Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Tecnologia da Informação
UNIDADE 4
Negócios eletrônicos e globalização
ÍNDICE
Introdução da Unidade
Seção 1: Componentes de uma organização
Seção 2: Tipos de sistemas de informações empresariais
Seção 3: Sistemas colaborativos
Seção 4: Função dos sistemas de informação na empresa
Seção 5: Sistemas de informação gerenciais
Recapitulando
Referências
⮝
topo
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Olá, caro(a) aluno(a)!  Bem-vindo(a)!
Nesta Unidade de Aprendizagem, você está convidado(a) a fazer um estudo sobre negócios eletrônicos e globalização. Para isso, iremos observar o cenário atual dos negócios globalizados, além de conhecer os componentes de uma empresa, seus processos de negócio e o papel dos sistemas de informações e departamentos de TI nas organizações. Serão analisados os tipos de sistemas de informação caracterizados pelos níveis organizacionais.
Em seguida, iremos avaliar modelos de sistemas colaborativos, utilizados para gestão e operação com equipes multidisciplinares e distribuídas. Abordaremos também as funções de sistemas de informações nas empresas e uma análise sobre os sistemas de informações gerenciais.
Ao final do estudo, você deverá ter construído uma visão mais ampla sobre os tipos e características de sistemas de informações gerenciais.
Vamos lá?
SEÇÃO 1
Componentes de uma organização
Na definição de Belmiro (2012, p. 11 ), “uma empresa é uma organização formal, cujo objetivo é produzir produtos ou prestar serviços a fim de obter lucro”. Essa descrição está alinhada com o pensamento de Laudon e Laudon (2007, p. 37), em que “a constituição de uma empresa deve oferecer a um cliente, ou grupo de clientes, uma solução para um problema”. Atualmente, essa solução está, normalmente, vinculada de alguma forma a um sistema de informação.
Neste contexto, alguns princípios são importantes quando objetivamos conhecer os componentes de uma organização, o papel dos sistemas de informação e suas relações com os níveis organizacionais (DIAS, 2014). Acompanhe!
Cadeia de comando - refere-se ao princípio da hierarquia na organização da divisão do trabalho.
Autoridade - é a expressão dos níveis organizacionais, ou hierárquicos, como o direito que o administrador tem de decidir e dirigir pessoas e recursos.
Cargo - é a denominação dada à posição que uma pessoa ocupa dentro da empresa que define o seu nível hierárquico.
Organização funcional - baseia-se na especialização das funções, dividindo as atividades em estratégicas, táticas e operacionais, em níveis organizacionais.
Funções empresariais - referem-se aos elementos que compõem a empresa e são divididos em: produto ou serviço; manufatura e produção; vendas e marketing; finanças e contabilidade; e recursos humanos.
Ambiente de negócios - cenário em que a empresa está constituída, seja fisicamente ou virtualmente, envolvendo o acesso ao capital, mão de obra, clientes, tecnologias, serviços e produtos, mercados, legislação, educação entre outros.
Como componentes de uma empresa, temos os clientes, que consomem os produtos e serviços; os funcionários, que produzem os produtos e serviços; e os fornecedores, que oferecem os insumos para a produção. Esses componentes irão realizar atividades em um ambiente de negócios, exercendo funções empresariais definidas pelos cargos, dentro de uma hierarquia organizacional. Há uma relação dos componentes e das atividades dentro do que se chama de níveis de organizacionais, representados na figura a seguir.
Figura 1. Níveis organizacionais em uma empresa.
Fonte: Laudon e Laudon (2007). Adaptado.
Essa estrutura tem como objetivo suportar e reger os processos de negócio vinculados a uma área funcional e específica, conforme Laudon e Laudon (2007).
Mais
Na atualidade, existe uma tendência em adotar modelos organizacionais horizontais para funções e hierarquias, alavancada pelo desenvolvimento tecnológico e apoiada pelos sistemas de informação. Há uma nova mentalidade em que as empresas, principalmente aquelas instituídas dentro de pensamentos inovadores, buscam uma relação mais direta entre colaboradores, exercendo múltiplas funções nas instituições.
O pensamento enxuto, na gestão, utilizado em startups, por exemplo, expõe que as empresas precisam de poucos colaboradores, atuando de forma multidisciplinar e multifuncional. Para as grandes corporações, mesmo com o achatamento das hierarquias e a multifuncionalidade de seus colaboradores, os níveis organizacionais são importantes devido à complexidade na produção e gestão dos negócios.
