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revisão AV2

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REVISÃO AV2
PROF. DJULI HERMES
IMPORTANTE SABER
 Funções da avaliação do perfil
 Quais são os marcadores
 Significado quando está elevado ou diminuído
 Quais são as patologias associadas
PERFIL 
PROTEICO
PROF. DJULI HERMES
FUNÇÕES 
 Transporte: hormônios, vitaminas, metais, drogas e oxigênio (hemoglobina);
 Catalítica: enzimas;
 Defesa: anticorpos e complemento;
 Tampões: auxiliam na manutenção do pH;
 Nutrição tecidual: aminoácidos
 Hormônios: insulina;
 Mantêm a distribuição de água entre as células e o compartimento intersticial e o sistema 
vascular do organismo;
 Transmissão genética: proteínas cromossômicas, histonas.
HIPOPROTEINEMIA (↓)
HIPOPROTEINEMIA - Diminuição de proteínas totais.
Perda renal de proteínas: Síndrome nefrótica e glomerulonefrite crônica
Perda de proteínas pela pele: Queimaduras severas
Distúrbios de síntese proteica: Desnutrição, má absorção, dietas pobres em 
proteínas.
Outras causas: Edema, hipertireoidismo, hemorragia grave, insuficiência 
cardíaca congestiva, leucemia.
HIPERPROTEINEMIA - Aumento de proteínas totais
Desidratação: Provoca aumento (relativo) de todas as frações proteicas. Causas: Vômito; 
diarreia intensa; pouca ingestão de líquidos; acidose metabólica.
Enfermidades monoclonais: Promovem elevação de imunoglobulinas, causando um aumento 
nos níveis de proteínas totais séricas. Mieloma múltiplo; paraproteinemia benigna; resposta de 
fase aguda (trauma, infarto, malignidade).
Enfermidade policlonais crônicas: Aumento difuso das gama globulinas. Cirrose hepática; 
hepatite ativa crônica; sarcoidose, LES; infecção bacteriana crônica (brucelose, tuberculose, 
malária, lepra); infecções intrauterinas. 
Proteínas Totais = albumina + globulinas
Globulinas = proteínas totais – albumina
ALBUMINA
 Principal proteína plasmática, sendo sintetizada e secretada pelo fígado. 
 A concentração da albumina é um dos melhores índices do estado nutricional do 
paciente.
 HIPERALBUMINEMIA: É encontrada raramente nos casos de: Carcinomatose 
metastática, desidratação aguda, diarreia, estresse, febre, gravidez, vômito, 
tuberculose, neoplasias, etc. 
 HIPOALBUMINEMIA: Promovida pela diminuição ou defeito da síntese devido a um dano 
hepatocelular, deficiência na ingestão de AA, aumento de perdas de albumina por 
doenças e catabolismo induzido pelo estresse fisiológico.
Paciente: Não deve consumir dieta rica em gordura 
por 48h antes da coleta.
Amostra: Soro. 
GLOBINAS
 As globulinas podem ser divididas em três tipos: alfa, beta e gama, identificadas 
mediante eletroforese. 
 ALFA 1: alfa-1- antitripsina, protrombina, transcortina, globulina ligadora de tiroxina e 
alfa-fetoproteína
 ALFA 2: haptoglobina, a alfa-2-macroglobulina, a ceruloplasmina, a eritropoetina e a 
colinesterase
 BETA: betalipoproteínas, transferrina e componente C3 do complemento. 
 GAMA: Igs
 Elas têm funções no transporte de metais, lipídeos e bilirrubina, bem como papel na 
imunidade (fração gama). 
 As globulinas são indicadores limitados do metabolismo proteico, tendo mais 
importância como indicadores de processos inflamatórios.
ATIVIDADE
ARTIGO: ELETROFORESE DE PROTEÍNAS SÉRICAS: INTERPRETAÇÃO E 
CORRELAÇÃO CLÍNICA
RESPONDA:
1. O que é eletroforese de proteínas?
2. Explique o que são as frações alfa-1 globulinas, alfa-2 globlinas, 
betaglobulinas e gamaglobulinas.
ELETROFORESE DE PROTEÍNAS
 A eletroforese é uma técnica de separação de proteínas utilizando-se de forças 
eletroforéticas e eletroendosmóticas presentes no sistema. 
 As frações separadas são visibilizadas a partir de corante sensível a proteínas. 
