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2020 Título: Guia Prático em Cirurgia Geral Editor: Guilherme Melo Projeto gráfico: Bruno Brum Diagramação: caixadedesign.com Capa: Mateus Machado Revisão ortográfica: Lindsay Viola Conselho Editorial: Caio Vinicius Menezes Nunes, Paulo Costa Lima, Sandra de Quadros Uzêda | Silvio José Albergaria Da Silva Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP) B238g Barbosa, Leonillson Joanh Paullo Vilarinho. Guia Prático em Cirurgia Geral / Leonillson Joanh Paullo Vilarinho Barbosa, Talita de Lima Aquino Nogueira, Vilarinho e Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho.– 1. ed.- Salvador : Editora Saúde, 2020. 512 p. ISBN 978-65-86246-24-7 1. Cirurgia Geral. 2. Guias. 3. Medicina. 4. Saúde. I. Título. II. Assunto. III. Barbosa, Leonillson Joanh Paullo, Vilarinho. IV. Vilarinho, Talita de Lima Aquino Nogueira. V. Carvalho, Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de. CDD 617.9 CDU 616-089 ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO 1. Medicina: Cirurgias ( técnicas, equipamentos, material ). 2. Medicina: cirurgias diversas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BARBOSA, Leonillson Joanh Paullo Vilarinho; VILARINHO, Talita de Lima Aquino Nogueira; CARVALHO, Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de. Guia Prático em Cirurgia Geral. 1. ed. Salvador, BA: Editora Sanar, 2020. Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846 Editora Sanar Ltda. Rua Alceu Amoroso Lima, 172 Caminho das Árvores Edf. Salvador Office e Pool, 3º andar. CEP: 41820-770 – Salvador/BA Telefone: 0800 337 6262 sanarsaude.com atendimento@sanar.com Sumário Parte 1: Princípios Básicos da Cirurgia Geral 01. Cirurgia segura 02. Nomenclatura e terminologia em cirurgia 03. Ambiente cirúrgico e seus profissionais 04. Resposta endócrina e metabólica do trauma 05. Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base 06. Nutrição em cirurgia 07. Cicatrização de feridas 08. Cuidados pré operatórios e risco cirúrgico 09. Antibioticoprofilaxia e antibioticoterapia em cirurgia 10. Complicações da ferida operatória 11. Cuidados com Drenos e sondas Parte 2: Principais Temas Teóricos da Cirurgia Geral 12. Abdome agudo 13. Hérnias da parede abdominal 14. Afecções da vesícula e via biliar 15. Neoplasias colônicas malignas 16. Neoplasias gástricas benignas e malignas 17. Tumores eabscessos hepáticos 18. Doenças diverticulardos cólons 19. Pancreatite aguda e crônica 20. Doenças inflamatórias intestinais 21. Apendicite aguda 22. Tumores pancreáticos e neuroendócrinos 23. Doença do refluxo gastroesofágico 24. Câncer de esôfago 25. Doença ulcerosa péptica 26. Nódulos tireoidianos Parte 3: Procedimentos Básicos da Cirurgia Geral na Prática 27. Os anestésicos locais 28. Agulhas e fios 29. Nós e suturas 30. Punção venosa periférica e central 31. Procedimento de Pressão Arterial Invasiva (PAI) 32. Acesso intraósseo 33. Paracentese 34. Punção lombar 35. Toracocentese 36. Drenagem torácica 37. Pericardiocentese 38. Intubação orotraqueal 39. Cricotireoidostomia 40. Traqueostomia 41. Técnica em Sondagem nasogástrica e nasoenteral 42. Sondagem de alívio e vesical de demora 43. Cistostomia Agradecimentos A ideia e produção do livro “GUIA PRÁTICO EM CIRURGIA GERAL” demonstra o desejo de levar aos profissionais de saúde alguns dos tópicos mais relevantes dentro de patologias com abordagem e segmento cirúrgico. Esperamos, após a conclusão deste livro, que o leitor tenha uma ferramenta do conhecimento a qual possa dar-lhe uma percepção mais abrangente no campo da cirurgia geral. Agradecemos a todos os profissionais envolvidos no processo de produção deste livro, acreditamos que apenas com um estudo adequado e continuado podemos melhorar como profissionais, e, portanto, oferecer um tratamento mais adequado para aqueles que são o foco principal dos nossos esforços: os pacientes Que este livro estimule os leitores. Talita de Lima Aquino Nogueira Vilarinho - Coordenadora À Deus, Por ter criado nossa moradia nesse universo e ter me permitido habitar e evoluir nele. Agradecimento especial por sempre me iluminar com a Sua presença. Aos meus pais Dr. Taniusmar e Rosimary, Expresso a minha eterna gratidão, por estarem comigo nessa jornada terrena e por partilharem o conhecimento, generosidade, sabedoria, amor, virtudes diversas e me apoiarem em todos os momentos de minha vida. Aos meus irmãos, Dr. Deyvid, Dr. Rodrigo e Dr. Diego, Pelo companheirismo, amor e proteção eterna. Aos familiares, Meus agradecimentos. Meu tio Dr. Wilmar e minha tia Lêda, extraordinários e sábios seres humanos a quem amo e tenho enorme carinho. Agradeço, também, à ótima e esforçada equipe que me acompanhou na construção e disseminação dessa ferramenta de conhecimento. Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho - Coordenadora Apresentação “Guia prático em cirurgia geral” é um livro idealizado para os estudantes e profissionais de saúde com o intuito de nortear alguns dos principais tópicos dessa área médica. A construção deste livro envolveu vários profissionais empenhados em dar ao leitor uma experiência ampla, profunda e agradável durante a sua leitura. Trata-se de um conjunto de temas da área cirúrgica, organizados em capítulos teóricos e práticos, escolhidos baseados na prevalência e relevância com que se apresentam nas emergências hospitalares. Esperamos que o leitor possa usar este material de maneira prática e intuitiva, seja por leitura “do início ao fim”, seja por pesquisas direcionadas. O objetivo é permanecer em constante aprendizado, buscando sempre melhorar seus conhecimentos em prol dos pacientes. Desejo-lhes empenho, sede de conhecimento e, a partir de agora, uma boa leitura. Leonillson Joanh Paullo Vilarinho Barbosa Talita de Lima Aquino Nogueira Vilarinho Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho Autores Coordenadores Leonillson Joanh Paullo Vilarinho Barbosa Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC (2007-2013). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2017-2019). Especialização em Saúde da Família pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação da UFC (2014- 2016). Experiencia Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu/Sobral. Instrutor do Prehospital Trauma Life Support – PHTLS. Talita de Lima Aquino Nogueira Vilarinho Médica Formada pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2010-2016). Cirurgiã Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2017-2019). Experiência Profissional: Cirurgiã Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgiã Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu/Sobral. Médica Emergencista do Hospital da Unimed. Médica do Serviço de Procura de Órgãos e Tecidos da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – OPO/SCMS. Preceptora da Graduação e do Internato do Curso de Medicina do Centro Universitário Inta- Uninta. Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho Interna do curso de medicina da Universidade Nove de Julho. Integrou a diretoria e a coordenação do Centro Acadêmico César Timo-Iaria (C.A.C.T.I.) nos anos de 2017, 2018 e 2019. Foi coordenadora geral do XIV Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho e diretora do V Congresso Acadêmico de Neurociências. Atuou nas Ligas acadêmicas de: Neurologia e Neurocirurgia, Ginecologia e Obstetrícia e Oncologia, sendo diretora desta. É membro acadêmico da American Academy of Neurology desde 2018. Atual coordenadora local de estágios e vivências (CLEV Sul 2). Tem interesse nas áreas cirúrgicas, de neurociências e educação. Autores Colaboradores Adriana Santos de Oliveira Médica formada pela Universidade de São Paulo (2006-2011). Cirurgiã geral (2014-2016) e cirurgiã de Cabeça e Pescoço (2016-2018) pela Universidade de São Paulo.Aldenir Rocha de Oliveira Filho Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2009-2015). Residente de Clínica Médica pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral- SCMS (2019-2021). Mestrando em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Ceará – UFC (2019-2020). Pós - Graduado em Medicina de Família pela Universidade Federal do Ceará- UFC (2016-2017). Experiência Profissional: Médico Emergencista Clínico do Hospital Regional Norte - HRN. Alessandra Marques Figueira Muoio Gonzalez Graduação em Medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes (2000). Atualmente é professora na Universidade Nove de Julho. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cirurgia Geral, Cirurgia do Trauma e Cirurgia Plástica (mais especificamente cirurgia reconstrutora). Doutoranda no Departamento de Biofotônica Aplicada à área da Saúde na Universidade Nove de Julho, iniciado no primeiro semestre de 2019. Atuação como docente da Faculdade de Medicina da Universidade Nove de Julho nas unidades curriculares de Cirurgia Geral e suas Especialidades, Técnica Operatória e Propedêutica Cirúrgica. Alexandre Araújo Aguiar Médico pelo Centro Universitário Christus -Unichristus (2010-2016). Residente de Cirurgia Geral na Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021). Experiência Profissional: Médico do Pronto Atendimento Clínico e Cardiológico Prontocárdio (2017- 2018). Médico do Pronto Atendimento do Hospital São Raimundo (2017-2018). Médico do Pronto Atendimento Hapvida (2018-2019). Médico do Pronto Atendimento do Hospital Central Freelife (2017-2019). Médico do Programa de Saúde da Família de Caucaia (2017-2018). Médico Generalista da Marinha do Brasil desde 2018. Médico Regulador do Cresus Macro Fortaleza e sobral. Ana Cristina Fiuza De Albuquerque Médica Formada pela Universidade Técnica Privada Cosmo – UNITEPC (1997-2003). Cirurgiã Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2010-2012). Experiencia Profissional: Cirurgiã Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgiã Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Preceptora da Graduação e do Internato do Curso de Medicina do Centro Universitário Inta- Uninta. Ana Dimitria Gomes Ponte Médica Formada pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2010-2015). Cirurgiã Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2017-2019). Experiencia Profissional: Cirurgiã Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgiã Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Anderson José Vieira Da Silva Médico Formado pela Escola Latino Americana – ELAM (2002-2008). