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1. ÁGUA 2 2. AMINOÁCIDOS 2 3. PEPTÍDEOS 3 4. PROTEÍNAS 3 5. PRINCIPAIS CLASSES DE BIOMOLÉCULAS 3 6. DNA 4 7. RNA 5 8. CÉLULAS PROCARIONTES 5 9. CÉLULAS EUCARIONTES 6 10. ESTRUTURA PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA, TERCIÁRIA E QUATERNÁRIA DAS PROTEÍNAS 6 11. PROTEÍNAS FIBROSAS E GLOBULARES 7 12. DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS 8 13. ENZIMAS 8 14. FATORES QUE AFETAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA 9 15. CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS 9 16. INIBIÇÃO COMPETITIVA 10 17. INIBIÇÃO NÃO COMPETITIVA 10 18. PRINCIPAIS ENZIMAS ENVOLVIDAS NA BIORREFINARIA 10 19. CARBOIDRATOS 11 20. FUNÇÕES DOS CARBOIDRATOS 11 21. MONOSSACARÍDEOS 11 22. OLIGOSSACARÍDEOS 11 23. POLISSACARÍDEOS 11 24. ESTEREOISÔMEROS, ENANTIÔMEROS, DIASTEREOISÔMEROS, EPÍMEROS E CARBONO ANOMÉRICO 12 25. TESTE DE TOLLENS 12 26. FORMAÇÃO DE HEMIACETAL OU HEMICETAL 12 27. ESTERIFICAÇÃO 13 1. ÁGUA A água é uma molécula polar por causa de sua geometria eletrostática, que causa uma distribuição desigual de cargas elétricas dentro da molécula. A molécula de água tem dois átomos de hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio. Como o oxigênio é mais eletronegativo do que o hidrogênio, ele atrai mais fortemente os elétrons compartilhados entre eles, resultando em uma carga parcial negativa no átomo de oxigênio e cargas parciais positivas nos átomos de hidrogênio. A distribuição desigual das cargas dentro da molécula faz com que a água seja polar, ou seja, ela tem um dipolo elétrico. 2. AMINOÁCIDOS Os aminoácidos são moléculas orgânicas que são compostas por um grupo amina (-NH2), um grupo carboxila (-COOH) uma cadeia lateral que confere sua característica única. Existem 20 aminoácidos comuns encontrados em organismos vivos, cada um com uma estrutura química e função específica. Os aminoácidos são importantes para a síntese de proteínas, que desempenham uma variedade de funções na célula, incluindo a regulação de processos metabólicos, a estruturação celular e a defesa contra patógenos. A sequência específica celular em uma proteína é determinada pela informação codificada no DNA e pode afetar a estrutura e a função da proteína. Os aminoácidos também desempenham um papel importante em outras vias metabólicas, como a síntese de neurotransmissores, a produção de energia e a regulação do equilíbrio ácido-base. Além disso, alguns aminoácidos são considerados essenciais porque não podem ser sintetizados pelo corpo humano e devem ser obtidos através da dieta. A estrutura dos aminoácidos permite que eles interajam com outras moléculas e formem ligações peptídicas para formar peptídeos e proteínas. A estrutura e a função das proteínas são altamente dependentes da sequência de aminoácidos que as compõem. 3. PEPTÍDEOS Os peptídeos são moléculas formadas a partir da união de dois ou mais aminoácidos através de ligações peptídicas. A formação de peptídeos ocorre durante a síntese proteica, na qual os aminoácidos são unidos em sequência para formar a cadeia polipeptídica que será dobrada e se tornará uma proteína funcional. A formação dos peptídeos ocorre através de uma reação de condensação entre o grupo carboxila (-COOH) de uma aminoácido e o grupo amina (-NH2) de outro aminoácido, resultando na formação de uma ligação peptídica (-CO-NH-). Essa reação libera uma molécula de água e forma uma molécula de dipeptídeo. O processo pode continuar com a adição de mais aminoácidos, formando polipeptídeos cada vez mais longos. Os peptídeos podem ter uma ampla gama de tamanhos e funções. Alguns peptídeos têm funções hormonais, como o hormônio antidiurético e a insulina, enquanto outros têm funções estruturais, como o colágeno e a elastina. 