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Panorama Antigo e Novo Testamento

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BÍBLICO
U M A A B O R D A G E M P A N O R A M I C A
D A B Í B L I A S A G R A D A
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.32)
M Ó D U L O
P A N O R A M A D O
A N T I G O T E S T A M E N T O
Módulo Bíblico
TeoTech
Apresentação
Está apostila apresenta de forma panorâmica um
breve resumo sobre os livros que compõem a
porção da bíblia conhecida como Antigo
Testamento. Desse modo, será possível
compreender melhor o conteúdo de cada livro,
afim de interpretar melhor as doutrinas e
narrativas apresentadas.
É importante lembrar que, ao estudar a Palavra de
Deus, será necessário a leitura dos livros com uma
certa frequência, para que o estudante possa
identificar de maneira mais profunda os
personagens, períodos, teologia, pano de fundo
social, histórico e político. 
A dedicação aos estudos é fundamental para
adquirir um conhecimento sólido e
transformador. Bons estudos!
Módulo Bíblico
TeoTech
Panorama do Antigo Testamento
NOMES ESCRITURAIS PARA A BÍBLIA
Há pelo menos três nomes escriturais para a Bíblia. São eles: A
Palavra de Deus, As Escrituras e Os Oráculos de Deus. (Ef 6.10-17;
Mt 21.42; Jo 5.39; At 17.11-38; 2 Tm 3.15; Hb 4.12).
AS DIVISÕES DO ANTIGO TESTAMENTO
Os livros do A.T. reúnem-se naturalmente em quatro grupos
fáceis de serem lembrados. Em ordem são: Lei (5); História (12);
Devoção ou Poesia (5); e, Profecia (17).
A MENSAGEM GERAL DO PRIMEIRO GRUPO CONTENDO AS LEIS
O primeiro grupo relata a história das comunicações de Deus e
Seu trato direto com seus filhos, no princípio dos tempos,
durante a época dos patriarcas, como Abraão, Isaque e Jacó e até
a morte de Moisés pouco antes da ida à Terra Prometida, sob a
direção de Josué. Nestes livros está contido tudo o que é
conhecido como Lei, inclusive os Dez Mandamentos (encontrados
em Êxodo 20.3-17). 
Entretanto, lembramos que, incidentemente, ainda hoje, Moisés,
permanece como o maior dos legisladores, mais do que Drácon,
Solon ou outro qualquer. Muitas de nossas leis comuns vêm das
leis Portuguesas que por sua vez vieram das romanas, das quais
muitas vieram de Moisés. Todo o grupo de livros, revela Deus
como a primeira grande causa e Criador, mas vai além disto, e O
revela como Pai paciente, amoroso, interessado e sempre
tentando abençoar o homem que Ele criou à sua própria imagem.
LIVROS HISTÓRICOS
Os doze livros de História começam com o de Josué e terminam
com o de Ester. O mundo registrou muitas Histórias de muitas
nações, mas considerando a influência que a Bíblia e Cristo têm
tido no mundo inteiro, lembrando que esta História é a que
registra a preparação para a vinda de Cristo, será facilmente
notada que esta é a História mais significante na vida do mundo,
de suas civilizações e religiões do que qualquer outra história já
registrada. 
Módulo Bíblico
TeoTech
Estes livros de História cobrem um período de mais de mil anos
da conquista da Terra Santa, em 1400 a.C. ao ano 400 a.C.
Naturalmente daí só as altas luzes e os elevados picos das
montanhas ainda existem, os quais tiveram comunicação direta
com o cuidado e preparação de Deus para dar ao mundo o
Redentor, o Cristo, Senhor.
OS LIVROS DEVOCIONAIS
Os livros do culto e devoção dos Hebreus formam o centro do
culto e da música sacra do mundo até os dias presentes. Os
salmos são cantados em mais de oitocentos línguas, por
seiscentos milhões de cristãos, sem dizer os milhões de judeus. A
poesia lírica dos hebreus estava no auge mil anos antes das
líricas de Horácio. 
Débora cantou uma canção modelo cem anos antes do
nascimento de Sapho. O escritor de Eclesiastes discutiu o
problema do mal 500 anos antes de Sócrates escrever seus
diálogos. Os Salmos são quase mil anos mais velhos do que
Ovídio, e hoje esses poemas líricos são lidos e cantados por mais
pessoas do que antes. Quem quiser usar levianamente qualquer
porção da Bíblia, incluindo o Antigo Testamento, deve considerar
estes fatos. 