Uma estrutura utilizada na atualidade, que colabora com a organização hierárquica e com característica horizontal, é a matricial, em que um departamento ou colaborador responde e coordena vários outros departamentos e colaboradores, com pensamento no trabalho colaborativo.
No contexto organizacional, o papel dos sistemas de informação está no apoio à operacionalização e à gestão de processos no ambiente de negócio. De acordo com Laudon e Laudon (2007) , eles exercem um papel crítico, baseados no fato de que, principalmente nos últimos 40 anos, cada vez mais, as informações organizacionais e o fluxo de informação entre os principais componentes de negócios vêm sendo computadorizados. O investimento nas empresas em sistemas de informação e tecnologias para geração de produtos e serviços acaba por ser uma obrigação, seja de pequeno, médio ou grande porte, para inserção de seus negócios em um mundo globalizado.
A globalização é entendida como a integração com maior intensidade das relações em escala mundial. Quando se orienta tal integração para o campo da gestão de operações, tecnologias são aplicadas para unificar a base de dados da organização e oportunizar uma gestão central que abrange a maioria das operações da empresa. Nesse cenário, podemos perceber que grande parte das empresas executa suas atividades pensando em um macroambiente, e soluções digitais, normalmente, são desenvolvidas para serem comercializadas para além de suas regiões geográficas.
As empresas fazem uso dos sistemas de informação em praticamente todos os seus processos de produção e administração. Mesmo nas atividades mais primárias, utiliza-se de tecnologia para sua condução. Conforme afirma Eleutério (2015, p. 85 ), “no âmbito empresarial, os sistemas de informação são utilizados para automatizar os processos operacionais e apoiar as atividades gerenciais”. Esses sistemas têm importância relevante no suporte aos negócios e se posicionam como elemento estratégico, elemento tático e elemento operacional, buscando atingir os seguintes objetivos:
oferecer caminhos para a excelência operacional;
dar suporte para o desenvolvimento de novos produtos e serviços;
manter relacionamento adequado com clientes e fornecedores;
dar suporte para gestores nas suas tomadas de decisões táticas e estratégicas;
oferecer vantagem competitiva junto ao mercado em que se localiza;
Atenção
Sistemas de Informação Gerenciais
O livro Sistemas de Informação Gerenciais, escrito por Kenneth C. Laudon e Jane P. Laudon, está na sua 11ª edição e traz informações abrangentes dessa área de estudo. As diferentes edições do livro contribuem para o desenvolvimento de conhecimento mais abrangente, considerando que, em cada edição, existe a apresentação de diferentes estudos de casos, comuns em todos os capítulos do livro.
Um exemplo é apresentado na 7ª edição (2007), em que é exposto o papel dos sistemas de informação na solução de problemas de qualidade em uma grande montadora de carros.
LAUDON, Kenneth C; LAUDON, Jane P. Sistemas de informações gerenciais. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
LAUDON, Kenneth.; LAUDON, Jane, P. Sistemas de Informações Gerenciais. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2014.
Adicionalmente, a visão de negócio, o suporte à inovação e a colaboração também podem ser vistos como papeis dos sistemas de informação nas empresas.
No final do século XX, os sistemas de informação eram criados para adicionar valor na produção e administração de empresas. Era comum uma empresa contratar um especialista em programação para desenvolveruma aplicação local de gestão. Depois, houve época em que os sistemas eram comercializados em pacotes, característica que ainda é comum, mas com diferentes formas de distribuição. Agora, não é possível distinguir processos empresariais de sistemas, pois há uma profunda relação de dependência entre ambos. Hoje, empresas estão sendo criadas junto aos sistemas informatizados e distribuídos.
SEÇÃO 2
Tipos de sistemas de informações empresariais
Conforme definido por Eleutério (2015, p. 91 ), “um sistema de informação organizacional trata do fluxo e da manutenção das informações que fornecem suporte aos processos de negócio de uma organização”. Esses sistemas possuem abrangência em toda a organização, adicionando atividades de suporte e gestão da cadeia de fornecimento, produção e venda de produtos e serviços, e atuam nos três níveis organizacionais: estratégico, tático e operacional.
Conforme Laudon e Laudon (2007), os sistemas de informação podem ser vistos sob a perspectiva de grupos de usuários, instalados e distribuídos em uma organização nos níveis organizacionais. Belmiro (2012 relata que uma empresa típica possui sistemas que apoiam os processos de cada uma das principais funções de negócio. Na visão dos autores, os sistemas são classificados conforme apresentação a seguir.
