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Estratégias de Marketing, Vendas e Promoções Estratégias de Marketing Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autoria TATIANA SOUTO MAIOR DE OLIVEIRA AUTORIA Tatiana Souto Maior de Oliveira Olá! Sou Doutora em Administração com ênfase em tecnologia, tenho Mestrado em Gestão Urbana pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e especializações na área de Tecnologia da Comunicação e Informação. Sou professora universitária há 15 anos, trabalhando com pesquisa e consultoria na área de Administração e atuando, principalmente, nos seguintes temas: informação, tecnologia e negócio. Especificamente na área de comunicação e marketing tenho experiência na área promocional, especialmente no que se refere à comunicação digital e à manutenção de relacionamento com clientes. ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: OBJETIVO: para o início do desenvolvimento de uma nova compe- tência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis- cutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi- mas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Estratégias de Marketing ..........................................................................10 Relações Públicas ........................................................................................................................... 10 Stakeholders .................................................................................................................... 13 Públicos em Relações Públicas ........................................................................ 15 Promoção de Vendas e Venda Pessoal .............................................. 19 Promoção de Vendas ................................................................................................................... 19 Técnicas Promoção de Vendas ............................................................................................. 21 Venda Pessoal ...................................................................................................................................24 Estratégias de Precificação ....................................................................26 Premium .................................................................................................................................................27 Cativo .......................................................................................................................................................27 Pacote ......................................................................................................................................................27 Econômico............................................................................................................................................27 Desnatação ..........................................................................................................................................28 Penetração ...........................................................................................................................................28 Estratégias Promocionais Digitais........................................................30 Tecnologia e Promoção ............................................................................................................. 30 Marketing de Proximidade........................................................................................................35 Digital Influencer ............................................................................................................................. 39 7 UNIDADE 04 Estratégias de Marketing 8 INTRODUÇÃO Você sabia que a área de marketing não é somente propaganda? Nesta unidade, estudaremos algumas áreas que não estão diretamente relacionadas com o conceito leigo de marketing. Estaremos inicialmente entendendo o papel das relações públicas no dia a dia das empresas e, na sequência, trabalharemos os conceitos de promoção e venda pessoal. Relacionaremos as estratégias de precificação com os produtos e, finalmente, analisaremos a promoção sob a influência da tecnologia. Ao final desta unidade, você será capaz de adequar a estratégia de preço da sua empresa e aproveitar a tecnologia para promover seus produtos. Estratégias de Marketing 9 OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Engendrar estratégias de relações públicas para potencializar o marketing estratégico. 2. Aplicar a estratégia da promoção de vendas e das vendas pessoa a pessoa. 3. Criar estratégias de precificação. 4. Engendrar estratégias promocionais digitais. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Estratégias de Marketing 10 Estratégias de Marketing OBJETIVO: O marketing não se reduz à propaganda, mas, sim, a um conjunto de estratégias que permeiam toda a organização. Estamos falando desde estratégias promocionais até estratégias que atingem a área operacional. Nesta unidade, conversaremos inicialmente sobre estratégias que trabalham o relacionamento das empresas com o que chamamos de stakeholders. Na sequência, abordaremos estratégias de precificação e, finalmente, analisaremos as novas tendências promocionais com base na internet. Ao final desta unidade, esperamos que você consiga ter noção de todas as potencialidades de relacionamentos e promoções diferenciadas e a capacidade de operacionalizar estratégias de precificação. . Relações Públicas As ações de relações públicas estão relacionadas com o processo de criação e manutenção de uma determinada imagem. Elas trabalham de forma integrada com as ações de marketing promocional. Nesse sentido, de acordo com Silva et al. (2010, p. 110), “as relações públicas podem aumentar a consciência da marca, gerar atitudes favoráveis em relação a uma empresa e seus produtos, e encorajar o comportamento de compra”. Originariamente, as relações públicas fazem parte do composto comunicacional da empresa, que, conforme Krunch (2003), é dividido em três grandes partes: comunicação interna, comunicação mercadológica e comunicação institucional, como podemos ver na Figura 1. Estratégias de Marketing 11 Figura 1 – Composto de comunicação Fonte: Adaptada de Krunch (2003). Diferentemente da comunicação mercadológica, a comunicação institucional não tem como foco os produtos da empresa. Ela foca a consolidação da empresa e para tal ela define, em conjunto com a gestão da empresa, uma identidade comunicacional que permeará todas as comunicações, gerando dessa maneira uma imagem coorporativa. A comunicação institucional é a área de trabalho das relações públicas e consolidar a imagem corporativa é o foco desses profissionais. De maneira genérica, podemos entender que as relações públicas têm quatro grandes pilares de trabalho, como podemosver na Figura 2. Estratégias de Marketing 12 Figura 2 – Pilares das relações públicas Fonte: Elaborada pela autora (2021). A reputação está diretamente relacionada à identidade organizacional. Ela é justamente o resultado