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Comentários à política internacional de WENDT

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Teoria das Relações Internacionais 
Docente: Prof. Ana Carolina Teixeira Delgado 
Discente: João Carlos Santana Correia 
 
 
WENDT, Alexander. Social theory of international politics. 
Os dois princípios básicos do construtivismo que os estudiosos de política internacional 
têm aceitado cada vez mais são: (1) que as estruturas da associação humana são 
determinadas principalmente por ideias compartilhadas em vez de forças materiais e (2) 
que as identidades e os interesses dos atores intencionais são construídos por essas ideias 
compartilhadas, e não dados pela natureza. 
O tópico (1) traz uma visão materialista, enquanto o (2) diz respeito a uma abordagem 
idealista da vida social. A abordagem idealista da vida social enfatiza o papel das ideias 
e crenças compartilhadas na formação das possibilidades sociais, enquanto a visão 
materialista enfatiza o papel das forças materiais na determinação dos resultados sociais. 
No entanto, alguns materialistas admitem que as crenças compartilhadas podem afetar o 
comportamento, e alguns idealistas admitem que as forças materiais podem afetar as 
possibilidades sociais. Portanto, uma posição verdadeiramente sintética é difícil de 
sustentar porque os materialistas sempre contraporão a argumentos nos quais a 
superestrutura ideacional não tem relação determinada com a base material, e os idealistas 
sempre objetarão argumentos nos quais as forças materiais são vistas como resultados 
sociais completamente determinantes. 
Importante destacar também o conceito de identidade e interesses socialmente 
construídos, dado o seu significativo papel na polícia internacional, posto que desafia a 
ideia de que identidades e interesses são dados pela natureza. Em vez disso, o 
construtivismo sugere que eles são construídos por ideias e crenças compartilhadas, que 
podem mudar com o tempo. Isso tem implicações importantes para a forma como 
entendemos as relações internacionais, pois sugere que os conflitos entre os Estados 
podem ser baseados em mal-entendidos ou percepções errôneas, e não em diferenças 
irreconciliáveis de identidade ou interesse. Além disso, destaca a importância do discurso 
e da comunicação na formação da política internacional. 
Em relação ao construtivismo, o autor defende uma versão moderada do construtivismo 
que se baseia especialmente na sociologia estruturacionalista e interacionista 
acompanhada. Essa versão do construtivismo concede pontos importantes às perspectivas 
materialistas e individualistas e endossa uma abordagem científica à investigação social. 
Teoria das Relações Internacionais 
Docente: Prof. Ana Carolina Teixeira Delgado 
Discente: João Carlos Santana Correia 
 
No entanto, pode ser rejeitada por construtivistas mais radicais por não ir longe o 
suficiente. 
Destaca-se também, entre as ideias do autor, os elementos em comum qualquer sistema 
social: as condições materiais, interesses e ideias. Esses elementos estão relacionados, 
mas são distintos entre si, e desempenham papéis diferentes na explicação do sistema 
social. As condições materiais referem-se aos recursos físicos e econômicos disponíveis 
em uma sociedade, enquanto os interesses são constituídos em parte por ideias, mas não 
são a mesma coisa. As ideias, por outro lado, constituem uma estrutura ideacional em um 
sistema. É importante lembrar que essas três estruturas são sempre articuladas e 
igualmente necessárias para explicar os resultados sociais. Sem ideias não há interesses, 
sem interesses não há condições materiais significativas, sem condições materiais não há 
realidade alguma. 
Outro ponto que merece destaque dentro do conceito construtivista do autor é a noção de 
que os estados são atores corporativos intencionais cujas identidades e interesses são 
determinados em grande parte pela política doméstica e não pelo sistema internacional. 
Embora os Estados ainda sejam socialmente construídos dentro da política doméstica, 
esse é um nível diferente de construção em comparação com sua construção relativa ao 
sistema internacional. Portanto, se quisermos entender como funciona o sistema de 
estados, devemos tomar a existência dos estados como dada e estudar como suas 
identidades e interesses são moldados pela política doméstica.

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