1. Sistemas de Processamento de Transações (SPT)
Monitoram as atividades básicas de uma organização, analisando e formalizando a operação e performance dos processos de produção, vendas e faturamento, por exemplo. Estes sistemas suportam as atividades nos níveis operacionais (transacionais), na empresa, e podem ser realizados via processamento em lote (batch) ou em tempo real (on-line). Os sistemas on-line são mais comuns na atualidade e carregam o nome de OLTP (On-line Transaction Processing).
2. Sistemas de Informações Gerenciais (SIG)
Acompanham o controle operacional e processos, as atividades administrativas e a tomada de decisões gerenciais. Estes sistemas podem apresentar resultados pontuais de processos operacionais e administrativos, assim como relatórios consolidados e gráficos. As informações produzidas por estes sistemas apresentam, aos gerentes, informações de monitoramento e controle da empresa, de seus produtos e serviços, suportando também desempenhos futuros.
O SIG é visto como ferramenta de gestão, devido a sua natureza de análise de dados operacionais, e é oferecido como relatórios, que podem ser gerenciais, programados, sob demanda ou de exceção. Como exemplos temos: o SIG para gestão comercial, para gestão de RH, entre outros.
3. Sistemas de Apoio a Decisão (SAD)
Sistemas de informação para apoio de nível médio para tomada de decisões não usuais, focados em problemas únicos e que se alteram com rapidez, sem procedimentos para solução bem definidos. Eleutério (2015) classifica estes sistemas como estratégicos, o que demonstra que eles estão entre a gerência média e alta, para tomadas de decisões nas organizações. Como estes sistemas são diversos, eles podem ser divididos em SAD baseado em comunicação (os Communications-driven), SAD baseado em modelos (Model-driven), SAD baseado em dados, ou Data-driven, e o SAD baseado em conhecimento, ou Knowledge-driven.
4. Sistemas de Apoio ao Executivo (SAE)
Sistemas de informação para apoio aos níveis de alta gerência para análise e tomada de decisões estratégicas e tendências de longo prazo. Abordam questões rotineiras para análise por meio de gráficos e dados consolidados. Os SAE são software destinados a suprir os executivos com informações estratégicas na organização. Eles analisam e monitoram o desempenho interno da empresa e seus indicadores de desempenho, além de informações externas à organização, em particular o comportamento do mercado, das empresas concorrentes ao negócio, de clientes e de parceiros de forma proativa.
Os SAE são representados, na atualidade, pelos sistemas de Business Intelligence (BI). Esses sistemas podem utilizar os chamados bots, ou robôs de software com inteligência artificial, para monitoramento de comportamentos.
Curiosidade
Os bots são aplicações autônomas que podem fazer uso de inteligência artificial e que funcionam em sistemas distribuídos pela internet, desempenhando tarefas predeterminadas. O termo bot é originário da palavra robot (robô).
Os bots são programas que realizam atividades automatizadas e repetitivas, que podem ser úteis para monitoramento de sistemas e análise de comportamentos e tendências de e-commerce, ou procurar por sites na Internet para indexar (registrar) resultados, por exemplo. Podem também apresentar comportamentos maliciosos.
O uso desses robôs de software vem sendo mais intensificado em redes sociais, com objetivo de influenciar pessoas, trazendo informações positivas, de interesse pessoal, ou mesmo negativas, com fake news.
Na visão de Hoelz (2015), os sistemas transacionais são classificados como Sistemas de Informação Operacionais (SIO), equivalente ao modelo SPT, destinados ao nível operacional; os SIG são destinados ao nível gerencial; e os Sistemas de Informação Estratégicos (SIE), destinados ao nível estratégico, equivalente aos sistemas SAE e SAD.
Na visão de Eleutério (2015), os sistemas SAE são chamados de Sistemas de Informações Estratégicas, ou Strategic Information Systems (SIS). As terminologias variam para os diferentes tipos ou modelos de sistemas, mas eles possuem os mesmos objetivos.
Figura 2. Tipos de sistemas de informação.
Fonte: Laudon e Laudon (2014). Adaptado.
Na atualidade, esses sistemas são inter-relacionados, sendo que os SPT representam a fonte mais importante de dados para os outros sistemas, oferecendo suporte e dados operacionais. O SIG relaciona-se com os níveis operacionais (SPT), assim como os SAD e SAE, com informações definidas em estratégias corporativas. Todos esses sistemas estão integrados e, normalmente, representados pelos sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning).