4. PROTEÍNAS As proteínas são moléculas essenciais para a vida e desempenham uma variedade de funções na célula e em sistemas biológicos complexos. Na célula, as proteínas são responsáveis pela estruturação e organização celular, permitindo a formação de organelas e citoesqueleto. Elas também desempenham um papel importante na regulação de processos metabólicos, como a catálise de reações químicas e o transporte de moléculas através das membranas celulares. Além disso, as proteínas estão envolvidas em processos de sinalização celular, incluindo a comunicação entre as células e a resposta a estímulos ambientais. Por exemplo, muitos hormônios e neurotransmissores são proteínas que sinalizam células específicas para realizar uma determinada função. 5. PRINCIPAIS CLASSES DE BIOMOLÉCULAS - Carboidratos: São compostos orgânicos feitos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Sua principal função é fornecer energia para as células. Um bom exemplo é a glicose. A unidade monossacarídica dos carboidratos é a glicose, que possui a fórmula química C6H12O6. - Lipídios: São moléculas insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos, como o álcool e o éter. As várias funções dos lipídios no corpo incluem o armazenamento de energia, a formação de membranas celulares e a proteção contra choques mecânicos. O colesterol é um exemplo. A unidade monomérica dos lipídios é chamada de ácido graxo, que é composta por uma longa cadeia de hidrocarbonetos e um grupo carboxila (-COOH) - Proteínas: São macromoléculas complexas feitas de aminoácidos. As funções das proteínas incluem a regulação do metabolismo, a proteção do organismo contra patógenos e prevenir a contração muscular. Um exemplo é a hemoglobina. O aminoácido é um componente monomérico das proteínas e é formado por um grupo carboxila (-COOH) e um grupo amina (-NH2) ligados a um átomo de carbono central. - Ácidos nucleicos: São moléculas que carregam a informação genética dos seres vivos. Os ácidos nucleicos são formados por nucleotídeos, que são compostos por uma base nitrogenada, um açúcar e um grupo fosfato. Os dois principais tipos de ácidos nucleicos são o DNA e o RNA. A adenosina é um tipo de nucleotídeo, por exemplo. 6. DNA A estrutura química do DNA é composta por uma dupla hélice de nucleotídeos, que contém uma base nitrogenada (adenina, timina, citosina ou guanina), um açúcar de cinco carbonos (desoxirribose) e um grupo fosfato. A principal função do DNA é armazenar e transmitir a informação genética de uma célula para sua descendência. O DNA é encontrado no núcleo das células e contém genes, que são sequências de nucleotídeos que codificam proteínas e outras moléculas essenciais para a função celular. Durante a replicação do DNA, as duas cadeias da dupla hélice são separada e cada cadeia serve como modelo para a síntese de uma nova cadeia de nucleotídeos. 7. RNA A estrutura do RNA é parecida com a do DNA, porém contém uma base nitrogenada uracila em vez de timina, e um açúcar ribose em vez de desoxirribose. O RNA desempenha várias funções importantes na expressão genética, incluindo a síntese de proteínas. O RNA é sintetizado a partir do DNA em um processo chamado transcrição, no qual uma molécula de RNA complementar é sintetizada a partir de uma cadeia de DNA. Existem vários tipos de de RNA, como: - RNA mensageiro (mRNA): Carrega a informação genética do DNA para o ribossomo onde é traduzido em uma sequência de aminoácidos na síntese de proteínas. - RNA transportador (tRNA): É responsável por transportar os aminoácidos para o ribossomo, onde são adicionados à cadeia polipeptídica em crescimento. - RNA ribossômico (rRNA): Faz parte da estrutura do ribossomo, que é responsável pela síntese de proteínas. 8. CÉLULAS PROCARIONTES As células procarióticas são células simples, sem núcleo definido e sem organelas membranosas internas. Seu material genético, que geralmente é uma única molécula de DNA circular, fica localizado em uma região chamada nucleóide. As células procarióticas são geralmente unicelulares e podem ser encontradas em bactérias e arqueias. Algumas das funções de seus constituintes são: - Nucleóide: onde se encontra o material genético da célula, que é responsável pelo controle das atividades celulares; - Ribossomos: são responsáveis pela síntese de proteínas; - Membrana plasmática: é a camada que envolve a célula e regula o fluxo de substâncias para dentro e para fora da célula;- Parede celular: dá suporte e proteção à célula; - Flagelos e cílios: permitem a movimentação da célula; - Plasmídeos: são moléculas circulares de DNA que podem conter informações genéticas adicionais, como resistência a antibióticos. 