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IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 2 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais “Comunicação, Trabalho e Aprendizagem nas Organizações” A aprendizagem, como já vimos, pressupõe uma busca criativa da inovação, ao mesmo tempo em que lida com a memória organizacional e a reconstrói. Pressupõe, também, motivação para aprender. E motivação só é possível se as pessoas se identificam e consideram nobres as missões organizacionais e se orgulham de fazer parte e de lutar pelos objetivos. Se há uma sensação de que é bom trabalhar com essa empresa, pode-se vislumbrar um crescimento conjunto e ilimitado. Se há ética e confiança nessa relação, se não há medos e se há valorização à livre troca de experiências e saberes. Nesse aspecto, é possível perceber que a comunicação organizacional pode se constituir numa instância da aprendizagem pois, se praticada com ética, pode provocar uma tendência favorável à participação dos trabalhadores, dar maior sentido ao trabalho, favorecer a credibilidade da direção (desde que seja transparente), fomentar a responsabilidade e aumentar as possibilidades de melhoria da organização ao favorecer o pensamento criativo entre os empregados para solucionar os problemas da empresa (Ricarte, 1996). Para Ricarte, um dos grandes desafios das próximas décadas será fazer da criatividade o principal foco de gestão de todas as empresas, pois o único caminho para tornar-se uma empresa competitiva é a geração de ideias criativas; a única forma de gerar ideias é atrair para a empresa pessoas criativas; e a melhor maneira de atrair e manter pessoas criativas é proporcionando-lhes um ambiente adequado para trabalhar. Esse ambiente adequado pressupõe liberdade e competência para comunicar. Hoje, uma das principais exigências para o exercício da função gerencial é certamente a habilidade comunicacional. As outras habilidades seriam a predisposição para a mudança e para a inovação; a busca do equilíbrio entre a flexibilidade e a ética, a desordem e a incerteza; a capacidade permanente de aprendizagem; saber fazer e saber ser. Essa habilidade comunicacional, porém, na maioria das empresas, ainda não faz parte da “job-description” de um executivo. É ainda uma reserva do profissional IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 3 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais de comunicação, embora devesse ser encarada como responsabilidade de todos, em todos os níveis. O desenvolvimento dessa habilidade pressupõe, antes de tudo, saber ouvir e lidar com a diferença. É preciso lembrar: sempre apenas metade da mensagem pertence a quem a emite, a outra metade é de quem a escuta e a processa. Lasswell já dizia que quem decodifica a mensagem é aquele que a recebe, por isso a necessidade de se ajustarem os signos e códigos ao repertório de quem vai processá-los. Pode-se afirmar, ainda, que as bases para a construção de um ambiente propício à criatividade, à inovação e à aprendizagem estão na autoestima, na empatia e na afetividade. Sem esses elementos, não se estabelece a comunicação nem o entendimento. Embora durante o texto tenhamos exposto inúmeros obstáculos para o advento dessa nova realidade e que poderiam nos levar a acreditar, tal qual Luhman (1992), na improbabilidade da comunicação, acreditamos que essa é uma utopia pela qual vale a pena lutar. Mas é preciso ter cuidado. Esse ambiente de mudanças, que traz consigo uma radical mudança no processo de troca de informações nas organizações e afeta, também, todo um sistema de comunicação baseado no paradigma da transmissão controlada de informações, favorece o surgimento e a atuação do que chamo de novos Messias da comunicação, que prometem internalizarem nas pessoas os novos objetivos e conceitos, estimularem a motivação e o comprometimento à nova ordem de coisas, organizarem rituais de passagem em que se dá outro sentido aos valores abandonados e introduz-se o novo. Hoje, não é raro encontrar-se nos corredores das organizações profissionais da mudança cultural, agentes da nova ordem, verdadeiros profetas munidos de fórmulas infalíveis, de cartilhas iluministas, capazes de minar resistências e viabilizar uma nova cultura e que se autodenominam “reengenheiros” da cultura. Esses profissionais