de todos os trabalhos realizados pelas relações públicas. O que se espera é que a imagem da empresa seja positiva, gerando uma reputação positiva que automaticamente é repassada a todos os produtos da empresa. Segundo Dowling (2001, p. 8 apud SANTOS, 2016, p. 79), “uma boa reputação aumenta o valor de tudo o que a organização faz e diz. A má reputação desvaloriza seus produtos e serviços e age como um ímã que atrai ainda mais desmoralização”. Nesse sentido, “a reputação é apresentada como a avaliação de uma empresa pelos seus grupos de relacionamento em termos de afeição, estima e conhecimento, podendo tornar-se uma vantagem intangível para a organização” (SANTOS, 2016, p. 78). Para que uma empresa consiga alcançar uma boa reputação, é imprescindível que esta tenha reconhecimento por parte de seus públicos de interesse. Dessa forma, é de extrema importância que esta realize algumas ações que sejam percebidas como de relevância para cada um desses públicos. Por exemplo, quando uma empresa realiza ações de marketing sociocultural junto a uma comunidade (como o patrocínio de Estratégias de Marketing 13 um programa de leitura nas escolas da comunidade), esse tipo de ação, normalmente, gera imagem positiva e, como consequência direta, uma reputação boa. Um bom exemplo desse tipo de ação são os projetos ambientais realizados pela Petrobras, que, além de beneficiar o meio ambiente, minimizam o impacto negativo de algumas ações operacionais da empresa, gerando melhor imagem e reputação da empresa. Outra maneira que as empresas utilizam para melhorar sua imagem é estabelecer um elo entre as empresas e seus públicos de interesse. Esse elo se baseia fundamentalmente em um relacionamento forte. Esse relacionamento ocorre a partir de uma série de ações direcionadas e constantes. Essas ações têm como base a comunicação e interação, indo ao encontro das expectativas de cada um dos públicos de interesse da empresa. Stakeholders A base para todo o trabalho de relações públicas é a gestão dos stakeholders, que nada mais são do que os públicos de interesse da empresa. Mas o que são stakeholders? De maneira simples os stakeholders podem ser aqueles grupos que se relacionam com a empresa que realmente podem gerar alguma influência, direta ou indireta, nos negócios. No Quadro 1, podemos ver um compilado de definições do que vem a ser stakeholders. Quadro 1 – Definição de stakeholders AUTOR DEFINIÇÃO Freeman (1984) Stakeholders são todas as partes interessadas nos rumos estratégicos da organização e que nela influem, ou são por elas influenciados, devendo, por isto, ser considerados nos processos de tomada de decisão. Bowie (1988) Stakeholders são atores ou categorias de atores tais como empregados, gerentes, fornecedores, proprietários/acionistas e clientes portadores de interesses e expectativas sobre a organização, sem os quais a existência desta última não seria possível. Estratégias de Marketing 14 Thompson, Wartick e Smith (1991) Stakeholder é qualquer ator (pessoa, grupo ou entidade) que tenha uma relação ou interesses (diretos ou indiretos) com ou sobre a organização. Savage, Nix, Whitehead e Blair (1991) Stakeholder inclui aqueles indivíduos, grupos e outras organizações que têm interesse nas ações de uma empresa e que têm habilidade para influenciá-la. Clarkson (1995) Stakeholders são pessoas ou grupos que têm ou reivindicam propriedade, direito ou interesse em uma corporação e em suas atividades passadas, presentes e futuras. Churchill e Peter (2000) “Stakeholders são indivíduos e grupos que também têm um interesse nas consequências das decisões das organizações e podem influenciá-las.” Costa (2002) Stakeholder pode ser definido como qualquer instituição, pessoa, grupo de pessoas, formal ou informal, que tenha algum tipo de interesse que pode afetar ou ser afetado pelo funcionamento, desempenho, comercialização, operação, resultados presentes ou futuros da organização em questão. Carpenter e Sanders (2009) Stakeholders são indivíduos ou grupos com interesse de uma organização com a habilidade de uma organização de gerar resultados desejados e manter a viabilidade de seus produtos e serviços. Fonte: Rodrigues (2010, p. 153). Como podemos ver, os stakeholders podem ser entendidos como o conjunto de pessoas, inseridas em grupos ou não, que de alguma forma estão relacionadas à empresa. Esse relacionamento pode ter interesses comerciais, financeiros, ou simplesmente correlacionados a interesses públicos. Aqui é importante ressaltarmos que existem diferentes tipos de stakeholders. Para a organização, a rigor todos eles têm algum tipo de importância. É lógico que é importante se determinar um critério de cada stakeholder, o que dependerá de uma série de variáveis e do alinhamento ao momento e à estratégia da empresa como um todo. Estratégias de Marketing 15 Pensando em uma forma de ajudar as empresas na priorização dos stakeholders, Godoy (2008, p. 331) classificou os stakeholders “em primários ou secundários” (Quadro 2). Seguindo a lógica, os stakeholders primários são os que estão diretamente relacionados com a empresa e os secundários estão indiretamente relacionados. Quadro 2 – Classificação de stakeholders TIPO DESCRIÇÃO EXEMPLO PRIMÁRIO São aqueles com os quais a empresa mantém um relacionamento contratual e são afetados diretamente por ela no desenvolvimento de suas atividades e tomada de decisões. Os acionistas e investidores, os empregados, os consumidores, os fornecedores, clientes. SECUNDÁRIO São aqueles cujo relacionamento não é regulado por contratos. O relacionamento com os stakeholders secundários – demais grupos da sociedade – também pode tornar-se crítico para a empresa dependendo do momento. Entidades de bairro, sindicatos, imprensa e concorrentes. Fonte: Adaptado de Godoy (2008, p. 331). Públicos em Relações Públicas Para planejar ações de relações públicas, é importante lembrarmos uma das áreas da comunicação, pois temos que ter um planejamento com base na abordagem comunicacional. Assim, o primeiro passo para pensarmos em qualquer ação de relações públicas é mapearmos o receptor da mensagem comunicacional, ou seja, definir o público-alvo. Segundo Dias (2017): Dessa forma, é possível afirmar que o trabalho de Relações Públicas começa com a identificação dos Estratégias de Marketing 16 públicos de interesse, seguindo de um diagnóstico sobre suas características, necessidades, expectativas, opiniões e atitudes, o que pode ser feito com base numa pesquisa institucional com análise documental, técnicas de observação, pesquisas quantitativas ou qualitativas, entre outros. Esse mapeamento inclui a análise das estratégias, canais de comunicação e mensagens já utilizadas pela empresa (DIAS, 2017, p. 253). A classificação dos públicos não é um processo simples e não tem determinadas regras, já que é extremamente situacional dependendo de cada empresa. Por isso, existe uma série de classificações que podem ser utilizadas, mas o importante é que cada empresa tenha sua classificação. Entre as principais classificações, podemos