Buscar

DOC-20190430-WA0241

Prévia do material em texto

Resenha Capitulo 1 – Livro Responsabilidade Social Empresarial. 
No primeiro capítulo do livro, o autor faz uma síntese histórica da responsabilidade 
social da empresa. Temas como esse começaram a surgir no inicio da Era moderna, 
quando as empresas começaram a surgiu. Mas o grande destaque que esses temas 
merecem só começou a ser dado em meados de 1970, quando grandes empresários 
como Henry Ford e Andrew Carnegie escreveram livros sobre o tema. 
Após a síntese histórica, o autor inicia a discussão sobre as teorias, que são: 
1. Teoria do Acionista: Essa teoria ganhou grande destaque quando o economista 
Milton Friedman, em 1962, publicou um artigo no New York Times, defendendo que a 
responsabilidade social da empresa é gerar lucros dentro da lei, ou seja, desde que a 
empresa esteja seguindo o que está na lei, remunerando corretamente os funcionários 
e pagando corretamente os impostos, ela está cumprindo o seu papel social. 
 
Esse entendimento passou a ser conhecido como “abordagem dos acionistas 
(stockholder)” pois só era aplicada nas chamadas Corporations, empresas nas quais as 
pessoas dos sócios e dos administradores são diferentes, e o patrimônio deles com o da 
empresa não se confundem. Dessa forma, se algum dirigente ou acionista tivesse 
interesse em praticar doações ou qualquer outro tipo de ação filantrópica, deveria fazê-
lo com seu próprio dinheiro. 
Outro autor muito conhecido por defender essa teoria é Adam Smith, que em sua obra 
“a Riqueza das nações” defende a mão invisível do mercado. Segundo essa teoria, a 
riqueza das nações não pode ser derivada da intervenção do Estado, e sim algo natural 
o bem-estar coletivo não é algo que deve ser imposto pelo Estado através de leis, e sim 
algo natural que deriva da divisão do trabalho. Críticas à teoria do acionista: 
O autor apresenta algumas críticas para essa teoria diz que, mesmo quando a empresa 
age dentro da lei, ela pode não estar defendendo os interesses da sociedade. Explica-se: 
Uma das principais diferenças entre Direito e Moral está no fato de que a moral é muito 
mais abrangente do que o Direito, e por diversas vez, a lei é contrária à moral. O autor 
dá o seguinte exemplo: 
Uma empresa lança um poluente tóxico na 
atmosfera em quantidades próximas ao limite 
máximo permitido pela legislação, que se mantem 
inalterada desde a lei foi promulgada há mais de 
uma década. Nesse período, muitos estudos 
científicos conduzidos por diferentes instituições de 
renome internacional mostram que os humanos 
expostos ao poluente, em quantidades inferiores a 
esse limite, passam a ter problemas de saúde graves 
e irreversíveis. (...) A empresa está agindo conforme 
a lei, mesmo que suas emissões causem danos à 
saúde das pessoas. 
 
2. Teoria das Partes Interessadas: 
Essa teoria tem como principais defensores os economistas Berle e Means, que diziam 
que as empresas modernas atingem milhões de pessoas e o poder econômico acaba 
sendo controlado por porcos. Dessa maneira, sustentar que a empresa gera interesses 
apenas em seus dirigentes e sócios não é mais algo viável. 
A teoria divide as partes interessadas grupos primários, que são aqueles interessados 
cujos os quais as empresas são diretamente interligadas e sem eles não sobreviveriam 
e grupos secundários, que são aqueles que são interesses da empresa ou são 
interessados por ela, mas as empresas não dependem deles para sobreviver. 
2.1 Críticas à teoria das partes interessadas: 
Uma crítica muito comum à essa teoria esta relacionada à sua dificuldade de 
implementação. A dificuldade esta em identificar os stakeholders e qual seria o seu grau 
relevância para a organização e a consequente falta de identificação de quais são os 
objetivos a serem seguidos pelas empresas. 
3. Teoria do Contrato Social: 
A ideia central dessa teoria apoia-se no fato de que os seres humanos, atuando 
racionalmente, concordam com os termos de um contrato específico, conferindo-lhe 
autoridade normativa. A concordância deriva do fato de que os termos acordados são 
benéficos para todos desde que sejam cumpridos por todos. Logo, uma questão crucial 
desse contrato é saber se os outros irão cumprir o trato. Daí a importância de haver um 
mecanismo que garante o cumprimento do acordo, sendo esse um dos aspectos 
problemáticos da teoria. 
As principais críticas a essa teoria sem baseiam no consentimento. O acordo feito entre 
as partes ó seria valido se o consentimento também fosse, ou seja, o consentimento 
deve ser obtido com liberdade e de modo informado, o que dificulta muito discernir um 
consentimento genuíno do não genuíno. 
4. Conclusão: 
Conclui-se, portanto, que há uma tendência em enxergar as várias teorias existentes 
sobre a responsabilidade social da empresa como rivais e supor que seja necessário 
adotar somente uma teoria. Mas na verdade, as três teorias se complementam e servem 
de base para a prática da responsabilidade social das empresas, bem como para a 
proposição de modelos gerais de gestão social empresarial. 
 