9. CÉLULAS EUCARIONTES As células eucariontes são células mais complexas, com um núcleo definido e organelas membranosas internas, como mitocôndrias, retículo endoplasmático, complexo de Golgi e lisossomos. As células eucariontes podem ser unicelulares ou multicelulares e são encontradas em organismos como animais, plantas e fungos. Algumas das principais funções dos constituintes das células eucariontes são: - Núcleo: contém o material genético (DNA) da célula e é responsável pelo controle das atividades celulares, como a síntese de proteínas; - Mitocôndrias: são responsáveis pela produção de energia da célula, por meio do processo de respiração celular; - Retículo endoplasmático: é responsável pela síntese de proteínas, lipídios e carboidratos; - Complexo de Golgi: é responsável pelo processamento e modificação de proteínas e lipídios; - Lisossomos: são responsáveis pela digestão de materiais celulares e organelas danificadas ou envelhecidas. 10.ESTRUTURA PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA, TERCIÁRIA E QUATERNÁRIA DAS PROTEÍNAS - Estrutura primária: é definida como a sequência linear de aminoácidos que compõem a cadeia polipeptídica. Essa sequência é determinada pela informação genética codificada no DNA. A ordem específica dos aminoácidos é essencial para a estrutura e função da proteína. - Estrutura secundária: refere-se ao arranjo espacial regular de segmentos locais de uma cadeia polipeptídica, formando estruturas como hélices alfa e folhas beta. Essas estruturas são mantidas por ligações de hidrogênio entre os grupos amino e carboxila dos aminoácidos adjacentes. - Estrutura terciária: É a conformação tridimensional completa da proteína. As interações entre diferentes partes da cadeia polipeptídica, como ligações covalentes, ligações de hidrogênio, interações hidrofóbicas e interações eletrostáticas são responsáveis pela formação da estrutura terciária. Essa estrutura é importante para determinar as propriedades funcionais da proteína. - Estrutura quaternária: É encontrada apenas em proteínas que possuemmais de uma cadeia polipeptídica, também conhecidas como proteínas oligoméricas. Essa estrutura é formada pela associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas independentes para formar uma proteína funcional. As interações entre as subunidades da proteína, como ligações covalentes, ligações de hidrogênio, interações hidrofóbicas e interações eletrostáticas, são responsáveis pela formação da estrutura quaternária. 11.PROTEÍNAS FIBROSAS E GLOBULARES As proteínas fibrosas são estreitas e longas, com uma forma alongada e uma estrutura rígida, sendo geralmente insolúveis em água e são mais comumente encontradas em tecidos de suporte ou estruturais, como unhas, cabelos e tendões. São geralmente constituídas por uma única cadeia polipeptídica e possuem uma estrutura secundária altamente organizada, como a hélice alfa, que permite a formação de fibras resistentes e estáveis. Alguns exemplos de proteínas fibrosas são, a queratina, que forma as unhas e os cabelos, o colágeno, que é o principal componente do tecido conjuntivo, e a fibrina, que forma os coágulos sanguíneos. Já as proteínas globulares são esféricas ou globulares em forma, e são solúveis em água devido às suas regiões hidrofílicas que se orientam para a superfície das proteínas. Elas são geralmente constituídas por uma ou mais cadeias polipeptídicas dobradas em uma estrutura compacta e altamente organizada, com regiões hidrofóbicas no interior da proteína. Essas proteínas normalmente tem funções específicas como, catalisar reações químicas ou transportar moléculas pelo corpo. Alguns exemplos de proteínas são, a hemoglobina, que transporta oxigênio no sangue, a insulina, que regula o metabolismo da glicose, e a enzima tripsina, que catalisa a quebra de proteínas. 