destacar duas: uma com base em uma proximidade com a empresa e a outra com base no relacionamento. Segundo Andrade (1989 apud RODRIGUES, 2010, p. 185-186), “os públicos são classificados em interno, misto e externo, que se originam, respectivamente, dos funcionários e seus familiares, da clientela e espectadores”. Paralelamente, segundo França (2004 apud RODRIGUES, 2010), os públicos podem ser divididos em: • Públicos essenciais, são os que a organização depende para a sua formação, manutenção,sobrevivência e realização de suas atividades-fim. • Públicos não essenciais, são os que não participam das atividades- fim da organização e não estão ligados aos fatores produtivos, e sim à prestação de serviços, à intermediação política ou social. • Públicos de redes de interferência, são os públicos especiais do cenário externo das organizações, que pelo seu poder de liderança operacional ou representativa podem gerar interferências indesejáveis para as organizações ou podem apoiá-la (FRANÇA, 2004, [n. p.] apud RODRIGUES, 2010, p. 185-186). Agora, você deve estar se perguntando quais são os principais públicos que uma organização deve ter. Novamente, não temos como generalizar algo para todas as organizações, mas podemos, sim, pensar numa linha geral que sirva de base para as empresas. No Quadro 3, Estratégias de Marketing 17 podemos ver alguns dos principais públicos de relações públicas e as respectivas abordagens estratégicas. Quadro 3 – Estratégias de relações públicas PÚBLICOS PLANEJAMENTO DA COMUNICAÇÃO INSTRUMENTOS UTILIZADOS EMPREGADOS Direta, permanente, informativa, motivadora, interativa e persuasiva. Disseminadora dos valores organizacionais (visão, missão e princípios éticos) e bilateral. Encontros, reuniões, eventos, confraternizações, publicações, helpline/ hotline e intranet. ACIONISTAS Direta, informativa, transparente, com regularidade, do tipo prestação de contas semestrais e anuais. Reuniões, boletins, informativos, relatórios semestrais, anuais, internet e intranet. FORNECEDORES Direta, informativa, com regularidade, tecnológica, precisa, transparente, motivadora, manifestadora de interesses, de manutenção de parcerias, de satisfação pelos serviços recebidos, cobrança de prazos e de cumprimento de cronogramas. Informativos, visitas, encontros, debates, jornais, pesquisas, manuais técnicos, folhas de especificações de produtos, feiras, Intranet e Internet. CLIENTES Direta, permanente, motivadora, sazonal (campanhas), persuasiva, promocional, criativa, chamando a atenção, despertando interesse, desejo de compra e de manutenção de fidelidade à marca. Publicações, informativos, volantes, campanhas, outdoors, rádio, TV, merchandising, faixas, prêmios, coleções, sorteios, ofertas e eventos. COMUNIDADE Direta, com regularidade, informativa, motivadora, transmissora de valores e políticas empresariais, para conquistar apoio e interesse pela organização, pela sua defesa. Encontros, projetos sociais, patrocínios, parcerias, publicações e eventos. GOVERNO Direta, de regularidade bem planejada, informativa, tecnológica, transparente, persuasiva e ética. Contatos diretos, visitas, encontros, ações de lobby, audiências, relatórios e projetos. Fonte: Rodrigues (2010, p. 153). Como vimos no Quadro 3, as ações são relativamente simples e que algumas delas acabam permeando outras áreas da organização, como os recursos humanos e a área administrativa. Assim, as relações públicas estão diretamente relacionadas com a área de cerimonial e protocolo, assessoria de imprensa, marketing, Estratégias de Marketing 18 comunicação organizacional, pesquisa, social media, relações governamentais, gestão de crises, relacionamento e atendimento, eventos, comunicação interna e responsabilidade socioambiental. RESUMINDO: Apesar das relações públicas não serem uma área muito divulgada, cada vez mais a importância do relacionamento entre empresa e seus públicos de interesses torna-se óbvia. Na realidade, vemos várias empresas fazendo relações públicas sem utilizar essa nomenclatura, o que muitas vezes falta é justamente a abordagem comunicacional que é fundamental para que as ações sejam efetivas, ou seja, que cada ação seja direcionada ao público correto. Estratégias de Marketing 19 Promoção de Vendas e Venda Pessoal OBJETIVO: Ao final deste capítulo, você será capaz de aplicar a estratégia da promoção de vendas e das vendas pessoa a pessoa. Esperamos que você seja capaz de identificar as oportunidades que essa nova abordagem pode gerar nas organizações. Promoção de Vendas A área promocional envolve uma série de atividades, com o foco de atrair o consumidor. A promoção de vendas vem se destacando por sua versatilidade, o que gera resultados bastante consistentes para as empresas que a utilizam. A promoção de vendas pode ser entendida como o conjunto de ações realizadas que potencializam o processo de venda. De acordo com Ferracciú (1997), promoção de vendas: É uma das atividades incluídas no campo da comercialização que propicia a venda pessoal e suplementa as ações de comunicações, quaisquer que sejam elas, utilizando e coordenando os meios que contribuem para a efetivação das vendas (FERRACCIÚ, 1997, p. 10). Um bom exemplo com base nessa definição são as demonstrações dos produtos, que ocorrem em algumas lojas, como é o caso de lojas de maquiagens, nas quais os clientes são maquiados por um profissional, potencializando, assim, a venda dos produtos utilizados. Outra definição interessante encontrada no livro Promoção de Vendas, de Ferracciú (1997, p. 10), é: “a criação de um acontecimento apto a impressionar o público-alvo com relação ao bem ou serviço que está sendo vendido”. Estratégias de Marketing 20 IMPORTANTE: Note que a definição fala de qualquer acontecimento no que tange à promoção de vendas. Não há regras ou formatos preestabelecidos. Ainda nesse sentido, a American Marketing Association (apud FERRACCIÚ, 1997) define promoção de vendas como: Atividades mercadológicas, além da venda pessoal e da propaganda, que estimulam a venda ao consumidor e eficiência do intermediário por meio de displays, shows, exposições, demonstrações e vários outros esforços habituais ou rotineiros de vendas (ASSOCIATION apud FERRACCIÚ, 1997, p. 10). DEFINIÇÃO: Segundo Chiavenato (2014): Promoção de vendas é toda ação comercial de duração limitada, efetuada para influenciar positivamente o volume de vendas e a rentabilidade de um produto/serviço no curto prazo. Em muitos casos, a promoção pode ser uma ação comercial efetuada diretamente sobre o consumidor final, que pode ser ou não feita por meio da equipe de vendas (CHIAVENATO, 2014, p. 10). Com base nas definições que acabamos de ver, podemos perceber que não existem limitações no que se refere a atrair e persuadir consumidores, sendo possível utilizar os mais inusitados recursos comunicacionais. Estratégias de Marketing 21 Aqui a efetividade das ações comunicacionais recai de sobremaneira na capacidade de criação dos profissionais. Vale ressaltar que a promoção de vendas é uma