Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLNE FACULDADE DE CIÊNCIA DEPARTAMENTO DE FÍSICA LICENCIATURA EM FÍSICA DISCIPLINA: ELETRÓNICA ANALÓGICA Medição com osciloscópio- composição de sinais e Figuras de Lissajous 2º Ano Semestre Curricular I Discente: Docentes: Matavele, Armando Ananias Prof. Dr. Rogerio Uthui Dr.Bartolomeu Ubisse Dr.Helder Marenjo Maputo, Junho de 2022 Índice 1 Objectivos 3 2 Resumo teórico 4 2.1 Oscilações de tubos de raios catódicos . . . . . . . . . . . . . . . 4 2.2 Superposição de sinais periódicos perpendiculares - Figuras de Lissajons . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3 Material Necessario 7 3.1 Ordens de execução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 3.1.1 Medição com osciloscópio . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 3.2 Obtenção de figuras de Lissajouns . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 4 Resultados 8 4.1 Procedimentos Analiticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 4.2 Análise dos resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 5 Conclusão 10 6 Bibliografia 11 1 Objectivos a) Medir com Osciloscópio, as amplitudes e frequências de sinais periódicos. Comparar os valores eficazes (Vrms) com os medidos pelo mult́ımetro; b) Obter as figuras de Lissajouns resultantes da superposição e sinais periódicos perpendiculares entre si e, medir as suas caracteŕısticas. 3 2 Resumo teórico 2.1 Oscilações de tubos de raios catódicos O osciloscópio é um instrumento fundamental em laboratório de pesquisa de f́ısica, qúımica, engenharia, e ate em alguns laboratório de medicina e biologia. O osciloscópio, em comparação com outros instrumentos, de medição, para além de efectuar medições das magnitudes dos sinais, permite também a visualização da evolução temporal desses sinais em seus circuitos. Assim, para alem de amplitudes, pode-se conhecer também frequências e fases dos sinais periódicos. Os osciloscópios subdividem-se em analógicos e digitais, porem, para o nosso caso consideremos os analógicos visto que são os que estão dispońıveis no nosso laboratório de f́ısica (Lab: ELMAG-DF/FC/UEM). O osciloscópio analógico tem como elemento principal o tubo de raios catódicos. O tubo de raios catódicos e composto de um filamento, cátodo, grande de con- trolo, ânodo de aceleração e focalização, placas de deflexão vertical e horizontal, e uma tela fluorescente, conforme se ilustra na Fig 1. Quando o filamento e percorrido por uma corrente eléctrica, ele aquece devido ao efeito joule, e emite electrões que em seguida são acelerados (pela diferença de potencias aplicada entre o cátodo e o ânodo) ate colidirem com a peĺıcula fluorescente que resulta na emissão da luz que e viśıvel no ecrã do osciloscópio, Durante o movimento de feixe de electrões do cátodo ate a co- lisão com a peĺıcula fluorescente, o feixe e sujeito a duas deflexões(horizontal e vertical) por intermédio de placas de deflexão que são submetidas a campos eléctricos controláveis. Figure 1: Tubo de raios catódicos e seus elementos 4 2.2 Superposição de sinais periódicos perpendiculares - Figuras de Lissajons O nosso dia-a-dia e repleto de vários fenómenos que consequência de super- posição de sinais periódicos. Por exemplo, os sons que ouvimos e as imagens que vimos são produzidos pela superposição de sinais periódicos. A superposição pode ocorrer em sinais