O GRUPO PROFÉTICO
Os críticos literários das grandes universidades classificam o
primeiro livro de profecia (Isaías) como um dos maiores trabalhos
de literatura de todos os tempos. Não é isto, entretanto, que o
estudante da Bíblia está principalmente interessado. A questão é:
esses livros são, realmente, mensagens de Deus; e qual é a
mensagem contida neles? Responder tais perguntas em apenas
um parágrafo é impossível, mas pode ser dito que uma das
convincentes provas da inspiração divina do A.T. e da divina
filiação de Cristo, está contida nestes livros. Esses livros foram
escritos aproximadamente, do ano 800 a 400 a.C. Ao lado de suas
mensagens ardentes para as gerações, e de suas valiosas lições
de retidão, que foram cumpridas, em seus mínimos detalhes em
Cristo, estão nos acontecimentos do Novo Testamento. Por
exemplo: Oitocentos anos antes de Cristo, a época em que
nenhuma nação praticava a punição capital pela crucificação
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TeoTech
foi profetizado que Cristo morreria pela crucificação. Era para Ele
iniciar sua missão na Galiléia. Era para confirmar Sua missão por
milagres. Era para ser homem sensível; era para entrar em
Jerusalém com triunfo; era para ser rejeitado pelos judeus; era
para ser traído e até o preço (trinta moedas de prata) foi predito.
Seu procedimento durante o julgamento foi predito; era para
sofrer abusos, era para morrer sob sentença judicial; era para ser
escarnecido; suas vestes haveriam de ser rasgadas, e sortes
sobre elas haveriam de ser lançadas pelos transgressores; era
para perecer em meio de crueldades e zombarias; nenhum de
seus ossos deveria ser quebrado; era para ser traspassado; era
para fazer sua sepultura com o rico. 
Estas são algumas das coisas que foram preditas e cumpridas em
seus mínimos detalhes. Nenhuma outra explicação razoável pode
ser dada, a não ser a que Deus existe antes e depois dos escritos
do Antigo e Novo Testamentos, e que os homens que manejaram
as penas tiveram a mente do Senhor atrás de si. 
Módulo Bíblico
TeoTech
GÊNESIS
 
Tema. Este livro é bem definido pelo seu título, Gênesis, que
significa “princípio”, porque é a história do princípio de todas as
coisas – o princípio do céu e da terra, o princípio de todas as
formas de vida e de todas as instituições e relações humanas.
Tem sido chamado o “viveiro “ das gerações da Bíblia pelo fato de
nele se encontrarem todos os começos de todas as grandes
doutrinas referentes a Deus, ao homem, ao pecado e à salvação.
O primeiro versículo anuncia o propósito do livro. “No princípio
criou Deus os céus e a terra”. Ora, sendo ele o Deus e Criador de
toda a terra, devia por fim tornar-se o Redentor de toda a terra.
O livro relata como se tornou necessária a redenção, devido ter o
homem pecado e caído nas trevas; e como Deus escolheu uma
nação a fim de que levasse a luz da verdade divina às demais
nações. 
Autor. Moisés. 
Esfera de ação. Da criação até à morte de José, abrangendo um
período de 2.315 anos, de cerca de 4004 a 1689 antes de Cristo.
ÊXODO
Título. Êxodo vem do grego, significando “sair”, e foi assim
chamado porque registra a saída de Israel do Egito. Tema. Em
Gênesis lemos acerca do princípio da redenção. No livro do Êxodo
lemos acerca do progresso da redenção. Em Gênesis a redenção é
efetuada através de indivíduos; em Êxodo, é efetuada através de
uma nação inteira: Israel. A ideia central do livro é a redenção
pelo sangue. Em torno dessa ideia concentra-se a história de um
povo salvo pelo sangue, amparado pelo sangue e tendo acesso a
Deus pelo sangue. Essa redenção se apresenta suprindo todas as
necessidades da nação. Oprimido pelos egípcios, Israel necessita
de libertação. Deus provê essa libertação. 
Pentateuco
Módulo Bíblico
TeoTech
Tendo sido salva, a nação necessita de uma revelação de Deus
para orientá-la na conduta e no culto de sua nova vida. Deus lhe
dá a Lei. Convencidos do pecado pela santidade da Lei, os
israelitas sentem a necessidade de purificação. Deus provê
sacrifícios. Tendo uma revelação de Deus, o povo sente a
necessidade de culto. Deus lhe dá o tabernáculo e estabelece um
sacerdócio. 