estratégia que deve ser utilizada em momentos estratégicos e curtos; caso contrário, ela pode banalizar a oferta da empresa. Normalmente, a promoção de vendas reúne um conjunto de estratégias que buscam explorar o impulso de compra do cliente. Dessa forma, ela tem como foco um efeito rápido, ou seja, fazer com que o cliente efetive a compra. Na maioria das vezes, utiliza-se de artifícios promocionais como brindes, descontos ou premiações. Quanto ao objetivo principal da promoção de vendas, o que parece óbvio, é vender, mas muitas vezes a simples atração do consumidor ao ponto de vendas já pode ser um bom resultado. Assim, podemos identificar alguns objetivos que podem ser considerados imediatos, como a geração de tráfego nas lojas, que possibilita a experimentação do produto. Com isso, aumenta-se a possibilidade de compra. A atração de clientes proporcionada pela promoção de vendas possibilita também o aumento da rotatividade do estoque. Sob outro aspecto, dependendo do tipo de ação realizada, ela pode aumentar a fidelização do cliente e diferenciar a marca dos outros concorrentes. Como resultado a longo prazo, pode-se dizer que a promoção de vendas permite um aumento da participação no mercado. Técnicas Promoção de Vendas A principalferramenta promocional utilizada no varejo é a promoção de vendas, que pode ser entendida como o conjunto de ações que buscam atrair e incentivar os consumidores de forma rápida, localizada e temporal (PANCRÁZIO, 2000). Na promoção de vendas, são comuns associações com brindes e descontos, como recurso para efetivar a venda. Estratégias de Marketing 22 A área de promoção de vendas abrange uma infinidade de atividades, até porque a grande característica das ações é a criatividade e liberdade de improvisação. Assim, não há regras, e o foco é realmente surpreender o cliente. De acordo com Ferracciú (1997), as principais estratégias de promoção de vendas são: Concursos, vale-brindes, premiações, ofertas, descontos, liquidações, remarcações, distribuição de cupons, vendas condicionadas, presentes, prêmios, trocas, coleções, materiais de apoio a vendas, treinamentos, atrativos, animações, amostragens, degustações, demonstrações, peças de PDV, convenções, seminários, simpósios, workshops/fóruns, congressos/painéis, copas/jogos, patrocínios, festivais/gincanas, desfiles, ações cooperativas, eventos, acontecimentos, jubileus, feiras, exposições, incentivos, restituições, bonificações, brindes, competições, sorteios, entre outros (FERRACCIÚ, 1997, p. 22). Entretanto, existem algumas ações que, por sua frequência, acabam se destacando. Entre elas estão: • Premiações Os concursos são ações frequentemente utilizadas pelos grandes varejistas. Alguns fabricantes de produtos de consumo geral também utilizam os concursos, seja para incentivar um consumo ou para fazer com que o consumidor conheça outro produto. De acordo com Chiavenato (2014, p. 188), “os concursos ou sorteios são feitos em grandes campanhas que possibilitam ao consumidor ganhar prêmios como carros, casas etc.”. Ainda em premiações, outra costumeira estratégia é a distribuição dos brindes associada à compra de produto. • Liquidação Outra estratégia bastante utilizada são promoções com base na redução dos preços dos produtos como uma maneira de fazer com que o consumidor compre. Esse tipo de ação, muitas vezes, tem um bom resultado. Entretanto, ela não deve ser utilizada de forma contínua, pois pode comprometer a imagem do produto. Estratégias de Marketing 23 Existem, também, outros formatos de liquidação mais sutis, como ofertas que associem produtos diversos ou maior quantidade de produtos. De acordo com Chiavenato (2014): Essas ações apresentam-se sob as mais diversas formas, pretextos e razões, quer por meio de incentivo direto de compra, via redução de custos, quer por meio de bonificações, agrupamentos de produtos com reduções concedidas na compra do conjunto, ofertas do tipo leve 3 pague 2, dúzia de 15, ou quantidade adicional de produto em embalagem maior sem o aumento do preço (CHIAVENATO, 2014, p. 26). Ainda dentro das liquidações, temos a troca das compras por cupons, ou seja, documentos que fornecem descontos na compra de um novo produto. • Degustações As degustações são uma estratégia que utiliza o próprio produto como chamariz para o cliente. Ela é utilizada principalmente no caso de novos produtos, justamente pelo fato dos clientes não o conhecerem. De acordo com Chiavenato (2014, p. 57), “todo fabricante deve partir da premissa de que o melhor argumento para vender um produto é, em si, ele mesmo”. A grande vantagem das degustações é que elas têm o poder de sanar possíveis dúvidas do consumidor quanto a “promessas” relacionadas ao produto, podendo conquistá-lo rapidamente. • Amostragens Paralelamente às degustações, uma outra maneira de fazer com que o consumidor consuma o produto é a distribuição de amostras grátis. Essa estratégia é utilizada com frequência para produtos que não são degustáveis. De acordo com Chiavaneto (2014): As amostragens podem ser feitas em regiões pré- selecionadas, por meio do esquema porta-a-porta, como alguns chamam. Podem ser feitas por meio de veículos de comunicação, como revistas, jornais, mala diretas, ou nos próprios locais de consumo, com esquemas titulados de In Store Sampling, isto é, amostragens dentro da loja (CHIAVENATO, 2014, p. 57). Estratégias de Marketing 24 Podemos dizer, ainda, que a amostragem é uma ferramenta que complementa os esforços comunicacionais da empresa, estimulando o cliente a experimentar o produto, migrando, assim, seu status de prospect para parceiro. • Eventos Enquanto ferramenta de promoção de vendas, os eventos podem envolver lançamentos de produtos, novas coleções e até campanhas. Via de regra, os eventos estão correlacionados a públicos específicos. Nesse sentido, Chiavenato (2014) diz que: A grande força de um evento reside no envolvimento que ele permite. A atmosfera criada, atenção despertada, a curiosidade, a predisposição de espírito, tudo enfim conduz a um envolvimento coletivo apropriado que condiciona positivamente o participante e que nenhum outro recurso de promoção consegue fazer (CHIAVENATO, 2014, p. 60). Um bom exemplo são os lançamentos de produtos, que frequentemente utilizam eventos como meio comunicacional. Venda Pessoal De acordo com Shimp (2001, p. 365), a “venda pessoal é a comunicação de pessoa a pessoa na qual um vendedor informa e educa possíveis clientes procurando influenciar suas opções de compra”. Um bom exemplo de venda pessoal é a famosa estratégia da Avon “Avon Calling”, por meio da qual uma revendedora vai até a casa da cliente com todos os produtos para demonstrá-los. Dessa forma, a influência pessoal acaba persuadindo a cliente. Assim, toda vez que uma pessoa faz acompanhamento do cliente no momento de venda, estamos falando de um processo de venda pessoal e muitas pessoas acabam comprando um determinado produto devido ao fato de que alguém, no momento da venda, soube expor as características do mesmo, motivando-as à