se aproveitam da constatação de que a comunicação é, sim, instrumento essencial da mudança, mas se esquecem de que o que transforma e qualifica é o diálogo, a experiência vivida e praticada, e não a simples transmissão unilateral de conceitos, frases feitas e fórmulas acabadas tão próprias da chamada educação bancária descrita por Paulo Freire. E a viabilização do diálogo e da participação tem de ser uma política de comunicação e de RH. A construção e a viabilização dessa política é, desde já, um desafio aos estrategistas de RH e de comunicação, como forma de criar o tal ambiente criativo a que Ricarte de referiu e viabilizar, assim, a construção da organização qualificante, capaz de enfrentar os desafios constantes de um mundo em mutação, incerto e inseguro. IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 4 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais O que é Feedback? Feedback é um termo muito utilizado na eletrônica que significa realimentação, ou seja, uma parcela do sinal da saída de algum circuito eletrônico, sendo aplicado novamente na entrada para que seja novamente aproveitado. Isso pode gerar uma situação desejável ou não, pois em certos casos essa realimentação não é desejada. É o caso do som da microfonia. O Feedback também é utilizado onde é necessário um controle de alguma situação ou objeto, quando poderá ser positivo ou negativo e em função disso, um circuito de controle estabilizará a saída. Nas relações interpessoais que dependem do comportamento humano, o termo Feedback apresenta grande importância por verificar que todo comportamento dirigido requer Feedback negativo, pois sinais do objetivo são necessários para a orientação do comportamento. Na visão de Rosenblueth, Wiener e Bigelow (1943), o comportamento pode ser dividido em dois tipos, os "de Feedback" e "não-Feedback". O comportamento de Feedback poderá ser dividido em duas partes: previsível e não previsível e o comportamento de não feedback ocorre quando não há retorno do objeto no decorrer de determinadas atitudes. O processo de Feedback poderá ser útil na modificação de comportamentos, é comunicação de uma pessoa ou um grupo no sentido de fornecer informações de como essa pessoa está sendo afetada, contribuindo assim para direcionar seus objetivos. Para ser eficaz e contribuir para essas mudanças é necessário que seja: Descritivo ao invés de avaliativo: Quando não há envolvimento emocional, o sujeito se torna menos defensivo, se sentindo à vontade para utilizar as informações de retorno e aplicá-las da melhor forma possível. Específico ao invés de Geral: Em determinado momento que você diz a alguém que ele é "dominador", isso poderá ter menos importância do que demonstrar isso quando ele se comportar assim, em determinada ocasião. Compatível com as necessidades: O Feedback pode ter caráter destrutivo quando apenas as necessidades do comunicador forem levadas em consideração e as do receptor esquecidas. IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 5 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Dirigido: Poderá gerar frustração caso o receptor só reconheça suas falhas, naquilo em que não tem o controle para mudar. Solicitado ao invés deImposto: Será mais proveitoso quando o receptor indagar algo que os que observam possam responder. Oportuno: O Feedback será mais proveitoso logo após um determinado comportamento, onde o sujeito estará mais flexível, mas dependerá de alguns fatores como emocionais e receptividade. Esclarecimento para assegurar comunicação precisa: Um modo de comprovar uma ideia é o receptor repetir o Feedback, para que o transmissor possa se assegurar de que foi bem entendido. Quando em um Grupo de Treinamento, o Feedback poderá ser comparado e compartilhado entre os participantes do grupo. Na prática, é observado a dificuldade de se dar e receber Feedback, que poderá ser comprovado através da observação dos insucessos frequentes na comunicação interpessoal. O Homem sofre grande dificuldade em aceitar as suas limitações, principalmente ter que admiti-las diante de pessoas que ele não confia ou em caso de ambiente de trabalho podem até afetar a sua imagem (status). O receio do que as pessoas podem pensar, o sentimento de invasão de privacidade e/ou medo de não obter o apoio que esperam para suas limitações e