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APOL TEORIAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS PROVA 1 NOTA

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APOL TEORIAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS PROVA 1 NOTA: 60 
1) “Uma abordagem construtivista pode avançar muito em direção a uma explicação sistemática da mudança nas relações internacionais. Até um certo ponto, a construção social da realidade que leva a mudanças no significado e propósito coletivo aos objetos físicos é ela mesma um componente importante do processo de mudança. Tome-se como exemplo o fim da Guerra Fria, um poderoso evento que as abordagens tradicionais têm tido dificuldade de explicar, e certamente não previram. Torna-se cada vez mais claro que os eventos e fenômenos que pareciam ser "sistematicamente" sem importância, tal como o movimento de dissidência soviético e o acidente nuclear em Chernobyl, que tornou familiar os horrores do poder nuclear sem controle, deram espaço em poucos anos para consequências amplas e não previstas” (Adler, 1999, p. 231).
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais e o trecho citado acima, análise as afirmações abaixo que tratam dos pontos de divergência do construtivismo com o a teoria realista:
I. A caracterização realista do Estado, como um agente monolítico e de atuação universalmente orientada pelo autointeresse e pela garantia da própria sobrevivência, é rechaçada pelos autores construtivistas.
II. O construtivismo adota uma posição crítica à concepção realista de que a política mundial e as políticas domésticas dos Estados podem ser enquadradas como uma continuum de atuação, sem uma fronteira divisória clara.
III. O privilégio analítico concedido pelos realistas aos aspectos materiais da realidade internacional é criticado pelos construtivistas, uma vez que a compreensão sobre as relações entre os atores sociais também envolve incidência de constrangimentos econômicos.
IV. A compreensão realista de que a anarquia é uma condição natural e permanente do sistema internacional é negada pelos construtivistas, que entendem que os interesses e as identidades dos Estados podem se alterar e, como consequência, promover mudanças na estrutura internacional.
c) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
2) “A crítica coxiana não leva a supor que a busca por um conhecimento neutro ou imparcial deva inspirar o teórico. Ao contrário, afirma que todo conhecimento refletirá particularidades de quem o produz, e das quais o teórico não pode se julgar imune. A perspectiva deve ser compreendida como o contexto histórico a partir do qual a produção teórica ocorre [...] Uma teoria sempre serve a alguém e a algum propósito. É imprescindível conhecer o contexto em que é gerada e usada; igualmente imperativo é conhecer se o objetivo do teórico e de quem se utiliza da teoria é manter a ordem social existente ou mudá-la. Esses dois propósitos levam a duas espécies de teoria” (Silva, 2005, p. 261-262).
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais e a divisão entre Teorias Críticas e Teorias de Solução de Problemas feita por Robert Cox, assinale a alternativa que descreve, corretamente, como o autor define as teorias de solução de problemas nas Relações Internacionais:
e) As teorias de solução de problemas podem ser caracterizadas pela adoção de uma visão naturalizada acerca da realidade internacional, de modo que tendem a reproduzir os pressupostos do próprio objeto a ser estudado.
3) “A vulnerabilidade é uma das problemáticas mais relevantes dessa pandemia, que mostrou como a saúde de cada um está dependente das ações e omissões de outros, e como a busca da invulnerabilidade total é uma ilusão. Até certo ponto, a vulnerabilidade é inevitável, resultando da frágil condição corpórea e do caráter social da vida humana. A crescente interconexão e interdependência globais, reforçadas pela globalização do capitalismo, somaram a essa vulnerabilidade ao aproximarem as sociedades e aumentarem a capacidade humana de infligir danos além-fronteiras. A COVID-19 demonstrou a acentuada vulnerabilização da vida cotidiana no capitalismo neoliberal. À vulnerabilidade inevitável o neoliberalismo adicionou sucessivas camadas de vulnerabilidade “patogênica”, baseadas em “relações interpessoais e sociais moralmente disfuncionais ou abusivas, e [em] opressão ou injustiça sociopolítica” (Nunes, 2020, p. 3).
Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais sobre a noção de ‘dano’, na teoria crítica de Andrew Linklater, analise as afirmações abaixo que abordam essa temática:
I. Com o objetivo de pensar na construção de uma comunidade global de cidadãos, Linklater defende que é preciso observar os processos históricos, políticos e sociais que possibilitaram que Estados viessem a constituir “convenções cosmopolitas de dano”, capazes de proteger pessoas de maneira universalista.
II. A noção de dano pode servir para a constituição de uma ética cosmopolita, por estabelecer regras e normas universais de conduta para os Estados e para os seus cidadãos, uniformizando os esforços internacionais de combate às múltiplas formas de violência.
III. A ética cosmopolita, em sua versão negativa, delimita que não causar dano ao cidadão estrangeiro é uma obrigação de todos na comunidade internacional.