 
Resenha Capitulo 2 – Livro Responsabilidade Social Empresarial. 
1. As quatros dimensões da responsabilidade social empresarial: 
Carrol escreveu e publicou um artigo, no ano de 1979, no qual elaborou um modelo 
conceitual que é, até hoje, utilizado como base para diversos programas e modelos de 
gestão empresarial. Segundo ele “a responsabilidade social das empresas compreende 
as expectativas econômicas, legais, éticas e discricionárias que a sociedade tem em 
relação às organizações em dado período”. Carrrol dividiu as quatro dimensões como se 
fossem uma pirâmide, conforme figura abaixo: 
 
Na figura observamos os diferentes tipos de responsabilidades e como elas devem ser 
efetuadas A primeira responsabilidade social da empresa é de ser lucrativa, a segunda 
responsabilidade social da empresa são as responsabilidades legais, a terceira 
responsabilidade social da empresa é a responsabilidade ética. A quarta 
responsabilidade da empresa é a discricionária. Essas são as responsabilidades que as 
empresas escolhem voluntariamente. Após um tempo, Carroll decidiu trocar palavra 
discricionária por filantrópica, pois essas ações seriam uma ”devolução” feita á 
sociedade. 
2. Modelo dos três domínios da responsabilidade social. 
 
O modelo dos três domínios da Responsabilidade Social Corporativa proposto por 
Schwartz e Carroll é formado por três áreas de responsabilidade: econômica, legal e 
ética, e aqui responsabilidade discricionária é incorporada pelos domínios éticos e /ou 
econômicos, pois os autores assumiram que, por diversas vezes, as atividades éticas e 
filantrópica de confundem. 
 
Nesse novo modelo a sobreposição ideal reside no centro do modelo, onde todas as 
dimensões são preenchidas de maneira simultânea, pois no sistema de pirâmides não é 
capaz de reproduzir integralmente as interações entre as quatro responsabilidade. 
 