necessidades, faz com que elas se fechem, dificultando assim a abertura para a interação e troca de Feedback, tão necessário em uma relação. Quando nós percebemos que estamos contribuindo para o problema e que precisaremos mudar algo em nós mesmos para melhorarmos a validação do Feedback, poderemos agravar o problema, nos fechando (negação) e passando ao outro toda culpa, apontando seus erros e até mesmo agredindo-o. A resolução de alguns problemas pode se dá através do reconhecimento de alguns traços da nossa personalidade que até então tentamos disfarçar. Procurando pensar no assunto, poderemos melhorar nossa conduta, contribuindo assim para uma melhor relação e troca de Feedback. Muitas vezes as pessoas não estão preparadas, psicologicamente para receber feedback, sendo assim elas os interpretam mal e se sentem magoadas com a IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 6 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais intervenção, pois feedback em nossa cultura, ainda é percebido como uma crítica e implicará em reações emocionais imprevisíveis. Mesmo com toda a dificuldade é muito importante para nós darmos e recebermos feedback, seja ele positivo ou negativo para que possamos avaliar e corrigir os nossos erros e com isso melhorarmos como pessoas. Para superar as dificuldades de dar e receber Feedback, é necessária uma relação de confiança recíproca e o reconhecimento de que Feedback é um processo conjunto, diminuindo assim as barreiras entre o comunicador e o receptor. Devemos aprender a ouvir e expressar nossas opiniões sem reações emocionais defensivas e/ou ofensivas intensas. Todos nós gostamos de dar conselhos, pois de certa forma, isso nos faz sentirmos importantes, porém poderá vir daí o perigo de pensar no Feedback como uma forma de mostrar nossa inteligência e habilidade, não contribuindo assim para a verdadeira utilidade do Feedback para o receptor. O grupo também tem necessidade de receber informações sobre o seu desempenho. Ele pode precisar saber se há muita rigidez nos procedimentos, se está havendo utilização de pessoas e de recursos, qual o grau de confiança no líder e outras informações sobre o seu nível de maturidade como grupo. Os mesmos problemas envolvidos no feedback individual estão presentes no grupo em maior ou menor grau. Assim, o grupo pode receber feedback de: Membros atuando como participantes-observadores. Membros selecionados para desempenhar uma função específica de observador para o grupo. Consultores externos ou especialistas que vêm para fazer observações, valendo-se de perspectivas mais objetivas. Formulários, questionários, folhas de reação, entrevistas. IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 7 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais À medida que os membros amadurecem e desenvolvem suas habilidades em dar e receber feedback individual, tornam-se, também, hábeis em dar feedback ao grupo como um todo, sempre que necessário e oportuno. Os resultados individuais também servem de feedback individual: cada membro do grupo recebe um quadro com auto percepção e heteropercepção de seu superior imediato e de três subordinados seus. A sessão de feedback é uma das mais ricas do laboratório de treinamento, tanto a nível individual quanto a nível grupal, permitindo aos membros processarem as informações individuais e grupais, sem defensividade, num clima aberto, de apoio mútuo e com abordagem de resolução de problemas. Alguns aspectos importantes que devem ser considerados dentro de uma organização para facilitar a interação interpessoal, satisfazendo o próprio funcionário, o chefe e a empresa. Fatores que contribuem para que a organização tenha equipes consolidadas ou em formação em que seus participantes tenham tais capacidades: Propor mudanças nas quais acreditam; Discutir as mudanças propostas, procurando compreender suas causas e avaliando as consequências; Encorajar uns aos outros a expressarem suas ideias e seu potencial; Buscar e repassar os conhecimentos; Assumir a responsabilidade pelos resultados que a equipe produz; Identificar e administrar conflitos na equipe, entre equipes, com fornecedores e clientes; Negociar e otimizar recursos; Dar e solicitar feedback;• Dar e solicitar apoio; Desenvolver nas pessoas essa difícil habilidade de dar e buscar feedback; Otimizar