehr
• Colostomia →abertura no cólon → através da parede
abdominal
• Gastrostomia →abertura no estômago (sonda/parede abd.)
• Histeropexia →suspensão e fixação do útero
• Nefropexia → suspensão e fixação rim
• Orquiopexia (orquidopexia) → abaixamento e fixação do
testículo em sua bolsa
• Salpingoplastia → plastia da trompa
• Piloroplastia → plastia do piloro
• Colporrafia → sutura da vagina
• Gastrorrafia → sutura do estômago
• Herniorrafia → sutura da hérnia
• Tenorrafia→ sutura do tendão
Referências
1. GOFFI, Fábio Schimidt et al. Técnica Cirúrgica: Bases
Anatômicas. Fisiopatológicas e Técnicas da Cirurgia. 4ª Ed, São
Paulo, Atheneu, v. 822, 2004.
2. MARQUES, Ruy Garcia. Técnica operatória e cirurgia
experimental. Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2000.
3. TOWNSEND, Courtney et al. Sabiston Tratado de Cirurgia: a base
biológica da prática cirúrgica moderna. Elsevier Brasil, 2014.
Parte 1 | Capítulo 3
Ambiente cirúrgico e seus
profissionais
Autora: Leticia Maria Casagrande de Oliveira
Coautora: Dra. Adriana Santos de Oliveira 
1. Introdução
O ambiente cirúrgico tem grande importância para o sucesso da
realização de seus procedimentos, seja qual for o porte cirúrgico.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)¹ na
série de segurança do paciente de 2013 as infecções relacionadas ao
sítio cirúrgico ocupam a terceira posição entre todas as infecções em
serviços de saúde, sendo 14% a 16% das encontradas em pacientes
hospitalizados.
A manutenção desse espaço conta com o preparo dos
profissionais envolvidos, do sítio cirúrgico e com a qualidade dos
instrumentos utilizados. A grande relevância da metodologia
empregada está no risco que a ruptura com a esterilidade pode
representar aos pacientes cirúrgicos.
1.1 Paramentação e segurança
A paramentação do sítio cirúrgico e dos profissionais cria uma
barreira de segurança biológica de contato direto entre o paciente e
os profissionais, materiais, equipamentos e o restante do ambiente.
Ela é feita de forma a evitar o máximo de interferências negativas ao
paciente e para a proteção individual do profissional.
1.1.1 Preparo das mãos
A lavagem das mãos vem antes da paramentação com roupas
específicas e é de extrema importância para a manutenção do
ambiente cirúrgico adequado. O preparo das mãos mudou de fato a
história da medicina e sua intenção é reduzir ao máximo infecções.
Não é permitido o uso de anéis, relógios, unhas compridas e
unhas artificiais.
A lavagem das mãos tem como objetivo retirar a população
transitória de bactérias enquanto que preserva a população
permanente (população fisiológica).
Deve ser realizada sempre em local adequado antes de se iniciar
o procedimento. Após a lavagem será realizado o calçamento das
luvas estéreis, ou seja, a lavagem das mãos não significa a
esterilização destas, uma vez que só estará de fato estéril com a
luva.
A lavagem deve ocorrer em lavatório com acionamento de água
tratada sem as mãos, com uso de escovas com material degermante
e por meio de uma rotina adequada que deve durar em média 5
minutos.
As rotinas de lavagem podem variar, contudo, devem sempre
respeitar as seguintes regras:
• Deve-se inicialmente espalhar o produto pela pele, pelas mãos
e pelo antebraço.
•   A lavagem das mãos, do antebraço e do cotovelo deve ser
realizada com a parte mais macia da escova cirúrgica
(esponja).
•   O início deve ser na parte distal (dedos) e seguir para
proximal (antebraço e cotovelo), não se devendo voltar a parte
distal após lavagem da proximal.
•   As duas mãos devem ser lavadas antes de se seguir para os
antebraços e, por sua vez, esses dois devem ser escovados
antes de se passar para o cotovelo; ou seja, só depois dos dois
lados derem lavados é que se passa para o próximo estágio.
•   Não deve ser deixada nenhuma parte dos dedos até o
antebraço sem escovação.