compra. Estratégias de Marketing 25 RESUMINDO: Como pudemos ver, existe uma infinidade de maneiras de promovermos um produto ou um serviço, e não há uma maneira certa de realizarmos esse processo. O ideal é criarmos estratégias que explorem o máximo de canais possível. A grande maioria das técnicas promocionais são conhecidas. Falamos de ações que vemos no dia a dia nos supermercados e nos shopping centers. São premiações, degustações, eventos, liquidações e a venda pessoal, que é a mais tradicional, mas que ainda é extremamente efetiva. Estratégias de Marketing 26 Estratégias de Precificação OBJETIVO: Ao final deste capítulo, você será capaz de criar estratégias de precificação. Esperamos que você seja capaz de identificar as oportunidades que essa nova abordagem pode gerar nas organizações.. Um dos pontos fundamentais para as empresas é a precificação, pois é por meio dela que acabam tendo os retornos dos investimentos realizados e, consequentemente, a lucratividade. A grande maioria das pessoas acreditam que as questões de precificação estão relacionadas somente com a área financeira ou contábil. Quando falamos em precificação, devemos considerar não somente questões referentes à parte financeira, mas questões mercadológicas também. Assim, podemos afirmar que a precificação pressupõe uma análise sob um aspecto triangular, considerando as questões de custo, consumidor e concorrência. O preço de um produto deve ser maior do que os custos, mas ele deve estar dentro da capacidade de compra do consumidor e não estar fora do nível de concorrência. Com base nesse contexto, percebemos que a precificação não é algo simples e que não pode ser feita sem termos a visão completa das variáveis internas e externas da empresa. Além da visão do contexto geral, a precificação está diretamente relacionada ao tipo de produto. Apesar do fato de que a precificação é algo relativo, é possível apontarmos algumas estratégias de precificação que podem ser utilizadas pelas empresas. As principais são: premium,pacote, cativo, econômico, desnatação e penetração. Estratégias de Marketing 27 Premium Existem alguns produtos que são considerados produtos de luxo. São produtos de alta qualidade e que, por isso, acabam tendo um preço também alto. Assim, a estratégia de precificação premium é uma estratégia com base em preços altos e está associada a produtos, como Ferrari, Rolex, entre outros. Cativo O preço cativo é um tipo de preço relacionado aos produtos que demandam uma continuidade de uso. Segundo Sandhusen (2010, p. 389), ”sob uma estratégia de preços cativos, as empresas produzem produtos que devem ser utilizados com o produto principal e que influenciam o preço de ambos os produtos e a rentabilidade geral”. Podemos citar as impressoras, que normalmente têm um preço bastante acessível. Entretanto, seus cartuchos ou toners são comparativamente caros. Pacote É comum as empresas terem portfólios de produtos que se complementam. A estratégia de preço do pacote vai ao encontro desses casos. Ela normalmente envolve uma promoção quando ocorre a compra de todo o pacote. Econômico Existem produtos que estão focados no atendimento das necessidades básicas dos clientes, pois está relacionado a um produto básico ou genérico. Desse modo, ele acaba sendo aparentemente um pouco mais barato. É importante deixar claro que o preço econômico não está relacionado a produtos de baixa qualidade, mas, sim, aos produtos que atendem a necessidades básicas. Um bom exemplo disso são os hotéis econômicos para executivos, que atendem exatamente a necessidade do cliente, que normalmente é um pernoite com qualidade. Estratégias de Marketing 28 Desnatação Alguns produtos têm um custo alto de desenvolvimento. Normalmente, as empresas lançam esses produtos a um valor alto e, posteriormente, vão reduzindo os presos para atingir novos mercados. Vão desnatando, tirando a nata. Esse tipo de estratégia normalmente está relacionado aos produtos tecnológicos. Quando temos o lançamento de um celular, ele normalmente tem um preço alto, mas com o tempo esse preço vai baixando e as condições de pagamento vão se flexibilizando até ser acessível. Penetração Outra estratégia bastante utilizada é quando estamos lançando um novo produto de uma nova marca ou em um novo mercado. Nesses casos, para que a clientela efetivamente prove o novo produto, a empresa coloca um preço relativamente mais baixo do que a concorrência. Isso gera motivação para o cliente comprá-lo. É importante deixarmos claro que essa estratégia não deve perdurar, deve ter prazo curto para não gerar banalização do produto. Outro ponto importante aqui é que, dentro das estratégias de precificação, devemos também planejar formas de pagamento que permitam viabilizar a compra dos produtos por parte dos consumidores. Atualmente, a maioria dos produtos possui formas de pagamento diferenciadas que garantem a competitividade da empresa. Estratégias de Marketing 29 RESUMINDO: Pensar em precificação requer muito mais do que conhecimento de lógicas financeiras e contábeis, mas, sobretudo, a noção estratégica da empresa. Deve considerar questões internas, como custos e portfólio de produtos, e variáveis externas, como o consumidor e a concorrência. O importante é que a empresa mais do que colocar preço nos produtos, pense estrategicamente na precificação, considerando não somente o preço, mas também formas de pagamento que garantam sua viabilidade. Estratégias de Marketing 30 Estratégias Promocionais Digitais OBJETIVO: Ao final deste capítulo, você será capaz de engendrar estratégias promocionais digitais. Esperamos que você seja capaz de identificar as oportunidades que essa nova abordagem pode gerar nas organizações. Tecnologia e Promoção Desde a década de 1990, com a entrada da internet no cenário comunicacional e a aderência em peso da grande maioria dos consumidores, as empresas estão incluindo a tecnologia em seu planejamento de marketing sobretudo sob o aspecto promocional. A tendência do uso das tecnologias na área promocional tem como base fundamental o fato de que o consumidor atual busca por processos comunicacionais e interativos que proporcionem muito mais do que simples informação, mas, sim, experiências. Nesse sentido, as tecnologias da informação vêm permitindo que o marketing reinvente o processo de promoção das empresas. Segundo Galindo e Gonçalves (2015, p. 10), A busca por novas formas de informar, convencer e envolver os consumidores certamente passou a ser a maior preocupação das organizações e em especial das agências de comunicação reconhecidas por sua capacidade de criar, desenvolver, produzir e planejar a entrega de narrativas devidamente codificadas e articuladas para vencer a barreira da atenção, suscitar interesse e o consumo da mensagem, seja através de uma decodificação direta e pessoal, ou ainda em uma decodificação compartilhada, ou retrabalhada no sentido da posse e da incorporação de novas articulações simbólicas, que se reproduz em meio a uma coletividade. Ou ainda, como a comunicação que