os resultados da empresa; Ajudar a evitar erros e potencializar acertos; Apoiar a linha de frente a deixar no cliente um gostinho de "quero mais"; Implantar acompanhamento e feedback do desempenho: Definição de resultados a serem atingidos; IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 8 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Sistemática de mensuração de resultados; Definição de planos de autodesenvolvimento; Sistemática de feedback; Acompanhar evolução das pessoas: Definir resultados a serem atingidos; Pesquisar periodicamente a satisfação do cliente; Acompanhar planos de autodesenvolvimento; Dar periodicamente feedback aos fornecedores; Rever continuamente os procedimentos para garantir resultados; A compreensão dos outros, um dos aspectos mais importantes nas relações humanas, é a aptidão de se colocar no lugar do outro, ou seja, ver e perceber com os olhos do outro. A essa aptidão denominamos sensibilidade social ou empatia. Entende-se que empatia é diferente de simpatia, de antipatia ou de apatia. Simpatia você sente em relação ao outro, quando esse outro lhe remonta lembranças, atitudes, ideias que lhe são agradáveis, que lhe atraem. Tem-se simpatia por Maria, sinto-me alegre se ela está alegre, triste se está triste e vibro com seus sucessos. Na atitude empática compreendo como Maria se sente (alegre ou triste) e sua maneira de agir em função desses sentimentos, mas não me envolvo neles. Sou capaz de compreendê-la, mas não de sentir o que ela sente (simpatia). A atitude empática independe da simpatia, não precisamos gostar nem simpatizar com a pessoa, precisamos ter sensibilidade para compreender como a pessoa se sente frente a uma determinada situação ou sentimento. Se você for lidar com pessoas, você deverá: a) Compreender as pessoas (sensibilidade social, empatia); b) Ter flexibilidade de ação (comportamento) em função das atitudes e sentimentos que você conseguiu enfatizar. IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página9 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Flexibilidade de comportamento significa que você deve conduzir-se apropriadamente numa situação dada, com determinada pessoa. Veja os casos que seguem: Se Maria – criança de 05 anos me agride; Se Paulo – um adolescente de 13 anos me agride; Se meu pai – um adulto me agride; Se meu chefe – também adulto me agride; Se minha namorada – a quem amo, me agride... ...não posso ter uma reação uniforme para com todos os casos. Se assim agir, não terei flexibilidade de comportamento, me faltou empatia (compreender o comportamento de cada um, com as suas peculiaridades). Isso significa que devo ter um repertório de condutas que varia conforme a situação e a pessoa. Este tipo de comportamento você poderá desenvolver submetendo-se a um treinamento em sensibilidade social e flexibilidade de comportamento. Você poderá começar a desenvolver sensibilidade social e flexibilidade de comportamento através- de: a) Melhor conhecimento de si próprio; b) Melhor compreensão dos outros; c) Melhor convivência em grupo; d) Desenvolvimento de aptidões para um relacionamento mais eficiente com os outros. Relações Humanas Flexibilidade de comportamento Empatia Repertório de conduta IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 10 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns. (Gilberto Vitor)Daniel Goleman, em seu livro, mapeia a Inteligência Emocional em cinco áreas de habilidades: 1. Autoconhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre. 2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação. 3. Automotivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca. 4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas. 5. Habilidade em relacionamentos interpessoais. As três primeiras acima se referem à Inteligência Intrapessoal. As duas últimas, a Inteligência Interpessoal. Sobrevivência: Nossas emoções foram desenvolvidas naturalmente através de milhões de anos de evolução. Como resultado, nossas emoções possuem o potencial de nos servir como um sofisticado e delicado sistema interno de orientação. IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 11 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Nossas emoções nos alertam quando as necessidades humanas naturais não são encontradas. Por exemplo: quando nos