• A lavagem das unhas deve ser feita com o uso da região
plástica mais dura da escova cirúrgica (escova).
•   Deve-se enxaguar os membros no mesmo sentido da
escovação, ou seja, de distal para proximal.
•   Não chacoalhar e abanar as mãos, o antebraço e os
cotovelos após a lavagem.
•   Após a lavagem não abaixar as mãos abaixo da cintura até o
fim do procedimento cirúrgico.
Imagens da lavagem de mãos World Health Organization²
A secagem das mãos vem logo após a lavagem e precede a
colocação do avental cirúrgico. Ela deve ocorrer dentro da sala
cirúrgica com compressas ou material adequados e para essa
finalidade.
A secagem e a lavagem seguem sempre a sequência de distal
para proximal; à diferença que um membro inteiro deve ser secado
para só após isso se dobrar a compressa e passar para o outro
membro.
De acordo com ANVISA, a duração do procedimento deverá ser de
3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as
cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de duração
recomendado pelo fabricante do degermante).
1.1.2 Roupas específicas
Fazem parte da roupa específica dos profissionais no centro
cirúrgico: calça e camisa (roupa privativa), máscara, gorro, propé,
avental cirúrgico (jaleco cirúrgico, capote), luva estéril e proteção
ocular.
2. Roupa Privativa
Consiste na calça e na camisa que devem ser utilizados dentro do
ambiente do centro cirúrgico. Por ser apenas limpo, o uniforme não
pode tocar em superfícies estéreis.
A camisa precisa cobrir todo o tronco, do final do pescoço até o
início da pélvis. Devido a riscos de contato dos braços com fluidos
orgânicos, deve ter manga mais longa. Isso também protege contra a
liberação de microrganismos das axilas. A calça precisa cobrir
totalmente os membros inferiores, protegendo o trabalhador e
também evitando a liberação ao ambiente da flora de suas pernas e
seu períneo.
Alguns estudos sugerem calças com fechamento nos tornozelos
como as mais adequadas para impedir a liberação dessa flora.
Sua função é evitar a liberação de microrganismos da pele, do
tronco e dos membros.
3. Máscara
Deve ser utilizada dentro da sala cirúrgica, sempre que algum
instrumento estéril esteja exposto ou se a cirurgia estiver em
qualquer fase de andamento.
A máscara deverá cobrir totalmente a boca e o nariz.
Sua função visa proteção tanto do paciente quanto do profissional
de saúde. Elaevita a liberação de microrganismos oriundos do nariz
e da boca dos profissionais, protegendo o cliente de contaminação.
Do lado do profissional, protege suas mucosas de respingos de
sangue e outros fluidos do cliente.
Caso no ato cirúrgico ocorra da máscara cair é papel do circulante
arrumá-la.
4. Gorro
Deve ser utilizado desde a entrada no centro cirúrgico. Deverá
cobrir por completo o
couro cabeludo, cabelo, costeletas e orelhas. Sua função é
prevenir queda de partículas e/ou cabelos no sítio cirúrgico.
5. Propé e/ou sapato privativo
Justificado na prevenção de contaminação do chão de áreas
críticas por micro-organismos que são carreados nas solas dos
sapatos e podem ser liberados ao ambiente. Porém, sua eficácia no
controle de infecções tem sido questionada em vários estudos que
revelam:5, 6,7
• Diferença não significativa de contaminação do chão entre
calçados comuns e propés;
• Não é habitual a troca de propés, mesmo após pisotear
secreções orgânicas presentes no chão, que se disseminam
por todas as áreas do centro cirúrgico;
• O ato de caminhar é a mais importante causa da dispersão
bacteriana do chão do que o tipo de cobertura de sapatos
utilizados;
• Micro-organismos do chão dificilmente se dissipam ao ar
ambiente e não são aqueles causadores de infecção do sítio
cirúrgico;
• A chance de contaminação de uma ferida com micro-
organismos oriundos do chão se dá antes pela sua veiculação
e por contato do que pela sua disseminação do chão para o ar
ambiente.8
Mesmo assim, coberturas de sapatos ou sapatos privativos
continuam sendo recomendados nos EUA para proteção do
trabalhador contra contaminação com fluidos.9 Entretanto, há que se
atentar também para a sua eficácia como barreira, uma vez que
esses dispositivos atualmente utilizados (tamancos com orifícios
para transpiração e propés) não evitam ferimento dos pés com
objeto perfurocortante.