Na prática
A classificação de sistemas de apoio aos executivos (SAE) vem da década de 1980. Porém, a partir de 1990, esses sistemas se consolidaram como ferramentas de software, ou sistemas corporativos, com o surgimento dos sistemas integrados de gestão empresarial, os ERP (Enterprise Resource Planning).
Nos ERP as informações de todas as áreas funcionais (níveis corporativos) foram integradas, assim como os módulos do SAE, que, na atualidade, acabaram por receber uma nova denominação, de Business Intelligence (BI), integrados também com ferramentas de repositório de dados (data warehouses), mineração de dados (data mining) e processamento analítico em tempo real, ou OLAP (Online Analytical Processing).
Temos, ainda, outras terminologias de sistemas de informação: Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, ou ERP (Enterprise Resource Planning); Sistemas de Gestão da Cadeia de Suprimentos, ou Supply Chain Management (SCM); Sistemas de Gestão do Relacionamento com o Cliente, ou Customer Relationship Management (CRM); e Sistemas de Gestão do Conhecimento (SGC). Esses sistemas abarcam os sistemas de informações apresentados e alinhados com os níveis organizacionais.
SEÇÃO 3
Sistemas colaborativos
Um ambiente globalizado é interligado por redes de computadores e utiliza-se dos conceitos de colaboração para a realização de atividades profissionais junto aos sistemas de informação.
Os sistemas de informação utilizados nas empresas são, a maioria, integrados. Utilizam-se de módulos operacionais (transacionais), gerenciais e estratégicos, de forma que as informações transitem por todos os módulos, agregando valor aos gestores e ao negócio. Essa integração pode ser vista como premissa de comportamentos de mercados globalizados, com atividades distribuídas e colaborativas, ou como resultado da própria integração. De qualquer forma, o atual cenário corporativo faz uso de modelos colaborativos de produção e gestão aliados aos sistemas integrados de informação.
Definida por Laudon e Laudon (2014, p. 53 ), “a colaboração é o trabalho com os outros para alcançar metas explícitas e compartilhadas”. Elase concentra na realização de tarefas ou missões e, normalmente, acontece em uma empresa ou entre empresas.
A colaboração pode ocorrer em grupos informais, fora dos sistemas de informação gerencial, com ferramentas como e-mail, aplicativos de troca de mensagens, plataformas colaborativas e redes sociais, ou mesmo com a inclusão e compartilhamento de informações via sistemas integrados de gestão. Laudon e Laudon (2014) trazem, ainda, algumas razões que fazem com que a colaboração e os sistemas colaborativos sejam vistos na atualidade como imprescindíveis para a geração de negócios sustentáveis:
natureza mutável do trabalho;
crescimento do trabalho profissional;
organização mutável da empresa;
escopo mutável da empresa;
ênfase na inovação;
cultura mutável do trabalho e dos negócios.
Percebemos que a concepção do trabalho na atualidade reflete a colaboração, a inovação e a mudança contínua para a sustentabilidade dos negócios. Nesse contexto, surge o social business, com o uso de plataformas computacionais, redes de computadores, plataformas sociais corporativas e redes sociais como ferramentas para promover o envolvimento e a colaboração, que permitem a configuração de perfis e a criação de grupos de usuários, com o objetivo de caracterizar o comportamento do consumidor e o agrupamento de perfis comuns.
Mais
As redes sociais são estruturas de relacionamento entre pessoas e empresas conectadas por meio de redes de computadores e a internet. O conceito de redes sociais é definido pela antropologia e sociologia, considerando que fazem parte do comportamento da sociedade, e reflete a relação entre pessoas.
A primeira rede social foi a Classmates, criada em 1995, que fazia a ligação de alunos universitários dos Estados Unidos da América aos do Canadá. Mas foi o Facebook, criado em 2004, por estudantes da universidade de Harvard, que impulsionou o conceito de redes sociais. O Facebook conta hoje com mais de 3 bilhões de usuários, número que representa 75% das pessoas com acesso à internet.
Diversas outras redes sociais foram criadas desde então, e são utilizadas por pessoas para se comunicarem e se socializarem em grupos pessoais, assim como por empresas, para impulsionar, monitorar e gerir produtos e serviços oferecidos de forma geral. Elas se tornaram mais do que ferramentas sociais e de troca de informações e conteúdo em grupo, abarcando atividades de e-commerce direto. As redes sociais mais utilizadas na atualidade são: o Facebook, YouTube, WhatsApp, Instagram, Twitter e LinkedIn.