sentimos sós, nossa necessidade é encontrar outras pessoas. Quando nos sentimos receosos, nossa necessidade é por segurança. Quando nos sentimos rejeitados, nossa necessidade é por aceitação. Tomadas de Decisão: Nossas emoções são uma fonte valiosa da informação. Nossas emoções nos ajudam a tomar decisões. Os estudos mostram que quando as conexões emocionais de uma pessoa estão danificadas no cérebro, ela não pode tomar nem mesmo as decisões simples. Por quê? Porque não sentirá nada sobre suas escolhas. Ajuste de limites: Quando nos sentimos incomodados com o comportamento de uma pessoa, nossas emoções nos alertam. Se nós aprendermos a confiar em nossas emoções e sensações isto nos ajudará a ajustar nossos limites que são necessários para proteger nossa saúde física e mental. Comunicação: Nossas emoções ajudam-nos a comunicar com os outros. Nossas expressões faciais, por exemplo, podem demonstrar uma grande quantidade de emoções. Com o olhar, podemos sinalizar que precisamos de ajuda. Se formos também verbalmente hábeis, juntamente com nossas expressões teremos uma possibilidade maior de melhor expressar nossas emoções. Também é necessário que nós sejamos eficazes para escutar e entender os problemas dos outros. União: Nossas emoções são talvez a maior fonte potencial capaz de unir todos os membros da espécie humana. Claramente, as diferenças religiosas, cultural e política não permitem isto, apesar das emoções serem "universais". Conflitos fazem parte de nossa vida pessoal e profissional. Trata-se de uma dinâmica inerente a interação com outras pessoas. A questão mais importante é o que fazer quando ele ocorre. A capacidade de administrar divergências de maneira eficaz é um fator decisivo para seu sucesso pessoal e profissional. IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 12 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais O conflito é normal e natural e pode ser, ao contrário da primeira impressão, bastante positivo. A capacidade de administrar conflitos é uma prática interpessoal extremamente importante que precisa ser altamente desenvolvida, principalmente por três motivos: Para gerenciar mudanças – As empresas estão mudando a um ritmo mais acelerado do que nunca, e sejam quais forem as mudanças, elas geralmente anunciam o aparecimento de muitos tipos de conflitos. Para entender diferenças culturais – Os ambientes de trabalho tendem a empregar cada vez mais pessoas culturalmente diferentes (Diversidade). Com isso sua capacidade de entender, aceitar e responder de maneira positiva aos diferentes valores culturais torna-se cada vez mais importante. Para se tornar membro ou líder de equipe – Nos últimos anos passou a ser dado um enfoque muito maior a capacidade de trabalhar em equipe. Sabemos que o trabalho em equipe gera conflitos, portanto, saber lidar com eles se torna totalmente necessário. O conflito é inevitável, a verdadeira questão é como lidar com ele. Nem sempre se pode evitá-lo ou solucioná-lo, mas normalmente é possível administrá-lo e chegar a uma conclusão. Estágio 1 – oposição ou incompatibilidade potencial • Comunicação • Estrutura • Variáveis pessoais (valores) Estágio 2 – Cognição e personalização Se as condições do estágio 1 afetam negativamente algo que uma das partes tem interesse o potencial para oposição ou incompatibilidade torna-se realizado. Um conflito percebido pode não estar personalizado. É no grau de sentimento que as partes sentem ansiedade, tensão, frustração e hostilidade. Estão emocionalmente envolvidos. Estágio 3 – Intenções. Decisão de agir de uma determinada maneira. IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 13 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Competição - Você usa todo poder ao seu alcance para fazer com que os outros tenham a mesma opinião que a sua. Capacidade de argumentação, cargo, coerção e sanções econômicas são algumas estratégias aplicadas no enfoque competição. Normalmente, o objetivo é “vencer” o conflito, e não buscar a solução apropriada para todos os envolvidos. Evitação ou Afastamento – Ignorar o conflito, evitar pessoas das quais você discorde. Quando aplicado de forma não afirmativa, indica falta de vontade de cooperar, não reconhecimento da existência do problema ou distanciamento de uma situação ameaçadora. Nenhuma das partes consegue