se opera entre os consumidores. Estratégias de Marketing 31 Seguindo essa lógica, os profissionais de marketing têm basicamente se apropriado de tecnologias existentes para criar meios de divulgar seus produtos e marcas, e manter o relacionamento com os clientes. A evolução tecnológica dos celulares e o crescimento do uso desses equipamentos vêm despertando o interesse da área de marketing para a utilização de aplicativos para se aproximar dos consumidores. As empresas podem fazer uso dos aplicativos de diferentes formas, pois estes podem ter um caráter de entretenimento, são utilitários e operacionais. Desse modo, existe uma série de aplicativos utilitários que “trazem informações e orientações para as pessoas em seu dia a dia. Atualmente existem aplicativos de praticamente tudo como transportes, saúde, beleza, turismo e carona.” (MURETA, 2013, apud OLIVEIRA, 2017, p. 159). Nesse sentido, os “aplicativos utilitários estão se tornando mais predominantes, já que as empresas mais bem estabelecidas estão desenvolvendo aplicativos para atender a demandas do estilo de vida móvel de seus clientes” (MURETA, 2013, apud OLIVEIRA, 2017, p. 159). Os aplicativos utilitários em épocas promocionais normalmente são utilizados para manter o relacionamento com o cliente por meio de conteúdos específicos correlacionados direta ou indiretamente à marca do produto. Por exemplo: uma empresa na área de beleza pode criar um aplicativo que forneça dicas e orientações de uso dos produtos ou mesmo informações genéricas sobre a área. Tendo em vista a potencialidade dos aplicativos utilitários, as empresas vêm desenvolvendo soluções que auxiliem os clientes. O aplicativo das Tintas Coral e o da loja Tok&stock são bons exemplos dessas soluções. Ambos permitem que o cliente visualize os produtos no seu ambiente. Eles praticamente permitem que os clientes provem o produto em sua casa. Outro exemplo de aplicativos utilitários é o Nike Run Club, que ajuda os clientes a programarem seus treinos pelo celular. Os aplicativos de entretenimento também são uma boa possibilidade de uso. Por meio de jogos, proporcionam interação com o cliente, aumentando a lembrança da marca por parte deles. “Esses aplicativos têm como base a diversão e a função de passar o tempo” (MURETA, 2013 apud OLIVEIRA, 2017, p. 159). Estratégias de Marketing 32 Esse tipo de aplicativo vem sendo utilizado com frequência para a promoção de produtos infantis, como é o caso do utilizado pela Nestlé para promover o seu produto Danoninho. Da mesma forma, a Mondelez criou o Mini bis Truco como estratégia de apoio do lançamento do produto. À época, o aplicativo ficou na segunda posição do ranking mais baixado do país (CAVALLINI et al., 2010). Pensando em melhorar a experiência do usuário, as empresas também estãoaproveitando para melhorar os processos de atendimento aos clientes. Com esse intuito, cada vez mais as empresas estão criando aplicativos que permitem agilizar o atendimento de processos. Segundo Oliveira (2017, p. 160), são aquelas que além de estabelecer um ponto de presença e contado no ambiente virtual conseguem agilizar alguns processos operacionais, e servir como canal direto e barato para divulgações, tem como grande diferencial a facilidade. Na prática, toda empresa que possui serviços relacionados a processos pode estar automatizando-os por meio de aplicativos, evitando que clientes tenham que esperar em filas e, consequentemente, gerando melhoria no atendimento a estes. Um exemplo são os planos de saúde, como o aplicativo da Unimed–PR, por meio do qual é possível consultar não só informações como guia médico, mas verificar autorizações de guias, obter boletos, obter cartão virtual e outros. Mais um exemplo é o setor bancário. Temos simplesmente um banco móvel, no qual até financiamento de carros começam a ser feitos. Esses aplicativos não são privilégio das empresas privadas, muitas empresas públicas também estão preocupadas com o atendimento ao cliente. O aplicativo da Prefeitura de Jundiaí, no estado de São Paulo, possibilita que os cidadãos acessem não só informações, mas deem início a processos como: agendamento de inscrições nas creches, renovação de empréstimos de livros, obtenção de segundas vias de certidões para pagamento de tributos, registraos roubos, acidentes, entre outros. Estratégias de Marketing 33 Outra tecnologia que começa a ser aproveitada pela área de marketing é a realidade aumentada, que permite “simular cenários fazendo com que os consumidores visualizem o produto ao vivo ou em contextos distintos” (OLIVEIRA, 2017, p. 161). Na prática, a realidade aumentada possibilita a integração entre elementos físicos, reais e virtuais, o que permite a simulação de cenários e experiências para os consumidores. De acordo com Ribeiro e Zorzal (2011, p. 16), a realidade aumentada combina recursos de multimídia e realidade virtual, para apresentar elementos misturados de boa qualidade e prover interação em tempo real. Como a realidade aumentada mantém o senso de presença do usuário no mundo real, há uma forte tendência em usar recursos tecnológicos invisíveis ao usuário para deixá- lo livre em seu ambiente. Recursos como rastreamento ótico, projeções, interações multimodais, etc., estão sendo usados cada vez mais em aplicações de realidade aumentada. Pelo seu simples funcionamento o uso da realidade aumentada vem sendo incorporado por várias empresas no relacionamento com o consumidor. Ainda, conforme Silva (2006, p. 151), a realidade aumentada “é um ambiente que envolve tanto a realidade virtual como elementos do mundo real criando um ambiente misto em tempo real”. Uma das grandes vantagens que a realidade aumentada traz do ponto de vista promocional é que com o uso dela é possível criar uma realidade temporária que possibilita a concretização do uso de praticamente qualquer produto. Nesse sentido, Oliveira (2017, p. 162) cita o exemplo da loja da Sephora, que, percebendo a oportunidade de fidelizar seus clientes implementou em sua loja um espelho em 3D que possibilita a simulação do rosto do consumidor, permitindo a este provar os vários tons de sombras e batons da loja. Esse tipo de ferramenta aumenta a confiabilidade no produto potencializando o fechamento da compra. Estratégias de Marketing 34 O uso da realidade aumentada envolve sua popularidade e facilidade e vem se expandindo, já que praticamente para quase todo produto vendido existe um QR Code que permite alguma interatividade. No Quadro 4, podemos ver alguns possíveis usos da realidade aumentada. Quadro 4 – Soluções realidade aumentada SOLUÇÃO DESCRIÇÃO CONVERSE SHOE SAMPLER O aplicativo para iPhone Converse Sampler usa realidade aumentada para permitir que os clientes possam experimentar virtualmente seus produtos. Os clientes simplesmente selecionam um sapato do catálogo do aplicativo para vê- lo aparecer em seu pé. Os clientes podem, ainda, comprar diretamente pelo app, o que significa que eles não precisam sair de suas casas. AMERICAN APPAREL –APP PARA MUDANÇA DE COR American Apparel é conhecida