Buscar

Processo Penal: Inquérito Policial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROCESSO PENAL 
 
CONCEITO INICIAL 
O inquérito policial tem objetivo precípuo trazer indícios de autoria e prova da 
materialidade. Trata-se de uma fase pré-processual, procedimento administrativo, em 
que a Polícia Civil ou Federal investiga para formação da justa causa. 
 
Essa justa causa é um elemento necessário para que quem vai oferecer a denúncia venha 
a ter esses elementos. 
 
O destinatário é o órgão acusatório (MP ou vítima). 
 
 
INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO 
O inquérito policial pode ser instaurado, aberto de ofício pelo próprio delegado. De 
acordo com a própria atuação do delegado, ele pode descobrir indícios de materialidade 
de um crime e instaurar, por meio de uma portaria, o inquérito policial de ofício. 
 
Além disso, o inquérito também pode ser instaurado mediante pedido, ou esse pedido 
pode ser indeferido. 
 
 
CARACTERISTICAS DE INQUÉRITO POLICIAL 
1) OFICIOSIDADE: A autoridade policial (Delegado) deverá atuar de ofício; 
2) DISCRICIONARIEDADE: Diz respeito à condução da investigação e às diligências 
determinadas pelo Delegado de Polícia; 
 
3) ESCRITO: As peças do Inquérito Policial serão reduzidas a termo e juntadas no 
caderno investigatório; 
 
4) SIGILOSO: Com atenção ao acesso do advogado as peças já produzidas e 
documentadas, conforme SV. 14 do STF; 
 
5) AUTORITARIEDADE: Presidido pelo Delegado de Polícia que é Autoridade Pública; 
 
6) INDISPONIBILIDADE: A Autoridade Policial não poderá mandar arquivar os autos do 
Inquérito Policial; 
 
7) INQUISITIVO: Não há neste momento o contraditório; 
 
8) OFICIALIDADE: O inquérito policial é um procedimento oficial. Com relação aos 
prazos para o término do inquérito policial, este tem como regra geral o disposto no 
art. 10 do CPP, ou seja, 10 (dez) dias se o indiciado estiver preso e 30 (trinta) dias 
quando estiver solto. 
 
 
 
➢ ATENÇÃO: É preciso ter atenção com relação aos prazos para término do 
inquérito policial previstos na legislação extravagante. Como exemplo, a Lei n. 
11.343/2006 (lei de Drogas) prevê o prazo de 30 (trinta) dias para o indiciado 
preso e 90 (noventa) dias para o indiciado solto. 
 
 
NOTITIA CRIMINIS 
A notitia criminis pode ser de cognição imediata, cognição mediata e cognição coercitiva, 
de acordo com a classificação doutrinária. Notitia criminis é o conhecimento, espontâneo 
ou provocado, por parte da autoridade policial, acerca de um fato delituoso, sendo 
subdividida, de acordo com Renato Brasileiro, em: 
 
• Notitia criminis de cognição imediata (ou espontânea): 
ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso por 
meio de suas atividades rotineiras. É o que acontece, por exemplo, quando o 
delegado de polícia toma conhecimento da prática de um crime por meio da 
imprensa. 
 
➢ Atenção: Nesse caso, o delegado é obrigado a instaurar o inquérito. 
 
 
• Notitia criminis de cognição mediata (ou provocada): 
ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento da infração penal 
através de um expediente escrito. É o que acontece, por exemplo, nas hipóteses 
de requisição do Ministério Público, representação do ofendido, pedido de 
terceiros etc. 
 
➢ Atenção: Nesse caso, o delegado não é obrigado a instaurar o inquérito; o pedido 
pode ser indeferido e, nessa situação, é cabível recurso administrativo. 
 
 
• Notitia criminis de cognição coercitiva: 
ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso 
através da apresentação do indivíduo preso em flagrante. 
 