lidar com a questão, quanto mais administrá-la ou resolvê-la. Perde-se tantos ganhos pessoais, quanto possíveis contribuições para a relação de trabalho. Acomodação - Você deseja abrir mão de sua posição, aceitando a de outra pessoa. A posição eficaz desse enfoque vemde uma posição afirmativa, ou seja, optar por ele por outras razões que não a timidez ou o medo. Compromisso – satisfação incompleta de ambas as partes. O enfoque acordo envolve negociações, revezamentos, trocas e um alto grau de flexibilidade. Apesar de ganhar parte do que deseja, você também abrirá mão de outro interesse seu. Deve-se estabelecer com antecedência o quanto se pode ceder antes de começar a negociar, ou seja, deve-se estabelecer limites. O acordo é uma tentativa de se chegar a um consenso. Ambas as partes saem ganhando em alguns aspectos da discussão, abrindo mão de outros. Colaboração - A colaboração tenta estabelecer um clima que permitirá a cada pessoa examinar e entender o ponto de vista do outro. Envolve a identificação das áreas onde há divergências e concordâncias, a avaliação de alternativas e escolhas de soluções que contenham todo apoio e comprometimento de ambas as partes. Esse enfoque requer uma atmosfera de confiança e vontade de ser criativo na busca de ações decisivas. Estágio 4 – Comportamento – Quando o conflito se torna visível: declarações, ações e reações. Estádio 5 – Resultados - Podem ser funcionais, se resultarem no aprimoramento do grupo ou disfuncionais se atrapalham o desempenho do grupo. IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 14 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Modelo de seis etapas É particularmente útil para identificação e administração de conflitos organizacionais, e em situações de divergência entre líderes e liderados. Esse modelo também serve de orientação para lidar com situações futuras. 1) Definir o conflito – Expresse o que você pensa e especule sobre como a outra parte encara o conflito. Com esse passo você estabelece uma orientação para solucionar as divergências. 2) Analisar a situação: Quem? Quem está envolvido? Identifique todas as partes. O Que? O que aconteceu exatamente? Quais eram as circunstâncias? Onde? Onde ocorreu? O local seria significativo? Quando? Quando isso ocorreu? Já vem ocorrendo a algum tempo? Se afirmativo, porque não foi resolvido antes? Está é uma ocasião adequada para tratar desta questão? Por quê? Por que ocorreu o conflito? Poderia ter sido evitado? Como? Como ocorreu o conflito? O que aconteceu e não deveria ter acontecido? O que não aconteceu e deveria ter acontecido? Analisando a situação, é possível descobrir se o verdadeiro problema é diferente daquele concebido inicialmente. Caso isso fique claro após a análise, o conflito deve ser redefinido. 3) Buscar alternativas - Ao administrar as divergências, é preciso buscar uma série de opções. Para evitar um precedente ou possíveis problemas legais, também devem-se considerar questões organizacionais na determinação do enfoque a ser adotado. - Essa situação já ocorreu antes? Se sim, o que foi feito? - Existe uma política ou procedimento que ajudaria a determinar a solução? - Como futuras situações semelhantes podem ser afetadas pela solução adequada? 4) Projetar os resultados de cada alternativa IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 15 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais 5) Escolher e concordar com a alternativa – Após examinar as opções e possíveis resultados, selecione a opção mais apropriada. Embora não haja garantia quanto ao êxito da escolha, você deve estar convicto de que chegou a melhor solução para todos os envolvidos, tendo em vista as informações à sua disposição. 