O objetivo do social business é aprofundar as interações com grupos dentro e fora da empresa e assim ganhar vantagem competitiva com o compartilhamento de informações, oferta de produtos e acompanhamento de satisfação de clientes no pós-venda. Essas redes ampliam-se com a utilização dos sistemas de monitoramento de satisfação, em que os consumidores podem expressar suas opiniões, com elogios e reclamações em sistemas na internet.
As ferramentas e tecnologias para colaboração e social business podem e devem ser utilizadas para auxiliar nos processos administrativos e de gestão. Algumas delas são apresentadas a seguir.
E-mail: ferramenta para troca de mensagens eletrônicas e conteúdo. Exemplos: Microsoft Outlook e Google Mail.
Mensagem instantânea: mensagens trocadas via aplicativos, com formatos de texto, voz e arquivos anexados. Exemplo: WhatsApp.
Wiki: sites que facilitam a distribuição e edição de conteúdo. Exemplo: Wikipedia.
Mundos virtuais: ambientes que permitem a construção de ambientes para representação e simulações de situações. Exemplo: Second Life.
Plataformas de colaboração: permitem interação e construção de documentos de forma colaborativa. Exemplos: Lotus Notes, Microsoft SharePoint.
Videoconferências: sistemas multimídias e multifuncionais para reuniões virtuais. Exemplos: Google Meet, Zoom, Skype, Microsoft Teams, Discord, Cisco Webex Meet.
Redes Sociais Corporativas: são soluções com formato de redes sociais internas às empresas. Exemplos: Workplace, Slack, Salesforce Chatter, SmartCloud, da IBM, e Yammer, da Microsoft.
Reflexão
Considerando a conectividade como resultado da utilização de computadores pessoais, redes de computadores, internet e sistemas integrados de gestão e redes sociais, será que um modelo de negócios pode ser elaborado para operação apenas em uma empresa física (lojas físicas), sem o marketing e relacionamentos via meios eletrônicos?
Existem benefícios que são resultados da colaboração e do social business, assim como malefícios. Da mesma forma que se consegue expor as qualidades positivas e benefícios de um produto ou serviço, rapidamente, com o social business, a exposição negativa também é simples. O monitoramento do comportamento do consumidor acabou por se tornar digno de um novo departamento nas empresas, e pode ser visto como elemento crítico para o sucesso de uma empresa.
Organização de arquivos: sistemas que permitem armazenamento, compartilhamento e organização de arquivos em nuvem. Exemplos: Microsoft OneDrive, Dropbox e o Google Drive.
Anotações: aplicativos de produção e capturas de notas informativas. Exemplo: Google Keep e Evernote.
Tarefas: aplicativos que organizam tarefas e agendamentos. Exemplos: Todoist, Microsoft Planner, Google Agenda.
Projetos: gerenciamento de projetos. Exemplo: Trello, Asana, Microsoft Project, Redbooth.
A colaboração no desenvolvimento de novos negócios também pode ser realizada por técnicas colaborativas de criação e financiamento, respetivamente chamadas de crowdsourcing e crowdfunding. Esses modelos colaborativos são utilizados normalmente por startups.
A colaboração, mediante o uso de sistemas de informação e ferramentas de e-business, pode auxiliar para que a distância se estreite virtualmente. Os modelos colaborativos de gestão estão cada vez mais valorizados e o pensamento estratégico atual necessita de colaboração. A integração dos sistemas de produção e comércio trouxe a globalização, em que toda a cadeia produtiva e de relacionamento ultrapassam as questões culturais e geográficas, exigindo dos profissionais as habilidades de administração das empresas de forma colaborativa, em equipes multidisciplinares e assimilando de forma natural a diversidade de conhecimento e comportamento dos colaboradores.
SEÇÃO 4
Função dos sistemas de informação na empresa
Os sistemas de informação têm a principal função de suportar os processos operacionais, táticos e estratégicos na empresa. Suas funções estão estruturadas de forma que as atividades de produção, marketing, gestão, entre outras, possam ser desenvolvidas dentro de um sistema integrado e oferecer ao gestor automatização de processos e a melhor apresentação de informações gerenciais possíveis.