IV. A ética cosmopolita de não causar dano a qualquer cidadão estrangeiro tem criado as bases necessárias para a construção de uma comunidade internacional pós-nacional, na qual as necessidades dos indivíduos prevalecem com relação aos interesses estatais.
a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
4) “A teoria de securitização é uma das principais contribuições da Escola de Copenhague, que surgiu em 1985, originalmente chamada de Copenhagen Peace Research Institute (Tanno 2003, p.48). Nesse momento, as escolas europeias acompanhavam o movimento de renovação teórica das Relações Internacionais sobre os conceitos de segurança [...] A Escola demonstra se alinhar ao realismo em seu objeto de referência, que continua sendo o Estado. Porém, ao mesmo tempo em que não abandonam o Estado como referência, os autores de Copenhague elaboraram uma teoria de securitização cuja essência se fundamenta no Construtivismo dos autores da virada linguística, como Nicholas Onuf e F. Kratochwi” (Silva e Pereira, 2019, p. 6).
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos aspectos que demonstram a influência da teoria construtivista na compreensão da segurança internacional da Escola de Copenhague. 
d) A Escola de Copenhague questiona o entendimento realista da segurança ao introduzir uma concepção que considera os processos intersubjetivos presentes na construção social das ameaças nas relações internacionais.
5) “Uma característica fundamental dos novos processos incorporados na agenda internacional é o seu ‘caráter descentralizado’, querendo-se expressar com este termo o fato de que, agora, a busca de soluções políticas e técnicas escapa ao monopólio estatal. O fato de os fenômenos de crescimento populacional, migrações internacionais e desequilíbrios ambientais serem descentralizados abre uma extensa possibilidade de os atores transnacionais societais virem a influenciar os centros de decisão estatal e supranacional relacionados com a implementação de políticas globais. Dessa forma, a categoria de influência proporciona o instrumental teórico que permite localizar os limites reais da ação política do ator transnacional no sistema internacional do pós-Guerra Fria.” (Villa, 1999, p. 23). análise as assertivas abaixo, que tratam dos chamados atores transnacionais não estatais:
I. Segundo autores como Keohane e Nye Jr., a pluralização e a complexificação das fontes de poder e de interdependência no sistema internacional contemporâneo obrigam a que se amplie o critério por meio do qual são definidos os atores e recursos politicamente relevantes para a política internacional – tornando empresas, ONGs, movimentossociais e até mesmo indivíduos, objetos legítimos de estudo para as Relações Internacionais.
PORQUE II. Ainda que os atores transnacionais sejam definidos conjuntamente pelo seu caráter não estatal, importantes diferenças podem ser percebidas entre eles: empresas transnacionais, por exemplo, organizam-se de maneira hierárquica, a partir de um centro (matriz), e orientando-se pela obtenção de lucro privado, a fim de atender a seus acionistas; ONGs e movimentos sociais, por outro lado, compõem a “sociedade civil”, ou seja, um espaço de associação voluntária entre indivíduos mobilizados em torno de uma pauta pública comum.
Sobre as assertivas, assinale a alternativa que faz a análise correta da relação proposta entre elas:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa correta da I.
6) “De acordo com Onuf, tal como Maja Zehfuss explica, a sociedade política tem duas propriedades. De um lado, há sempre regras que dão significado às atividades humanas, tornando-as socialmente inteligíveis e significativas. De outro lado, dadas as assimetrias sociais e materiais, “as regras resultam numa distribuição desigual de benefícios”, o que significa dizer que elas levam a certas condições de domínio ou governo (Zehfuss, 2002, p. 152; 2001, p. 61). Assim, Onuf correlaciona sociedade e política por meio do “nexo regras-governo”: enquanto a sociedade é baseada em regras, a “política sempre lida com relações sociais assimétricas geradas por regras, ou seja, [certas condições assimétricas de] governo” (Zehfuss, 2002, p. 152). Nas palavras de Onuf, “onde há regras (e, portanto, instituições) há governo – uma condição na qual agentes usam regras para exercer controle e obter vantagens sobre outros agentes” (1998, p. 63). Retornando ao pensamento social alemão, mais especificamente ao paradigma do Herrschaft, traduzido por ele como o “paradigma da sociedade política”, Onuf entende tal sociedade política como a expressão de “relações de superordenação e subordinação – relações mantidas por meio de regras e resultando em governo” (Onuf, 2013, p. 196)” (Herz e Yamato, 2018, p. 8). assinale a alternativa que apresenta, corretamente, quais são os três tipos de assimetria existentes nas relações internacionais de acordo com Nicholas Onuf:
a) Hegemonia, Hierarquia e Heteronomia.