 Os resultados devem ser sempre expressos sob forma percentual e de 
concentração das diversas frações e em forma gráfica.
ALFAGLOBULINAS
 ALFA-1 GLOBULINAS: Esse grupo é constituído por um conjunto de várias proteínas, entre as quais 
a alfa-1- antitripsina, protrombina, transcortina, globulina ligadora de tiroxina e alfa-fetoproteína. 
Em geral, há aumento dessa fração em processos inflamatórios, infecciosos e imunes, de forma 
inespecífica.
 ALFA-2 GLOBULINAS: A banda alfa-2 é constituída por um grupo variado de proteínas, entre elas a 
haptoglobina, a alfa-2-macroglobulina, a ceruloplasmina, a eritropoetina e a colinesterase. Da 
mesma forma que as alfa-1-globulinas, as proteínas pertencentes a essa banda também se 
comportam como proteínas de fase aguda, aumentando sua concentração na presença de 
infecção, em processos inflamatórios e imunes
BETAGLOBULINAS
 Compostas por um grupo heterogêneo de proteínas, das quais as principais são: 
betalipoproteínas, transferrina e componente C3 do complemento. 
 A transferrina possui o mais rápido padrão eletroforético das betaglobulinas e 
apresenta-se aumentada na anemia ferropriva, na gravidez e no uso de 
anovulatórios.
 O C3, por sua vez, é o componente com mais lenta migração e sua queda está 
relacionada às doenças glomerulares.
GAMAGLOBULINAS
 Fração constituída por imunoglobulinas (Igs) que são os anticorpos produzidos 
pelos plasmócitos, quando estimulados por antígenos ou devido à desordem 
clonal maligna dessas células.
 IgA, IgM, IgG, IgD, IgE
PERFIL 
MINERAL E 
ÓSSEO
PROF. DJULI HERMES
PERFIL MINERAL E ÓSSEO
 Funções:
 Esses minerais apresentam funções fundamentais em diversas atividades 
metabólicas, como nas etapas da coagulação sanguínea, contração e 
relaxamento muscular, e na condução neuromuscular e produção de energia.
 Marcadores:
 Cálcio, fosfato e magnésio
AUMENTO E DIMINUIÇÃO
HIPERCALCEMIA
HIPOCALCEMIA (sangue)
HIPERCALCIÚRIA (urina)
AS PRINCIPAIS PATOLOGIAS ÓSSEAS:
 Osteoporose (mais comum, especialmente em idosos), 
 Osteomalácia (raquitismo), 
 Doença óssea de Paget, 
 Osteodistrofia renal e 
 Tumores ósseos
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE EXAMES LABORATORIAIS 
RELACIONADOS AO METABOLISMO MINERAL
 Hipercalcemia: refere-se ao aumento na concentração sérica de cálcio 
total (superior a 10,5 mg/dL; o valor de referência para cálcio sérico é de 
8,8 a 10,2 mg/dL). 
 Essa alteração pode ser associada com anorexia, náuseas, vômito, 
constipação, hipotonia, depressão, etc., e pode levar a enfermidade renal, 
arritmia cardíaca e mal estado geral. 
 Aproximadamente 90% das hipercalcemias são resultantes de 
hiperparatireoidismo primário ou neoplasias malignas.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE EXAMES LABORATORIAIS 
RELACIONADOS AO METABOLISMO MINERAL
 Hipocalcemia: refere-se a valores reduzidos de cálcio total (inferior a 8,8 mg/dL) e 
ionizado (inferior a 4,6 mg/dL), que devem ser avaliados em relação à 
concentração de proteínas séricas e ao pH do sangue. 
 Em casos de hipoalbuminemia (concentração reduzida de albumina), a 
hipocalcemia é causada por redução da ligação de cálcio à albumina.
 Hipercalciúria: refere-se à liberação excessiva de cálcio na urina (valores 
superiores a 300 mg/d de cálcio; o valor de referência para cálcio urinário é 150 
a 300 mg/d) e é a causa mais comum de ocorrência de cálculo renal.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE EXAMES LABORATORIAIS 
RELACIONADOS AO METABOLISMO MINERAL
 Hiperfosfatemia: caracterizada por níveis de fosfato superiores a 5 mg/dL
em adultos e 7 mg/dL em crianças e adolescentes (valor de referência 
para fosfato sérico é 2,2, a 4,5 mg/dL). Essa situação causa hipocalcemia 
por precipitação do cálcio, diminuição de vitamina D e comprometimento 
da reabsorção óssea dependente de PTH. 