periódicos que se propagam na mesma direcção (com frequências iguais ou não, com amplitudes iguais ou não) ou em direcções perpendiculares, como e o caso da nossa consideração. Consideramos dois sinais harmónicos de mesma frequência, sendo um propagando- se ao longo do eixo-x o outro propagando-se ao longo do eixo-y, respectivamente dados pelas seguintes relações: x(t)=Acos(ωt+∆Θx) y(t) =Bcos(ωt+∆Θy) Fazendo-se um rearranjo na equação2, y(t)=Bcos(ωt + ∆Θx + ∆Θy - ∆Θx)), e considerando-se a identidade matemática (cos(a+b)=cos(a) cos(b) - sen(a)sen(b)), a combinação das duas equações (eqs. 1 e 2) resulta em seguinte relação. y2 B2 + x2 A2 - 2xy AB · cos(∆Θ) = sin 2(∆Θ) Sendo: ∆Θ= Θy + Θx (1) A equacão acima representa em geral uma elipse excepto em alguns casos particulares, isto é, quando ∆Θ = 0;π;π/2;3π/2 e 2π Quando as frequências dos sinais representados pelas eqs. 1 e 2 são diferentes ?x para x(t) e ωy para y(t), a combinação das duas equações resulta numa expressão um pouco complicada que depende da razão das frequência(ωx/ωy). Assim, dependendo da razão das frequência (ωx/ωy). E da diferença de fases(∆Θ) entre os sinais que se sobrepõem tem-se uma famı́lia de curvas de- nominadas curvas de lissajous. Figure 2: Figuras de Lissajous 5 No que concerne as aplicações, as figuras de Lissajouns podem ser utilizadas para a determinação de frequências desconhecidas e de diferença de fases entre dois sinais. Para a determinação de frequências, e necessário que se conheça a frequência de um dos sinais, e a outra ( a desconhecidas), determina-se contado o numero dos extremos(lobos) da figura de Lissajous nos dois eixos perpendic- ulares no osciloscópio com vista a se conhecer a razão de frequências. Para além dos lobos, a razão de frequências também pode ser determinada com recurso ao método das tangentes, Assim: wy wx = Ny Nx (2) Onde Ny- e o numero de tangentes na vertical (ao longo do eixo-y) e, Nx e o numero de tangenciais na horizontal. 6 3 Material Necessario Alimentação: Dois geradores de sinais; Instrumentos: Osciloscópio e Mult́ımetro; Diversos: Fio de conexão de dois cabos BNC garra jacaré. 3.1 Ordens de execução 3.1.1 Medição com osciloscópio 1. Ligou-se o osciloscópio, gire o controle “Intensity” até o aparecimento do feixe electrônico e utilizou-se o controle “Focus” para focalizar o feixe eletrônico; 2. Utilizou-se os controles ��l de forma a centralizar o feixe eletrônico; 3. Manteve os controles “VARIABLE” da escala de tempo e voltagem na posição de calibração (CAL); 4. Manteve o controle “MODE” na posição (NORMAL); 5. Manteve o controle “SOURCE” na posição (INT) e mantenha o controle “AC-GND-DC” em AC; 6. Insiriu-se o sinal senoidal na entrada do canal-1 do osciloscópio utilizando os cabos BNC; 7. Atuou-se no controle “LEVEL” para fixar a varredura eletrônica na tela. 8. Ajustou-se e anotou-se a escala de voltagem do osciloscópio (Volt/Div) de modo a tendo uma boa observação da amplitude pico a pico do sinal medido; 9. Ajustou-se e anotou-se a escala de tempo do osciloscópio (Time/Div) de modo a tendo uma boa observação do peŕıodo do sinal; 10. Com frequência e voltagem no gerador de sinais, preencheu-se os restantes cna tabela 1, usando o osciloscópio e o mult́ımetro. 