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Gabriella Comerlatto – T3 Palpitações • Percepção incômoda dos batimentos cardíacos • Descritas como: aceleração do coração, paradas no batimento, falhas, arrancos, sensação de batimentos mais fortes • Decorrentes transtornos de ritmo, frequência ou percepção Causas • Emoções fortes (ansiedade, medo, dor) • Anemia • Crise hipertensiva • Hipo/hipertensão arterial • Febre • Desidratação: principalmente em idosos (perde a habilidade de sentir sede) • Condicionamento físico inadequado: sedentarismo, em que qualquer esforço a mais o paciente acha que tem algo errado com o coração (muito comum) • Distúrbios metabólicos/ endocrinológicos: hipertireoidismo, distúrbio de sódio, potássio, magnésio (distúrbios hidroeletrolíticos) • Arritmias: principal causa de palpitação, desde as mais benignas até as de maior mortalidade * Fazer história clínica, não ignorar a palpitação. Deve-se realizar exames de rotina e ECG! Arritmias • Extrassístoles atriais e ventriculares • Bradicardias (Fc menor 50 bpm) • Taquicardias (Fc maior 100 bpm)Palpitações e Síncope Arritmias supraventriculares • Arritmia supraventricular paroxística, taquicardias atrioventriculares nodal e reentrada • Flutter e fibrilação atrial • Arritmias ventriculares Anamnese • Tempo de início: como é o início e término dos sintomas (preocupa se é brusco) • Recorrência: quantas vezes já aconteceu, como foi? • Duração: quanto dura, como começa e como termina • Sintomas associados: dor torácica, síncope, febre, se tem outra comorbidade endocrinológica, disfunção renal • Fatores de melhora e piora: o que desencadeou? O que fez para melhorar/ piorar? • O que sentiu depois que passou? Dispneia, cansaço, síncope, dor no peito? Sinais de Alerta • Início e término súbitos • Dor torácica • Dispneia • Fc superior a 120 bpm ou inferior a 45 bpm • Histórico familiar/ pessoal doença cardíaca ou morte súbita • Início ao exercício físico • Associada a síncope Taquicardia por reentrada nodal Manifestações clínicas • Palpitações, ansiedade, dor precordial, sensação de aperto no pescoço ou no tórax, fadiga e dispneia • No exame físico, pode-se evidenciar o “sinal de frog” pela estase venosa jugular proeminente devido a contração atrial contra a valva tricúspide fechada • Geralmente os episódios são repentinos em seu começo e término (paroxísticos) e podem ser desencadeados por cafeína ou consumo de álcool Cardiopatia congênita • Atenção com HF familiar de morte súbita jovem • Início e término repentinos • Piora ao exercício físico e sem síncope, dispneia ou dor torácica Beta-bloqueadores • Devem ser usados com cuidado em idosos, pois influenciam muito no sistema de condução Hipotireoide • Pode ter bradicardia devido ao tratamento inadequado Fibrilação Atrial Aguda • Pode ser assintomática • Palpitações • Ritmo cardíaco irregular • Variação na intensidade da primeira bulha • Déficit de pulso ocorre em FA com resposta ventricular elevada • Em paciente com cardiopatia subjacente, esta pode precipitar outros sintomas (p. ex., cardiopatia isquêmica pode acarretar angina; estenose mitral: edema agudo de pulmão; cardiomiopatia dilatada: insuficiência cardíaca) Doença do nó Sinusal • Pode ser assintomática • Sintomas maiores: síncope, pré-síncope e tonturas • Sintomas menores: intolerância aos esforços, dispneia, fadiga e palpitações (síndrome bradi-taqui) Síncope Definição: perda súbita e transitória de consciência secundária a hipoperfusão cerebral difusa, com perda do tônus postural, seguida de recuperação sem adoção de medidas de reanimação • Início súbito, curta duração, recuperação espontânea • Gravidade depende da etiologia Causas Neuromediadas: • Vasovagal (estímulo excessivo do sistema autonômico), seio carotídeo, situacional • Geralmente tem sintomas de aviso • Comum em jovens • Pode ser precipitada por medo, estresse emocional, ambiente quente, lugar fechado, dor ou visão de sangue • Hipersensibilidade do seio carotídeo: é bem situacional, se pressionar o seio carotídeo em alguma atividade • É geralmente precedida por mal-estar, náuseas, sudorese, visão embaçada, desconforto epigástrico e palidez • O paciente não se movimenta e a musculatura fica relaxada. O controle esfincteriano é mantido e as pupilas se dilatam • São benignas, a síncope não tem repercussão Hipotensão ortostática • Redução