Conforme Eleutério (2015), além de apoiar as tomadas de decisão, as informações são também um forte elo de sinergia entre as equipes e um importante fator de motivação dos colaboradores. A tecnologia da informação acabou por trazer um termo chamado informática, que nomeia toda uma área de tecnologias e sistemas de informação, presentes em praticamente todas as empresas contemporâneas.
As empresas necessitam de sistemas de informação para realizar suas operações e gestão na atualidade. Muitas possuem o departamento específico de Tecnologia da Informação (TI), com profissionais especializados, atuando como técnicos e analistas de TI, dentre outras funções, nas atividades de suporte ao usuário, instalação e manutenção de hardware e software, redes e bancos de dados. Conforme apresentam Laudon e Laudon (2007), o departamento de sistemas de informação, ou de tecnologia da informação, é uma unidade organizacional que se responsabiliza pelos serviços de tecnologia da informação.
O departamento é composto por especialistas, como programadores, analistas de sistemas, líderes de projetos e gerentes de sistemas de informação. Os programadores são profissionais da área de TI responsáveis por desenvolver sistemas ou pelas customizações de ferramentas integradas. Os analistas de sistemas são responsáveis pela engenhariade software e de sua infraestrutura. Os gerentes de TI são líderes de equipes de programadores e analistas, projetos e infraestrutura, e atuam na gestão da TI, em geral.
Mais
Os profissionais de tecnologia da informação eram, no princípio, originários dos cursos superiores de física, matemática e engenharia elétrica, e se especializavam na microeletrônica e no projeto e desenvolvimento de computadores. À medida que a tecnologia da informação foi se estabelecendo como uma área mais abrangente, novas profissões vêm surgindo.
É comum vermos novos nomes dados aos profissionais da área, vinculados a atividades tecnológicas. Como exemplo, temos o cientista da computação, que é o profissional que estuda e atua com tecnologias e computação desde a matemática, física, eletrônica, análise de sistemas até o desenvolvimento de softwares. O engenheiro da computação é focado nas atividades da eletrônica aplicada à computação, principalmente em projeto e construção de novos hardwares.
O analista de sistemas é o profissional que atua como engenheiro de software, na construção de sistemas de informação. O bacharel em sistemas de informação é um profissional que transita entre a administração e a computação. Muitas outras profissões acabam por se desdobrarem destas.
Em algumas empresas, principalmente de maior porte, existe uma estrutura mais robusta de TI, em que há uma hierarquia de funções e responsabilidades. Nesses casos, há profissionais em nível de diretoria executiva atuando, chamados de CIO (Chief Information Officer), que respondem por toda a organização à liderança da companhia. Essa função tem desdobramentos, como o CTO (Chief Technology Officer), o CDO (Chief Data Officer) e, ainda, o CIO (Chief Innovation Officer). Algumas empresas vêm optando em levar o CIO para a principal posição estratégica da empresa, considerando a natureza digital de seus negócios.
O departamento de Tecnologia da Informação (ou de Sistemas de Informação, ou, ainda, chamado de Informática) possui responsabilidades importantes, considerando que não podemos ficar sem um computador em condições de utilização. Entre os serviços prestados por esse departamento, podemos citar:
instalação e configurações de hardware;
instalação e configuração de sistemas operacionais;
instalação e configuração de sistemas de aplicação nos sistemas de produção e administração;
suporte para manutenção de serviços de telecomunicações;
instalação e configuração de sistemas de redes de computadores;
gerenciamento de banco de dados;
treinamento de profissionais das áreas de produção e gestão para uso de tecnologias e sistemas;
análise de sistemas e de dados;
programação de sistemas;
pesquisa e desenvolvimento de novos projetos.
Aqui, foram apresentadas apenas algumas das funções mais triviais do profissional de TI.
Na prática
Assim como o departamento de TI ocupou um lugar importante dentro do organograma das empresas, posicionando-se em níveis estratégicos, um novo departamento também o vem fazendo: a inovação.
A atividade de pesquisa e desenvolvimento de novas soluções para as empresas passou também a ser digna de um departamento. Essa atividade, que se tornou uma nova área corporativa, normalmente está vinculada ao departamento de TI, considerando que as inovações na atualidade dependem das tecnologias e dos sistemas de informação.
Os novos organogramas corporativos deverão trazer o departamento de TI e de Inovação em posições estratégicas, ou mesmo um departamento de Tecnologia e Inovação, mesclando as duas áreas.