Autor. Moisés.Esfera de ação. Os acontecimentos registrados em êxodo
abrangem um período de 216 anos, cerca de 1706 a 1490 antes
de Cristo. Começa com um povo escravizado habitando na
presença da idolatria egípcia e termina com um povo redimido
habitando na presença de Deus.
Módulo Bíblico
TeoTech
Tendo sido salva, a nação necessita de uma revelação de Deus
para orientá-la na conduta e no culto de sua nova vida. Deus lhe
dá a Lei. Convencidos do pecado pela santidade da Lei, os
israelitas sentem a necessidade de purificação. Deus provê
sacrifícios. Tendo uma revelação de Deus, o povo sente a
necessidade de culto. Deus lhe dá o tabernáculo e estabelece um
sacerdócio. 
Autor. Moisés. 
Esfera de ação. Os acontecimentos registrados em êxodo
abrangem um período de 216 anos, cerca de 1706 a 1490 antes
de Cristo. Começa com um povo escravizado habitando na
presença da idolatria egípcia e termina com um povo redimido
habitando na presença de Deus.
LEVÍTICO
Título. Chama-se Levítico pelo fato de ser um registro de leis
referentes aos levitas e seu serviço. Tema. No livro do êxodo
vimos Israel redimido; a redenção de um povo escravizado.
Levítico diz-nos como um povo redimido pode aproximar-se de
Deus pela adoração e como pode ser mantida a comunhão assim
estabelecida. A mensagem de Levítico é: o acesso a Deus é
somente por meio do sangue e o acesso assim obtido exige a
santidade do adorador. A maioria dos tipos no livro refere-se à
obra expiatória de Cristo e manifesta-se nas diferentes oferendas
que ali se escrevem. Êxodo da-nos o relato da oferenda única que
redimiu Israel de uma vez e para sempre. Levítico dá- nos muitos
quadros dessa oferenda no que se relaciona com os diferentes
aspectos da redenção. A mensagem do livro está muito bem
exposta no versículo 2 do capítulo 19. Observe o propósito
prático do livro: contém um código de leis divinamente
determinado e designado para tornar Israel diferente de todas as
demais nações, espiritual, moral, mental e fisicamente. Em outras
palavras, Israel tornar-se-ia uma nação santa – uma nação
separada dos modos e costumes das nações que a cercavam, e
consagrada ao serviço do único e verdadeiro Deus. 
Autor. Moisés. 
Esfera de ação. O livro abrange o período de um ano da jornada
de Israel no Sinai. 
Módulo Bíblico
TeoTech
NÚMEROS
Título. O livro de Números tem este título porque trata do
registro dos dois censos de Israel antes de entrar em Canaã.
Tema. Em Êxodo vimos Israel redimido; em Levítico vimos Israel
em adoração; e agora em Números vemos Israel servindo. O
serviço do Senhor não devia ser feito de uma maneira casual,
razão por que o livro nos apresenta o quadro de um
acampamento, onde tudo é feito segundo a primeira lei do céu –
a ordem. O povo é numerado conforme as tribos e famílias; a
cada tribo é designado o seu lugar no acampamento; a marcha e
o acampamento são regulados com precisão militar; e no
transporte do Tabernáculo cada levita tem a sua tarefa especial.
Além de ser um livro de serviço e ordem, Números é um livro que
registra o fracasso de Israel que, por não crer nas promessas de
Deus, não entrou em Canaã, e, consequentemente, peregrinou no
deserto por castigo. Contudo, foi uma falta que não frustou os
planos de Deus, porque o fim do livro deixa Israel nas fronteiras
da Terra Prometida, aonde a nova geração de israelitas espera
entrar. Desta maneira quatro palavras – serviço, ordem, falha e
peregrinação – resumem a mensagem de Números. 
Autor. Moisés. 
Esfera de ação. 39 anos de jornada do povo de Israel no deserto,
desde cerca de 1490 até 1451 antes de Cristo.
DEUTERONÔMIO 
Título. Deuteronômio origina-se de duas palavras gregas que
significam “segunda lei”, e chama-se assim pelo fato de registrar a
repetição das leis dadas no Sinai. Tema. Moisés cumpriu a sua
missão. Conduziu Israel do Egito às fronteiras da Terra
Prometida. Agora que o tempo de sua partida chegou, ele resume
perante a nova geração, numa série de discursos, a história
passada de Israel, e nesse resumo baseia as admoestações e
exortações que tornam Deuteronômio um grande sermão
exortativo para Israel. Exorta a recordar o amor de Jeová para
com eles durante as jornadas no deserto, para que pudessem
estar seguros da continuação do seu cuidado quando entrassem
em Canaã. Admoesta-os a observar a lei a fim de prosperarem.