dos valores da pressão arterial ou da frequência cardíaca, quando o paciente passa da posição deitada para a de pé, hipotensão postural • Parkinson, neuropatias (DM), pós exercício, pós prandial, depleção de volume Exame clínico: paciente deitado, avalia pressão, pede pra ficar em pé, espera 5 min e mede de novo e pressão abaixa • Idosos podem ter repercussão depois de uma alimentação copiosa de até 20 mmHg • Pode ocorrer em pessoas saudáveis que permanecem de pé durante muito tempo, em uma posição fixa ou que se levantam rapidamente após longa permanência em decúbito horizontal. • Cerca de metade dos casos de hipotensão postural em idosos estão associados ao uso de medicamentos anti-hipertensivos Arritmias cardíacas: Mais Graves • Diminuição da pré-carga (hipovolemia, manobra de Valsalva), por obstrução do fluxo sanguíneo (estenose aórtica, hipertensão pulmonar, cardiomiopatia hipertrófica e tetralogia de Fallot) e por diminuição do inotropismo (cardiomiopatia, isquemia miocárdica podem levar à síncope) • Uma pista importante da história é a relação da síncope com exercícios físicos • A síncope cardíaca arritmogênica tem início súbito, precedida por palpitações • As arritmias incluem bradiarritmias, taquiarritmias e funcionamento inadequado de marca-passo • Realizar exame físico criterioso (sopro, pulsos) Doença estrutural cardíaca/pulmonar: • Valvulopatias, isquemia cardíaca, miocardiopatia hipertrófica, dissecção aorta, tamponamento cardíaco, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar Cerebrovasculares - rara Anamnese • Posição, ambiente, fator precipitante (ortostase, ambiente quente, estresse emocional, após micção, defecação, tosse, deglutição) • Pródromos x súbita: (síncope sem aviso prévio é mais grave) → teve tontura, escureceu a visão antes? • Duração: (primeira vez ou recorrente) • Sintomas associados: (palpitação piora gravidade) • Traumas associados • Sintomas residuais: (se teve dor torácica, mais dispneico, palpitações depois de acordar) • Informar sobre a duração da perda de consciência, confusão após o evento, ferimentos na boca e incontinência esfincteriana • Identificar os medicamentos em uso, principalmente fármacos de ação cardiovascular • Informações dadas por testemunhas podem ser úteis Características - Resumo Neuromediada: dependente ambiente/situação, pródromos, situacional ( rodar a cabeça, gola apertada, barbear), após exercício, após micção, pós alimentação, longo tempo de evolução Hipotensão ortostática: ao levantar-se, após início de medicações com ação hipotensora, longo tempo em supina, presença de neuropatia autonômica/Parkinson, após exercício Cardíaca: histórico de doença estrutural cardíaca, durante exercício, precedida de palpitações ou dor torácica, HF de morte súbita, súbita e sem pródromos Síncope do seio carotídeo: Caracteriza-se por queda da pressão arterial e acentuada bradicardia após massagem do seio carotídeo • Mais frequente em idosos Ex: pós se barbear Diagnóstico diferencial: Convulsões Crise epiléptica: o início é mais súbito e, se houver aura, ela raramente irá durar mais que alguns segundos antes da perda de consciência • A instalação da síncope é mais gradual e as manifestações prodrômicas são mais evidentes • A descrição de movimentos tônico-clônicos, incontinência esfincteriana e mordedura de língua favorece o diagnóstico de crise convulsiva • O retorno da consciência é lento no ataque epiléptico e rápido na síncope • Confusão, cefaleia e sonolência são frequentes na fase pós-convulsão • Ataque de queda (drop attack): queda abrupta, sem aviso, sem perda da consciência e sem estado pós-ictal • Não situacional • Sintomas premonitórios - aura- olfatória, gustatória ou visual • Cianose, salivação,duração prolongada (mais 5 min), desvio horizontal olhar, movimento tônico- clônico, liberação esfíncteres mais frequente • Sintomas residuais frequentes – pós ictal - desorientação, sonolência • Dor muscular fadiga, cefaleia Síncope com estenose aórtica • É sempre critério de gravidade • Importante risco de morte súbita • Se a síncope ocorrer em repouso encaminhar para emergência • Se a síncope ocorrer aos esforços, deve realizar um ecocardiograma e trocar a valva Hipotensão Postural /Neuromediada • Pode ocorrer depois de urinar/ defecar • Desidratação · 2023.01
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