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020). Experiência Profissional: Médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu/Ceará. Coordenador Médico da Emergência do Hospital Ana Lima, Maracanaú – Ceará. Médico Chefe de Equipe Upa Canidezinho e Upa Messejana. Antônio Robson Gomes Ximenes Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2009-2014). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2016-2018). Experiência Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS Arnaldo Paula Pessoa Azevedo Júnior Residência em Clínica Médica HPS 28 de Agosto/UNL De Manaus - AM. Residência em Endoscopia pelo Hospital Oncológico Ophir Loiola da Universidade Estadual do Pará-Uepa. Membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED. Experiência Profissional: Médico Endoscopista no Hospital da Unimed de Sobral. Médico Endoscopista do Hospital Regional Norte – HRN. Médico da Endogastro de Sobral. Artur Guimarães Filho Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC (1977-1982). Cirurgião Geral Pelo Hospital Geral de Fortaleza/Universidade Federal do Ceará – UFC (2017-2019). Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia – TCRC. Mestrado em Cirurgia pela Universidade Federal do Ceará- UFC. Doutorado em Cirurgia pela UFC. Ex Coordenador da Residência de Cirurgia Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral- SCMS. Experiencia Profissional: Presidente da Comissão e Controle de Infecção do Hospital da Unimed Sobral. Professor Titular do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará – UFC. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Cirurgião Geral do Hospital da Unimed Sobral. Autor do Livro Pesquisa Rápida em Enfermaria Cirúrgica. Breiner Rodrigues de Almeida Ferro Médico formado pela Universidade Federal de Goiás - UFG (2008-2013); Cirurgião Geral pela Universidade de Brasília - UnB (2014-2015); Urologista pelo Hospital Geral de Goiania- HGG (2017 - 2019); Experiência profissional: Cirurgião Geral do hospital regional do gama-df (HRG) Breno Alexander Bispo Interno do curso de Medicina do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic Campinas (SP). Ex presidente da Liga de Cirurgia Geral São Leopoldo Mandic - LCSLM (2019); Diretor Científico e de estágios da Liga de Neurologia e Neurocirurgia São Leopoldo Mandic - LANN (2019); Membro Fundador da Liga Acadêmica de Anatomia Humana São Leopoldo Mandic - LAANATO (2017); Diretor de Marketing da IV Gestão do Centro Acadêmico André Ricardo Ribas Freitas - C.A.A.R.R.F. (2017); Presidente e Organizador do 1º Congresso “Inovações em Cirurgia: Para onde Vamos?” (2018); Idealizador e Organizador do Curso: “Imersão em Cirurgia Plástica para o Cirurgião Geral” (2019). Observership em Neurocirurgia na Technischen Universität Dresden - Department of Neurosurgery (2020). Cádmo Silton Andrade Portella Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC (1981-1987). Cirurgião Geral pelo Hospital César Cals em Fortaleza (1988-1989). Formado em Administração Hospitalar pela Universidade Estadual do Ceara – UECE (1985). Formado em Medicina do Trabalho pela UFC. Formado em Endoscopia Digestiva pelo Instituto Nacional do Câncer – Inca (1995). Experiência Profissional: Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Cirurgião Geral do Instituto José Frota – IJF/Fortaleza. Professor Concursado do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará/Sobral. Caio Plácido Arcanjo Médico Formado pela Universidade de Fortaleza– UNIFOR (2011-2017). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020). Experiencia Profissional: Médico Emergencista do Hospital Regional Norte - HRN. Danilo Frota Guimarães Médico Formado pela Universidade de Fortaleza. Cirurgião Geral pelo Hospital Ana Nery pela Universidade Federal da Bahia- UFBA (2013-2014) Residência em Endoscopia pelo Hospital Universitário Walter Cantídio/Universidade Federal do Ceará – HUWC/UFC (2015-2016). Membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED. Experiência Profissional: Cirurgião e Endoscopista no Hospital da Unimed de Sobral. Médico Endoscopista do Hospital Regional Norte – HRN. Médico da Endogastro de Sobral. Diego De Aragão Bezerra Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC/Sobral (2001-2006). Cirurgião Geral pelo Hospital Geral César Cals-/Universidade Federal do Ceará -HGCC /UFC (2009-2011), Cirurgião Oncológico pelo Instituto do Câncer do Ceará – ICC/UFC- (2011-2014) Mestre em Ciências da Saúde pela UFC /Sobral. Doutorando pelo Departamento de Cirurgia - UFC. Experiência Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Oncológico na Santa Casa de Misericórdia de Sobral - SCMS. Professor Efetivo de Oncologia do Curso de Medicina da UFC /Sobral. Eduardo Fausto de Andrade Filho Médico formado pela Universidade do Vale do Sapucaí (1990). Mestrado em Cirurgia Plástica Reparadora pela Escola Paulista de Medicina (1999). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Craniomaxilofacial. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cirurgia Plástica e Restauradora, atuando principalmente no seguintetema: Cirurgia reparadora pós ressecção de tumores. Atualmente é Professor Assistente da Disciplina de Cirurgia Plástica do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic de Campinas/SP e Coordenador da Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica São Leopoldo Mandic– LACIRPL-SLM. Elson Arruda Linhares Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC (1978-1983). Cirurgião Geral pelo Hospital Geral Cesar Cals/Universidade Federal do Ceará – UFC (1986-1988). Experiencia Profissional: Diretor Clínico do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Sobral. Diretor Clínico do Hospital da Unimed. Coordenador da Residência de Cirurgia Geral da SCMS. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Cirurgião Geral do Hospital da Unimed. Eneivaldo Soares Mororó Médico Formado pela Universidade Estadual Do Piauí – UESPI (2003-2010). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2011-2013). Cirurgião Cabeça e Pescoço pela Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza - SCMF/Universidade Federal do Ceará – UFC (2014-2015) Experiência Profissional: Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Cirurgião Cabeça e Pescoço do Serviço de Oncologia da SCMS. Preceptor do Internato do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará – UFC. Preceptor do Internato do Curso de medicina do centro Universitário Inta- Uninta. Preceptor da Residência em Cirurgia Geral da SCMS. Erika Silva Spessirits Médica Formada pelo Centro Universitário do Pará (2010-2016). Cirurgiã Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020). Experiência Profissional: Médica Plantonista do Hospital da Unimed Sobral. Médica Plantonista do Hospital Dom Walfrido. Fábio Goussain Labat Graduação em medicina pela USP em 1992. Residencia médica em cirurgia geral pela USP no Hospital das Clínicas de SP. Médico preceptor da Residência médica em cirurgia geral e do aparelho digestivo no hospital do Mandaqui desde 1997. Professor facilitador do internato em cirurgia geral da Uninove desde 2007. Médico coordenador do serviço de cirurgia geral e do aparelho digestivo no CHM. Fábio José Bonafé Sotelo Cirurgião Vascular com títulos MEC/AMB, Doutorado pela Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP, Coordenador da Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Universidade Nove de Julho, Diretor do Departamento de Cirurgia do Hospital Ipiranga UGA-II São Paulo, Coordenador do Programa de Residência Médica em Cirurgia Vascular do Hospital Ipiranga UGA-II São Paulo, Vice- diretor De Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular da regional de São Paulo (SBACV – SP), Vice-Presidente do COREME do Hospital Ipiranga UGA-II São Paulo, Membro Internacional da Society for Vascular Surgery (SVS), Revisor Convidado da Revista Einstein e Clinics, Diretor da Clínica Sotelo São Paulo. Felipe Barbosa Rios Médico Formado pela Universidade Federal do Acre – UFAC (2012-2017). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020). Experiência Profissional: Médico Emergencista do Hospital Regional Norte – HRN. Francisco Wendel De Sousa Arruda Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2005-2010). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2011-2013). Coloproctologia pelo Hospital Universitário Walter Cantídio/Universidade Federal do Ceará – UFC (2014-2017). Endoscopia Digestivopelo Hospital Geral de Fortaleza/Escola de Saúde Pública do Ceará (2017-2018). Experiência Profissional: Pronto Socorro Hospital Unimed Sobral (2012-2013). Samu e Outros Atendimentos Pré-Hospitalares (2012-2015). Cirurgião Geral em Hospitais Públicos e Privados (2013-2019). Preceptoria em Cirurgia Geral (2013-2019). Serviço de Endoscopia do Hospital Regional Norte - HRN. Gabriel Bernardo Rena Interno do curso de Medicina do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic Campinas/SP. Recebeu bolsa para pesquisa científica da FAPESP. Apresentou trabalho científico no congresso American Association for Cancer Research em Austin/TX.Foi monitor do curso de Medicina do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic Campinas/SP na cadeira de Habilidades Médicas I e II. Geterson Bezerra Moreira Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2001-2006). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2007-2009). Especialista em Endoscopia Digestiva pela Faculdade de Ciências Médicas de Juiz De Fora (2014- 2015) com Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva pela SOBED/AMB. Especialista em Doenças Funcionais e Manometria do Aparelho Digestivo pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Experiência Profissional: Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Professor do Curso de Medicina do Uninta. Supervisor do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral da SCMS/UFC. Atuou como Cirurgião Geral no Centro de Especialidades Médicas, Policlínica Bernardo Félix e Hospital Regional Norte. Endoscopista da Clínica Geterson Moreira. Gilberto Sadala Mendes Formado pela Faculdade Estadual de Medicina do Pará (1987-1992), Médico Anestesiologista pelo Cet Integrado De Santos / Hospital da Beneficiência Portuguesa de Santos, Título de Especialista em Anestesiologia pela SBA, Preceptor de Anestesiologia pela Uninove Giovana Battaglia Estudante do quinto ano de Medicina da Universidade Nove de Julho, campus Vergueiro. Guilherme Pinho Mororó Graduando do 9 Semestre do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará – UFC. Gustavo Nader Guidoux Médico formado pela Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS (2000-2005). Cirurgia geral no Hospital Belo Horizonte (2006-2009). Pós Graduação em Videolaparoscopia (2009-2010). Especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Professor da Faculdade de Medicina do IMEPAC - Araguari. Cirurgião Geral do Hospital Santa Genoveva - Uberlândia-MG. Higor Chagas Cardoso Cirurgião vascular e Ecografista - SBAC/CBR/AMB. Professor mestre - Faculdade de Medicina UFG/UniEVANGÉLICA Isabela Alcântara Rocha Estudante do 6º ano de Medicina, em formação pela IMEPAC - Com interesse especial em anestesiologia e também nas áreas de terapia intensiva e medicina de urgência e emergência Ivan Kirche Duarte Médico pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE) - campus Vergueiro (2010-2015), cirurgião geral pelo Conjunto Hospitalar do Mandaqui (2016-2018), residente de Urologia pelo Hospital Edmundo Vasconcelos (2020-2023). Jackeline Ribeiro Oliveira Guidoux Médica formada pela Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG (1999-2004). Cirurgião geral pelo Hospital Universitário Alzira Velano, Alfenas/MG. Mastologista pelo Hospital Mater Dei, Belo Horizonte/MG. Título de especialista em Mastologia -TEMA, pela Sociedade Brasileira de Mastologia. Mestre em Ciências da Saúde pela UFG. Docente do curso de Medicina do Imepac Centro Universitário, Araguari/MG. Docente do curso de Medicina do Imepac Itumbiara. Janiel Carvalho Ponte Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2004-2010). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2011-2013). Experiência Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu/Sobral. Cirurgião Geral do Hospital da Unimed. Preceptor da Graduação e do Internato do Curso de Medicina do Centro Universitário Inta- Uninta. Preceptor da Residência Médica de Cirurgia Geral da SCMS. Janssen Loiola Melo Vasconcelos Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC/Sobral (2008-2013). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2014-2016). Cirurgião Oncológico pelo Instituto do Câncer do Ceará – ICC/UFC-(2017-2019). Experiência Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Oncológico na Santa Casa de Misericórdia de Sobral- SCMS. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Cirurgião Geral do Hospital da Unimed Sobral. Joannillson Taygon Vilarinho Barbosa Médico Formado pela Universidade Federal do Cariri – UFCA (2012-2018). Experiência Profissional: Diretor Clínico e Plantonista do Hospital Municipal Antônio Ribeiro da Silva. Prescritor da Clínica Médica no Hospital Municipal Dr. Abelardo Gadelha da Rocha. João José Da Ponte Portela Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC (1982-1988). Cirurgião Geral pelo Hospital Geral de Fortaleza/Universidade Federal do Ceará – UFC (1988-1989). Urologista pelo Hospital Geral de Fortaleza (1990-1992). Experiencia Profissional: Cirurgião Geral e Urologista da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Cirurgião Geral e Urologista do Hospital da Unimed. Preceptor da Residência Médica de Cirurgia Geral da SCMS. Cirurgião Geral e Urologista da Secretaria de Saúde de Fortaleza. João Paulo Ribeiro Silva Médico Formado pela Estácio FMJ – Juazeiro do Norte (2006-2012). Cirurgião Geral pelo Hospital Universitário Walter Cantídio HUWC/UFC-Fortaleza (2012-2014). Título de Especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões – CBC. Experiência Profissional: Cirurgião Geral Emergencista no Hospital Regional Norte – HRN. Cirurgião Geral pela Secretaria de Saúde de Fortaleza. Preceptor da Graduação e do Internato do Curso de Medicina do Centro Universitário Inta- Uninta. João Victor Maretti Interno do curso de Medicina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE - campus Vergueiro). Foi membro do Centro Acadêmico César Timo-Iaria (C.A.C.T.I.) e vice-presidente do XIII Congresso Médico Acadêmico UNINOVE. Atuou na Liga de Neurologia e Neurocirurgia, tendo permanecido também como membro titular da Liga de Cirurgia Oncológica da mesma instituição. José Alberto Guilherme Frota Júnior Médico Formado pela Universidade De Fortaleza – UNIFOR (2013 – 2018). Residente de Cirurgia Geral na Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021). Juarez Jucá De Queiroz Neto Médico Formado pela Unichristus (2013 – 2018). Residente de Cirurgia Geral na Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021). Experiência Profissional: Médico Emergencista do Hospital da Unimed de Sobral. Karla Orlany Costa Gomes Aires Nutricionista pela Universidade Federal do Piauí – UFPI (2009-2014). Especialista com Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS (2015-2017). Especialista em Terapia Nutricional e Nutrição Clínica pelo Instituto GANEP (2016- 2018). Experiência Profissional: Nutricionista da Unimed Medicina Preventiva em Sobral-CE. Nutricionista do NASF em Sobral-CE. Laís Siqueira de Magalhães Estudante de Medicina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE) - Campus Vergueiro (2015- 2020). Intercambista em programas de pesquisa científica (Universidad Autónoma de Nuevo León, Monterrey, México - 2017), de estágio hospitalar (Semmelweis University, Budapeste, Hungria - 2018) e de trabalho voluntário (ONG Volunteering Solutions, Cusco, Peru - 2019). Participou da organização de congressos acadêmicos, bem como apresentou trabalhos em congressos de âmbito nacional. Lara Ranulfo de Mendonça Graduanda em Medicina na Universidade de Rio Verde campus Aparecida de Goiânia. Fundadora e Diretora da Liga Acadêmica do Aparelho Digestivo, membro da Liga do Aparelho Digestivo e membro da Liga de Cirurgia Geral. Afinidade pelas áreas de Cirurgia, Infectologia e de Medicina Integrativa. Larissa Miranda Rocha Interna de medicina do IMEPAC Centro Universitário, Araguari/ MG Leandro do Couto Aguiar Graduado em Medicina pela UFG (Universidade Federal de Goiás). 7/1/2010 Especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia do cirurgia plastica pela universidade federal de São Paulo UNIFESP- EPM fev/2011-marco/2016. Especialização (fellowship) em rinoplastia estruturada funcional e estética por 2 anos. Mar 2016-fev 2018. Fellowship em reconstrucao de mama por 1 ano. Marc2017-mar 2018. Membro titular da sociedade brasileira de cirurgia plastica - SBCP. Professor da Habilidades medicas (TO e ambulatorio de cirurgia) pela UNiRV. Corpo clínico de Cirurgia Plástica do Hospital Órion- Einstein. Leticia Maria Casagrande de Oliveira Graduanda do curso de medicina do 5° ano na Universidade Nove de Julho campus Vergueiro. Interessada em cirurgia geral, especialmente emergência e trauma. Mariane de Castro Michielin Interna do curso de Medicina do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic Campinas/SP. Atual Vice-Presidente da Associação Brasileira das Ligas de Cirurgia Plástica – ABLCP, braço acadêmico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP. Membro Acadêmico da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas – SMCC. Ex-Presidente da Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica São Leopoldo Mandic – LACIRPL-SLM (2018-2019). Fez parte da Diretoria de outras ligas acadêmicas, como Vice-Presidente da Liga de Dermatologia São Leopoldo Mandic – LADERM- SLM (2018) e Diretora de Marketing da Liga de Anatomia Humana – LAANATO-SLM (2017). Organizou congressos e cursos na área de Cirurgia Plástica e Dermatologia, com destaque ao “V Encontro Nacional da SBCP e ABLCP” (2020) e Curso de Extensão: “Imersão em Cirurgia Plástica para o Cirurgião Geral” da SLM – Presidência (2019), e campanhas nacionais voluntárias de promoção à saúde. Além disso, realizou diversas produções científicas e apresentações de trabalhos no âmbito da Cirurgia Plástica e Dermatologia. Marina Rodrigues Lima Interna do Curso de Medicina do Centro Universitário Uninta. Octavio Henrique Arcos Campos Médico pela Universidade de Brasília (2002-2008). Cirurgião Geral pela Unesp (2010-2011). Urologista pelo HSPM (2012-2015). Membro Titular da SBU, possui Certificação em Cirurgia Robótica. Urologista Assistente do HSPM e Professor de Urologia da UniNove. Patrick Teles Frota Capote Médico Formado pela Universidade Federal Do Maranhão – UFMA (2000-2006). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2010-2012). Endoscopia Digestivo pelo Hospital Geral de Fortaleza/Escola de Saúde Pública Do Ceará (2014- 2015). Experiência Profissional: Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Cirurgião Geral do Hospital da Unimed. Preceptor do Internato do Curso de Medicina do Centro Universitário Inta- Uninta. Preceptor da Residência Médica de Cirurgia Geral da SCMS. Coordenador do Serviço de Cirurgia do HRN. Coordenador do Serviço de Endoscopia do Hospital da Unimed /Sobral. Médico do Serviço de Endoscopia do HRN. Paula Daher Rassi Guimarães Acadêmica de medicina da UniEVANGÉLICA. Ex-presidente da Liga Acadêmica de Gastroenterologia de Anápolis. Com interesse em pediatria e gastroenterologia. Petrônio Fonteles Andrade Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará (2013 – 2018). Residente de Cirurgia Geral na Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021). Experiência Profissional: Médico Emergencista do Hospital da Unimed de Sobral. Rafael Aires de Castro Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará /Sobral – UFC (2009-2015). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal Do Ceará – UFC (2016-2018). Residente de Cirurgia Vascular do Hospital da Restauração - UPE/Recife. Experiência Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia De Sobral – SCMS. Rafael Azeredo Bastos Interno do 6 ano de medicina da Universidade Nove de Julho Rafael Bernardo Da Silva Médico Formado pela Universidade Estadual do Ceará– UECE (2005-2010). Pediatra pelo Hospital Infantil Albert Sabin (2012 -2014). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020).Experiencia Profissional: Médico Emergencista do Hospital Geral de Fortaleza – HGF. Emergencista Pediátrico do Hospital Regional Norte – HRN. Raimundo Nonato Araújo Médico Formado pela Universidade Federal do Ceará – UFC /(1988). Médico Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Médico Cirurgião Geral e do Serviço de Ultrassonografia do Hospital da Unimed de Sobral. Renato Kátrio Policarpo Carvalho Médico Formado pela Universidade Federal de Campina Grande – UFCG (2004-2010). Cirurgião Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal Do Ceará – UFC (2017- 2019). Experiência Profissional: Cirurgião Geral do Hospital Regional Norte - HRN. Cirurgião Geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS. Rhuce Pedrosa Carvalho Médica Formada pela Unichristus (2013 – 2018). Residente de Cirurgia Geral na Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021). Experiência Profissional: Médica Emergencista do Hospital Ana Lima – Rede Hapvida e Hospital Infantil de Fortaleza. Médica Emergencista do Pronto Atendimento de Forquilha – CE. Ricardo Pagrion Neto Estudante do 5 ano de medicina pela Universidade Nove de Julho- Vergueiro. Interessado em Cirurgia Geral, seguido de Urologia. Roberto Salvador Martins Médico formado pela Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista – UNESP (1991 a 1996). Pediatra e Intensivista Pediátrico formado na Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista – UNESP (1997 a 1999), Titulado pela AMIB em 2000. Mestre em Farmacologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP em 2017. Experiência profissional: Foi Referência Técnica da UTI Pediátrica de 2002 a 2018, é Médico Assistente da UTIP do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti desde o ano 2000. Docente da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic de Campinas/SP, no curso de Medicina, desde 2013. Instrutor dos cursos PALS, BLS e ACLS – American Heart Association. Rogério Fortunato de Barros Formado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Concluiu a residência de Cirurgia Geral no Hospital Municipal de Campinas Dr. Mario Gatti em 2005. Concluiu a residência de Cirurgia Infantil na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) em 2008. Concluiu Doutorado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 2012. Trabalha no Hospital Universitário de Jundiaí com vínculo municipal obtido por concurso público como Cirurgião Infantil. Professor voluntário da Faculdade de Medicina de Jundiai, realiza cirurgias semanais com os residentes e internos da Faculdade. Trabalhou 7 anos na PUC-Campinas como Cirurgião Infantil assistente e foi coordenador da residência médica 3 anos (2011-2014). Trabalha no Hospital Dr Mário Gatti com vínculo municipal obtido por concurso público como Cirurgião Infantil. Atualmente é professor coordenador da disciplina de cirurgia pediátrica da faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic. Desde janeiro de 2015 assumiu a coordenação do departamento de cirurgia pediátrica da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC). Coordena com o apoio da SMCC o site Pedline (www.pedline.org.br) em projeto filantrópico de prevenção precoce de doenças na infância. Coordena a Liga de Cirurgia da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic. Em Julho de 2017 assumiu a coordenação das ligas acadêmicas da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic. Saulo Pinto Nunes Médico Formado pela Universidade Federal da Paraíba (2011-2017). Residente de Cirurgia Geral na Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2019 - 2021). Experiência Profissional: Médico Chefe de Equipe da Upa /Sobral Tárcilla Pinto Passos Bezerra Médica Formado pela Universidade Federal do Ceará - UFC/Sobral (2001-2006). Residência em Clínica Médica pelo Hospital Universitário Walter Cantídio – HUWC/UFC (2010-2011), Pós- graduação em Cuidados Paliativos (2013-2014). Experiência Profissional: Professora Efetiva de Semiologia e Clínica Médica do Curso de Medicina da UFC/Sobral. Médica Diarista da Unidade de Cuidados Especiais do Hospital Regional Norte – UCE /HRN. Thais Vasconcelos Médica Formada pela Universidade Federal do Piauí – UFPI (2011-2017). Cirurgiã Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Universidade Federal do Ceará – UFC (2018-2020). Experiencia Profissional: Médica Plantonista do Hospital da Unimed Sobral. Médica Plantonista do Hospital Dom Walfrido. Thales Resende Damião Médico formado pelo Centro Universitário Barão de Mauá (2000 - 2005). Anestesiologista (TEA - Título de Especialista em Anestesiologia) pelo Hospital de Base de São José do Rio Preto - H.B/FAMERP - FUNFARME (2006 - 2008). Médico Anestesiologista do Hospital de Clínicas de Uberlândia-MG. Médico Anestesiologista da CLINEST LTDA Araguari-MG. Professor de Anestesiologia do IMEPAC Araguari-MG Victor Costa Monteiro Acadêmico do curso de Medicina do Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos em Araguari - MG, monitor de técnica cirúrgica e semiologia médica desde 2018. Fundou a Liga Acadêmica de Nutrologia (LANUT) e integrou a diretoria das ligas acadêmicas de: Cirurgia, Cardiologia e Pediatria. Fundador do Projeto de Práticas Estudantis Cirúrgicas (PROPEC) da respectiva instituição. Criador do aplicativo “MINHA SAÚDE APP” que está disponível gratuitamente para a população. Parte 1: Princípios Básicos da Cirurgia Geral Parte 1 | Capítulo 1 Cirurgia segura Autora: Tamires Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho Coautor: Dra. Alessandra Muoio 1. COMO ERA E COMO É “O que as drogas não curam, a faca curará; o que a faca não cura, o cautério curará; o que o cautério não cura, deve ser considerado incurável.” Desde o tempo em que esse trecho do Corpus Hippocraticum foi escrito (por volta de 450 a.C.), a cirurgia se atrelou ao campo de guerra. As batalhas culminavam com inúmeros feridos que necessitavam de uma intervenção médica rápida, não raramente em condições precárias. A cirurgia, em grande parte da história, foi uma conduta aterrorizante. Sem a assepsia e a anestesia adequadas, ser submetido a uma intervenção cirúrgica era quase um instrumento de tortura, além de uma possível sentença de morte. Hoje em dia, com o advento de diversas tecnologias, podemos avançar as expectativas em relação a uma cirurgia. Nossas expectativas são de cura e, muitas vezes, de resolução definitiva do adoecimento. Dessa maneira, a medicina atual está preparada para ser o mais segura e eficaz que puder. Nesse sentido, erros evitáveis devem ser observados de perto com o intuito de serem extinguidos. A segurança do paciente deve ser prioridade. 2. Fatores humanos No período da década de 1970 e começo dos anos 1980, os acidentes aéreos de grande porte eram comuns (ao menos dois por ano). Só em 1977 foram oito casos registrados, somando cerca de 980 mortos. E, à medida que o número de voos comerciais crescia, aumentava também a frequência dos desastres. Investigações apontavam que a maior parte das ocorrências era devida a falhas humanas. Erros que, segundo investigadores da época, poderiam ser evitados eliminando ambientes hostis dentro das cabines de comando e possibilitando o trabalho em equipe, com a tripulação envolvida ativamente na solução dos problemas a bordo. 3. O que a aviação nos ensinou As estatísticas forçaram as autoridades da época a repensar a segurança do setor. Em 1979, a Nasa criou o sistema de formação profissional e compartilhamento de informações conhecido por Gerenciamento de Recursos da Tripulação (CRM, na sigla em inglês, de Crew Resource Management ), hoje utilizado em todas as escolas de aviação. Divisor de águas, o programa de treinamento instituiu mudanças nos comportamentos da equipe de voo, tripulação e demais integrantes das companhias que operam na terra. Com a medida, a frequência de acidentes envolvendo aviões comerciais se reduziu drasticamente, colocando o veículo entre os mais seguros do mundo. Hoje, para cada 100 mil milhas viajadas, a médiade morte é de 0,01, enquanto que de trem e carro esse número sobe para 0,04 e 0,94, respectivamente. Tendo sua origem no programa de pesquisa de fatores humanos da NASA, o CRM tem como meta o uso eficaz de todos os recursos disponíveis para garantir segurança e eficiência nas operações aéreas. Seu treinamento busca a mudança nas atitudes e nos comportamentos da tripulação, da equipe de voo e de todos os integrantes das companhias. A discussão em torno do modelo de segurança da aviação aplicado aos cuidados na saúde já tinha sido levantada pelos órgãos ligados ao setor há alguns anos. Em 1999, o Institute of Medicine (IOM) publicou o relatório “Errar é Humano”, constatando que falhas do trabalho em equipe e comunicação respondiam por 75% dos erros médicos nos EUA. E ainda nos anos 1990, a Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ) criou o MedTeams Project, tomando como modelo o TeamSteps da aviação. Hoje, a Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO) recomenda às instituições que solicitam a acreditação incorporar cursos de teamwork e comunicação a seus programas de educação profissional. 