12.DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS A desnaturação da proteína é um processo em que uma proteína perde sua estrutura tridimensional nativa, ou seja, sua conformação original, devido a fatores físicos, químicos ou biológicos. Isso pode resultar na perda da função biológica da proteína, bem como na sua incapacidade de realizar atividades essenciais no organismo. Os fatores que podem levar à desnaturação de proteínas incluem: - Temperatura: o aumento da temperatura pode romper as ligações de hidrogênio e outras ligações fracas que compõem a estrutura da proteína, levando à desnaturação. Por outro lado, a diminuição da temperatura pode fazer com que a proteína se torne rígida e não funcional. - pH: alterações no pH podem afetar a carga das moléculas de aminoácidos que formam a proteína, levando a mudanças na conformação e, eventualmente, desnaturação. - Forças iônicas: a presença de íons pode interferir nas ligações eletrostáticas que mantém a estrutura da proteína, levando à desnaturação. - Pressão: a exposição a altas pressões pode causar mudanças na estrutura das proteínas, levando à desnaturação. Outros fatores, como a exposição a solventes orgânicos, radiação e agentes oxidantes, também podem levar à desnaturação de proteínas. É importante ressaltar que nem todas as proteínas são igualmente sensíveis a todos esses fatores, e algumas podem ser mais estáveis do que outras. 13.ENZIMAS Enzimas são proteínas altamente especializadas que atuam como catalisadores biológicos. Elas são produzidas pelas células de organismos vivos e são responsáveis por acelerar as reações químicas que ocorrem dentro do corpo. As enzimas têm funções como, Catalisar reações químicas, Digestão, Produção de energia, Síntese de proteínas, Desintoxicação, Regulação hormonal e Proteção contra doenças. 10 exemplos comuns de enzimas, são: ● Amilase: enzima digestiva ajuda a quebrar carboidratos em açúcares simples; ● Lipase: enzima digestiva que ajuda a quebrar gorduras em ácidos graxos e glicerol; ● Protease: enzima digestiva que ajuda a quebrar proteínas em aminoácidos; ● Lactase: enzima digestiva que ajuda a quebrar a lactose em glicose e galactose; ● Pepsina: enzima digestiva presente no estômago, e que ajuda a quebrar as proteínas em peptídeos menores; ● Catalase: enzima antioxidante que ajuda a proteger as células contra os danos causados pelos radicais livres; ● DNA polimerase: enzima envolvida na replicação do DNA durante a divisão celular; ● RNA polimerase: enzima envolvida na síntese de RNA durante a transcrição genética; ● Tripsina: enzima digestiva produzida no pâncreas que ajuda a quebrar as proteínas em peptídeos menores; ● Quitinase: enzima presente em alguns fungos que ajuda a quebrar a quitina, um polissacarídeo que é encontrado no exoesqueleto de muitos animais, incluindo os insetos e os crustáceos. 14.FATORES QUE AFETAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Alguns dos fatores físicos que afetam a atividade enzimática, são: ● Temperatura: a atividade enzimática geralmente aumenta com o aumento da temperatura até um ponto ótimo, após o qual a atividade diminui rapidamente devido à desnaturação da enzima. ● pH: a atividade enzimática pode ser afetada pelo pH do meio. Cada enzima tem uma faixa de pH em que é mais ativa, e variações significativas no pH podem afetar a estrutura e função da enzima. ● Concentração do substrato: a velocidade de reação catalisada pela enzima aumenta com o aumento da concentração do substrato até que todas as enzimas estejam saturadas após o que a velocidade da reação se estabiliza. ● Concentração de enzima: a velocidade da reação catalisada pela enzima aumenta com o aumento da concentração da enzima até que todas as moléculas de substrato estejam ligadas a enzimas ativas, após o que a velocidade de reação se estabiliza. ● Pressão: a atividade enzimática pode ser afetada pela pressão, pois podem ser ativadas ou inativadas pela pressão extrema, como em ambientes submarinos, por exemplo. ● Inibidores: a atividade enzimáticapode ser inibida por substâncias que se ligam à enzima e interferem na sua função. 