7) Por que o gênero importa para a política mundial? Qual diferença faz enxergar a política mundial por meio das lentes do gênero? O que se torna visível quando vemos as “relações internacionais” como relações interconectadas de desigualdades – entre gêneros, raças, classes, sexualidades e nacionalidades – em oposição às simples interações entre e em Estados autointeressados? Quais são os custos de estar desatento às dinâmicas de gênero, a fim de lidar com uma miríade de problemas globais que afetam a todos nós?” (Runyan; Peterson, 2014, p. 1; tradução a partir do trecho original em inglês). análise as assertivas abaixo, que tratam da inserção do pensamento feminista na área de Relações Internacionais:
I. Um dos principais questionamentos do feminismo em relação à área consiste na denúncia da ausência das mulheres e do gênero como partes integrantes das temáticas ligadas à política internacional.
PORQUE II. Os pressupostos implícitos à noção de “internacional”, objeto de estudo da área, excluem aquilo que é considerado “privado”, “doméstico”, “local” ou “trivial”, restringindo, dessa forma, a agenda de pesquisa da disciplina aos objetos associados aos homens e ao masculino, como o Estado e a guerra.
c)As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
8) Na perspectiva de Laclau e Mouffe (2011), a linguagem é apenas um dos componentes da estrutura discursiva. O discurso possui, enquanto sistema, a sua evidente dimensão linguística, mas não se restringe aos atos de fala ou ao que está estritamente escrito, englobando também ações e relações que possuem significado social, sendo resultado de uma prática articulatória que constitui e organiza essas relações” (Oliveira, 2018, p. 6). assinale a alternativa que explica, corretamente, a importância da linguagem para a abordagem pós-estruturalista nas Relações Internacionais:
b) A linguagem, por se constituir como um sistema de signos que molda a interpretação dos indivíduos sobre a realidade e o modo de se agir sobre ela, não possui uma função meramente representativa do mundo e da política, mas também é capaz de produzir e alterar a realidade internacional.
9) “Ao privilegiarmos o estudo de regras internacionais sobre violência, damos particular atenção a um elemento constitutivo comum às definições de regimes internacionais de regimes internacionais e instituições fundamentais, o qual, ademais, é fundacionalmente relacionado à norma de justiça procedimental intrínseca à estrutura constitucional da sociedade internacional. Para os fins deste artigo, adotamos a definição construtivista de regra de Nicholas G. Onuf, de acordo com a qual a regra é um termo intermediário entre as pessoas e as sociedades, uma “declaração que diz às pessoas o que [elas devem] fazer”, intermediando e co-constituindo o “processo pelo qual pessoas e sociedade[s] constituem-se uns aos outros” contínua e reciprocamente (Onuf, 1998, p. 59) (Herz e Yamato, 2018, p. 7)”, sobre a relevância das regras para a teoria construtivista de Nicholas Onuf, analise as afirmações abaixo, que tratam da classificação para as regras propostas pelo autor:
 I. Para Nicholas Onuf, as regras – que constroem a realidade internacional ao produzirem normatividade – podem ser classificadas como regras de instrução, regras diretivas e regras de compromisso.
II. As regras de instrução baseiam-se em discursos políticos de construção de identidade e tendem a produzir comportamentos a partir do compartilhamento de símbolos e valores.
 III. As regras diretivas estão associadas à ordem e ao comando e costumam envolver a utilização de verbos como comandar, exigir, permitir.
IV. As regras de compromisso são aquelas que geram a atribuição de direitos a outros atores e o consequente dever de cumpri-los por parte do ator emissor.
C) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
10) “A divisão entre os sexos parece estar ‘na ordem das coisas’, como se diz por vezes para falar do que é normal, natural, a ponto de ser inevitável: ela está presente, ao mesmo tempo, em estado objetivado nas coisas (na casa, por exemplo, cujas partes são todas ‘sexuadas’), em todo o mundo social e, em estado incorporado, nos corpos e nos habitus dos agentes, funcionando como sistemas de esquemas de percepção, de pensamento e de ação. [...] Essa experiência apreende o mundo social e suas arbitrárias divisões, a começar pela divisão socialmente construída entre os sexos, como naturais, evidentes, e adquire, assim, todo um reconhecimento de legitimação” 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais e o trecho citado acima, análise as afirmações abaixo, acerca das relações de poder que são construídas a partir do gênero:
I. As relações de poder construídas com base no gênero constituem uma força de ordenação social que não apenas categoriza os corpos a partir de uma lógica binária – a do feminino/masculino –, mas também hierarquiza tais corpos, dando privilégio ao masculino.
II. As relações de poder construídas com base no gênero são especialmente visíveis nas esferas privadas – as da casa, da família e do parentesco –, mas seus efeitos são anulados na escala internacional, dado o predomínio dos Estados nacionais como atores principais dessa esfera.
