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Classificação das Obrigações

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Classificação das Obrigações
● Quanto à natureza da prestação:
↳ Nosso ordenamento jurídico divide em três modalidades quanto ao objeto da
prestação.
a) obrigação de dar (coisa certa ou incerta): entrega ou restituição.
b) obrigação de fazer: prestação de um fato do credor.
c) obrigação de não fazer: devedor deve deixar de realizar determinada
atividade.
↳ Em alguns países essa divisão não é mais adotada, visto que muitas vezes
elas se misturam.
● Quanto à pluralidade de elementos:
↳ Quanto aos seus elementos, podem ser:
➔ simples: um devedor, um credor e um objeto.
➔ compostas: pluralidade de objetos ou sujeitos.
1) Pluralidade de objetos/prestações:
a) simples: uma única prestação.
b) cumulativas ou conjuntivas “E”: os objetos estão cumulados,
dessa forma a obrigação só é cumprida com a prestação de
todos eles.
c) alternativas ou disjuntivas “‘OU”: objetos não são somados,
existindo duas ou mais opções e, portanto, a necessidade de
escolha.
⇘ existe maior facilidade na hora de cumprir a obrigação, já que
ela é realizada diante da prestação de apenas um dos objetos.
⇘ NÃO SE PODE CONFUNDIR A OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA COM
A OBRIGAÇÃO FACULTATIVA.
➔ características da obrigação facultativa:
↳ é uma obrigação simples, já que se houver a
impossibilidade de cumprir a obrigação principal, ela
deixa de existir.
↳ existe apenas uma obrigação, mas é facultado ao
devedor exonerar-se dessa fazendo outra
predeterminada.
⇘ a obrigação é extinta quando a primeira prestação se
faz impossível.
↳ devedor escolhe entre uma e outra obrigação para sua
solução:
● obrigação vista pelo credor: pode exigir apenas o
objeto da prestação obrigatória - simples.
● obrigação vista pelo devedor: obrigação
alternativa sui generis, pois pode prestar o objeto
principal ou o facultativo.
2) Pluralidade de sujeitos:
↳ A pluralidade pode ocorrer no polo ativo, passivo ou em ambos.
↳ A obrigação será simples se cada um dos polos for ocupado por uma
única pessoa.
↳ Existindo a pluralidade de sujeitos, será verificado se o objeto pode ou
não ser dividido
a) divisíveis: objeto pode ser dividido.
b) indivisíveis: objeto não pode ser dividido.
⇘ podem ou não ser solidárias.
c) solidárias: sempre será indivisível, mesmo que o objeto da
prestação seja divisível.
⇘ solidariedade se realiza entre os sujeitos da relação jurídica
por vontade deles ou por determinação da lei.
● Quanto à eficácia:
a) pura: não se subordina a fatores eficaciais (condição, termo e encargo).
b) condicional: subordina-se a um evento futuro e incerto; trata-se de
condição suspensiva e resolutiva.
⇘ condição é a determinação acessória, que faz a eficácia da vontade
declarada dependente de algum acontecimento futuro e incerto”.
c) a termo: subordina-se a um evento futuro e certo, podendo ser inicial ou
final.
d) modal: é o modo ou encargo, que impõe algum comportamento do
sujeito que é parte e uma obrigação benéfica.
⇘ geralmente é identificada pelas expressões “para que”, “com a
obrigação de”, “com o encargo de”.
● Quanto à exigibilidade:
a) obrigação civil: reveste-se no vínculo jurídico, ou seja, confere ao credor
a possibilidade de buscar o adimplemento de maneira coercitiva.
⇘ decorre do Direito Civil.
b) obrigação natural ou moral: não dispões de meios jurídicos para a
exigência do adimplemento, mas caso o devedor cumpra a obrigação
não poderá reclamar a devolução do pagamento.
⇘ decorre do Direito Natural.
⇘ trata-se de um dever jurídico de prestação cujo cumprimento não
pode ser exigido judicialmente e o descumprimento não constitui
pressuposto de uma execução civil.
⇘ Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento;
mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou,
salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito.
⇘ Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida
prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível.
➔ obrigação em relação ao vínculo: civil ou perfeita, moral e natural ou
imperfeita:
↳ Essa classificação deve ser considerada a partir da distinção entre
prestação e responsabilidade civil.
a) obrigações naturais e morais: pode ser classificadas como
imperfeitas ou incompletas, pois são destituídas de
coercibilidade.
⇘ não é possível constranger o patrimônio do devedor, mesmo
que o ordenamento jurídico admita que ele pague: existe o
débito sem a responsabilidade
⇘ dessa forma, não são exigíveis por serem desprovidas de
responsabilidade; porém, se forem cumpridas espontaneamente,
o pagamento é considerado válido e eficaz, ficando vedada a
devolução.
b) obrigações civis: podem ser classificadas como perfeitas e
completas, pois prescrevem a conduta e vinculam
patrimonialmente o devedor que deixar de cumprir.
⇘ existe o débito e a responsabilidade.
➔ obrigação X responsabilidade:
a) obrigação (schuld): dever de satisfação da prestação em
benefício ao credor.
b) responsabilidade (haftung): surge no caso de inadimplemento da
prestação.
● Obrigação concernente ao tempo de execução:
a) obrigações de execução instantânea ou momentânea: se consumam em
um só ato, cumprem-se imediatamente após a sua constituição.
⇘ compra e venda à vista.
b) obrigações de execução diferida: são cumpridas em um único ato,
porém em um momento futuro.
c) obrigações de execução continuada: são cumpridas por meio de atos
reiterados.