 As principais causas são: redução na excreção de fosfato (insuficiência 
renal), aumento na ingestão de fosfato, endocrinopatias, etc. As 
manifestações clínicas mais comuns são delírio, coma, câimbras 
musculares, hipotensão, etc
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE EXAMES LABORATORIAIS 
RELACIONADOS AO METABOLISMO MINERAL
 Hipofosfatemia: caracterizada por níveis de fosfato inferiores a 2 mg/dL
(severa quando inferior a 1). 
 Ocorre, sobretudo, em casos de repentina retirada deálcool ou em 
indivíduos sob tratamento de cetoacidose diabética.
 Situação geralmente assintomática. 
 Nos casos severos, pode ocorrer fraqueza muscular, dor óssea, disfunção 
das células sanguíneas, etc.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE EXAMES LABORATORIAIS 
RELACIONADOS AO METABOLISMO MINERAL
 Hipermagnesemia: situação rara com valores de magnésio superiores a 
normalidade (valor de referência para magnésio sérico é 0,7, a 1,1 mg/dL). 
 Em geral, ocorre em indivíduos com insuficiência renal, ingestão excessiva 
de magnésio, cetoacetose diabética, etc. 
 Com relação à sintomatologia, quando os níveis séricos se encontram 
entre 5–9 mg/dL, pode ocorrer desaparecimento dos reflexos dos tendões 
e depressão da respiração e apneia quando os níveis estão entre 10–12 
mg/dL.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE EXAMES LABORATORIAIS 
RELACIONADOS AO METABOLISMO MINERAL
 Hipomagnesemia: corresponde a reduzidas concentrações de magnésio 
(abaixo de 0,7 mg/dL). 
 Normalmente, ocorre junto com desordens no metabolismo de potássio, 
cálcio e fosfato. 
 Essa situação é observada em desordens gastrointestinais, perda renal, 
acidose metabólica, alcoolismo crônico, etc.
ELETRÓLITOS
PROF. DJULI HERMES
ELETRÓLITOS
 Eletrólitos são compostos químicos que apresentam cargas elétricas. 
 Os que apresentam cargas positivas são chamados de cátions, sendo os mais 
abundantes o Na+ (sódio — cátion mais abundante no meio extracelular) e o K+ 
(potássio — cátion mais abundante no meio intracelular). 
 Os de cargas negativas são os ânions, destacando-se o Cl– (cloro ou cloretos —
ânion mais abundante no meio extracelular) e o HCO3 – (bicarbonato — ânion 
mais abundante no meio intracelular).
 Dos cátions e ânions citados, o K+ é o único encontrado em maior concentração 
intracelular (dentro das células)
IMPORTÂNCIA FISIOLÓGICA
 Em geral, os eletrólitos têm funções diversas no organismo humano, tais como: 
 participar ou interferir em processos metabólicos; 
 controlar a pressão osmótica e a distribuição de água no organismo; 
 conservar em níveis fisiológicos o pH sanguíneo; 
 permitir que o coração e os músculos mantenham suas funções de contração e 
relaxamento; 
 fazer parte de reações químicas de óxido-redução e também de catálise (sendo 
cofatores para enzimas).
Utilizado no manejo cínico de desordens respiratórias e 
metabólicas.
SÓDIO
 É o cátion preponderante no líquido extracelular.
 Responsável pela osmolalidade do líquido extracelular.
 Exerce importante papel na excitabilidade neuromuscular.
 O conteúdo de Na extracelular é muito maior que o intracelular.
As concentrações de sódio sérico e a osmolaridade sérica 
são mantidas sob controle de mecanismos homeostáticos 
envolvendo a sede, o hormônio antidiurético (HAD) e a 
filtração renal do sódio. 
HIPERNATREMIA
 Aumento dos níveis de Na no soro.
 Apresenta sódio plasmático >145 mmol/L.
 Fatores de risco:
 Idade acima de 65 anos.
 Incapacidade física e mental.
 Hospitalização.
 Defeito na concentração de urina.
 Diurese osmótica.
 Terapia diurética.