Nesse caso, o ideal seriam sapatos privativos fechados, pois os
modelos anteriormente citados não contribuem para o controle de
infecções e ainda determinam custos desnecessários.
No Brasil o uso é facultativo de acordo com as diretrizes da
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
(agosto de 2001).8,9,10
6. Avental Cirúrgico (jaleco, capote)
Pode ser descartável ou de pano reutilizável lavado e estéril. Os
descartáveis têm uma camada plástica que os tornam impermeáveis,
os de pano não têm.
O avental cirúrgico também desempenha dupla função: proteção
do paciente e do profissional da saúde. Em relação ao profissional:
protege a pele do corpo da exposição à sangue e a outros fluidos
orgânicos oriundos do paciente. Do ponto de vista do paciente, o
avental cirúrgico o protege da contaminação de micro-organismos
provenientes do corpo do profissionais
O avental deve ser utilizado dentro da sala cirúrgica segundo os
seguintes passos:
• Com as mãos e o antebraço devidamente escovados e
lavados deve-se segurar o avental pela parte superior longe de
locais em que este possa chocar-se;
• Deixar que o avental se desdobre pela ação da gravidade;
• Sem tocar na face externa do avental introduzir os braços na
manga do lado correspondente;
• Pedir a um auxiliar que este amarre as tiras do pescoço;
• Amarrar as tiras da cintura também com auxílio de um
assistente
O lado externo não deve tocar em superfícies não estéreis. É
retirado pelo avesso, sendo tocado somente em seu lado interno,
dessa vez, para proteger o profissional contra contaminação ocorrida
do lado externo.
7. Luva estéril
Tem dupla função, protegendo tanto o paciente quanto quem
realiza o procedimento.
É o que efetivamente deixa as mãos estéreis, contudo, mesmo
assim é necessário o preparo das mãos antes de seu uso, bem como
sua correta colocação.
Deve ser calçada logo após a escovação adequada de mãos e
antebraço, secagem adequada e a colocação do avental cirúrgico. Só
calçar as luvas estéreis após o ajuste total do avental. Deve seguir os
seguintes paços de colocação:
• Abrir o envelope de modo que os punhos fiquem voltados para
a pessoa que vai calçar;
• Verificar se as luvas vieram pré-dobradas de forma adequada;
• Calçar a luva da mão não dominante segurando com a mão
dominante, tomando cuidado para segurar na parte dobrada
do punho sem contaminar o lado estéril;
• Calçar a luva da mão dominante com o auxílio da mão não
dominante, com os dois dedos da mão não dominante na
dobra do lado estéril;
• Puxar ambos os punhos para cobrir o punho do avental.
• Caso no ato cirúrgico ocorra trauma da luva estéril o próprio
médico, ou quem está realizando o procedimento, deve trocar
a luva por uma nova.
8. Protetor ocular
Recomendado especialmente para proteção dos trabalhadores.
Seu modelo deve evitar o contato da mucosa ocular com sangue e
outros fluidos.
8.1 Instrumental cirúrgico
A instrumentação cirúrgica deve ser sistemática, sua organização
tem grande importância no sucesso dos procedimentos que ocorrem
na sala cirúrgica. O trabalho de instrumentação cirúrgica deve ocorrer
desde a contagem de compressas até a instrumentação ao cirurgião
responsável.
O instrumental cirúrgico varia de acordo com cada intervenção a
ser realizada, mas sua base se mantém. É necessário conhecer o
instrumental bem como seus nomes e suas funções, sua disposição
na mesa e sua utilização em cada tempo cirúrgico.
A abertura do instrumental cirúrgico deve ocorrer o mais próximo
possível do ato cirúrgico, após as portas da sala de cirurgia serem
fechadas.