Atualmente, o volume de profissionais de TI é significativo nas empresas, em um momento em que os ambientes de negócio buscam soluções de automação industrial e administrativa, baseadas em tecnologias que possam levar seus produtos e serviços a serem comercializados e globalmente conhecidos via sistemas digitais.
O marketing se desdobrou para o marketing digital. A produção é orientada por sistemas de gerenciamento informatizados; e a administração por sistemas de gestão empresarial e o relacionamento com fornecedores e clientes, por sistemas de informação especializados.
Uma nova área vem tomando importância junto aos sistemas e às estruturas organizacionais: a Ciência dos Dados. Esta nova área e profissão, também chamada de Analytics, representa uma fusão da Administração, Estatística e Ciência da Computação, que objetiva analisar dados e prover inteligência nos negócios para tomadas de decisão.
Conforme sustenta Caiçara Junior (2012), a utilização de sistemas de informação nas organizações modernas tornou-se condição de sobrevivência a partir da década de 1990. Um departamento de Tecnologia da Informação bem estruturado e com profissionais adequadamente selecionados traz às empresas uma estabilidade para que os profissionais em geral possam desenvolver suas funções e oferece oportunidade de busca por automação e customização de processos administrativos e inovação.
Atualmente, torna-se inimaginável uma empresa atuar sem uso de computadores pessoais, redes e internet, o que faz os profissionais de TI serem imprescindíveis para o suporte e a manutenção da infraestrutura necessária ao bom desenvolvimento do trabalho.
SEÇÃO 5
Sistemas de informação gerenciais
Conforme Eleutério (2015, o nível gerencial, também chamado de tático, corresponde ao segundo nível funcional da organização. Seu objetivo é a busca pela excelência nas operações. Nesta camada organizacional, estão situados os Sistemas de Informação Gerenciais (SIG).
No nível gerencial, as principais atividades são monitorar e acompanhar as operações, por meio de indicadores de desempenho alimentados por informações significativas, que auxiliem o profissional a tomar decisões para manter e superar as expectativas estabelecidas pelo nível estratégico da organização.
Neste nível, os Sistemas de Informação Gerenciais (SIG) representam a interface que trará informações de análise da performance de processos operacionais oferecida pelos Sistemas de Processamento de Transações (SPT), e as expectativas e desafios inseridos pelos níveis estratégicos e estruturados nos Sistemas de Apoio ao Executivo (SAE).
Um SIG é considerado como uma ferramenta de apoio a decisões, relativamente simples, restrito à filtragem e sumarização de dados, produzindo informações em nível adequado de detalhamento para tomada de decisões. Decisões mais complexas são realizadas pelos sistemas de Business Intelligence (BI), representando os SAE.
Segundo Caiçara Junior (2012), os relatórios gerenciais são as principais ferramentas dos SIG, sendo que se enquadram em três categorias, conforme apresentado na figura 3.
Mais
Um Sistema de Informação Gerencial (SIG) é formado por um conjunto de pessoas e programas com objetivo de auxiliar tarefas administrativas e operacionais, por meio de um conjunto de relatórios com textos, gráficos, sons e imagens, que levam a gerência média da empresa a analisar o comportamento da produção, utilização de insumos, comportamento de produtos e serviços em regiões específicas. O seu objetivo é a eficiência operacional e o ganho de vantagem competitiva no mercado em que a organização está inserida.
Esses sistemas são direcionadores para tomadas de decisões táticas, considerando que as empresas buscam os sistemas para resolver problemas organizacionais e reagir às mudanças nos ambientes. Exemplos desses sistemas estão em toda parte: quando você utiliza a opção de contar palavras em um processador de texto; o monitoramento da bateria de seu smartphone; sistemas de monitoramento cardíaco de seu smartwatch; sistemas de análise média de consumo de energia, providos pelo site de sua companhia de energia; entre outros.
Os SIG estão presentes em todas as áreas de uma organização. Eles se aplicam mais especificamente nos setores financeiro, comercial, marketing, produção e de recursos humanos. Vamos verificar alguns detalhes?
SIG na gestão comercial: referenciam-se aos registros de vendas em relatórios gerenciais com dados sobre volume de venda dos produtos, identificando variações de cada produto,região, tipo de consumidor, período do ano.
SIG na gestão financeira: estão relacionados a atividades de coleta de informações financeiras, fornecimento de gráficos de acompanhamento de análises e demonstrações financeiras e apoiam o planejamento orçamentário e as auditorias. Constituem-se por sistemas de controle contábil, administração de caixa, planejamento orçamentário e gestão de investimentos.