3.2 Obtenção de figuras de Lissajouns 1. Ligou-se os geradores de sinais aos canais do osciloscópio sendo um para o canal 1 (Ch1) e outro para o canal 2 (Ch2); 2. Ajustou-se o cursor de sensibilidade vertical (Volt/Div) para a posição X-Y; 3. Para os dois geradores usou-se a escala de 100Hz; 4. Variou-se ligeiramente a frequência do gerador ligado ao canal 1 (Ch1) e obteve-se uma elipse; 5. Para fixar a varredura electrónica na tela, actuou-se no controle ”LEVEL”. 7 4 Resultados Ao analisar a figura obtida no osciloscópio pode-se verificar que a figura sinoidal teve em uma volta completa ou seja, quatro (4) divisões em um tempo de 2 ms, e igual número em relação a amplitude pico a pico. Figure 3: Ilustracão da onda senoidal obtida no laboratorio Com base nessas informações, podemos calcular o peŕıodo, a frequência e o valor eficaz, com uso das fórmulas abaixo: 4.1 Procedimentos Analiticos Dados: T=? T = 4 ∗ 2 ∗ 10−3 = 8 ∗ 10−3s (3) f=? f = 1 T = 1 8 ∗ 10−3 = 125Hz (4) Vp=? V p = 4div ∗ 5V/div = 20V (5) Vpp=? V pp = 2V p = 2 ∗ 20V = 40V (6) Vrms=? V mrs = V p√ 2 = 20√ 2 = 20 ∗ √ 2 2 = 10 ∗ √ 2 = 14.14V (7) Os resultados obtidos na experiênciaestão apresentados na tabela abaixo: 8 Table 1: Medições com o osciloscópio. Gerador de sinais Osciloscopio Multimetro f(Hz) V(V) Vpp(V) Vrms T(s) f(Hz) V(V) 100 5 40 14.14 8.10−3 125 44.6 Com o uso de um osciloscópio que permitia a entrada dos dois canais, pode-se obter varias figuras lissojous com destade a figura abaixo: Figure 4: experiencia feita no laboratorio. A figura ocupa na horizontal trés quadrados e com isso, admite-se que o periodo seja dado por: T = 3 ∗ 2s = 6 ∗ 10−6s (8) E assim, obtemos a frequencia: f = 1 T = 1 6 ∗ 10−6 = 0.16 ∗ 106Hz (9) Determinando o valor de A e B, temos dois quadradinho), fazendo os calculos temos: A = 2.6V (10) B = 2, 1V (11) Determinando o angulo de desfasamento temos: ∆Φ=arcsin BA = arcsin 2.1 2.6 = 54 o(12) 4.2 Análise dos resultados Visto que com o mult́ımetro registamos um uma corrente de 20A numa re- sistênciade 50 uma tensão de 6.4V. Os resultados obtidos nos cálculos de valor eficaz da tensão (Vrms) demostrou que não apresentam valores obtidos pelo mult́ımetro, porque não foi usado durante a execução da experiência. 9 5 Conclusão Com os dados obtidos no laboratório, cheguei a conclusão que o desfasamento entre sinais da mesma frequência, mas não necessariamente da mesma amplitude nem do mesmo tamanho, isto é, o desfasamento entre dois sinais sinusoidais. O desfasamento de dois sinais e o tempo que demora um dos sinais a “repetir” o outro. Chama-se método eĺıptico a este método de medir desfasamento, porque o desenho visualizado no ecrã tem um formato eĺıptico que varia dependendo do valor do desfasamento. Através da forma da elipse, é posśıvel determinar o desfasamento entre as duas sinusoides. A medição da tensão foi feita contando o número de divisões na escala vertical do osciloscópio. Primeiro ajustamos o comando de amplificação vertical do sinal de modo a que a forma de onda cubra a maior área de ecrã posśıvel. Quanto maior área coberta, maior a exatidão da medição. Seguidamente efectuamos a medição utilizando como referência a divisão central, que está dividida em divisões pequenas, permitindo uma medição mais exata. 10 6 Bibliografia Departamento, F. (2020), Guião do laboratório de Electrónica Analógica Ser- way, J. (2004). Physics for scientists and engineers (6th ed.),Thomson Brooks/Cole.Tektronix. (2009). Oscilloscope fundamentals. Retrieved 2020-03-23. 11
Compartilhar