por suas coleções supercoloridas, então se voltaram para a realidade aumentada e criaram um aplicativo que facilitava a seus clientes encontrar a cor perfeita do produto. IBM APP A pesquisa feita pela IBM mostrou que 58% dos consumidores querem obter informações sobre um produto/loja antes de uma compra, e que 19% dos clientes se utilizam dos dispositivos móveis enquanto fazem suas compras. Para atender de alguma forma a essa necessidade, a IBM lançou seu App AR. Como um personal shopper, ele usa a tecnologia de realidade aumentada para fornecer aos clientes informações personalizadas enquanto transitam por entre as prateleiras da loja. Fonte: Adaptado de IFD (2015). O processo é tão simples que muitos jogos têm seu diferencial com base na realidade aumentada, como é o caso do jogo de cartas Super Copag 2 - Carros de luxo, no qual é possível interagir com os carros utilizando realidade aumentada. Na área infantil, a realidade aumentada é simplesmente uma febre; hoje quase todos os jogos proporcionam alguma experiência nesse sentido. O uso da tecnologia na área de promoção vem permeando todas as áreas e especificamente na área de varejo ela tem ajudado no processo de atração do consumidor. As vitrines sempre foram um grande ponto de atração dos Estratégias de Marketing 35 consumidores, já que muitas vezes é a primeira coisa que estes veem. (DEMETRESCO apud COBRA, 2007, p. 203) No processo de vitrinismo, o objetivo principal é chamar a atenção do consumidor, fazendo-o parar e entrar na loja. Esse processo depende fundamentalmente do poder visual da vitrine enquanto estímulo. Além disso, é preciso trabalhar com um espaço temporal extremamente curto, pois o consumidor, ao passar na frente de uma loja, fixa-se na vitrine por alguns segundos e a esta tem que ser capaz de “amarrá-lo” (PINTO, 2005). Nesse contexto, a proposta das vitrines virtuais potencializa a capacidade de sua atração, bem como consegue atrair o cliente mais facilmente, pois proporciona uma interação deste com a loja como um todo. O encantamento que a vitrine virtual proporciona é quase lúdico e faz com que os consumidores fiquem na loja. Um bom exemplo do uso de vitrines digitais foi a ação realizada pela empresa Vivo, no Minas Shopping, que utilizava a tecnologia Kinect dos produtos Xbox para mostrá-los e divertir os clientes. Esse conceito pode ser utilizado não somente se pensando em vitrines de lojas em shopping, mas também na possibilidade de ações que simulem os ambientes das lojas em outros lugares com a finalidade promocional. Esse é o caso do supermercado Pão de Açúcar, que realizou uma ação no Shopping Cidade Jardim, na qual simulava prateleiras de sua loja em outros ambientes. (BRENTANO, 2012). Marketing de Proximidade O uso de envio de mensagens promocionais a potenciais consumidores não é algo novo. Esses envios normalmente são realizados a partir de um mailing list, que pode ser comprado ou extraído dos sistemas internos das empresas. Tradicionalmente um dos grandes problemas dessas estratégias está relacionado com os resultados dessas ações, já que, por mais que se segmente o público, nem sempre o cliente está pronto para consumir o produto. Estratégias de Marketing 36 O advento dos smartphones possibilita que as empresas comecem a explorar um novo meio de comunicação que permite o contato direto com o cliente, com precisão geolocalizada. Segundo Oliveira (2017, p. 163), os recursos do ambiente mobile permitem não só que direcionemos mensagens diretamente aos consumidores, mas sobretudo que certifiquemosquando este está próximo de “nossa” loja, permitindo que sejam realizadas ações promocionais localizadas, literalmente na hora certa e no lugar certo. O marketing de proximidade consiste basicamente no processo de identificação dos consumidores potenciais a partir de sua proximidade. Assim, é possível, por meio da localização dos clientes pelos seus celulares, enviar promoções instantâneas aproveitando o impulso de venda destes. O marketing de proximidade ocorre a partir do uso da tecnologia bluetooth que existe na grande maioria dos smartphones, que permite o estabelecimento de uma conexão e a partir daí o envio de mensagens. Segundo Medeiros (2010, p. 12), trata-se da “prática que utiliza a tecnologia bluetooth para atingir um público-alvo específico no local onde este circula, transita ou frequenta, enviando conteúdo informativo para celulares, smartphones e notebooks”. Vamos imaginar que você esteja passando em frente a uma pizzaria e receba uma promoção via celular. Esse é um diferencial interessante. Existe uma grande probabilidade de que você entre e compre a pizza. É justamente assim que funciona o marketing de proximidade. O uso da tecnologia bluetooth tem um grande desafio que consiste no fato de que as pessoas terem que deixar o bluetooth habilitado para poder receber a mensagem. Para combater isso, algumas empresas vêm buscando resolver esse problema gerando incentivos aos clientes para que ativem seus bluetooths. Outra possibilidade é o uso de uma tecnologia de localização indoor que permite criar promoções direcionadas aos clientes que já estão nas Estratégias de Marketing 37 lojas. Um supermercado pode criar promoções específicas conforme o setor em que a pessoa está, gerando ofertas direcionadas e aproveitando o impulso do cliente que está na frente do produto. Segundo a In Loco Media (2015), o marketing de proximidade pode ser utilizado de várias maneiras pelas empresas. Entre elas, podemos destacar as seguintes campanhas já realizadas: • Coca-Cola/Shell A campanha da Coca-Cola em parceria com o Posto Shell teve como objetivo promover as tradicionais minigarrafinhas. Basicamente, foi criada uma estratégia de proximidade em que foram enviados anúncios para os celulares de compradores em potencial. A empresa usou o seguinte parâmetro: quem estivesse próximo a postos Shell ou pessoas que tivessem os visitado nos últimos 15 dias. Entre os resultados podemos destacar (IN LOCO MEDIA, 2015): • Mais de 2 mil usuários impactados foram até o local. • 3,27 CTR alcançado. • 5 milhões de usuários impactados. • 2.276 pessoas visitaram alguma loja. • Shell Select após clicarem em um dos banners da campanha. • Baden Baden A cerveja Baden Baden buscava fazer sua promoção na região de Campos de Jordão. Assim foi desenvolvida para a Baden Baden uma série de anúncios da cerveja via celular com targeting para pessoas acima de 18 anos, presentes nos bares de Capivari (o principal point da cidade) ou que tivessem frequentado esses estabelecimentos há pouco tempo, além das pessoas que estivessem em Campos do Jordão ou em até 2 quilômetros de distância da cidade (IN LOCO MEDIA, 2015). Entre os principais resultados, temos (IN LOCOMEDIA,2015): • Mais de 400 visitas ao ponto de vendas. • 2.664 cliques. Estratégias de Marketing 38 • 13,36% de CTR alcançado. • 19.938 disparos totais. • O Boticário Seguindo a tendência do uso de caminhões como pontos de vendas, foi criada uma ação para a empresa O Boticário, batizada de “O Boticário Truck”. A