III. As relações de poder entre homens e mulheres são sustentadas por instituições sociais patriarcais e reforçadas por uma visão de mundo androcêntrica que naturaliza as desigualdades de gênero.
IV. Pensar a realidade internacional a partir do feminismo significa analisar o papel do androcentrismo e do patriarcado na configuração dos fenômenos da política global, bem comona moldagem dos conceitos e teorias utilizados para analisar tais fenômenos.
A) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
Apol TEORIAS CONTEMPORANEA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS NOTA: 50 PROVA 2. 
1) “Contudo, a estrutura colonial de poder produziu as discriminações sociais que posteriormente foram codificadas como ‘raciais’, étnicas, ‘antropológicas’ ou ‘nacionais’, segundo os momentos, os agentes e as populações implicadas. Essas construções intersubjetivas, produto da dominação colonial por parte dos europeus, foram inclusive assumidas como categorias (de pretensão ‘científica’ e ‘objetiva) de significado a-histórico, quer dizer, como fenômenos naturais e não como pertencentes à história do poder. Tal estrutura de dominação foi e ainda é o marco dentro do qual operam outras relações sociais, de tipo classista ou estamental. Com efeito, se se observam as linhas principais da exploração e da dominação social em escala global, [...] a distribuição de recursos e de trabalho entre a população do mundo, é impossível não ver que a grande maioria dos explorados, dos dominados, dos discriminados são exatamente os membros das ‘raças’, das ‘etnias’ ou das ‘nações’ em que foram categorizadas as populações colonizadas, [...] desde a conquista da América em diante” (QUIJANO, 1992, p. 12; tradução a partir do trecho original em espanhol). análise as assertivas abaixo, que tratam da relação entre modernidade, raça e colonialidade no pensamento decolonial:
I. De acordo com o pensamento decolonial, a noção de “raça” tem servido como um princípio organizador das múltiplas hierarquias presentes no sistema-mundo capitalista, sendo uma categoria mental típica da modernidade.
PORQUE II. A noção de “raça” mostrou-se fundamental para a construção simbólica das figuras do “colonizador” e do “colonizado”, tendo sido erigida inicialmente a partir de diferenças fenotípicas – mas também culturais – entre eles e, posteriormente, extrapolada como uma diferença biológica e ontológica de caráter absoluto, a ser mobilizada em uma (re)classificação de toda a população global. Sobre as assertivas acima, assinale a alternativa que faz a análise correta:
c)As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
2) “Uma abordagem construtivista pode avançar muito em direção a uma explicação sistemática da mudança nas relações internacionais. Até um certo ponto, a construção social da realidade que leva a mudanças no significado e propósito coletivo aos objetos físicos é ela mesma um componente importante do processo de mudança. Tome-se como exemplo o fim da Guerra Fria, um poderoso evento que as abordagens tradicionais têm tido dificuldade de explicar, e certamente não previram. Torna-se cada vez mais claro que os eventos e fenômenos que pareciam ser "sistematicamente" sem importância, tal como o movimento de dissidência soviético e o acidente nuclear em Chernobyl, que tornou familiar os horrores do poder nuclear sem controle, deram espaço em poucos anos para consequências amplas e não previstas” (Adler, 1999, p. 231). análise as afirmações abaixo que tratam dos pontos de divergência do construtivismo com o a teoria realista:
I. A caracterização realista do Estado, como um agente monolítico e de atuação universalmente orientada pelo autointeresse e pela garantia da própria sobrevivência, é rechaçada pelos autores construtivistas.
II. O construtivismo adota uma posição crítica à concepção realista de que a política mundial e as políticas domésticas dos Estados podem ser enquadradas como uma continuum de atuação, sem uma fronteira divisória clara.
III. O privilégio analítico concedido pelos realistas aos aspectos materiais da realidade internacional é criticado pelos construtivistas, uma vez que a compreensão sobre as relações entre os atores sociais também envolve incidência de constrangimentos econômicos.
IV. A compreensão realista de que a anarquia é uma condição natural e permanente do sistema internacional é negada pelos construtivistas, que entendem que os interesses e as identidades dos Estados podem se alterar e, como consequência, promover mudanças na estrutura internacional.
c)Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
3) “Na perspectiva de Laclau e Mouffe (2011), a linguagem é apenas um dos componentes da estrutura discursiva. O discurso possui, enquanto sistema, a sua evidente dimensão linguística, mas não se restringe aos atos de fala ou ao que está estritamente escrito, englobando também ações e relações que possuem significado social, sendo resultado de uma prática articulatória que constitui e organiza essas relações” (Oliveira, 2018, p. 6). assinale a alternativa que explica, corretamente, a importância da linguagem para a abordagem pós-estruturalista nas Relações Internacionais:
b) A linguagem, por se constituir como um sistema de signos que molda a interpretação dos indivíduos sobre a realidade e o modo de se agir sobre ela, não possui uma função meramente representativa do mundo e da política, mas também é capaz de produzir e alterar a realidade internacional.