 
 
 
 
PROVA 
Produzida pelas partes (defesa e acusação), como regra, ou mesmo pelo juiz, de maneira 
complementar. Isso acontece, porque o sistema penal brasileiro é acusatório em que o 
juiz é uma figura equidistante das partes e recebe os elementos dados pela acusação e 
pela defesa. A partir deles, ele decide. 
 
Objeto da Prova: fatos que geram dúvidas ao Magistrado e precisam ser comprovados. 
Em outras palavras, tudo aquilo que é alegado pela parte deve ser comprovado. 
 
 
NÃO precisam ser provados: 
 
FATOS NOTÓRIOS: Situações conhecidas por parcela significativada população. 
 
FATOS EVIDENTES: Situações que podem ser facilmente demonstrados. 
 
FATOS INÚTEIS: Situações que não possuem relevância para a causa. 
 
FATOS LEGAIS: Fato presumido por lei. 
 
 
Obs.: Nos crimes contra a dignididade sexual, como o estupro, que geralmente é 
praticado em locais onde não há testemunhas, a jurisprudência entende, em regra, a 
palavra da vítima tem mais valor que o interrogatório (palavra do réu). No entanto, nesse 
tipo de crime, em regra, apenas a palavra da vítima não é suficiente pode gerar 
condenação do réu. 
 
 
PROVA EM ESPÉCIE 
 
 
PROVA ILEGAIS 
 
 
 
Exemplo Ilícitas Por Derivação: 
Uma pessoa é torturada e revela a localização de um documento importante para o 
processo. Mesmo sendo um documento essencial, ele é ilegal, pois foi obtido a partir de 
outra prova ilegal: confissão mediante tortura. 
 
 
CORPO DE DELITO E PERÍCIAS 
OBRIGATORIEDADE DO CORPO DE DELITO 
 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o corpo de delito, direto 
ou indireto, NÃO PODENDO supri-lo a confissão. 
 
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, 
a prova testemunhal PODERÁ SUPRIR-LHE a falta. 
 
 
Corpo de delito direto: perícia no próprio corpo de delito. 
Corpo de delito indireto: não existe mais o corpo de delito, mas existem testemunhas que viram 
a situação, imagens que a descrevem, boletim médico. 
 
 
PERITOS E EXAMES 
REGRA 
 
• Corpo de delito e perícias serão realizados por perito OFICIAL, com curso superior. 
 
• Exames complexos, que envolvam mais de uma área de conhecimento, pode-se usar 
mais de um perito oficial. 
 
• Na FALTA de perito oficial o exame é feito por 2 pessoas idôneas. 
 
• Devem ter curso superior PREFERENCIALMENTE na área relacionada com natureza 
do exame. 
 
• DEVEM prestar compromisso. 
 
Outros pontos relevantes: 
 
• MP, assistente de acusação, ofendido, querelante e o acusado PODEM formular 
dequesitos e indicar assistente técnico; 
 
• A admissão do assistente técnico é feita pelo juiz e se dará APÓS a conclusão dos 
exames e elaboração do laudo; 
 
• O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora; 
 
• Há prioridade na realização de corpo de delito? SIM, no caso de violência doméstica 
e familiar contra mulher e violência contra vulneráveis (criança, adolescente, idoso e 
pessoa com deficiência) Lei n. 13.721 de 2018. 
PRISÃO CAUTELAR 
É aquela decretada antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória com o 
objetivo de assegurar a eficácia das investigações ou do processo criminal. 
 
O art. 283 do Código de Processo Penal disciplina que ninguém pode ser preso senão em 
decorrência de flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade 
judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação 
criminal transitada em julgado. O mencionado dispositivo legal está em consonância ao 
art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal. 
 
Assim, é proibida a chamada “execução provisória da pena”. 
 
A doutrina majoritária aponta três espécies de prisão cautelar: 
• prisão em flagrante; 
• prisão preventiva; e 
• prisão temporária. 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE

Continue navegando