proposta era a criação de uma ação inesperada, já que os clientes estão acostumados com lojas em shopping. A ação promovida pela In Loco Media instalou pontos de venda em diversas praças do Brasil, como Recife, Maceió, Brasília e Curitiba. No momento em que os clientes passavam em frente ao trailer d’O boticário, estes recebiam uma promoção no celular (IN LOCO MEDIA, 2015). Entre os principais resultados, podemos destacar: • 80 mil cliques. • 2 mil visitas ao ponto de venda. • 2,89 % CTR alcançado. • LG A LG tinha a necessidade de promover o LG Prime – famoso pelo smartphone das selfies, direcionado ao público que efetivamente adora fotografia. Nesse sentido, foi desenvolvida uma campanha, por meio da tecnologia de localização indoor, na qual foi enviada uma promoção do celular buscando atingir pessoas que estavam presentes, estiveram ou possivelmente estariam em lojas de telefonia. Entre os resultados, podemos destacar: • 78.292 cliques totais no targeting feito dentro de shoppings. • 94.949 cliques totais no targeting feito na rua. • 3,61 CTR alcançado. • Samsung Com o intuito de descobrir quem utiliza serviços de streaming, o Google Play Música em parceria com a Samsung criaram uma promoção com serviços do Google Play para aqueles consumidores que adquirissem Estratégias de Marketing 39 um smartphone de uma das principais linhas da marca. A estratégia focou pessoas que abriam páginas de compra de um novo smartphone no navegador do celular, com segmentação feita a partir da visita a lojas de concorrentes e de operadoras de telefonia celular em todo o Brasil. As pessoas teriam a possibilidade de seis meses gratuitos do serviço ilimitado do Google Play Música (IN LOCOMIDIA, 2015). Os principais resultados foram: • 6,17% CTR alcançado. • 106.885 cliques. • 7.729 visitaram lojas da Samsung em até duas horas após clicarem no anúncio. As novas tecnologias vêm evoluindo e o marketing tem que se manter atualizado para conseguir aproveitar o potencial dessas tecnologias. Digital Influencer A internet vem permeando toda a sociedade e, mais do que ser somente um novo canal de venda, ela instaura um novo ambiente comunicacional dando origem a novos modelos interacionais. Esse novo ambiente vem remodelando a forma como se divulga e influencia os clientes. Esse novo cenário chamado de marketing de influência, que tem como base o poder de influenciar pessoas por meio de internet, pode ser entendido como o “processo de desenvolvimento de relacionamento com pessoas influentes que podem ajudar você na criação de visibilidade para seu produto ou serviço” (ENGE, 2012 apud SANTOS, 2016, p. 6). O marketing de influência ocorre por meio da associação de uma personalidade que tenha um determinado prestígio ou influência. Relaciona essa imagem a uma marca ou tema específico. Esse processo vem sendo cada vez mais utilizado na web e muitos “personagens” ou ícones relacionados a temáticas específicas começam a ser criados e disseminados. Apesar do conceito de marketing de influência vir à tona agora na era digital, a associação de produtos a personalidades já Estratégias de Marketing 40 ocorria no passado, como é o caso dos programas de culinária. Temos o tradicional programa de culinária da Palmirinha. A diferença é que agora, no ambiente digital, qualquer um pode exercer esse papel. Um digital influencer ou influenciador é “uma pessoa que movimenta e influencia uma grande quantidade de pessoas através da sua reputação em sites, blogs e redes sociais para alavancar produtos, serviços e eventos” (MONTELATTO, 2015 apud LOPES, et al. 2016, p. 127). O digital influencer é aquela pessoa que consegue, por meio da web (BOYD et al., 2007 apud ENES, 2017), • Construir um perfil público ou semipúblico dentro de um sistema conectado. • Articular uma lista de outros usuários com os quais eles compartilham uma conexão. • Ver e mover-se pela sua lista de conexões e pela dos outros usuários. A estratégia é conseguir fazer com que os usuários se identifiquem com os digitais influencers e assim aceitem a mensagem que está sendo transmitida. Temos vários digitais influencers que promovem indiretamente produtos por meio de blogs, canais do YouTube e até Facebook. A febre pelos digitais influencers vem sendo tão forte, que já são tema de novelas.A atriz Paola Oliveira representou a personagem Vivi Guedes em uma novela da Rede Globo, na qual ela era uma digital influencer da moda, levando a temática para o horário nobre da televisão brasileira. Estratégias de Marketing 41 REFLITA: Se as propagandas veiculadas nos meios de comunicação de massa já geram um grande incentivo ao consumo, imagine o poder do merchandising editorial? Pensando praticamente, começamos a perceber algumas estratégias diferenciadas quando falamos de marketing de influência que podem ser analisadas no Quadro 5. Quadro 5 – Ações de um digital influencer AÇÃO DESCRIÇÃO PRODUCT PLACEMENTS É quando uma empresa associa seu produto a um digital influencer, por exemplo uma empresa de roupas pode vestir o digital influencer em eventos com sua marca. CHANNEL TAKEOVERS Consiste em criar campanha, via Twitter, que sejam divulgadas pelo digital influencer. CAMPANHAS NO TWITTER O surgimento de novos canais de comunicação com base em Tecnologias da Informação e comunicação (TICs) vem revolucionando estratégias promocionais frequentemente utilizadas pelas organizações. Fonte: Elaborado pela autora. No processo de desenvolvimento de uma estratégia de marketing de influência, da mesma forma que na propaganda tradicional, deve-se ter cuidado quanto ao perfil do digital influencer que será associado à marca, de forma a manter uma linearidade na imagem que já vem sendo trabalhada pela imprensa. Para Leite (2016), a escolha de determinado influencer para comunicar uma marca ou um projeto tem a ver com a sua relevância, e isso varia de acordo com o segmento. Analisar o segmento de atuação Estratégias de Marketing 42 do influencer é analisar o que o perfil dele representa para o público das redes. Para Rossatti (2016 apud PEDROSO; BURIGO, 2017), um mesmo influencer pode transitar entre vários desses perfis, promovendo alcance e entregando relevância para a mensagem que a marca quer comunicar. Finalmente, o que percebemos é que existe todo um novo campo de ação que o setor de marketing tem que aprender a explorar e utilizar. RESUMINDO: A área promocional vem passando por uma revolução tecnológica. Não dá para pensarmos em um processo de promoção efetiva sem considerarmos o novo paradigma tecnológico comunicacional em que estamos vivendo. Nesse contexto, a atualização e consideração dos novos meios digitais é algo que não pode ser deixado de lado. De fato, as novas tecnologias abrem caminho para uma grande quantidade de alternativas que antes não eram possíveis nem imagináveis. Essas tecnologias permitem que não somente nos comuniquemos, mas que, sobretudo, nos relacionemos com clientes e parceiros. Estratégias de Marketing 43 REFERÊNCIAS BLESSA, R. 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