4) É a partir de problematizações que um projeto de pesquisa se inicia. A atividade de pensar/construir a realidade implica interrogar o que se encontra instituído historicamente. Tal um arqueólogo, o pesquisador explora estratos teóricos com o intuito de encontrar restos que, quando atualizados, possam imprimir um movimento de virtualização aos estudos realizados. Um arqueólogo não sabe exatamente o que vai encontrar. Há a procura. Não se trata de encontrar uma verdade, mas de atualizar uma virtualidade. Nesse caso, a pesquisa busca a identificação de certas regras de formação dos enunciados, das proposições, de certa forma de colocação do problema. O procedimento de pesquisa é, ao mesmo tempo, produção de saber, construção de metodologia, elaboração de princípios, estabelecimento de resultados e invenção/construção processual do seu caminho, abandonando certas vias e criando outras. Tem-se associado a concepção de metodologia à utilização de estratégias formais que têm como modelo o campo das ciências naturais ou exatas. Mas o que entendemos por metodologia? A metodologia fala do como pesquisar. Mais do que uma descrição formal dos métodos e técnicas a serem utilizados, indica as opções e a leitura operacional que o pesquisador fez do quadro teórico utilizado” (Aragão, Barros e Oliveira, 2005, p. 19-20) a importância da metodologia para a pesquisa científica, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, quatro estratégias metodológicas introduzidas nas Relações Internacionais pela abordagem pós-estruturalista:
e) Leitura Dupla, Desconstrução, Análise Estética e Genealogia.
5) “O pensamento frankfurtiano imprimiu um impacto profundo sobre a produção científica nas ciências sociais já nas primeiras décadas do século XX. Contudo, as discussões epistemológicas que vieram à tona há muito se mantiveram além das fronteiras das Relações Internacionais. Desde sua gênese, as controvérsias que nutriam o desenvolvimento desse campo de estudo eram assaz estreitas, se vistas a partir das questões a serem levantadas pela teoria crítica. O primeiro debate (realismo político versus idealismo) foi protagonizado por correntes que talvez tivessem muito mais semelhanças do que diferenças no que se refere aos fundamentos epistemológicos. O chamado segundo debate (tradicionalistas versus comportamentalistas/cientificistas), embora também conhecido como um debate metodológico, só fez sentido por apartar metodologias que também traziam similitudes epistemológicas. Por fim, o terceiro debate é, ele próprio, motivo de debate: para uns, divide neo-realistas e neoliberais; para outros, neo-realistas e globalistas; para outros ainda, epistemologias positivistas e pós-positivistas. Portanto, não seria exagero afirmar que um verdadeiro debate metateórico se inicia com a teoria crítica” análise as afirmações abaixo, que tratam dos pressupostos fundamentais da Teoria Crítica nas Relações Internacionais:I. Para a Teoria Crítica, o realismo e o liberalismo são teorias “tradicionais”, ou de resolução de problemas, uma vez que não são capazes de problematizar a atividade de teorização como parte do processo de produção material da vida e de constituição de uma certa ordem social.
II. Segundo os teóricos críticos, é preciso enfatizar o fato de que as teorias sempre são relativas a um determinado tempo e lugar, carregando consigo – ainda que de forma não intencional – uma visão de mundo ou normatividade inerentes.
III. De acordo com a Teoria crítica, uma análise sobre a estrutura da ordem mundial precisa incorporar o estudo sobre os processos históricos e dar ênfase aos processos de mudança.
IV. Na Teoria Crítica, a análise da ordem mundial deve ser empreendida de cima para baixo, observando como as elites transnacionais impõem à sua ideologia e o seu modo de produção às classes sociais mais periféricas.
d) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
6) “A Linklater (1998) devemos o reconhecimento de ter introduzido e avançado as ideias de Habermas nas Relações Internacionais. Seus esforços estão em sintonia com a defesa da noção de que a emancipação no domínio internacional deva ser apreciada na forma da expansão das barreiras morais entre comunidades políticas. A emancipação constitui a perda de significado moral e ético das fronteiras dos Estados. O foco passa a ser as múltiplas formas de inclusão e exclusão promovidas pela política mundial, dentre as quais se destaca o Estado enquanto comunidade moral. Linklater defende o universalismo moral sem exclusão.” (Silva, 2005, p. 271). assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos pressupostos fundamentais da teoria crítica de Andrew Linklater:
d) De acordo com Linklater, a ética do discurso permite questionar as formas de exclusão existentes na atualidade, uma vez que a partir dela os indivíduos podem ser igualmente livres para expressar as suas diferenças morais e solucioná-las por meio do predomínio do melhor argumento.
