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Processo Penal: Ação Penal Privada e Suas Espécies Acadêmicos: Abgair Reis, Ana Paula, Ana Karoliny Barros, Jadson Bonifácio, Jerusa Sousa, Laryssa Ribeiro, Matheus Patrick e Wédila Mara Ação Penal Exclusivamente Privada É aquela em que a vítima ou seu representante legal exerce diretamente. É a chamada Ação Penal Privada propriamente dita. Se por acaso houver morte do ofendido, por exemplo, o cônjuge, ascendentes, descentes e irmãos podem propor a ação privada. Artigo 31 do Código de Processo penal. Ação Penal Privada Personalíssima A Ação Penal Privada Personalíssima é diferente das outras, pois, a ação somente pode ser proposta pela vítima. Somente ela tem este direito. A Inutilidade da Ação Penal Privada Personalíssima A referida ação penal só existe em uma única figura típica do Código Penal, que é o art. 236. Art. 236. Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: Pena — detenção, de seis meses a dois anos. O artigo possui duas figuras típicas, tanto a de induzir (usar de manobra positiva para tal) a erro quanto a de ocultar (esconder, encobrir, solapar); por óbvio, é imprescindível que a vítima ignore a situação de impedimento para configurar ilícito penal. Os erros essenciais estão previstos no art. 1.557/CC e as causas impeditivas no art. 1.521/CC. Por se tratar de norma penal em branco homogênea, o Código Civil será de onde a norma penal extrairá o complemento necessário para saber o que é erro essencial e impedimento. Onde estaria a inutilidade da ação penal personalíssima? Ela surge no parágrafo único do artigo que nos diz: Parágrafo único. A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. Por ser personalíssima, a ação penal só poderia ser iniciada pela própria vítima após anulação do casamento. De acordo com a Lei Nº 13.146/2015, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, não existem mais absolutamente incapazes, salvo os menores de 16 anos (art. 3º/CC). A lei supracitada também revogou os incisos III e IV do art. 1.557 do Código Civil que impediam o casamento de deficientes mentais e aqui está a questão central do assunto em voga. Passaram a ser um só inciso que prevê: Art. 1.557, III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência. Como se vê, a doença mental foi excluída do rol dos erros essenciais. 1- Há possibilidade de um deficiente intelectual se casar? Rompendo o entendimento paradigmático com o novo Estatuto, sim, há! 2- Este pode ser induzido a erro essencial ou é possível ocultar impedimentos dele? Pode e é possível. 3- Mas... Se a ação é privada personalíssima como a pessoa com deficiência mental irá provocar o Estado para que se anule o casamento, para que só depois a infração penal possa ser julgada? O crime fica sem punição? É cediço que se a vítima morrer, extingue-se a punibilidade. No caso do ofendido de enfermidade mental, a queixa não poderá ser exercida, haja vista a incapacidade processual do indivíduo ou impossibilidade de o direito ser manejado por representante legal ou curador especial nomeado por juiz. Ação penal privada subsidiária da pública É usada quando o Ministério Público deixa de intentá-la no prazo legal, e a parte ofendida deseja que o réu seja condenado. Está inserida no rol dos direitos e garantias fundamentais do cidadão (Art. 5ª, LIX, CF) Trata-se, portanto, de cláusula pétrea. É cabível nos crimes de ação penal pública; Postula o Art. 46. Do CPP que o Ministério Público deverá oferecer a denúncia no prazo de 05 dias (réu preso) ou 15 dias (réu solto). Há hipóteses em que a denúncia não é oferecida dentro do prazo legal, mas que não constituem inércia. O Prazo para que o ofendido ou seu representante legal apresente a queixa subsidiária é de seis meses. Durante esses seis meses, o MP ainda pode oferecer a denúncia (legitimidade concorrente). O MP possui uma série de poderes na ação penal privada subsidiária da pública (art. 29 do CPP): - Aditar a queixa - Repudiar a queixa e oferecer denúncia substitutiva - Intervir em todos os termos do processo - Fornecer elementos de prova - Interpor recurso - A todo tempo, no caso de negligência do querelante, poderá retomar a ação como parte principal- ação penal indireta Extinção da Punibilidade na Ação Penal Privada Decadência: Causa de extinção da punibilidade do agente. Prazos e suas especificações. E quando for fora do prazo? A decadência: Na ação penal privada Na ação penal publica condicionada a representação Como funciona? Ação penal privada Ação penal privada subsidiaria da publica Renúncia: Forma de extinção de punibilidade; Ato unilateral; A renúncia pode ser expressa e tácita; Em regra só é cabível na Ação Penal Privada; É um instituto pré-processual; Perdão do Ofendido É a manifestação de vontade, expressa ou tácita, do ofendido ou de seu representante legal, no sentido de desistir da ação penal privada já iniciada, ou seja, é a desistência manifestada após o oferecimento da queixa. Distinção; Cabimento; Oportunidade; Formas de aceitação do perdão: são elas: Expressa; Tácita; Processual; Extraprocessual; Efeitos do perdão aceito; Aceitação do Perdão; Motivo; Perempção Ação Penal Popular Ação popular: Remédio (garantia) – Instrumento de democracia direta. Remédio constitucional: assegurar direitos difusos. CF/88: Art. 5°, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Ação Penal Adesiva Ação penal adesiva nada mais que o fenômeno ocorrido quando se constatar, no caso concreto, conexão ou continência entre um delito que desafia ação penal pública e outro de ação penal privada. Dupla legitimação; Litisconsórcio ativo; Peças distintas; Legitimidade;
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