A montagem da mesa com os instrumentais cirúrgicos deve
obedecer a disposição em 4 regiões: diérese, homeostasia, síntese e
especiais.
A mesa deve ser disposta de tal forma que a categoria diérese
esteja o mais próxima do instrumentador, permitindo assim a
passagem facilmente entre este e o cirurgião.
Pode-se ou não utilizar gazes para auxiliar no posicionamento dos
instrumentos.
INSTRUMENTADOR
ESPECIAIS SÍNTESE
CIRURGIÃO
DIERESE HOMEOSTASIA
8.2 Diérese
O termo diérese diz respeito a corte e separação, sendo, portanto,
necessários para a dissecção de estruturas durante o procedimento
• Bisturis
a. Cabo de bisturi número 3
b. Cabo de bisturi número 4
• Tesouras de Metzenbaum
tesoura de metzenbaum reta
a.Tesoura de Metzenbaumreta
b.Tesoura de Metzenbaumcurva
• Tesoura de Mayo
tesoura de mayo curva
a.Tesoura de Mayo reta
b.Tesoura de Mayo curva
8.3 Homeostasia
São os instrumentos necessários para o controle do sangramento
do paciente
• Pinça hemostática de Halsted
a. Pinça hemostática de Halstead reta
b. Pinça hemostática de Halstead curva
• Pinça hemostática de Kelly: pinça na qual os sulcos são pela
metade; na prática quando se pede a pinça de Kelly em geral
está se referindo à curva
a. Pinça hemostática de Kelly reta
b. Pinça hemostática de Kelly curva
•   Pinça de Crile
a. Pinça de Crile reta
b. Pinça de Crile curva
•   Pinça de Rochester
a. Pinça de Rochester reta
b. Pínça de Rochester curva
• Pinça de Kocher
a. Pinça de Kocher reta
b. Pinça de Kocher curva
• Pinça de Mixter
8.4 Síntese
• Pinça de Adson: pinça fina para estruturas mais delicadas
a. pinça de Adson com dente
b. pinça de Adson sem dente
• Pinça anatômica
a. pinça anatômica com dente
b. pinça anatômica sem dente
• Porta-agulha
8.5 Especiais
São instrumentos utilizados propriamente durante o procedimento
para auxiliar e acessar mais facilmente o paciente.
•   Afastador de Farabeuf
•   Afastador de Doyen
•   Afastador de Finochietto
•   Afastador de Gosset
•   Pinça de Collin Coração
•   Pinça de Allis
8.6 Antissepsia do sítio cirúrgico
A antissepsia diz respeito à inibição e à remoção de
microrganismos patogênicos e impurezas de tecidos vivos por meio
de degermação e antissepsia de forma sistemática. Pode ser
realizada por meio químico e físico.4
O meio químico é o desinfetante antisséptico e é considerado
adequado quando tem atividade germicida mesmo na presença de
sangue, soro, muco ou pus sem irritar pele e mucosas do paciente.
Em geral usa-se álcool, iodo e hexaclorofeno. Sua atuação ocorre por
meio da escovaçãodo paciente.
•   Os álcoois mais usados na antissepsia do sítio cirúrgico são
o etílico e o isopropílico em associação com glicerina por
ressecarem a pele; sua ação é bactericida, fungicida e virucida.
•   O iodo é bactericida, fungicida e tem ação relativa sobre
vírus; sendo seu composto mais usado com álcool iodado,
uma vez que é pouco solúvel em água.
O meio físico diz respeito a calor e radiação e também são
usados para conseguir esterilização.
Conclusão
De fato é indiscutível a necessidade de um ambiente cirúrgico que
esteja adequadamente preparado, do preparo de instrumentos e do
paciente para um procedimento bem-sucedido.
Busca-se cada vez mais aprimorar técnicas e instituir práticas
pragmáticas de atuação. O futuro das cirurgias e seu sucesso até o
momento está amplamente relacionado a essas práticas, seja desde
o preparo das mãos, uma prática clássica e institucionalizada até
limpeza dos tecidos vivos, com práticas e substâncias inovadas com
frequência.