7) “A teoria crítica internacional representa uma derivação do pensamento coxiano. Seu expoente cardeal, Andrew Linklater, tem sua trajetória acadêmica marcada por uma sintonia inicial com as idéias de Cox e uma marcante evolução rumo a uma temática alternativa. Para Devetak (1995), a tarefa da teoria crítica internacional, consoante Linklater (1996), seria fornecer uma teoria social da política mundial. Trata-se do alargamento do escopo tradicional das Relações Internacionais, não mais limitado por obsessões “estatocêntricas”. Em comunhão com as preocupações atinentes à transformação da realidade social e política, essa corrente deve muito às tentativas de reconstrução do materialismo histórico, em particular ao trabalho de Jürgen Habermas” (Silva, 2005, p. 269).
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das preocupações mais centrais na teoria crítica de Andrew Linklater:
d)Uma das preocupações centrais da teoria crítica de Andrew Linklater era a formação de uma comunidade global regida por uma ética cosmopolita.
8) “Diríamos melhor, portanto, política de poder e equilíbrio de forças. A primeira expressão significa que os Estados não admitem árbitro, tribunal ou lei superiores à sua vontade; em consequência, devem sua existência e segurança a si próprios, e a seus aliados. Acho preferível dizer ‘equilíbrio de forças’ a ‘equilíbrio de poder’, porque as forças são mais mensuráveis do que o poder ou a potência. Se as forças estão equilibradas, as potências também o estão, pelo menos de modo aproximado. Nenhum Estado impõe soberanamente sua vontade aos demais, a menos que possua recursos a tal ponto esmagadores que seus rivais sejam levados a admitir, antecipadamente, a inutilidade da resistência.” (Aron, 2002, p. 189). que tratam do fim da Guerra Fria e do advento de uma nova ordem internacional:
I. O sistema internacional pós-Guerra Fria é visto por muitos analistas como uma “nova ordem mundial”, em que importantes transformações em matéria econômica, política e de segurança tornaram-se particularmente visíveis.
PORQUE
II. O sistema bipolar e moderadamente heterogêneo característico da Guerra Fria, com um equilíbrio de forças entre as duas grandes potências, Estados Unidos e União Soviética, chegou ao fim com o colapso desta última no início dos anos 1990.
c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
9) A cultura popular é claramente uma área em que a influência global é dominante. Seriados de TV tanto do Ocidente quanto dos países vizinhos, superproduções de Hollywood, música pop de Hong Kong e Taiwan, desenhos animados japoneses, as finais da NBA e os jogos da Copa do Mundo de Futebol estão entre os principais itens de consumo cultural da maioria do público em geral. Quando Michael Jordan se retirou das quadras, em 1999, muitos fãs chineses ficaram bastante abalados e durante semanas jornais e revistas chinesas publicaram matérias sobre ele. Um outro exemplo é o crescimento do McDonald's em Pequim. Um dos maiores símbolos da cultura americana e empresa líder da indústria do fastfood, o McDonald's fez sucesso desde que entrou no mercado chinês no início dos anos 90. Em Pequim, o McDonald's abriu sua primeira lanchonete em abril de 1993; no verão de 1998, já eram 37 lojas espalhadas pela cidade. Como já destaquei, o que atraía os consumidores às lojas do McDonald's de modo algum eram apenas os hambúrgueres, mas os elementos culturais associados aos americanos e o espaço social especial onde o público comum pode usufruir da comida americana e da versão chinesa da cultura popular americana” (YAN, 2004, p. 40). a definição dos conceitos de “hibridismo” e de “localização”, fundamentais para a compreensão das transformações culturais motivadas pela globalização:
C) Os impactos da globalização sobre diferentes culturas têm sido mediados por mecanismos de hibridismo e de localização: o primeiro refere-se à fusão de elementos de culturas distintas, produzindo novos elementos, distintos de ambas as culturas originais; o segundo diz respeito às adaptações locais das influências oriundas da cultura global.
10) “A teoria crítica nas ciências sociais tem uma extensa tradição intelectual, representando, no princípio, uma variação do pensamento marxista do início dos anos 1920, particularmente vinculada à Escola de Frankfurt. O termo teoria crítica foi usado pela primeira vez em 1937 em um artigo de Max Horkheimer. Entre outros nomes ligados a essa corrente estão os de Theodore Adorno, Herbert Marcuse e Walter Benjamin. Em comum, entre outras coisas, todos eles possuíam uma mesma origem comum no pensamento marxista” (Silva, 2005, p. 251).