15.CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS As enzimas são classificadas oficialmente pela Comissão de Nomenclatura de Enzimas (EC), e a EC é dividida em seis categorias, sendo elas: ● Oxidorredutases (EC1): são enzimas que catalisam reações de oxidação e redução, transferindo elétrons de um substrato para outro. ● Transferases (EC2): essas enzimas catalisam a transferência de grupos funcionais, como grupos fosfato, metil, acetil ou glicosil, de um substrato para outro. ● Hidrolases (EC3): Essas enzimas catalisam reações de hidrólise, que envolvem a quebra de ligações químicas por meio da adição de água. ● Liases (EC4): são enzimas que catalisam reações de adição ou remoção de grupos funcionais para formar ligações duplas ou quebrar ligações duplas. ● Isomerases (EC5): as enzimas catalisam reações de isomerização, que envolvem a mudança na posição de um grupo funcional dentro de uma molécula. ● Ligases (EC6): essas enzimas catalisam reações de ligação, que envolvem a formação de ligações covalentes entre dois substratos, geralmente com a ajuda de ATP. 16.INIBIÇÃO COMPETITIVA A inibição competitiva ocorre quando um inibidor se liga reversivelmente ao sítio ativo da enzima, impedindo que o substrato se ligue e diminuindo a velocidade da reação. Nesse tipo de inibição, o inibidor tem uma estrutura semelhante ao substrato e compete com ele pelo sítio ativo da enzima. Para a inibição competitiva a equação de Lineweaver-Burk é modificada para incluir o efeito do inibidor: 1 𝑣 = 𝐾𝑚 𝑉𝑚𝑎𝑥 ∗ 1 [𝑆] + ( α 𝐾𝑚 ∗ 𝑉𝑚𝑎𝑥 ∗ 1 onde: [I] é a concentração do inibidor, Ki é a constante de inibição e é um fatorα que representa a intensidade da inibição competitiva. 17.INIBIÇÃO NÃO COMPETITIVA Na inibição não competitiva, o inibidor se liga a um sítio diferente do sítio ativo da enzima, alterando a conformação da enzima e reduzindo sua atividade catalítica. Nesse tipo de inibição, a adição de mais substrato não consegue superar o efeito do inibidor, já que a atividade enzimática é afetada por uma mudança conformacional da enzima causada pela ligação do inibidor. Para a inibição não competitiva, a equação de Lineweaver-Burk é modificada para incluir o efeito do inibidor sobre a velocidade máxima da reação (Vmax): 1 𝑣 = (𝐾𝑚 ∗ 1 +[𝐼] 𝐾𝑖 𝑉𝑚𝑎𝑥 ∗ [𝑆] ) + [𝐼] 𝑉𝑚𝑎𝑥 onde: Ki é a constante de inibição e representa a afinidade do inibidor pela enzima. A adição do inibidor aumenta a constante de inibição aparente, reduzindo a velocidade máxima da reação (Vmax). 18.PRINCIPAIS ENZIMAS ENVOLVIDAS NA BIORREFINARIA Algumas das principais enzimas utilizadas na biorrefinaria são: 1. Celulases: enzimas que degradam a celulose presente em materiais lignocelulósicos, como madeira, palha e bagaço de cana-de-açúcar, em açúcares fermentáveis, como a glicose e a xilose, que podem ser utilizados como matéria-prima para a produção de biocombustíveis e produtos químicos. 2. Lipases: enzimas que catalizam a hidrólise de ésteres de ácidos graxos em ácidos graxos livres e glicerol. São utilizadas na produção de biodiesel, onde as lipases substituem os processos químicos de hidrólise de óleos vegetais ou gorduras animais. 3. Amilases: enzimas que degradam o amido em açúcares fermentáveis, como a glicose e a maltose, que podem ser utilizados como matéria-prima para a produção de biocombustíveis e produtos químicos. 4. Proteases: enzimas que catalisam a hidrólise de ligações peptídicas em proteínas, resultando em aminoácidos livres. São utilizadas na produção de rações para animais, suplementos nutricionais e na clarificação de vinhos e cervejas. As aplicações industriais de enzimas são diversas e incluem, além da biorrefinaria, a indústria alimentícia, farmacêutica, têxtil, de papel e celulose, entre outras. 19. CARBOIDRATOS São uma das principais classes de nutrientes encontrados na dieta humana. Os carboidratos são formados por moléculas de carbono, hidrogênio e oxigênio. Pertencem a três categorias: Monossacarídeos, Oligossacarídeos e Polissacarídeos. 20. FUNÇÕES DOS CARBOIDRATOS As funções dos carboidratos variam e podem ser: - Estrutural: celulose e quitina (compõe a parede celular de seres vivos); - Principal fonte de energia da célula; - Energético: amido e glicogênio liberam ATP; - Podem ser chamados de: Glicídios, Hidratos de carbono ou açúcares. 