Este capítulo tem grande importância para qualquer profissional
da área de saúde que pretenda atuar em procedimentos cirúrgicos,
uma vez que dá a base desses procedimentos e seus instrumentos
respectivamente necessários.
O que se deve levar de aprendizado são as técnicas e os
procedimentos de paramentação da equipe, sempre dando a devida
atenção ao preparo das mãos e colocação adequada dos
equipamentos de segurança, a importância de se saber nomes e
localização dos instrumentos cirúrgicos. Por fim, é necessário saber
a boa utilização de meios químicos de antissepsia, suas atuações e
suas limitações.
Referências
1. Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios diagnósticos de infecção
relacionada à assistência à saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em
Serviços de Saúde; 2013.
2. WHO, World Health Organization, First Global Patient Safety Challenge Clean Care.
3. AMB – Associação Médica Brasileira. Prevenção da infecção hospitalar. Sociedade
Brasileira de Infectologia; 2001. Ago 2001 [acesso em 2020 jan 7].
4. Moriya  T,  Módena  JLP.    Assepsia  e  antissepsia:  técnicas  de  esterilização. 
Medicina  (Ribeirão  Preto).  2008;41  (3):  265-73 [acesso em 2020 jan 7]. 
5. Ayliffe GA, Lilly H. Cross-infection and its prevention. J.Hos p. Infect., 1985: 6: 47-57.
Suppl. B.
�. Carter R. Ritual and risk. Nurs.Times, 1990; 8(13):63-4.
7. Coop G. et al. Footwear practices and operating room contamination. Nurs. Res., 1987;
36(6):366-9.
�. Garner JS. CDC Guideline for prevention of surgical wound infections. Today’s OR
Nurse, 1986; 8(3):33-40.
9. Garner JS. Guideline for isolation precautions in hospitals. Inf.Cont.Hosp.Epidem.,
1996; 17(1): 50-80.
10. Gaya H. Is it necessary for staff and visitors in an intensive care unit to wear masks,
hats, gowns and overshoes? Nurs. Times, 1990; 86(13): 63-4.
https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/infeccao-hospitalar.pdf
http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/272/273
Parte 1 | Capítulo 4
Resposta Endócrina, Metabólica e
Imunológica ao Trauma (REMIT)
Autores: Antonio Robson Ximenes e Juarez Jucá de Queiroz Neto
1. INTRODUÇÃO
Sempre que ocorre uma agressão ao organismo humano, qualquer que seja a causa ou
mecanismo, desencadeia-se um complexo conjunto de respostas que são iniciadas
imediatamente, necessárias para manter a homeostase e a vida. Se o processo que levou à
lesão tecidual é de pequena intensidade, a resposta endócrina e imunológica tende a ser
temporária e a restauração da homeostase metabólica e imune prontamente ocorre. No
entanto, em pacientes vítimas de trauma extenso, a resposta à agressão sofrida pode ser
exacerbada, causando disfunção orgânica e aumentando os riscos de mortalidade.
É necessário, portanto, que o cirurgião esteja familiarizado com os eventos endócrinos,
metabólicos e imunológicos que ocorrem no organismo do paciente submetido a
intervenções cirúrgicas e indivíduos que sofreram grandes traumas, para que esses
eventos possam ser evitados ou manejados corretamente.
Para que a resposta ao trauma ocorra é necessária a integração e a sincronização de
três elementos fundamentais: o Sistema Nervoso Autônomo, o Hipotálamo e a Hipófise. A
porção aferente Sistema Nervoso Autônomo capta o estímulo dos nociceptores e leva a
informação até o Hipotálamo que será o grande coordenador da REMIT. Por sua vez, a
porção eferente, após a resposta do hipotálamo, será responsável pelo estímulo da
produção de hormônios contrarreguladores que ajudarão a gliconeogênese.
2. RESPOSTA METABÓLICA
A resposta metabólica pode ser dividida em três fases: Fase Ebb, Fase Flow e Fase
Anabólica.