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como podemos definir uma teoria crítica:
a) Uma teoria “crítica” precisa romper com a dicotomia tradicional entre “teoria” e “prática” e adotar um objetivo normativo emancipatório como guia da produção teórica.
APOL TEORIAS CONTEMPORANEA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS PROVA 3 NOTA: 50 
1) “Koslowski e Kratochwil (1995) mostraram que as mudanças no contexto político e no ambiente normativo, ou seja, nas convenções e práticas políticas do mundo comunista, aconteceram antes das mudanças no ambiente material. A completa mudança em entendimentos intersubjetivos que levaram à deslegitimação do comunismo do Leste Europeu em 1989, o esvaziamento do Pacto de Varsóvia, a subsequente deslegitimação do comunismo e imperialismo soviético e, finalmente, o renascimento do nacionalismo e de movimentos de autodeterminação na União Soviética (Koslowski e Kratochwil, 1995: 158-9), contribuíram para a deterioração das capacidades soviéticas. Resta, porém, muito trabalho ainda por fazer para se entender o fim da guerra fria” (Adler, 1999, p. 231). e a importância do trabalhode Friedrich Kratochwill para o desenvolvimento da teoria construtivista nas Relações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos aspectos centrais do pensamento desse autor:
c) Kratochwil afirma que a análise das relações internacionais deve priorizar a observação das “regras do jogo”, implícitas e explícitas, que delineiam o funcionamento da política internacional e são construídas a partir da interação entre os atores no decorrer do tempo.
2) “A divisão entre o que acontece dentro e fora dos Estados, com a pressuposição das suas respectivas características, já revelaria, em princípio, o caráter de excepcionalidade de qualquer teoria que tentasse demonstrar que no ambiente internacional há regras compartilhadas. Desse modo, mesmo as teorias que têm por objetivo relativizar os princípios do paradigma realista, no que se refere à impossibilidade de ética no campo das Relações Internacionais, estariam já limitadas pelo pressuposto da infertilidade desse espaço externo em desenvolver esse tipo de relação. Assim, relativizar a lógica do paradigma realista sem desconstruir a metáfora fundadora dos seus princípios e as condições essenciais de sua existência significaria, no máximo, relativizar um cenário que, por si, não permite subverter a lógica que o funda. Para Walker, mesmo as teorias de contraponto ao realismo partem, em sua maioria, da mesma metáfora que constrói e sustenta a possibilidade dicotômica entre um ambiente doméstico e outro internacional. A abordagem radical, nessa perspectiva, somente poderia ser alcançada uma vez desconstruídos os pilares de origem da divisão espacial. Enquanto não se revelar alternativas à lógica inside/outside, as respostas possíveis às perguntas formuladas por essa metáfora já estarão sempre dadas” (Mendes, 2015, p. 49). O texto citado acima apresenta como a desconstrução é utilizada por autores da vertente pós-estruturalista para explicar as complexas relações entre poder e conhecimento na área. Considerando esse aspecto, bem como os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais, assinale a alternativa que explica, corretamente, a importância da técnica de análise da desconstrução:
a) A desconstrução é uma técnica de análise que permite ao pesquisador ultrapassar os argumentos explícitos em um texto, levando à compreensão da estrutura dicotômica sobre a qual tais argumentos se sustentam e, por consequência, desestabilizando oposições conceituais que são tidas como estáveis. 
3) “Para Bourdieu, não é o biológico em si mesmo que provoca desigualdades, ou seja, não há nada no corpo do homem ou da mulher [...] que produza [por si só] diferença. A questão é que essas diferenças biológicas são construções sociais naturalizadas. É como se, por exemplo, a capacidade de gestação feminina fosse a causa de a mulher ter sido associada à casa e ao espaço doméstico. No pensamento de Bourdieu, é a construção simbólica sobre a capacidade reprodutiva feminina (sem dúvida um dado biológico) que inscreve a mulher em determinados espaços e a retira de outros” (Ribeiro, 2020, p. 25). e o lugar central que o conceito de “gênero” ocupa no pensamento feminista, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, as características desse conceito:
c)O conceito de gênero rompe com as explicações biologizantes acerca das desigualdades de poder existentes entre homens e mulheres, destacando, em vez disso, o caráter cultural e historicamente contingente dessas desigualdades.