4. Protocolo de cirurgia segura O protocolo de cirurgia segura do Ministério da Saúde em parceria com a ANVISA e FioCruz é o principal guia para uma cirurgia segura no Brasil. Ele está descrito da seguinte maneira: A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases: I – Antes da indução anestésica II – Antes da incisão cirúrgica III – Antes de o paciente sair da sala de cirurgia Cada uma dessas fases corresponde a um momento específico do fluxo normal de um procedimento cirúrgico. Para a utilização da Lista de Verificação, uma única pessoa deverá ser responsável por conduzir a checagem dos itens. Em cada fase, o condutor da Lista de Verificação deverá confirmar se a equipe completou suas tarefas antes de prosseguir para a próxima etapa. Caso algum item checado não esteja em conformidade, a verificação deverá ser interrompida e o paciente, mantido na sala de cirurgia até a sua solução. I – Antes da indução anestésica O condutor da Lista de Verificação deverá: • Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, sua identificação, para que esta seja confirmada • Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos • Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia • Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação • Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu funcionamento • Revisar verbalmente com o anestesiologista o risco de perda sanguínea do paciente, dificuldades nas vias aéreas, histórico de reação alérgica e se a verificação completa de segurança anestésica foi concluída II – Antes da incisão cirúrgica (pausa cirúrgica) Neste momento, a equipe fará uma pausa imediatamente antes da incisão cirúrgica para realizar os seguintes passos: • A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e pela função • A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio cirúrgico correto • A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a cirurgia, usando as questões da Lista de Verificação como guia • A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão cirúrgica • A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários III – Antes de o paciente sair da sala de cirurgia A equipe deverá revisar em conjunto a cirurgia realizada por meio dos seguintes passos: A conclusão da contagem de compressas e instrumentais • A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida • A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões que necessitem ser solucionadas • revisão do plano de cuidado e as providências quanto à abordagem pós- operatória e da recuperação pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala de cirurgia IV – Definições • Lista de Verificação: lista formal utilizada para identificar, comparar e verificar um grupo de itens/procedimentos • Demarcação de lateridade: demarcação de local ou locais a ser operados. Essa demarcação é particularmente importante em casos de lateralidade (distinção entre direita e esquerda), estruturas múltiplas (p. ex., dedos das mãos e dos pés, costelas) e níveis múltiplos (p. ex., coluna vertebral) • Condutor da Lista de Verificação: profissional de saúde (médico ou profissional da enfermagem) que esteja participando da cirurgia e seja o responsável por conduzir a aplicação da lista de verificação, de acordo com diretrizes da instituição de saúde • Segurança anestésica: conjunto de ações realizadas pelo anestesiologista, que visa à redução da insegurança anestésica por meio da inspeção formal do equipamento anestésico, da checagem dos medicamentos e do risco anestésico do paciente antes da realização de cada cirurgia. Esse procedimento deve seguir as orientações contidas no Manual para Cirurgia Segura da OMS, traduzido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA • Equipe cirúrgica: equipe composta por cirurgiões, anestesiologistas, profissionais de enfermagem, técnicos e todos os profissionais envolvidos na cirurgia V –Ampliações Atualmente há uma discussão em torno da ampliação do checklist de cirurgia segura para outras áreas da medicina. Dentre elas, o checklist de parto seguro está ganhando atenção especial. A lista de verificação, desenvolvida e testada em parceria com a Ariadne Labs, um centro conjunto do Brigham and Women’s Hospital e do Harvard T.H. Escola de Saúde Pública Chan, apoiada pela Fundação Bill & Melinda Gates, sintetiza as Diretrizes e as Recomendações da OMS existentes baseadas em evidências em uma ferramenta prática e única, com o objetivo de melhorar a aderência às melhores práticas, incluindo comunicação adequada no momento do parto. A lista de verificação identifica quatro pontos de pausa correspondentes a um período específico no fluxo normal de trabalho de um profissional de saúde: quando a mãe é internada, imediatamente antes da expulsão (ou antes da cesariana), dentro de 1 hora após o nascimento e antes da mãe e do recém-nascido receberem alta. Esse checklist foi usado em plano piloto em nove países da África e da Ásia, com resultados significativos. O próximo passo é explorar a viabilidade de usar a lista de verificação em diversos contextos em todo o mundo. Referências 1. CAIRUS, Henrique. Da natureza do homem Corpus hippocraticum. História, ciências, saúde-Manguinhos, v. 6, n. 2, p. 395-430, 1999. 2. HAYNES, Alex B.; BERRY, William R.; GAWANDE, Atul A. What do we know about the safe surgery checklist now?. Annals of surgery, v. 261, n. 5, p. 829-830, 2015. 3. HELMREICH, Robert L.; MERRITT, Ashleigh C.; WILHELM, John A. The evolution of crew resource management training in commercial aviation. The international journal of aviation psychology, v. 9, n. 1, p. 19-32, 1999. 4. MAHAJAN, Ravi P. The WHO surgical checklist. Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology, v. 25, n. 2, p. 161-168, 2011. 5. MCCONAUGHEY, Edie. Crew resource management in healthcare: The evolution of teamwork training and MedTeams®. The Journal of perinatal & neonatal nursing, v. 22, n. 2, p. 96-104, 2008. �. MOREY, John C. et al. A transition from aviation crew resource management to hospital emergency departments: the MedTeams story. In: Proceedings of the 12th international symposium on aviation psychology. Wright State University Press Dayton, OH, 2003. p. 14-17. 7. Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo desafio global para a segurança do paciente. Cirurgias Seguras Salvam Vidas. Tradução Nilo MS, Duran IA. Rio de Janeiro: Organização Panamericana da Saúde (OPAS); 2009. �. PIZZI, Laura; GOLDFARB, Neil I.; NASH, David B. Crew resource management and its applications in medicine. Making health care safer: A critical analysis of patient safety practices, v. 44, p. 511-519, 2001. Parte 1 | Capítulo 2 Nomenclatura cirúrgica Autora: Paula Daher Rassi Guimarães Coautor: Dr. HigorChagas Cardoso • Termos para indicar um determinado procedimento cirúrgico. • Termos: • Sinônimos → diferente grafia, mas mesmo significado: enxerto autólogo = autoenxerto. • Epônimos → nome da técnica ou instrumental ao nome de quem descobriu/popularizou: Incisão de McBurney Técnica de Milligan-Morgan Afastador de Farabeuf Gastrectomia Billroth II • Termos híbridos→ associação de duas palavras ou línguas para formar uma palavra: Apendicite, radioterapia, hipertensão • Afixação→ associa a determinada raiz ou radical um prefixo ou um sufixo: Prefixo + raiz ou raiz + sufixo Alguns radicais: Entero → intestino Nefro → rim Oofor → ovário Hístero → útero Orqui → testículo Salpinge→ trompa Rino → nariz Osteo→ osso Procto → reto Cisto → bexiga Cole → vesícula Colo → cólon Colpo → vagina Adeno → glândula Sufixos: Tomia → abertura Centese → punção de uma cavidade Ectomia → retirada Stasia → parar Anastomose → união Stomia (proteger, desviar, alimentar) → exteriorizar uma estrutura através de outra, podendo ser o próprio órgão (colostomia) ou algum artifício (traqueostomia) Plastia→ altera a forma do órgão sem mudar a função (cardioplastia→ criar válvula/bolsa na cardia para diminuir refluxo) Dese → fixar/amarrar (artrodese de coluna → colocar placas de titânio Pexia → fixar órgão no sítio original ou trazer para local correto Síntese → sutura Rafia → sutura Tripsia → quebra (litotripsia → quebrar cálculo) Scopia → olhar no interior Nomes: • Papilotomia → abertura da papila duodenal. • Toracotomia → abertura da parede torácica. • Drenagem → toracotomia + toracostomia fechada em selo d’água. • Flebotomia → dissecção (individualização e cateterismo) da veia. • Cistostomia →abertura na bexiga → drenagem de urina • Coledocostomia →abertura no colédoco →dreno de Kehr • Colostomia →abertura no cólon → através da parede abdominal • Gastrostomia →abertura no estômago (sonda/parede abd.) • Histeropexia →suspensão e fixação do útero • Nefropexia → suspensão e fixação rim • Orquiopexia (orquidopexia) → abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa • Salpingoplastia → plastia da trompa • Piloroplastia → plastia do piloro • Colporrafia → sutura da vagina • Gastrorrafia → sutura do estômago • Herniorrafia → sutura da hérnia • Tenorrafia→ sutura do tendão Referências 1. GOFFI, Fábio Schimidt et al. Técnica Cirúrgica: Bases Anatômicas. Fisiopatológicas e Técnicas da Cirurgia. 