A fase EBB, segundo a literatura, ocorre imediatamente após o trauma, caracterizando-
se por uma franca instabilidade hemodinâmica, representada por hipovolemia, hipotensão,
diminuição do fluxo sanguíneo, aumento da resistência vascular sistêmica, além de
aumento da insulina, de catecolaminas, e de gluco e mineralocorticoides circulantes,
esgotamento do glicogênio hepático, distúrbios no transporte de oxigênio para as células, e
aumento do consumo de oxigênio. Nessa fase, apesar do aumento nos hormônios
contrarreguladores, é marcada por hipometabolismo.
Após esse período, inicia-se a segunda fase. A fase Flow, simbolizada por uma retenção
hídrica, aumento da permeabilidade vascular, diminuição da resistência vascular, sistêmica,
com aumento crescente das catecolaminas, glicocorticoides, produzindo hiperglicemia e
proteólise. Nessa fase o hipermetabolismo é encontrado.
Após o término da fase Flow, inicia-se a fase anabólica que, dependendo da intensidade
do trauma ou do procedimento cirúrgico pode levar meses para ser concluída. Os
hormônios que estavam elevados voltam gradativamente aos níveis séricos normais.
Ocorre o anabolismo proteico, seguido do anabolismo lipídico. Os pacientes nessa fase
tendem a recuperar o seu peso habitual que foi perdido durante a fase catabólica.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS FASES EBB E FLOW
FASE EBB FASE FLOW
Aumento da resistência
vascular sistêmica
Redução da resistência
vascular sistêmica
Hipovolemia Hipervolemia
Hipometabolismo Hipermetabolismo
Diminuição da insulina Aumento da insulina
Aumento das catecolaminas Aumento das catecolaminas
 
3. RESPOSTA ENDÓCRINA
A resposta hormonal ao trauma tem como um de seus principais objetivos o estímulo a
gliconeogênese por meio do estímulo da produção de cortisol, catecolaminas, hormônio
antidiurético (ADH), hormônio do crescimento (GH), entre outros. Esses hormônios, além de
auxiliarem a formação de glicose, promovem alterações fisiológicas no organismo do
paciente.
Após a injúria, o organismo do paciente traumatizado necessita de uma grande
demanda de glicose para que a restauração da homeostase ocorra. A glicose armazenada
no fígado, dependendo da extensão da lesão, pode ser consumida nas primeiras 12 horas
pós-trauma. Por essa razão, processo de gliconeogênese é iniciado.
A glicose será formada por meio de substratos não glicídios: as proteínas musculares e
os lipídios que, após a proteólise e lipólise, serão transformados em aminoácidos, ácidos
graxos e glicerol. Esse processo, estimulado pelo cortisol, pode ser exacerbado em
pacientes vítimas de traumas extensos. A proteólise descontrolada leva a um
comprometimento da musculatura diafragmática, fenômeno que traz prejuízo a dinâmica
respiratória, e a perda de proteínas viscerais.
A insulina, hormônio essencialmente anabólico, tem sua secreção reduzida e tem sua
resistência periférica aumentada para aumentar o aporte sérico de glicose. A importância
do sistema insulina-glucagon no controle do nível de glicose sanguínea está no fato de que
o cérebro utiliza apenas glicose como fonte energia, portanto, é essencial que a glicose
seja sempre mantida acima dos níveis críticos.
A produção das catecolaminas pela medula adrenal, além de auxiliarem o processo de
gliconeogênese, estimulam a taquicardia para aumentar o débito cardíaco durante a
primeira fase da REMIT, promovem taquipneia para aumentar o aporte de02 para os
tecidos, aumento da atividade plaquetária e fibrinólise. Os níveis séricos de adrenalina e
norepinefrina apresentam-se elevados por 12-24h, dependendo do tamanho do trauma.
A aldosterona é estimulada pelo Sistema Nervoso Autônomo e pelo aumento do
potássio liberado com a lesão celular causada pelo trauma. Esse hormônio contribui para a
retenção hídrica e diminui a excreção de sódio, além de aumentar a excreção de potássio, a
fim de normalizar seus níveis séricos e de H+. Sendo assim, existe no pós-operatório uma
tendência natural a alcalose metabólica.