3.Conclusão. 
Esse capitulo discorreu sobre os modelos de gestão da responsabilidade social 
empresarial. Discute o modelo de quatro dimensões de Archie B. Carroll, onde a 
responsabilidade empresarial é dividida em quatro tópicos. 
Após, mostra uma versão aprimorada sobre esse modelo, que é o modelo de três 
domínios. 
As duas teorias tem como objetivo garantir a organização sustentável da empresa, e 
usando esses modelos, é possível atingir o desenvolvimento sustentável da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha Capitulo 3 – Livro Responsabilidade Social Empresarial. 
1. Ética e Moral: 
As duas palavras sempre tiveram significados parecidos e, por diversas vezes, chegam a 
ser confundidas. Essa confusão pode até ser entendida quando olhamos as suas origens, 
mas nos tempos atuais devemos tomar muito cuidado e buscar distinguir as duas 
palavras. 
Assim, o autor explica de maneira espetacular a diferença entre as duas terminologias. 
Moral sãoas normas que regem aquela sociedade, fazendo com que todos ajam de 
acordo com a moralidade. Já a ética é a ciência que estudo essa moral. Ou seja, a moral 
e a moralidade são objeto de estudo da ética. 
A ética, como qualquer outro ramo da ciência, possue suas ramificações, como por 
exemplo da ética normativa e a mataética. 
2. Moral e Direito: 
Tanto a Moral quanto o Direito são segmentos que visam controlar a conduta humana 
a partir de regras de conduta. A moral, por obvio, são regras não positivadas e existem 
apenas do plano dos costumes da sociedade e o Direito é positivado; assim, quando um 
cidadão não cumpre o a norma lhe impõe, o Estado usa de seu poder coercitivo para 
puni-lo. 
Existem normas morais que “precedem as legais no tempo. São consideradas tão 
importantes pela sociedade que acabam tornando-se leis”, mas também existem 
normas do Direito que não podem ser consideradas morais, como por exemplo, leis que 
permitem que deputados aumentem seus salários de forma exorbitante. 
3. Ética Empresarial: 
Uma das modalidades da ética é a ética empresarial. Difere-se da ética normativa pois 
esta visa a regulação de conduta da sociedade como um todo. Já a ética empresarial, 
principal assunto desse livro, cuida das relações morais no âmbito das empresas. 
Como dito pelo autor, essa ética trata de diversos assuntos, e para dinaminizar o estudo 
ele o divide em três: 
“Os sistêmicos são relativos aos sistemas 
econômicos, políticos, jurídicos e outros nos quais os 
negócios atuam. São questionamentos sobre a 
moralidade do capitalismo, das leis que afetam as 
empresas (...). Enquanto os assuntos sistêmicos 
valem para todas as empresas de um modo geral ou 
de um dado pais ou região, os assuntos empresariais 
envolvem questões éticas a respeito de empresas 
especificas (...). Os assuntos individuais são os 
relacionados às pessoas dentro da empresa, 
envolvendo questões morais decorrentes de suas 
decisões e ações, bem como de seu caráter.”. 
O autor termina o capitulo deixando uma reflexão importante: “Os padrões morais 
aplicam-se a elas (empresas) ou apenas aos indivíduos que nelas atuam?” 
4. Conclusão: 
No terceiro capítulo, discute-se a relação entre ética e responsabilidade social, 
polarizada por duas visões: a dos que creem que a ética é componente específico da 
responsabilidade social e a dos que acreditam que ela está presente em todas as ações 
empresariais. Assim, deve ser tratada de forma transversal – abordagem que tem a 
preferência dos autores. Mais uma sábia decisão metodológica então se dá, quando o 
leitor é conduzido do debate sobre ética e responsabilidade social para a análise das 
doutrinas éticas normativas, relevantíssimas para a conduta moral daqueles que atuam 
em empresas ou as representam 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha Capitulo 4 – Livro Responsabilidade Social Empresarial. 
1. Ética da Virtude. 
A ética da virtude surgiu na Grécia antiga e seus principais idealizadores são Sócrates, 
Platão e Aristóteles. Abordada por Aristóteles na obra “ Ética e Nicômaco”, defende que 
o caminho para uma vida de bem-estar e felicidade está no desenvolvimento da 
excelência de caráter. É a satisfação de deitar a noite no travesseiro e saber que você 
está fazendo o bem, agindo de forma correta e humana. Saber que você está fazendo o 
máximo para ser a melhor pessoa que pode ser. Para Aristóteles ser virtuoso significa 
fazer a coisa certa, na hora certa, da forma certa. 
2. Ética Kantiana: 
A ética kantiana é muito diferente da ética da virtude. Ela é uma ética deontológica, ou 
seja, centra-se na forma como as pessoas devem buscar as regras de conduta moral. 
Segundo Kant, não adianta possuir as “virtudes” se elas não forem guiadas pela boa 
vontade. “Para esse filósofo, não é o efeito que confere valor moral a uma ação, mas o 
fato de ser praticado por dever”. 
3. Ética Utilitarista: 
O Utilitarismo é uma teoria em ética normativa que apresenta a ação útil como a melhor 
ação, a ação correta. O termo foi utilizado pela primeira vez na carta de Jeremy Bentham 
para George Wilson em 1781 e posto em uso corrente na filosofia por John Stuart Mill 
na obra Utilitarismo, de 1861. 
4. Conclusão: 
O capitulo quatro tratou das teorias ou doutrinas éticas normativas que podem servir 
como base para uma melhor conduta moral daqueles que atuam na empresa e em nome 
dela. Algumas delas são bastante conhecidas e estudas, como a ética da virtude e a ética 
kantiana. Mas o livro vai além e nos mostra outras categorias de ética pouco estudadas 
mas que podem ser aplicadas dentro do ambiente empresarial.

Continue navegando