21. MONOSSACARÍDEOS Os carboidratos monossacarídeos são os açúcares mais simples e fundamentais dos carboidratos. São compostos por uma única molécula de açúcar e são classificados de acordo com o número de átomos de carbono em sua estrutura. Os monossacarídeos mais comuns são a glicose, a frutose e a galactose. 22. OLIGOSSACARÍDEOS Os carboidratos oligossacarídeos são compostos de 2 a 10 moléculas de monossacarídeos. Eles são geralmente considerados carboidratos complexos e podem ser encontrados em muitos alimentos, incluindo frutas, legumes, grãos e laticínios. São importantes como prebióticos, o que significa que eles são usados como alimentos para bactérias benéficas no intestino, ajudando a promover uma flora intestinal saudável. 23. POLISSACARÍDEOS São macromoléculas compostas pela união de mais de 20 monossacarídeos. São comuns em alimentos como grãos, tubérculos, legumes e verduras. Diferente dos carboidratos simples, como a glicose e a frutose, os polissacarídeos são digeridos mais lentamente pelo organismo, e portanto liberam a energia de forma mais gradual. Um exemplo é o amido, que pode ser encontrado em alimentos como o arroz, pão e batatas, e a celulose, um importante componente da parede celular das plantas e que é usado para fabricação de papel e outros produtos. 24. ESTEREOISÔMEROS, ENANTIÔMEROS, DIASTEREOISÔMEROS, EPÍMEROS E CARBONO ANOMÉRICO - Estereoisômeros: moléculas que têm a mesma fórmula molecular e a mesma conectividade dos átomos, mas diferem na disposição espacial dos átomos no espaço. Eles são divididos em dois grupos principais: enantiômeros e diastereoisômeros. - Enantiômeros: pares de estereoisômeros que são imagens espelhadas um do outro e não podem ser sobrepostos. Eles têm a mesma fórmula molecular, conectividade e grupos funcionais, mas diferem na orientação espacial em torno de um átomo de carbono assimétrico, também conhecido como carbono quiral. Enantiômeros têm propriedades físicas e químicas idênticas, exceto que eles podem ter efeitos opostos sobre a luz polarizada. - Diastereoisômeros: têm diferentes propriedades físicas e químicas, incluindo ponto de fusão, ponto de ebulição e solubilidade em água. Eles se diferem na orientação espacial de pelo menos um par de átomos em torno de um átomo de carbono quiral. - Epímeros: são diastereoisômeros que diferem na configuração espacial de apenas um carbono assimétrico. - Carbono anomérico: é o carbono que está ligado a dois grupos diferentes em um açúcar cíclico. Ele é chamado de anomérico porque sua configuração é diferente da esperada por um carbono assimétrico em uma molécula não-cíclica. A configuração do carbono anomérico é importante na determinação da atividade biológica e das propriedades físicas dos açúcares. 25. TESTE DE TOLLENS Teste de Tollens é um teste químico usado para identificar a presença de açúcares redutores, como a glicose. Nesta reação, uma solução de nitrato de prata é adicionada a uma solução contendo o açúcar a ser testado, e a mistura é aquecida. Se o açúcar for redutor, ele reduzirá o íon Ag+ a Ag0, que se depositará como um espelho de prata na superfície do recipiente. Isso indica a presença de açúcares redutores. 26. FORMAÇÃO DE HEMIACETAL OU HEMICETAL A formação de hemiacetal ou hemicetal é uma reação química que ocorre entre um álcool e um aldeído ou cetona. Em monossacarídeos, a reação ocorre entre o grupo aldeído ou cetona e um grupo hidroxila em outra posição no mesmo açúcar. Essa reação leva à formação de um anel de cinco ou seis membros, conhecido como hemiacetal ou hemicetal. Esses anéis são fundamentais para a formação deaçúcares mais complexos, como os dissacarídeos e polissacarídeos. 27. ESTERIFICAÇÃO Esterificação é uma reação química entre um álcool e um ácido carboxílico, que resulta na formação de um éster. Nos monossacarídeos, a esterificação pode ocorrer entre um ácido carboxílico presente no açúcar e um álcool, formando um éster de açúcar. Essa reação é importante para a formação de lipídios e outros compostos biológicos complexos.
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