4ª Ed, São Paulo, Atheneu, v. 822, 2004. 2. MARQUES, Ruy Garcia. Técnica operatória e cirurgia experimental. Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2000. 3. TOWNSEND, Courtney et al. Sabiston Tratado de Cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. Elsevier Brasil, 2014. Parte 1 | Capítulo 3 Ambiente cirúrgico e seus profissionais Autora: Leticia Maria Casagrande de Oliveira Coautora: Dra. Adriana Santos de Oliveira 1. Introdução O ambiente cirúrgico tem grande importância para o sucesso da realização de seus procedimentos, seja qual for o porte cirúrgico. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)¹ na série de segurança do paciente de 2013 as infecções relacionadas ao sítio cirúrgico ocupam a terceira posição entre todas as infecções em serviços de saúde, sendo 14% a 16% das encontradas em pacientes hospitalizados. A manutenção desse espaço conta com o preparo dos profissionais envolvidos, do sítio cirúrgico e com a qualidade dos instrumentos utilizados. A grande relevância da metodologia empregada está no risco que a ruptura com a esterilidade pode representar aos pacientes cirúrgicos. 1.1 Paramentação e segurança A paramentação do sítio cirúrgico e dos profissionais cria uma barreira de segurança biológica de contato direto entre o paciente e os profissionais, materiais, equipamentos e o restante do ambiente. Ela é feita de forma a evitar o máximo de interferências negativas ao paciente e para a proteção individual do profissional. 1.1.1 Preparo das mãos A lavagem das mãos vem antes da paramentação com roupas específicas e é de extrema importância para a manutenção do ambiente cirúrgico adequado. O preparo das mãos mudou de fato a história da medicina e sua intenção é reduzir ao máximo infecções. Não é permitido o uso de anéis, relógios, unhas compridas e unhas artificiais. A lavagem das mãos tem como objetivo retirar a população transitória de bactérias enquanto que preserva a população permanente (população fisiológica). Deve ser realizada sempre em local adequado antes de se iniciar o procedimento. Após a lavagem será realizado o calçamento das luvas estéreis, ou seja, a lavagem das mãos não significa a esterilização destas, uma vez que só estará de fato estéril com a luva. A lavagem deve ocorrer em lavatório com acionamento de água tratada sem as mãos, com uso de escovas com material degermante e por meio de uma rotina adequada que deve durar em média 5 minutos. As rotinas de lavagem podem variar, contudo, devem sempre respeitar as seguintes regras: • Deve-se inicialmente espalhar o produto pela pele, pelas mãos e pelo antebraço. • A lavagem das mãos, do antebraço e do cotovelo deve ser realizada com a parte mais macia da escova cirúrgica (esponja). • O início deve ser na parte distal (dedos) e seguir para proximal (antebraço e cotovelo), não se devendo voltar a parte distal após lavagem da proximal. • As duas mãos devem ser lavadas antes de se seguir para os antebraços e, por sua vez, esses dois devem ser escovados antes de se passar para o cotovelo; ou seja, só depois dos dois lados derem lavados é que se passa para o próximo estágio. • Não deve ser deixada nenhuma parte dos dedos até o antebraço sem escovação. • A lavagem das unhas deve ser feita com o uso da região plástica mais dura da escova cirúrgica (escova). • Deve-se enxaguar os membros no mesmo sentido da escovação, ou seja, de distal para proximal. • Não chacoalhar e abanar as mãos, o antebraço e os cotovelos após a lavagem. • Após a lavagem não abaixar as mãos abaixo da cintura até o fim do procedimento cirúrgico. Imagens da lavagem de mãos World Health Organization² A secagem das mãos vem logo após a lavagem e precede a colocação do avental cirúrgico. Ela deve ocorrer dentro da sala cirúrgica com compressas ou material adequados e para essa finalidade. A secagem e a lavagem seguem sempre a sequência de distal para proximal; à diferença que um membro inteiro deve ser secado para só após isso se dobrar a compressa e passar para o outro membro. De acordo com ANVISA, a duração do procedimento deverá ser de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante do degermante). 1.1.2 Roupas específicas Fazem parte da roupa específica dos profissionais no centro cirúrgico: calça e camisa (roupa privativa), máscara, gorro, propé, avental cirúrgico (jaleco cirúrgico, capote), luva estéril e proteção ocular. 2. Roupa Privativa Consiste na calça e na camisa que devem ser utilizados dentro do ambiente do centro cirúrgico. Por ser apenas limpo, o uniforme não pode tocar em superfícies estéreis. A camisa precisa cobrir todo o tronco, do final do pescoço até o início da pélvis. Devido a riscos de contato dos braços com fluidos orgânicos, deve ter manga mais longa. Isso também protege contra a liberação de microrganismos das axilas. A calça precisa cobrir totalmente os membros inferiores, protegendo o trabalhador e também evitando a liberação ao ambiente da flora de suas pernas e seu períneo. Alguns estudos sugerem calças com fechamento nos tornozelos como as mais adequadas para impedir a liberação dessa flora. Sua função é evitar a liberação de microrganismos da pele, do tronco e dos membros. 3. Máscara Deve ser utilizada dentro da sala cirúrgica, sempre que algum instrumento estéril esteja exposto ou se a cirurgia estiver em qualquer fase de andamento. A máscara deverá cobrir totalmente a boca e o nariz. Sua função visa proteção tanto do paciente quanto do profissional de saúde. Elaevita a liberação de microrganismos oriundos do nariz e da boca dos profissionais, protegendo o cliente de contaminação. Do lado do profissional, protege suas mucosas de respingos de sangue e outros fluidos do cliente. Caso no ato cirúrgico ocorra da máscara cair é papel do circulante arrumá-la. 4. Gorro Deve ser utilizado desde a entrada no centro cirúrgico. Deverá cobrir por completo o couro cabeludo, cabelo, costeletas e orelhas. Sua função é prevenir queda de partículas e/ou cabelos no sítio cirúrgico. 5. Propé e/ou sapato privativo Justificado na prevenção de contaminação do chão de áreas críticas por micro-organismos que são carreados nas solas dos sapatos e podem ser liberados ao ambiente. Porém, sua eficácia no controle de infecções tem sido questionada em vários estudos que revelam:5, 6,7 • Diferença não significativa de contaminação do chão entre calçados comuns e propés; • Não é habitual a troca de propés, mesmo após pisotear secreções orgânicas presentes no chão, que se disseminam por todas as áreas do centro cirúrgico; • O ato de caminhar é a mais importante causa da dispersão bacteriana do chão do que o tipo de cobertura de sapatos utilizados; • Micro-organismos do chão dificilmente se dissipam ao ar ambiente e não são aqueles causadores de infecção do sítio cirúrgico; • A chance de contaminação de uma ferida com micro- organismos oriundos do chão se dá antes pela sua veiculação e por contato do que pela sua disseminação do chão para o ar ambiente.8 Mesmo assim, coberturas de sapatos ou sapatos privativos continuam sendo recomendados nos EUA para proteção do trabalhador contra contaminação com fluidos.9 Entretanto, há que se atentar também para a sua eficácia como barreira, uma vez que esses dispositivos atualmente utilizados (tamancos com orifícios para transpiração e propés) não evitam ferimento dos pés com objeto perfurocortante. Nesse caso, o ideal seriam sapatos privativos fechados, pois os modelos anteriormente citados não contribuem para o controle de infecções e ainda determinam custos desnecessários. No Brasil o uso é facultativo de acordo com as diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina (agosto de 2001).8,9,10 6. Avental Cirúrgico (jaleco, capote) Pode ser descartável ou de pano reutilizável lavado e estéril. Os descartáveis têm uma camada plástica que os tornam impermeáveis, os de pano não têm. O avental cirúrgico também desempenha dupla função: proteção do paciente e do profissional da saúde. Em relação ao profissional: protege a pele do corpo da exposição à sangue e a outros fluidos orgânicos oriundos do paciente. Do ponto de vista do paciente, o avental cirúrgico o protege da contaminação de micro-organismos provenientes do corpo do profissionais O avental deve ser utilizado dentro da sala cirúrgica segundo os seguintes passos: • Com as mãos e o antebraço devidamente escovados e lavados deve-se segurar o avental pela parte superior longe de locais em que este possa chocar-se; • Deixar que o avental se desdobre pela ação da gravidade; • Sem tocar na face externa do avental introduzir os braços na manga do lado correspondente; • Pedir a um auxiliar que este amarre as tiras do pescoço; • Amarrar as tiras da cintura também com auxílio de um assistente O lado externo não deve tocar em superfícies não estéreis. É retirado pelo avesso, sendo tocado somente em seu lado interno, dessa vez, para proteger o profissional contra contaminação ocorrida do lado externo. 7. Luva estéril Tem dupla função, protegendo tanto o paciente quanto quem realiza o procedimento. É o que efetivamente deixa as mãos estéreis, contudo, mesmo assim é necessário o preparo das mãos antes de seu uso, bem como sua correta colocação. Deve ser calçada logo após a escovação adequada de mãos e antebraço, secagem adequada e a colocação do avental cirúrgico. Só calçar as luvas estéreis após o ajuste total do avental. Deve seguir os seguintes paços de colocação: • Abrir o envelope de modo que os punhos fiquem voltados para a pessoa que vai calçar; • Verificar se as luvas vieram pré-dobradas de forma adequada; • Calçar a luva da mão não dominante segurando com a mão dominante, tomando cuidado para segurar na parte dobrada do punho sem contaminar o lado estéril; • Calçar a luva da mão dominante com o auxílio da mão não dominante, com os dois dedos da mão não dominante na dobra do lado estéril; • Puxar ambos os punhos para cobrir o punho do avental. • Caso no ato cirúrgico ocorra trauma da luva estéril o próprio médico, ou quem está realizando o procedimento, deve trocar a luva por uma nova. 8. Protetor ocular Recomendado especialmente para proteção dos trabalhadores. Seu modelo deve evitar o contato da mucosa ocular com sangue e outros fluidos. 