O hormônio antidiurético (ADH), nos casos de grandes traumas, sua secreção chega a
elevar, segundo estudos, 50 vezes. Suas ações são osmorreguladoras, vasoativas e
metabólicas. Provoca reabsorção de água livre dos túbulos distais e coletores dos rins.
Sendo assim, podemos encontrar oliguria e edema no pós-operatório.
Além dos citados acimas, o hormônio do crescimento (GH) também está presente na
REMIT. Apesar de ser um hormônio anabólico, o GH, no trauma, estimula a lipólise e,
consequentemente, auxilia na produção de glicose para o organismo.
HORMÔNIOS AÇÕES
CORTISOL Mobilização de aminoácidos – Facilita ação dascatecolaminas
CATECOLAMINAS Inibe secreção de insulina – Aumento da contratilidadecardíaca
ALDOSTERONA Retenção de água – Aumento de volemia
ADH Reabsorção de água – GliconeogêneseHepática
GH Estimula a lipólise – Promove anabolismo proteico
 
4. RESPOSTA IMUNOLÓGICA
Durante a fase aguda do trauma os macrófagos, linfócitos e leucócitos, além de
migrarem para o local lesado, promovem a síntese de citocinas. Essas substâncias atuam
como hormônios e podem ter ações a distância. Essas ações tanto podem ser benéficas
ao organismo quanto maléficas.
O TNF-a, IL-1, IL-2 causam anorexia, atraso na cicatrização, pois podem desencadear
uma resposta inflamatória exacerbada no trauma. Além disso, elevação de PCR e
fibrinogênio também pode ser encontrado.
5. MANEJO DA REMIT EM CIRURGIAS
ELETIVAS
Pacientes candidatos a cirurgias eletivas podem ter uma Resposta ao Trauma
controlada. A avaliação pré-cirúrgica, a decisão na técnica a ser utilizada e o manejo
correto do jejum pré-operatório devem ser estimulados. É sabido que o jejum prolongado
pode levar um estado catabólico. Por esse motivo, a hidratação com Soro Glicosado 5%
deve ser realizada a fim de minimizar as chances de hipermetabolismo.
Além disso, sempre que possível, as técnicas cirúrgicas laparoscópicas devem ser
priorizadas. Pacientes submetidos a estas técnicas, apresentam um grau menor de
complicações pós-operatórias devido à menor agressão tecidual e, por consequência,
apresentam uma menor resposta endocrinometabólica ao trauma.
A ansiedade pré-operatória também é conhecida por aumentar a liberação de
catecolaminas pelo paciente. Como explicado anteriormente, isso resultará em aumento da
pressão arterial, aumento da frequência cardíaca e uma maior chance de arritmia. Por essa
razão, estudos mostram que o uso de benzodiazepínicos no pré-operatório para controlar a
ansiedade dos pacientes é benéfico e deve ser estimulado.
REFERÊNCIAS
1. Lemos MF et al . A informação no pré-operatório reduz a ansiedade pré-operatória em pacientes com câncer
submetidos à cirurgia: utilidade do Inventário Beck de Ansiedade. Rev. Bras. Anestesiol., Campinas, 2019;
69(1): 1-6.  [acesso em 2019 out. 5].
2. Sousa JAG Programa de Autoavaliação em Cirurgia – Perspectivas Atuais em Videolaparoscopia – Colégio
Brasileiro de Cirurgiões.
3. Nunes JM. Resposta Neuroendócrina e Metabólica ao Stress.
4. Basile-Filho A, Suen VMM, Martins MA, Coletto FA, Marson F. Monitorização da resposta orgânica ao trauma e à
sepse. Medicina, Ribeirão Preto, 2001; 34: 5-17
5. Silva APA, Freitas BJ, Oliveira FLC, Piovacari SMF, Nóbrega FJ. Terapia nutricional em queimaduras: uma
revisão. Rev Bras Queimaduras, 2012; 11(3):135-141.
�. Medeios AC, Dantas Filho AM. Metabolic Response to Trauma.  Rio Grande do Norte: Federal University of Rio
Grande do Norte, 2017.