Sintomas:
- Sede
- Desidratação
- Inquetação/ impaciência
- Irritabilidade /desorientação
- Boca seca
- Febre
É comum a hipernatremia 
estar associada a um volume 
reduzido de líquido intracelular 
(LEC). 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
 Diagnóstico baseado na concentração elevada de Na sérico.
 Sódio >150-170 mEq/L indica desidratação.
 Sódio >170 mEq/L indica Diabetes insipidus.
 Sódio >190 mEq/L indica ingestão crônica de sal.
HIPONATREMIA
 Diminuição dos níveis de Na no soro. 
 Níveis séricos abaixo de 135 mmol/L. 
 Não existem sinais e sintomas específicos. 
 Manifestações clínicas inespecíficas.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
 História do paciente (vômitos, diarreia, medicamentos)
 exame clínico
 exame laboratorial
DETERMINAÇÃO DE SÓDIO
 Paciente: não é exigido cuidados especiais.
 Amostra: soro, plasma heparinizado ou urina de 24h. 
 Interferências:
 Falsos reduzidos: Anfotericina B, amitriptilina, anti-inflamatórios não esteróides, 
clofibrato, diuréticos orais, heparina, cincristina.
 Falsos aumentados: colheita de sangue em local próximo a infusão intravenosa 
de NaCl. Pacientes submetidos a esteróides anabólicos, bicarbonato de sódio, 
corticóides, etanol, anticoncepcionais orais, estrogênio, manitol, metildopa, 
tetraciclinas, reserpina. 
MÉTODOS:
• Fotometria de chama, 
• Espectrofotometria de absorção 
atômica,
• Eletrodo íons seletivos,
• Enzimáticos.
POTÁSSIO 
 É o cátion predominante no interior das células com teores 23 vezes maior que 
no espaço extracelular.
 Esse potencial permite a geração de potencial de ação necessário para a função 
neural e muscular. Desequilíbrios da relação levam à arritmias cardíacas e 
paralisia muscular.
HIPOCALEMIA OU HIPOPOTASSEMIA 
 É definida quando os níveis de potássio
estão abaixo de 3,5 mmol/L.
 Hipopotassemia moderada
 entre 2,5 a 3 mmol/L.
 Hipopotassemia severa 
 abaixo de 2,5 mmol/L
SINAIS E SINTOMAS:
• Hipotensão, arritmias ventriculares,
• Bradicardia ou taquicardia,
• Poliúria, noctúria,
• Hipoventilação, sofrimento respiratório, 
insuficiência respiratória, 
• Letargia ou outras alterações mentais, 
• Redução da força muscular, redução dos reflexos 
dos tendões, edema.
HIPERCALEMIA OU HIPERPOTASSEMIA
 É uma doença potencialmente letal que pode ser difícil de diagnosticar
clinicamente devido a escassez de sinais e sintomas fidedignos.
 Pacientes com risco de hipercalemia devem ser submetidos prontamente a ECG.
 A hiperpotassemia é definida quando o nível de potássio ultrapassa 5,5 mmol/L e
é assim dividido:
 5,5 a 6,0 mmol/L –hiperpotassemia leve
 6,1 a 7,0 mmol/L –hiperpotassemia moderada
 >7,0 mmol/L –hiperpotassemia severa
HIPERCALEMIA: SINAIS E SINTOMAS
 Predominam queixas cardíacas e neurológicas. Pacientes podem ser
assintomáticos ou ter queixas de: fadiga generalizada, fraqueza, paralisia,
palpitações.
RESPONDA (LER ARTIGO POSTADO DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO 
HIDROELETROLÍTICO)
1) Defina hiponatremia e hipernatremia. 
2) Compare o quadro clínico de pacientes com as alterações acima citadas. 
3) Diferencie a pseudo-hiponatremia da hiponatremia hipertônica. 
4) Cite e explique brevemente os quatro tipos de hiponatremia hipotônica.
5) O que é desmielinização osmótica? Quando pode ocorrer? 
6) Cite a classificação das causas de hipernatremia.
7) Defina hipocalemia e hipercalemia. 
8) Quais são as três maneiras de se tratar a hiperpotassemia? 
9) Por que pode ocorrer pseudo-hipopotassemia em amostras com alta contagem de leucócitos? Como se pode 
evitá-la? 
NOME DO EXAME PREPARO DO PACIENTE SIGNIFICADO DO 
AUMENTO 
SIGNIFICADO DA 
DIMINUIÇÃO

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