Lembra-lhes as suas apostasias e rebeliões passadas e os adverte
das consequências da desobediência futura. 
Módulo Bíblico
TeoTech
A mensagem de Deuteronômio pode resumir-se em três
exortações: Recorda! Obedece! Cuidado! 
Autor. Moisés. 
Esfera de ação. Dois meses nas planícies de Moabe, 1451 antes
de Cristo.
Módulo Bíblico
TeoTech
Livros Históricos
JOSUÉ
Tema. Israel está agora em condições de tomar posse de Canaã e
cumprir sua missão de ser testemunha às nações quanto à sua
unidade, e defensor da palavra e Lei de Deus. Nos livros
históricos, começando com Josué, veremos se Israel cumpriu ou
não a sua missão. Josué é livro de vitória e de possessão, que
apresenta o quadro de Israel, outrora rebelde, agora
transformado num exército disciplinado de guerreiros,
subjugando nações, que lhe eram superiores em número e poder.
O segredo de seu êxito não é difícil de conhecer – “O Senhor
pelejou por eles”. Tomando a fidelidade de Deus como
pensamento central, poderíamos fazer um resumo da mensagem
de Josué nas palavras de 21.45: “Nenhuma promessa falhou de
todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel: tudo
se cumpriu.” 
Autor. Josué. O Talmude diz que Josué escreveu todo o livro com
exceção dos últimos cinco versículos. Foi escrito durante o tempo
em que vivia Raabe (6.25). 
Esfera de ação. Desde a morte de Moisés até a morte de Josué,
cobrindo um período de 24 anos, de 1451 1 1427 antes de Cristo. 
JUÍZES 
Tema. Josué é o livro da vitória; Juizes, o livro do fracasso. Depois
da morte de Josué, a nova geração de israelitas fez uma aliança
com as nações que a antiga geração havia deixado na terra,
atitude que resultou em idolatria e imoralidade. Isso lhes trouxe
o juízo de Deus na forma de servidão às mesmas nações que
deviam ter subjugado. Quando clamaram a Deus, foi-lhes enviado
um libertador; durante o tempo em que esse viveu,
permaneceram fiéis a Deus, mas depois da sua morte tornaram a
seguir os velhos pecados. Nos últimos capítulos do livro, o
escritor nos dá uma descrição detalhada daqueles tempos de
apostasia e anarquia e explica o fenômeno pelo fato de que
“Naqueles dias não havia rei em Israel: cada qual fazia o que
achava mais reto”. A história do livro pode resumir-se em quatro
palavras: Pecado, Servidão, Arrependimento, Salvação. 
Módulo Bíblico
TeoTech
Autor. Segundo a tradição judaica, o autor foi Samuel.
Esfera de ação. Abrange o período que vai da morte de Josué à
magistratura de Samuel.
RUTE
Tema. O livro de Juízes fornece, como se vê, um quadro muito
triste de Israel, sob o ponto de vista nacional; Rute apresenta-nos
um quadro luminoso desse período em relação à fidelidade e
beleza do caráter de certos indivíduos. A história, uma das mais
formosas da Bíblia, é duplamente interessante pelo fato de ser
uma gentia a sua heroína. A última palavra do livro – Davi –
revelará seu valor principal. Seu propósito é traçar a linhagem de
Davi, o progenitor do Messias. O livro inteiro tem seu clímax na
genealogia que se encontra no último capítulo. 
Autor. A tradição judaica atribui a Samuel a autoria deste livro.
Esfera de ação. O livro abrange um período de dez anos,
provavelmente durante a época de Gideão
PRIMEIRO LIVRO DE SAMUEL 
Tema. O Livro de Samuel é um livro de transição. É o registro da
passagem do governo de Israel por juízes ao governo por reis, e
da passagem do governo de Deus, ao governo de um rei visível. O
conteúdo pode agrupar-se ao redor de três pessoas: Samuel, um
patriota e juiz de coração humilde e consagrado, que servia a
Deus obedientemente; Saul, um rei egoísta, pródigo, ciumento e
obstinado, faltoso e infiel na lealdade a seu Deus; Davi um
homem segundo o coração de Jeová, o doce cantor de Israel, um
varãode oração e louvor, provado, disciplinado, perseguido e
finalmente coroado monarca de todo Israel”. 
Autor. Supõe-se, geralmente, que Samuel escreveu os primeiros
24 capítulos; e pelo fato de serem os profetas Natã e Gade
mencionados juntamente com Samuel em 1 Crônicas 29.29, como
biógrafos dos acontecimentos da vida de Davi, conclui-se que eles
foram os autores dos capítulos restantes. 