4) “Contudo, a estrutura colonial de poder produziu as discriminações sociais que posteriormente foram codificadas como ‘raciais’, étnicas, ‘antropológicas’ ou ‘nacionais’, segundo os momentos, os agentes e as populações implicadas. Essas construções intersubjetivas, produto da dominação colonial por parte dos europeus, foram inclusive assumidas como categorias (de pretensão ‘científica’ e ‘objetiva) de significado a-histórico, quer dizer, como fenômenos naturais e não como pertencentes à história do poder. Tal estrutura de dominação foi e ainda é o marco dentro do qual operam outras relações sociais, de tipo classista ou estamental. Com efeito, se se observam as linhas principais da exploração e da dominação social em escala global, [...] a distribuição de recursos e de trabalho entre a população do mundo, é impossível não ver que a grande maioria dos explorados, dos dominados, dos discriminados são exatamente os membros das ‘raças’, das ‘etnias’ ou das ‘nações’ em que foram categorizadas as populações colonizadas, [...] desde a conquista da América em diante” (QUIJANO, 1992, p. 12; tradução a partir do trecho original em espanhol). análise as assertivas abaixo, que tratam da relação entre modernidade, raça e colonialidade no pensamento decolonial:
I. De acordo com o pensamento decolonial, a noção de “raça” tem servido como um princípio organizador das múltiplas hierarquias presentes no sistema-mundo capitalista, sendo uma categoria mental típica da modernidade.
PORQUE II. A noção de “raça” mostrou-se fundamental para a construção simbólica das figuras do “colonizador” e do “colonizado”, tendo sido erigida inicialmente a partir de diferenças fenotípicas – mas também culturais – entre eles e, posteriormente, extrapolada como uma diferença biológica e ontológica de caráter absoluto, a ser mobilizada em uma (re)classificação de toda a população global. Sobre as assertivas acima, assinale a alternativa que faz a análise correta:
c)As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
5) “É a partir de problematizações que um projeto de pesquisa se inicia. A atividade de pensar/construir a realidade implica interrogar o que se encontra instituído historicamente. Tal um arqueólogo, o pesquisador explora estratos teóricos com o intuito de encontrar restos que, quando atualizados, possam imprimir um movimento de virtualização aos estudos realizados. Um arqueólogo não sabe exatamente o que vai encontrar. Há a procura. Não se trata de encontrar uma verdade, mas de atualizar uma virtualidade. Nesse caso, a pesquisa busca a identificação de certas regras de formação dos enunciados, das proposições, de certa forma de colocação do problema. O procedimento de pesquisa é, ao mesmo tempo, produção de saber, construção de metodologia, elaboração de princípios, estabelecimento de resultados e invenção/construção processual do seu caminho, abandonando certas vias e criando outras. Tem-se associado a concepção de metodologia à utilização de estratégias formais que têm como modelo o campo das ciências naturais ou exatas. Mas o que entendemos por metodologia? A metodologia fala do como pesquisar. Mais do que uma descrição formal dos métodos e técnicas a serem utilizados, indica as opções e a leitura operacional que o pesquisador fez do quadro teórico utilizado” (Aragão, Barros e Oliveira, 2005, p. 19-20) Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais e a importância da metodologia para a pesquisa científica, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, quatro estratégias metodológicas introduzidas nas Relações Internacionais pela abordagem pós-estruturalista:
e) Leitura Dupla, Desconstrução, Análise Estética e Genealogia.
6) “Ao longo da história ocidental sempre houve mulheres que se rebelaram contra sua condição, que lutaram por liberdade e muitas vezes pagaram com suas próprias vidas. A Inquisição da Igreja Católica foi implacável com qualquer mulher que desafiasse os princípios por ela pregados como dogmas insofismáveis. Mas a chamada primeira onda do feminismo aconteceu a partir das últimas décadas do século XIX, quando as mulheres, primeiro na Inglaterra, organizaram-se para lutar por seus direitos, sendo que o primeiro deles que se popularizou foi o direito ao voto. As sufragetes, como ficaram conhecidas, promoveram grandes manifestações em Londres, foram presas várias vezes, fizeram greves de fome. Em 1913, na famosacorrida de cavalo em Derby, a feminista Emily Davison atirou-se à frente do cavalo do Rei, morrendo. O direito ao voto foi conquistado no Reino Unido em 1918” (Pinto, 2003, p. 15).
quais discutem as três ondas do movimento feminista ao longo da história:
I. A primeira onda do movimento feminista teve início em meados do século XIX na Europa e nos Estados Unidos, caracterizando-se, principalmente, pela luta das mulheres por direitos políticos e civis.
II. A segunda onda do movimento feminista teve o seu ápice nas décadas de 1960 e 1970, estando vinculada a um contexto mais amplo de contestação à ordem social e política que vigorava desde o fim a Segunda Guerra Mundial.
III. A segunda onda feminista foi marcada pelo entendimento de que “o pessoal é político” e, por conseguinte, ampliando a crítica feminista às relações privadas, da moral e da sexualidade.
IV. A terceira onda do movimento feminista têm início nos anos 1980 e se caracteriza por uma abordagem essencialistas e universalista das discussões sobre o impacto do gênero na vida social.

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