8.1 Instrumental cirúrgico A instrumentação cirúrgica deve ser sistemática, sua organização tem grande importância no sucesso dos procedimentos que ocorrem na sala cirúrgica. O trabalho de instrumentação cirúrgica deve ocorrer desde a contagem de compressas até a instrumentação ao cirurgião responsável. O instrumental cirúrgico varia de acordo com cada intervenção a ser realizada, mas sua base se mantém. É necessário conhecer o instrumental bem como seus nomes e suas funções, sua disposição na mesa e sua utilização em cada tempo cirúrgico. A abertura do instrumental cirúrgico deve ocorrer o mais próximo possível do ato cirúrgico, após as portas da sala de cirurgia serem fechadas. A montagem da mesa com os instrumentais cirúrgicos deve obedecer a disposição em 4 regiões: diérese, homeostasia, síntese e especiais. A mesa deve ser disposta de tal forma que a categoria diérese esteja o mais próxima do instrumentador, permitindo assim a passagem facilmente entre este e o cirurgião. Pode-se ou não utilizar gazes para auxiliar no posicionamento dos instrumentos. INSTRUMENTADOR ESPECIAIS SÍNTESE CIRURGIÃO DIERESE HOMEOSTASIA 8.2 Diérese O termo diérese diz respeito a corte e separação, sendo, portanto, necessários para a dissecção de estruturas durante o procedimento • Bisturis a. Cabo de bisturi número 3 b. Cabo de bisturi número 4 • Tesouras de Metzenbaum tesoura de metzenbaum reta a.Tesoura de Metzenbaumreta b.Tesoura de Metzenbaumcurva • Tesoura de Mayo tesoura de mayo curva a.Tesoura de Mayo reta b.Tesoura de Mayo curva 8.3 Homeostasia São os instrumentos necessários para o controle do sangramento do paciente • Pinça hemostática de Halsted a. Pinça hemostática de Halstead reta b. Pinça hemostática de Halstead curva • Pinça hemostática de Kelly: pinça na qual os sulcos são pela metade; na prática quando se pede a pinça de Kelly em geral está se referindo à curva a. Pinça hemostática de Kelly reta b. Pinça hemostática de Kelly curva • Pinça de Crile a. Pinça de Crile reta b. Pinça de Crile curva • Pinça de Rochester a. Pinça de Rochester reta b. Pínça de Rochester curva • Pinça de Kocher a. Pinça de Kocher reta b. Pinça de Kocher curva • Pinça de Mixter 8.4 Síntese • Pinça de Adson: pinça fina para estruturas mais delicadas a. pinça de Adson com dente b. pinça de Adson sem dente • Pinça anatômica a. pinça anatômica com dente b. pinça anatômica sem dente • Porta-agulha 8.5 Especiais São instrumentos utilizados propriamente durante o procedimento para auxiliar e acessar mais facilmente o paciente. • Afastador de Farabeuf • Afastador de Doyen • Afastador de Finochietto • Afastador de Gosset • Pinça de Collin Coração • Pinça de Allis 8.6 Antissepsia do sítio cirúrgico A antissepsia diz respeito à inibição e à remoção de microrganismos patogênicos e impurezas de tecidos vivos por meio de degermação e antissepsia de forma sistemática. Pode ser realizada por meio químico e físico.4 O meio químico é o desinfetante antisséptico e é considerado adequado quando tem atividade germicida mesmo na presença de sangue, soro, muco ou pus sem irritar pele e mucosas do paciente. Em geral usa-se álcool, iodo e hexaclorofeno. Sua atuação ocorre por meio da escovaçãodo paciente. • Os álcoois mais usados na antissepsia do sítio cirúrgico são o etílico e o isopropílico em associação com glicerina por ressecarem a pele; sua ação é bactericida, fungicida e virucida. • O iodo é bactericida, fungicida e tem ação relativa sobre vírus; sendo seu composto mais usado com álcool iodado, uma vez que é pouco solúvel em água. O meio físico diz respeito a calor e radiação e também são usados para conseguir esterilização. Conclusão De fato é indiscutível a necessidade de um ambiente cirúrgico que esteja adequadamente preparado, do preparo de instrumentos e do paciente para um procedimento bem-sucedido. Busca-se cada vez mais aprimorar técnicas e instituir práticas pragmáticas de atuação. O futuro das cirurgias e seu sucesso até o momento está amplamente relacionado a essas práticas, seja desde o preparo das mãos, uma prática clássica e institucionalizada até limpeza dos tecidos vivos, com práticas e substâncias inovadas com frequência. Este capítulo tem grande importância para qualquer profissional da área de saúde que pretenda atuar em procedimentos cirúrgicos, uma vez que dá a base desses procedimentos e seus instrumentos respectivamente necessários. O que se deve levar de aprendizado são as técnicas e os procedimentos de paramentação da equipe, sempre dando a devida atenção ao preparo das mãos e colocação adequada dos equipamentos de segurança, a importância de se saber nomes e localização dos instrumentos cirúrgicos. Por fim, é necessário saber a boa utilização de meios químicos de antissepsia, suas atuações e suas limitações. Referências 1. Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios diagnósticos de infecção relacionada à assistência à saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde; 2013. 2. WHO, World Health Organization, First Global Patient Safety Challenge Clean Care. 3. AMB – Associação Médica Brasileira. Prevenção da infecção hospitalar. Sociedade Brasileira de Infectologia; 2001. Ago 2001 [acesso em 2020 jan 7]. 4. Moriya T, Módena JLP. Assepsia e antissepsia: técnicas de esterilização. Medicina (Ribeirão Preto). 2008;41 (3): 265-73 [acesso em 2020 jan 7]. 5. Ayliffe GA, Lilly H. Cross-infection and its prevention. J.Hos p. Infect., 1985: 6: 47-57. Suppl. B. �. Carter R. Ritual and risk. Nurs.Times, 1990; 8(13):63-4. 7. Coop G. et al. Footwear practices and operating room contamination. Nurs. Res., 1987; 36(6):366-9. �. Garner JS. CDC Guideline for prevention of surgical wound infections. Today’s OR Nurse, 1986; 8(3):33-40. 9. Garner JS. Guideline for isolation precautions in hospitals. Inf.Cont.Hosp.Epidem., 1996; 17(1): 50-80. 10. Gaya H. Is it necessary for staff and visitors in an intensive care unit to wear masks, hats, gowns and overshoes? Nurs. Times, 1990; 86(13): 63-4. https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/infeccao-hospitalar.pdf http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/272/273 Parte 1 | Capítulo 4 Resposta Endócrina, Metabólica e Imunológica ao Trauma (REMIT) Autores: Antonio Robson Ximenes e Juarez Jucá de Queiroz Neto 1. INTRODUÇÃO Sempre que ocorre uma agressão ao organismo humano, qualquer que seja a causa ou mecanismo, desencadeia-se um complexo conjunto de respostas que são iniciadas imediatamente, necessárias para manter a homeostase e a vida. Se o processo que levou à lesão tecidual é de pequena intensidade, a resposta endócrina e imunológica tende a ser temporária e a restauração da homeostase metabólica e imune prontamente ocorre. No entanto, em pacientes vítimas de trauma extenso, a resposta à agressão sofrida pode ser exacerbada, causando disfunção orgânica e aumentando os riscos de mortalidade. É necessário, portanto, que o cirurgião esteja familiarizado com os eventos endócrinos, metabólicos e imunológicos que ocorrem no organismo do paciente submetido a intervenções cirúrgicas e indivíduos que sofreram grandes traumas, para que esses eventos possam ser evitados ou manejados corretamente. Para que a resposta ao trauma ocorra é necessária a integração e a sincronização de três elementos fundamentais: o Sistema Nervoso Autônomo, o Hipotálamo e a Hipófise. A porção aferente Sistema Nervoso Autônomo capta o estímulo dos nociceptores e leva a informação até o Hipotálamo que será o grande coordenador da REMIT. Por sua vez, a porção eferente, após a resposta do hipotálamo, será responsável pelo estímulo da produção de hormônios contrarreguladores que ajudarão a gliconeogênese. 2. RESPOSTA METABÓLICA A resposta metabólica pode ser dividida em três fases: Fase Ebb, Fase Flow e Fase Anabólica. A fase EBB, segundo a literatura, ocorre imediatamente após o trauma, caracterizando- se por uma franca instabilidade hemodinâmica, representada por hipovolemia, hipotensão, diminuição do fluxo sanguíneo, aumento da resistência vascular sistêmica, além de aumento da insulina, de catecolaminas, e de gluco e mineralocorticoides circulantes, esgotamento do glicogênio hepático, distúrbios no transporte de oxigênio para as células, e aumento do consumo de oxigênio. Nessa fase, apesar do aumento nos hormônios contrarreguladores, é marcada por hipometabolismo. Após esse período, inicia-se a segunda fase. A fase Flow, simbolizada por uma retenção hídrica, aumento da permeabilidade vascular, diminuição da resistência vascular, sistêmica, com aumento crescente das catecolaminas, glicocorticoides, produzindo hiperglicemia e proteólise. Nessa fase o hipermetabolismo é encontrado. Após o término da fase Flow, inicia-se a fase anabólica que, dependendo da intensidade do trauma ou do procedimento cirúrgico pode levar meses para ser concluída. Os hormônios que estavam elevados voltam gradativamente aos níveis séricos normais. Ocorre o anabolismo proteico, seguido do anabolismo lipídico. Os pacientes nessa fase tendem a recuperar o seu peso habitual que foi perdido durante a fase catabólica. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS FASES EBB E FLOW FASE EBB FASE FLOW Aumento da resistência vascular sistêmica Redução da resistência vascular sistêmica Hipovolemia Hipervolemia Hipometabolismo Hipermetabolismo Diminuição da insulina Aumento da insulina Aumento das catecolaminas Aumento das catecolaminas 3. RESPOSTA ENDÓCRINA A resposta hormonal ao trauma tem como um de seus principais objetivos o estímulo a gliconeogênese por meio do estímulo da produção de cortisol, catecolaminas, hormônio antidiurético (ADH), hormônio do crescimento (GH), entre outros. Esses hormônios, além de auxiliarem a formação de glicose, promovem alterações fisiológicas no organismo do paciente. Após a injúria, o organismo do paciente traumatizado necessita de uma grande demanda de glicose para que a restauração da homeostase ocorra. A glicose armazenada no fígado, dependendo da extensão da lesão, pode ser consumida nas primeiras 12 horas pós-trauma. Por essa razão, processo de gliconeogênese é iniciado. A glicose será formada por meio de substratos não glicídios: as proteínas musculares e os lipídios que, após a proteólise e lipólise, serão transformados em aminoácidos, ácidos graxos e glicerol. Esse processo, estimulado pelo cortisol, pode ser exacerbado em pacientes vítimas de traumas extensos. A proteólise descontrolada leva a um comprometimento da musculatura diafragmática, fenômeno que traz prejuízo a dinâmica respiratória, e a perda de proteínas viscerais. A insulina, hormônio essencialmente anabólico, tem sua secreção reduzida e tem sua resistência periférica aumentada para aumentar o aporte sérico de glicose. A importância do sistema insulina-glucagon no controle do nível de glicose sanguínea está no fato de que o cérebro utiliza apenas glicose como fonte energia, portanto, é essencial que a glicose seja sempre mantida acima dos níveis críticos. A produção das catecolaminas pela medula adrenal, além de auxiliarem o processo de gliconeogênese, estimulam a taquicardia para aumentar o débito cardíaco durante a primeira fase da REMIT, promovem taquipneia para aumentar o aporte de02 para os tecidos, aumento da atividade plaquetária e fibrinólise. Os níveis séricos de adrenalina e norepinefrina apresentam-se elevados por 12-24h, dependendo do tamanho do trauma. A aldosterona é estimulada pelo Sistema Nervoso Autônomo e pelo aumento do potássio liberado com a lesão celular causada pelo trauma. Esse hormônio contribui para a retenção hídrica e diminui a excreção de sódio, além de aumentar a excreção de potássio, a fim de normalizar seus níveis séricos e de H+. Sendo assim, existe no pós-operatório uma tendência natural a alcalose metabólica. O hormônio antidiurético (ADH), nos casos de grandes traumas, sua secreção chega a elevar, segundo estudos, 50 vezes. Suas ações são osmorreguladoras, vasoativas e metabólicas. Provoca reabsorção de água livre dos túbulos distais e coletores dos rins. Sendo assim, podemos encontrar oliguria e edema no pós-operatório. Além dos citados acimas, o hormônio do crescimento (GH) também está presente na REMIT. Apesar de ser um hormônio anabólico, o GH, no trauma, estimula a lipólise e, consequentemente, auxilia na produção de glicose para o organismo. HORMÔNIOS AÇÕES CORTISOL Mobilização de aminoácidos – Facilita ação dascatecolaminas CATECOLAMINAS Inibe secreção de insulina – Aumento da contratilidadecardíaca ALDOSTERONA Retenção de água – Aumento de volemia ADH Reabsorção de água – GliconeogêneseHepática GH Estimula a lipólise – Promove anabolismo proteico 4. RESPOSTA IMUNOLÓGICA Durante a fase aguda do trauma os macrófagos, linfócitos e leucócitos, além de migrarem para o local lesado, promovem a síntese de citocinas. Essas substâncias atuam como hormônios e podem ter ações a distância. Essas ações tanto podem ser benéficas ao organismo quanto maléficas. O TNF-a, IL-1, IL-2 causam anorexia, atraso na cicatrização, pois podem desencadear uma resposta inflamatória exacerbada no trauma. Além disso, elevação de PCR e fibrinogênio também pode ser encontrado. 5. MANEJO DA REMIT EM CIRURGIAS ELETIVAS Pacientes candidatos a cirurgias eletivas podem ter uma Resposta ao Trauma controlada. A avaliação pré-cirúrgica, a decisão na técnica a ser utilizada e o manejo correto do jejum pré-operatório devem ser estimulados. É sabido que o jejum prolongado pode levar um estado catabólico. Por esse motivo, a hidratação com Soro Glicosado 5% deve ser realizada a fim de minimizar as chances de hipermetabolismo. Além disso, sempre que possível, as técnicas cirúrgicas laparoscópicas devem ser priorizadas. Pacientes submetidos a estas técnicas, apresentam um grau menor de complicações pós-operatórias devido à menor agressão tecidual e, por consequência, apresentam uma menor resposta endocrinometabólica ao trauma. A ansiedade pré-operatória também é conhecida por aumentar a liberação de catecolaminas pelo paciente. Como explicado anteriormente, isso resultará em aumento da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca e uma maior chance de arritmia. Por essa razão, estudos mostram que o uso de benzodiazepínicos no pré-operatório para controlar a ansiedade dos pacientes é benéfico e deve ser estimulado. REFERÊNCIAS 1. Lemos MF et al . A informação no pré-operatório reduz a ansiedade pré-operatória em pacientes com câncer submetidos à cirurgia: utilidade do Inventário Beck de Ansiedade. Rev. Bras. Anestesiol., Campinas, 2019; 69(1): 1-6. [acesso em 2019 out. 5]. 2. Sousa JAG Programa de Autoavaliação em Cirurgia – Perspectivas Atuais em Videolaparoscopia – Colégio Brasileiro de Cirurgiões. 3. Nunes JM. Resposta Neuroendócrina e Metabólica ao Stress. 4. Basile-Filho A, Suen VMM, Martins MA, Coletto FA, Marson F. Monitorização da resposta orgânica ao trauma e à sepse. Medicina, Ribeirão Preto, 2001; 34: 5-17 5. Silva APA, Freitas BJ, Oliveira FLC, Piovacari SMF, Nóbrega FJ. Terapia nutricional em queimaduras: uma revisão. Rev Bras Queimaduras, 2012; 11(3):135-141. �. Medeios AC, Dantas Filho AM. Metabolic Response to Trauma. Rio Grande do Norte: Federal University of Rio Grande do Norte, 2017. 7. Melo REVA, Vitor CMA, Silva MBL, Luna LA, Firmo ACB, Melo MMVA. Resposta hormonal no paciente politraumatizado. International Journal of Dentistry, Recife, 2005 Jan/Jun; 4(1):31-36. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942019000100001&lng=pt&nrm=iso Parte 1 | Capítulo 5 Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido- base Autores: Renato Kátrio Policarpo Carvalho e Aldenir Rocha de Oliveira Filho 1. INTRODUÇÃO O Equilíbrio Ácido-Base (EAB) e hidroeletrolítico é a base molecular pela qual a vida se mantém e sua monitoração inicia-se com a avaliação dos parâmetros ácido-base séricos, a maioria dos doentes portadores desses desequilíbrios necessitam de cuidados intensivos, qualquer que seja a patologia de base. A avaliação é um instrumento fundamental, pois, além dos desvios do equilíbrio acidobásico, acaba fornecendo outras informações de dados sobre a função respiratória e as condições de perfusão tecidual. Os sistemas orgânicos enfrentam dois desafios básicos para a manutenção do EAB. O primeiro desafio é a distribuição nos espaços orgânicos da cota fixa de ácidos, ingerida na dieta diária, o segundo é o destino dado ao CO2 (dióxido de carbono) gerado pela respiração celular como produto final do metabolismo aeróbio. O organismo lança mão de uma série de mecanismos bioquímicos para manter o pH dentro dos limites compatíveis com os processos vitais, podemos destacar o papel desempenhado pelo chamado sistema tampão, sendo fundamental para o entendimento do equilíbrio acidobásico.1 Nos procedimentos invasivos do organismo como as cirurgias, esse equilíbrio ácido-base pode ser muito afetado, como no processo da hiperventilação intraoperatória pode causar alcalose respiratória, e esta aumenta a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio com bloqueio parcial da glicólise aeróbica com consequente acúmulo de ácido lático; cessada a hiperventilação, ao término da cirurgia, pode ocorrer hipoventilação por depressão do centro respiratório, ainda na presença do mecancimos compensatórios da hiperventilação, o que exacerba metabolismo anaeróbio iniciado durante a anestesia resultando em acidose metabólica, isso adiociona mais gravidade a eventuais complicações pós-operatórias aumentando o risco de disfunção orgânica Nos estudos do pós-operatório, temos diversos fatores que podem surgir para possíveis complicações como a depressão respiratória na reversão anestésica, favorecem o aparecimento de acidose, em contradição com outros que sugerem que toda cirurgia não complicada em paciente metabolicamente sadio tende a provocar alcalose metabólica.3 Em momento da intervenção cirúrgica, os pacientes podem apresentar alterações do Equilíbrio Hidroeletrolítico (EHE), além das complicações no Equilíbrio Ácido-Base (EAB). No período pré- operatório essas alterações podem decorrer da própria doença de base ou de problema clínicos associados. Durante a cirurgia as alterações são proporcionais ao tempo e ao porte da cirurga, orientando ,assim, quais procedimentos deve-se ter mais atenção e maior controle pelo anestesista, sobretudo em pacientes predispostos. No pós-operatório os distúrbios hidroeletrolíticos estão condicionados à magnitude das alterações hormonais da resposta orgânica ao trauma e ao tempo de duração da hidratação endovenosa, necessária enquanto as vias oral e enteral não forem factíveis. Em qualquer momento, antes, durante ou após a cirurgia, todo ato relacionado à prescrição de hidratação deve ser precedido do correto diagnóstico do estado de hidratação do paciente.2 O manejo de hidratação do paciente no pré-operatório busca a restrição hídrica, visando respeitar a oliguria e a retenção de sódio em resposta à maior liberação de aldosterona e hormônio antidiurético (ADH) desencadeada pelo trauma cirúrgico. Outro tipo de hidratação, baseada no balanço hidroeletrolítico diário, visa a reposição de água e eletrólitos segundo as perdas diárias, o que subentende que a administração está condicionada à reação orgânica ao trauma.
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