6) Implementar e avaliar Modelo DESCÉ: um método direto para tratar de conflito entre duas pessoas. É visto como competitivo, porém pode ser muito eficaz quando outros métodos não tiveram efeito. É mais usado por chefes com funcionários que não querem cooperar, do que entre colegas. Descrever a situação: É importante ser muito específico. Descreva os pontos divergentes ou o comportamento da outra pessoa da maneira mais clara possível. Inclua incidentes específicos e não faça declarações genéricas. Expressar sua opinião: Se a pessoa não estiver ciente que está exercendo um impacto negativo, ela sequer pode imaginar que existe um problema. Ao expressar sua opinião o indivíduo passa a saber claramente que o problema não é aceitável tem que ser resolvido. Especificar o que você deseja que aconteça: Novamente, seja específico. Explique por que a mudança é necessária e de que forma é esperado que ocorra. A reação das pessoas costuma ser mais positiva quando elas concordam com o motivo apresentado para mudança em sua ações e comportamentos. Consequências: Fale do resultado esperado. Indique as consequências negativas, caso as mudanças não ocorram e por último enfatize os prováveis efeitos positivos a serem atingidos através das alterações solicitadas. Em algumas empresas, como o Wal-Mart, esse método é usado por escrito, e ao final, solicita-se que o funcionário escreva seu plano de ação para melhoria e seu comprometimento em fazer a mudança solicitada. Tanto chefe como funcionário assinam o documento e combinam nova data para verificar o cumprimento das metas. O documento fica arquivado no prontuário do funcionário por um ano e, se não houver mais problemas, o mesmo é eliminado. Modelo da intencionalidade positiva: É um modelo eficaz em todos os níveis dentro da organização. Com ênfase na colaboração, o principal ponto nesta abordagem é o conceito de Intencionalidade Positiva, que parte do princípio de que a outra pessoa é bem-intencionada e não está tentando provocar um conflito. Etapas: A - Acreditar que a outra pessoa está bem-intencionada, tentar identificar uma intenção positiva e declará-la para a outra pessoa. IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 16 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais E - Expressar suas opiniões confirma essa posição e expressa sua própria preocupação a respeito. I - Identificar o que você gostaria que acontecesse Propor as mudanças que gostaria que ocorressem, sem ficar na defensiva. A abordagem é firme, mas a escolha de palavras é muito importante. O - Resultado esperado É importante indicar a possibilidade de um resultado negativo, mas o mais importante é enfatizar as expectativas positivas existentes para ambos. U - Entendimento mútuo O objetivo é fazer com que o outro concorde com sua proposta. “Será que você poderia fazer isso por algum tempo e ver se funciona para nós dois?” É preciso estar preparado para considerar um acordo ou opções alternativas. Seja qual for o modelo escolhido, é importante lembrar que as coisas não acontecessem exatamente como queremos ou imaginamos. Preparação prévia e flexibilidade ajudam a administrar divergências. Orientações para planejar a abordagem 1) Tente entender o outro (empatia) e imaginar como ela deve reagir em cada etapa. 2) Qual seria o maior ponto de resistência? Como você pode superar esse problema sem causar um conflito maior? 3) Qual a melhor ocasião para abordar essa pessoa? 4) Certifique-se de que incluiu a pergunta “O que está em jogo?” ao elaborar sua abordagem. 5) Faça um esboço dos principais pontos do seu modelo. Utilização apropriada do enfoque Competição Em emergências, quando são necessárias ações rápidas e decisivas. Quando é preciso implantar mudanças impopulares. Quando a equipe ainda apresenta baixa maturidade profissional e/ou psicológica. Quando outros métodos já foram utilizados e não tiveram efeito. Utilização apropriada do enfoque Acomodação IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 17 de 20 Gostou? EntãoCLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Quando o assunto é mais importante para a outra pessoa do que para você. Quando você quer incentivar outros a expressarem os seus pontos de vista. Quando você quer que os outros aprendam através de suas próprias escolhas e ações. Quando a relação é mais importante que o assunto. Utilização apropriada do enfoque Afastamento Se os demais conseguem resolver a questão de maneira mais eficaz. Se ambas as partes considerarem a questão pouco significativa. Se for necessário mais tempo Se as duas partes precisarem “esfriar a cabeça” ou pensar melhor sobre o assunto. Utilização apropriada do enfoque Acordo Para chegar a um denominador comum quando ambos os lados têm igual poder. Para chegar a um consenso quando ambas as partes têm metas que competem entre si. Para obter solução temporária sobre questões complexas. Para chegar a uma solução em circunstâncias difíceis