⇘ também são chamadas de periódicas ou de trato sucessivo
⇘ prestação de serviços.
⇘ Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a
prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com
extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do
contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da
citação.
↳ esse artigo permite que o devedor, uma vez que os requisitos previstos
sejam preenchidos, pedir a resolução do acordo nas categorias de
contratos de execução continuada ou diferida.
↳ essa opção seria inviável em obrigações instantâneas.
● Quanto a uma obrigação em relação a outra:
↳ Podem ser principais e acessórias.
⇘ a obrigação acessória só existe por causa da principal, não subsiste
sozinha.
● Outros tipos de obrigação:
a) obrigação com cláusula penal: é a multa, a pena; tem caráter acessório,
sempre acompanhando um contrato principal.
⇘ quando a parte não cumpre a sua obrigação assumida, deve pagar
à inocente a multa correspondente a uma soma em dinheiro.
b) obrigação de meio: devedor obriga-se a fornecer os meios necessários
para a realização de um fim, sem responsabilizar-se por ele.
⇘ devedor se obriga a empreender a sua atividade, sem garantir o
resultado esperado.
⇘ atuação do médico e do advogado, já que esses profissionais
devem atuar segundo regras técnicas e científicas, específicas, que
estão disponíveis no momento, sem poder garantir o resultado de sua
atuação (cura do paciente, êxito no processo).
c) obrigações de resultado: o devedor, além de se obrigar a empreender a
sua atividade, obriga-se, principalmente, a produzir o resultado
esperado pelo credor.
⇘ obrigação decorrida de um contrato de transporte, em que o
devedor se obriga a levar o passageiro, com segurança, até o seu
destino
● Obrigações híbridas:
↳ São obrigações que se situam entre o Direito Pessoal (obrigacional) e o
Direito Real, já que são um misto de obrigações e direitos reais.
↳ As figuras híbridas são ambulatórias, transmitindo-se automaticamente para
o novo titular da coisa que se relacionam.
a) obrigação propter rem (por causa da coisa): recai sobre uma pessoa
por força de um direito real, existindo em razão da situação jurídica do
obrigado, de titular do domínio ou de detentor de determinada coisa.
⇘ não decorre de acordo de vontade entre as parte, por isso exige
amparo legal.
⇘ obrigação adquirida por meio da aquisição de uma coisa - a
aquisição é feita por escolha da pessoa, a obrigação não.
⇘ além disso, se transmite a qualquer pessoa que titularizar esse
direito real.
➔ características:
● tem origem no direito real;● transmissão automática;
● adquirente do direito não pode se recusar a assumir a
responsabilidade;
● acessória do direito real.
↳ PROVEM DA EXISTÊNCIA DE UM DIREITO REAL, IMPONDO-SE AO SEU
TITULAR.
↳ Não dependem de registo e aderem à coisa por força de lei,
tornando-se exigível de que venha a adquirir direito sobre a coisa, ao
mesmo tempo que conserva a sua característica obrigacional, já que
não se esgota na própria coisa.
↳ É uma obrigação que pode se satisfazer com qualquer bem do
devedor e não especificamente com aquele bem que gera a despesa.
⇘ se há uma dívida de condomínio, não precisa ser quitada com a
penhora do imóvel, pode ser penhorada quantia em dinheiro.
↳ O Código Civil não disciplina de forma isolada esse tipo de obrigação,
por isso ela aparece em vários dispositivos e em diversas situações:
● obrigação imposta ao condômino de concorrer para as
despesas de conservação da coisa comum.
⇘ Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua
parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão
da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
● na do condômino, no condomínio de edificações, de não alterar
a fachada do prédio.
⇘ Art. 1.336. São deveres do condômino:
III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e
esquadrias externas;
● na obrigação que tem o dono da coisa perdas de recompensar e
indenizar o descobridor.
⇘ Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do
artigo antecedente, terá direito a uma recompensa não inferior a
cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas despesas
que houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o
dono não preferir abandoná-la.
● na dos donos de imóveis confinantes, de concorrerem para as
despesas de construção e conservação de tapumes divisórios.
⇘ Art. 1.297.
§ 1 Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais
como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou
banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a
ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de
conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em
partes iguais, para as despesas de sua construção e
conservação.
● na obrigação de dar caução pelo dano iminente quando o
vizinho estiver ameaçado de ruína.
⇘ Art. 1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do
dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste,
quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo
dano iminente.
● na obrigação de indenizar benfeitorias.
⇘ Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das
benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o
puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
b) ônus reais: limitam-se ao valor da coisa, ou seja, não é possível onerar
um bem acima de seu principal.
⇘ limitam o direito de propriedade em seu uso e gozo, constituindo
gravames ou direitos oponíveis erga omnes.
⇘ no direito brasileiro, podem ser classificados como direitos reais
quando o ônus for expressamente imposto de forma taxativa na lei.
c) obrigações com eficácia real: trata-se de uma obrigação pura e simples,
que foi anotada em registro público, gerando eficácia erga omnes.
⇘ é uma obrigação pessoal, assumida inicialmente entre as partes e
que excepcionalmente, por força do registro daquele contrato, recebe
autorização do ordenamento para produzir determinados efeitos em
relação a terceiros.
↳ Como exemplo, pode-se mencionar a obrigação do art. 576, pelo qual a
locação pode ser oposta ao adquirente da coisa locada, se contar
registro.
⇘ Art. 576. Se a coisa for alienada durante a locação, o adquirente não
ficará obrigado a respeitar o contrato, se nele não for consignada a
cláusula da sua vigência no caso de alienação, e não constar de
registro.

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