7. Melo REVA, Vitor CMA, Silva MBL, Luna LA, Firmo ACB, Melo MMVA. Resposta hormonal no paciente
politraumatizado. International Journal of Dentistry, Recife, 2005 Jan/Jun; 4(1):31-36.
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942019000100001&lng=pt&nrm=iso
Parte 1 | Capítulo 5
Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-
base
Autores: Renato Kátrio Policarpo Carvalho e Aldenir Rocha de
Oliveira Filho
1. INTRODUÇÃO
O Equilíbrio Ácido-Base (EAB) e hidroeletrolítico é a base
molecular pela qual a vida se mantém e sua monitoração inicia-se
com a avaliação dos parâmetros ácido-base séricos, a maioria dos
doentes portadores desses desequilíbrios necessitam de cuidados
intensivos, qualquer que seja a patologia de base. A avaliação é um
instrumento fundamental, pois, além dos desvios do equilíbrio
acidobásico, acaba fornecendo outras informações de dados sobre
a função respiratória e as condições de perfusão tecidual. Os
sistemas orgânicos enfrentam dois desafios básicos para a
manutenção do EAB. O primeiro desafio é a distribuição nos
espaços orgânicos da cota fixa de ácidos, ingerida na dieta diária, o
segundo é o destino dado ao CO2 (dióxido de carbono) gerado pela
respiração celular como produto final do metabolismo aeróbio. O
organismo lança mão de uma série de mecanismos bioquímicos
para manter o pH dentro dos limites compatíveis com os processos
vitais, podemos destacar o papel desempenhado pelo chamado
sistema tampão, sendo fundamental para o entendimento do
equilíbrio acidobásico.1
Nos procedimentos invasivos do organismo como as cirurgias,
esse equilíbrio ácido-base pode ser muito afetado, como no
processo da hiperventilação intraoperatória pode causar alcalose
respiratória, e esta aumenta a afinidade da hemoglobina pelo
oxigênio com bloqueio parcial da glicólise aeróbica com
consequente acúmulo de ácido lático; cessada a hiperventilação, ao
término da cirurgia, pode ocorrer hipoventilação por depressão do
centro respiratório, ainda na presença do mecancimos
compensatórios da hiperventilação, o que exacerba metabolismo
anaeróbio iniciado durante a anestesia resultando em acidose
metabólica, isso adiociona mais gravidade a eventuais
complicações pós-operatórias aumentando o risco de disfunção
orgânica Nos estudos do pós-operatório, temos diversos fatores que
podem surgir para possíveis complicações como a depressão
respiratória na reversão anestésica, favorecem o aparecimento de
acidose, em contradição com outros que sugerem que toda cirurgia
não complicada em paciente metabolicamente sadio tende a
provocar alcalose metabólica.3
Em momento da intervenção cirúrgica, os pacientes podem
apresentar alterações do Equilíbrio Hidroeletrolítico (EHE), além das
complicações no Equilíbrio Ácido-Base (EAB). No período pré-
operatório essas alterações podem decorrer da própria doença de
base ou de problema clínicos associados. Durante a cirurgia as
alterações  são proporcionais ao tempo e ao porte da cirurga,
orientando ,assim, quais procedimentos deve-se ter mais atenção e
maior controle pelo anestesista, sobretudo em pacientes
predispostos. No pós-operatório os distúrbios hidroeletrolíticos
estão condicionados à magnitude das alterações hormonais da
resposta orgânica ao trauma e ao tempo de duração da hidratação
endovenosa, necessária enquanto as vias oral e enteral não forem
factíveis. Em qualquer momento, antes, durante ou após a cirurgia,
todo ato relacionado à prescrição de hidratação deve ser precedido
do correto diagnóstico do estado de hidratação do paciente.2
O manejo de hidratação do paciente no pré-operatório busca a
restrição hídrica, visando respeitar a oliguria e a retenção de sódio
em resposta à maior liberação de aldosterona e hormônio
antidiurético (ADH) desencadeada pelo trauma cirúrgico. Outro tipo
de hidratação, baseada no balanço hidroeletrolítico diário, visa a
reposição de água e eletrólitos segundo as perdas diárias, o que
subentende que a administração está condicionada à reação
orgânica ao trauma.

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