ou sob pressões relativas a prazos reduzidos. Para manter objetivos pessoais preservando ao mesmo tempo, o relacionamento existente. Utilização apropriada do enfoque Colaboração Compartilhar sentimentos, perspectivas e experiências diferentes. Mostrar criatividade, explorando em conjunto alternativas nas quais nenhuma das partes havia pensado. IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 18 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Ouvir não é um processo natural como acreditamos, existe uma diferença de tempo entre a fala, relativamente lenta, e o processamento mental, muito mais rápido. Falamos uma média de 90-130 palavras por minuto, dependendo do local onde nascemos e moramos. A velocidade do processamento é de 4 a 6 vezes mais rápida. Isso nos deixa com tempo livre para pensarmos em outras coisas enquanto uma pessoa está falando. Cinco níveis de Habilidades para Ouvir e Responder 1) Reconhecimentos Básicos: São respostas não verbais (Balançar a cabeça, cruzar ou descruzar os braços, mover para frente ou para atrás, olhar nos olhos ou desviar o olhar, se inclinar ou recuar, etc.) e verbais (“é mesmo?”, “jura?”, “hum- hum”, Etc.) necessárias para que quem está falando perceber que está sendo ouvido. 2) Silêncio: O silencio é difícil para a maioria das pessoas. Estamos condicionados a falar, em vez de escutar. É necessário disciplina para aprender a ficar em silêncio e desenvolver a escuta ativa (onde percepção do outro é a palavra- chave). 3) Perguntas: Perguntas feitas na hora certa (geralmente nas pausas naturais da fala do outro), não só informam quem está falando do seu interesse no que está sendo dito, como também mostra que você quer saber mais. Fazer perguntas ajuda a obter um melhor entendimento sobre o ponto de vista da outra pessoa. 4) Paráfrase: É uma ferramenta de resposta utilizada para verificar o entendimento por parte do ouvinte. Enfoca o conteúdo e envolve uma interpretação daquilo que você acha que o falante disse e a verificação de que você está correto. a) Deixe o outro terminar de falar. Às vezes, uma interrupção cortês é apropriada. Uma frase como “Com licença, mas deixe-me ver se entendi o que você disse” é melhor que não interromper e entender a mensagem de maneira equivocada. b) Diga com suas palavras o que o outro disse. c) Se o outro confirmar seu entendimento continue a conversa. d) Se o outro indicar que você entendeu mal, peça a ele para repetir. Seja neutro ao solicitar um esclarecimento. Dizer “Você não está sendo claro” pode parecer acusador e piorar a situação. Ao dizer “Eu não estou IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 19 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais conseguindo entender” Traz para você a responsabilidade e o interesse em resolver a situação, e não predispõe o outro a se defender. A paráfrase deve ser usada principalmente nas seguintes situações: - Para resumir - Para esclarecer uma ideia essencial - Para confirmar seu entendimento 5) Ouvir Reflexivamente: A paráfrase enfoca a clareza do conteúdo. Ouvir reflexivamente focaliza uma resposta aos sentimentos de quem está falando. É identificar e responder aos sentimentos que o falante deixa transparecer, filtrando o conteúdo de seu discurso. Esta habilidade exige treino, pois se você está envolvido na questão é muito fácil parecer acusador ao invés de preocupado. Declarações acusadoras Declarações preocupadas “Olha só, você está.............” “Isso mesmo, continue...........” “Sabia que você reagiria como...........” “Você parece............... com isso” “Estou preocupado com seu/sua........” “Parece que agora você está.............” Se interessou pelo tema? Então veja estes meus outros materiais: IPEMIG - Deficiência Física e o papel do professor IPEMIG - Deficiência Auditiva e o papel do professor IPEMIG Pós-graduação – Relacionamento Interpessoal – Módulo 2 .................................................... Página 20 de 20 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais ALBRECHT, Karl. Inteligência social. São Paulo-SP: M. Books do Brasil Editora Ltda, 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as Pessoas: transformando o executivo em um excelente gestor de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1995. 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