Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 1 Mecanismos periféricos: nervos e receptores. São eles que estão envolvidos na dor. • Estímulos de origem química, mecânica e térmica são convertidos em impulsos elétricos (potencial de ação) que gera uma despolarização pelo influxo de sódio. Hérnia de disco: ela causa uma compressão como um estímulo mecânico que desencadeia um processo inflamatório (estímulo químico), que gera uma transmissão de impulso nervoso. • O impulso gerado por esses estímulos sempre envolve um neurônio de primeira ordem que fica localizado nos nervos. Neurônio de 1º ordem: classificado com pseudounipolar e aferente -> localizado no nervo. Fibras ADelta: são fibras que estão envolvidas na dor. • Essas fibras possuem mielina e são chamadas de fibras de inflamação aguda, pois está relacionada com a dor rápida. • 24-48h e depende da extensão da lesão, como por exemplo uma torção no pé. • Ocorre um estímulo agressivo -> ativação dos nociceptores da pele -> liberação de mediadores inflamatórios/químicos (bradicinina e PGE) que sensibilizam o receptor periférico. • Gelo no local por 20m de 1 em 1 hora. Fibras C: são fibras que também estão envolvidas na dor. • Essas fibras têm ausência de mielina e são chamadas de fibras de inflamação crônica pois estão relacionadas com a dor lenta. • Ultrapassa 48h. • Após a cronificação do processo inflamatório os nociceptores liberam diferentes tipos de mediadores químicos (CGRP/SubP) que sensibilizam o receptor periférico que faz a ativação das fibras C. • Nesse quadro já não se utiliza mais gelo (vasoconstrição impede a reconstrução epitelial e atrasa a cicatrização) e sim calor. Nociceptor: fica livre pelo corpo e tem ausência de capsula. Ele sempre está em contato com um neurônio de primeira ordem que fica recebendo estímulos térmicos, mecânico e químico. • Esse receptor tem contato com as fibras ADelta e C. PROVA. Mecanismos periféricos da dor Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 2 Hiperalgesia: é quando uma região está sensibilizada pela presença de mediadores inflamatórios que ficam gerando dor frente a estímulos inofensivos. Dor e nocicepção: nessa fase, o neurônio de 1º ordem(fibras ADelta e C) já estão fazendo sinapse com o neurônio de 2º ordem (localizado no corno posterior do H medular). • Esse neurônio de segunda ordem atravessa a comissura branca e chega ao funículo lateral, fazendo com que o seu axônio suba para o NVPL do tálamo. • Quando ele chega no NVPL o neurônio de 3º ordem vai para o giro pós-central. - Via de dor espinotalâmica lateral: ela começa na medula e vai para o tálamo e ocupa o funículo lateral. Ela é dividida em duas regiões: neoespinotalâmica e paleoespinotalâmica. O corno posterior da medula possui 7 lâminas, que são chamadas de lâminas de Rexed. Vias corticais e subcorticais: ocorre no trato espinotalâmico lateral. • Neoespinotalâmica: relacionada com a dor aguda. Nesse caso, o nociceptor está livre (sem cápsula). O influxo de sódio manda uma informação aferente para o neurônio de 1º ordem pela fibra ADelta (mielinizada), que faz sinapse com o neurônio de 2º ordem (corno posterior do H medular) o qual atravessa a comissura branca e chega no funículo lateral. Após isso o axônio do neurônio de 2º ordem sobe até o NVPL do tálamo onde faz sinapse com o neurônio de 3º ordem e esse neurônio de 3º ordem vai levar a informação para o giro pós-central. DOR AGUDA NORMALMENTE É CORTANTE E BEM LOCALIZADA. - Esse processo de dor aguda envolve 3 neurônios. • Paleoespinotalâmica: relacionado com a dor crônica. Nessa via, o nociceptor está livre (se cápsula). O influxo de sódio transmite informação aferente para o neurônio de 1º ordem pela fibra C (amielinizada) -> sinapse com o neurônio de 2º ordem (corno posterior) -> atravessa comissura branca -> funículo lateral. A partir desse ponto, o axônio do neurônio de segunda ordem sobe até chegar aos núcleos intralaminares do tálamo, onde faz sinapse com o neurônio de 3º ordem. O neurônio de 4º ordem não chega no giro pós- central, mas, sim em áreas subcorticais e transmite uma informação de dor indistinta e mal localizada. DOR CRONICA É INDISTINTA E MAL LOCALIZADA. Esse processo envolve 4 neurônios no mínimo. - Neurônios 3 e 4 localizados nos núcleos intralaminares do tálamo. • As vias espinomesencefálico e espinorreticular são vias de modulação da dor. Somatopia ausente: o estímulo não chega no córtex, mas sim em locais subcorticais. Substância cinzenta periaquedutal (mesencéfalo): é onde ocorre a maior liberação de opioides endógenos. Ela é estimulada pela via espinomesencefálico na tentativa de modular/diminuir a dor. Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 3 Núcleos gigantes e magno de rafe (bulbo): é onde ocorre a liberação de opioides endógenos. São estimulados pela via espinorreticular na tentativa de diminuir/modular a dor. Vias nociceptivas da cabeça: sempre no nervo trigêmeo -> dor trigeminal (diferente doa neoespinotalâmica ou paleoespinotalâmica). O núcleo espinal que está envolvido. Nervo trigêmeo com 4 núcleos de origem real, sendo a dor ligada ao núcleo espinal do nervo trigêmeo. V1, V2 e V3: são neurônios de 1º ordem que vão até o núcleo espinal do nervo trigêmeo e fazem sinapse com o neurônio de 2º ordem, cujo axônio passa para o lado oposto e forma o lemnisco trigeminal, posteriormente seguindo até o tálamo. • Nessa região o neurônio de 2º ordem faz sinapse com o de 3º ordem e sai até chegar no giro pós-central ou córtex somestésica primário. Núcleo: é um acúmulo de corpos de neurônios. Via do funículo posterior: tato epicrítico, vibração e pressão. • Neurônio de 1º ordem entra no funículo posterior e vai até o bulbo, formando o fascículo grácil e cuneiforme, seguindo para o neurônio de 2º ordem que forma os tubérculos grácil e tubérculos cuneiforme. • Considerando que o neurônio de 2º ordem cruza o lemnisco medial e faz sinapse com o neurônio de 3º ordem no tálamo para encaminhá-lo giro pós-central. Modulação descendente da dor: é uma via que transmite substância opioides para o neurônio de 1º ordem, o impedindo de transmitir informação de dor. Substância cinzenta periaquedutal é ativada -> Liberação de glutamato (excitatório) do mesencéfalo -> Ativação do lócus cerúleos e núcleos de rafe (bulbo) -> Liberação de neurotransmissores serotonérgicos (noradrenalina) -> Estímulos inibitório -> Inibição do neurônio de 2º ordem -> Cessamento da transmissão de informação de dor e assim diminuindo a intensidade da dor. Modulação central da dor (descendente): durante a sensação de dor, as vias espinomesencefálica e Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 4 espinorreticular são as responsáveis pela modulação da dor. Exemplo: a via espinomesencefálica ativa a substância cinzenta periaquedutal (é um núcleo) e ela vai liberar glutamato, que por sua vez estimulara os núcleos gigantocelular, magno da rafe e lócus cerúleos. - Esses núcleos liberam serotonina e adrenalina com finalidade de estimular o interneurônio inibitório (para diminui a dor). - Esse interneurônio inibitório fica entre o neurônio de 1º ordem e o neurônio de 2º ordem no corno posterior do H medular. Mecanismos de modulação periférica da dor: conhecida com a teoria de comporta ou portal da dor. - Em casos de dor o neurônio de 1º ordem estimula o de 3º ordem que estimula o de 3º ordem até o giro pós-central (onde há a percepção de dor). - Quando esfregamos a região dolorida, estamos acionando os mecanorreceptores (fibra aberta). - Essa fibra aberta vai estimular dois neurônios. Inicialmente o interneurônio (responsável pela diminuição da dor) e no segundo momento o neurônio de 2º ordem (responsável pela permanência da dor). QUESTÃO DE PROVA. Dor em membro fantasma: a degeneração dos prolongamentosaxonais do membro que foi amoutado gera umas descargas espontâneas e anormais. - Quando há uma lesão no nervo periférico, várias protuberâncias finais (brotos) começam a crescer na extremidade. - Esses brotos que estão se regenerando, formam um “bolo” na extremidade do nervo (neuroma de amputação). As extremidades de axônios atravessadas dentro dos neuromas contêm um acúmulo anormal de canais de sódio. - Esses brotamentos disparam potenciais de ação de forma contínua pois na2o sabe que o membro não está lá. • A amputação pode levar a uma reorganização do córtex somatossensorial com recapeamento do membro amputado em outra área do corpo (boca e queixo). Para esses pacientes, a estimulação na boca ou face ipsilateral pode causar uma sensação de dor que parece se originar do membro fantasma. • Para parar essa “dor” no membro fantasma, deve fazer vários estímulos e de várias formas para que consiga mudar a estrutura cortical do giro pós-central e então ele normalizar os potenciais de ação e o córtex se readapta e não sente mais o membro fantasma (córtex involui nessa região). Nocicepção: é o mecanismo pelo qual os estímulos periféricos são transmitidos ao SNC (é a percepção desses estímulos de dor). Dor: a dor ela inclui componentes discriminativos da sensibilidade dolorosa, ou seja, ela envolve aspectos afetivos e emocionais junto.
Compartilhar