SIG no relacionamento com o cliente: são os sistemas de CRM (Customer Relationship Management), que englobam as interações da empresa com os clientes, desde o momento da prospecção da venda até o monitoramento da satisfação sobre a compra e os comportamentos em redes sociais a respeito da reputação dos produtos e serviços comercializados.
SIG na gestão da produção: referem-se ao monitoramento de necessidades e performance de produção, avaliando as capacidades produtivas de linhas de produtos, análises de tempo de fabricação, carga máquina, capacidade produtiva e indicadores de qualidade. Uma das funções desses sistemas é o MRP (Material Requirements Planning), que auxiliam na gestão do planejamento e disponibilidade de suprimentos para produção.
SIG na gestão de processos: estão relacionados aos chamados PCS (Process Control Systems), ou sistema de controle industrial, que automatizam processos produtivos pela gestão de dados e de controle dos equipamentos durante a manufatura.
SIG na gestão de projetos: esta área é amplamente suportada por sistemas de informação, considerando que todas as empresas possuem projetos, e muitos deles possuem complexidades relacionadas ao volume de atividades, tempo de execução, qualidade e orçamento. Os sistemas de gestão de projetos auxiliam os gestores durante o ciclo de vida de um projeto e a administração das atividades nas dez áreas do conhecimento definidas pelo PMBOK (PMI. 2017).
Na prática
O PMBOK (Project Management Book of Knowledge) é um guia, ou framework, organizado e mantido pelo PMI (Project Management Institute), que fomenta a gestão de projetos e oferece suporte para padronização de processos de gestão. Existem diversas ferramentas de software para auxílio e condução dos projetos, em níveis operacionais, desde a elaboração de EAP (Estrutura Analítica de Projetos), assim como na gestão das 10 áreas de conhecimento de projetos. Algumas ferramentas são de uso gratuito, outras licenciadas. Por exemplo: Trello, IceScrum, Scrumhalf, Microsoft Project, PangoScrum, Taiga, Artia, Slack, Asana, entre outras.
SIG na gestão da qualidade: auxiliam na gestão da qualidade dos produtos finais, por meio dos chamados Quality Information Systems (QIS), gerenciando as rotinas de aferição de qualidade, ações preventivas e corretivas na busca pela melhoria contínua.
SIG na gestão da engenharia: referem-se aos sistemas que auxiliam e gerenciam projetos de engenharia, com prototipação virtual, análise de componentes e controle de versões. Eles são formados por sistemas de projeto de engenharia, chamados de CAD (Computer Aided Design), ferramentas de engenharia, chamadas de CAE (Computer Aided Engineering), e sistemas integrados na manufatura, chamados de CAM (Computer Aided Manufactoring).
SIG na gestão de pessoas: estão relacionados aos sistemas de gerenciamento de processos de pessoas, seja para recrutamento e seleção, seja para a performance de colaboradores, via avaliações de desempenho e planejamento de desenvolvimento pessoal, cargos e salários.
De forma geral, os SIG são sistemas que fazem a gestão em nível tático, nas empresas, observando os processos produtivos, analisando e apresentando relatórios de desempenho dos processos e sistemas e interligando as decisões gerenciais definidas pelos sistemas estratégicos com a gestão das atividades administrativas.
RECAPITULANDO
Nesta Unidade de Aprendizagem, estudamos os negócios eletrônicos e a globalização. Assim, pudemos fazer uma análise junto aos modelos de negócios eletrônicos e os sistemas de gestão que apoiam as tomadas de decisões dentro de um cenário mercadológico globalizado. Iniciamos nossos estudos com a verificação dos componentes de uma organização, seus processos de negócio e o papel dos sistemas de informação na gestão.
Aprendemos a interpretar os diferentes tipos de sistemas de informações empresariais, observando as suas principais características e abrangências, destacando os sistemas SAE, SAD, SIG e SPT. Além disso, analisamos os sistemas colaborativos, com a ideia de contrastar os modelos de sistemas de apoio para gestão de equipes multidisciplinares e distribuídas de forma colaborativa.
Finalizamos está UA com uma descrição do departamento de tecnologia e sistemas de informação nas empresas, olhando para as funções dos sistemas alocados, neste momento como elementos estratégicos de gestão que atuam com os objetivos de suportar o negócio para entregar excelência operacional.
Até a próxima!

Mais conteúdos dessa disciplina