Esfera de ação. Vai desde o nascimento de Samuel até a morte
de Saul, abrangendo um período de 115 anos; de mais ou menos
1171 a 1056 a.C
Módulo Bíblico
TeoTech
SEGUNDO LIVRO DE SAMUEL
Tema. “O livro todo concentra-se na figura de Davi; É o quadro do
ungido de Deus, para quem nossos olhos se dirigem. É o quadro
do homem segundo o coração de Deus que iremos estudar. E
começamos o nosso estudo com esta pergunta: o que há em Davi
que mereça um título tão honorífico? Não o observamos de longe
de modo a vê-lo como rei, em posição elevada, rodeado por toda
insígnia da realeza, mas sim observamo-lo de perto, na sua
familiaridade de homem. Vemo-lo, não somente no trono, mas
também no lar. Vemo-lo nas suas tristezas mais profundas, e na
hora de seus maiores triunfos; sua justa indignação, e sua
palavras de bondade, ternura e generosidade. Somos
testemunhas do seu pecado, arrependimento, momentos de
impaciência e dignidade real. O quadro todo, apesar de partes
sombreadas, apresenta-nos um homem em cuja vida Deus
ocupava o primeiro plano. Para Davi, acima de todas as demais
coisas, Deus é uma gloriosa realidade. Em suma, Davi é um
homem que está profundamente consciente de sua própria
debilidade, erro e pecado, mas que conhece a Deus, e confia nele
de todo o seu coração”. – Markham. 
Autor. Os acontecimentos registrados em 2 Samuel foram
acrescentados provavelmente ao livro de Samuel por Natã ou
Gade. 
Esfera de ação. Vai desde a morte de Saul até a compra do local
do templo, abrangendo um período de 37 anos.
PRIMEIRO LIVRO DOS REIS
Tema. Em 1 e 2 Samuel relata-se que a nação judaica exigiu um
rei a fim de tornar-se como as demais nações. Embora contrária à
sua perfeita vontade, Deus lhe concedeu essa petição. Neste livro
aprendemos a história de Israel sob os reis. Apesar de
governarem muitos reis de caráter reto, a história da maior parte
deles é a de governos mais iníquos. De acordo com a sua
promessa em 1 Samuel 12.18-24, o Senhor não deixou de
abençoar o seu povo quando o buscava, mas, por outra parte,
nunca deixou de castigá-lo quando se separava dele. 
Autor. O autor é desconhecido. Acredita-se que Jeremias tenha
compilado dos registros escritos por Natã, Gade e outros. (1 Cr
29.29). 
Módulo Bíblico
TeoTech
Esfera de ação. Vai desde a morte de Davi até o reinado de Jorão
sobre Israel, cobrindo um período de 118 anos, de 1015 a 897
a.C. Sobre a Divisão e Declínio do Reino. A maneira mais
proveitosa para o aluno aprender esta seção é fazer uma lista dos
reis de Judá e de Israel, anotando em resumo os seguintes fatos:
o caráter do rei, o tempo que reinou, os nomes dos profetas
mencionados em conexão com seu reinado, e os acontecimentos
principais de seu reino. A lista que se segue dos reis de Judá e
Israel, agrupados tanto quanto possível em ordem cronológica,
servirá de guia ao estudante. 
SEGUNDO LIVRO DOS REIS 
Tema. O segundo livro dos Reis é uma continuação da história da
queda de Judá e Israel, culminando no cativeiro de ambos. Temos
aqui a mesma história de fracasso do rei e do povo, uma história
de apostasia e idolatria. Embora este tenha sido o grande período
profético de Israel, a mensagem dos profetas não foi ouvida. As
reformas que se realizaram sob reis como Ezequias e Josias foram
superficiais. O povo logo voltou a seus pecados e continuou neles
até que mais nenhum remédio houve (2 Cr 36.15,16). 
Autor. O autor humano é desconhecido. Acredita-se que Jeremias
tenha compilado os registros feitos por Natã, Gade e outros. 
JUDÁ
Jeroboão
Roboão
Abias
Asa
Josafá
Jeorão
ISRAEL
Jeroboão
Nabate
Baasa
Elá
Zinri
Onri
Acabe
Acazias
Módulo Bíblico
TeoTech
Esfera de ação. Desde o reinado de Jorão em Judá e Acazias em
Israel, até o cativeiro, cobrindo um período de 308 anos de 896 a
588 a.C. Enquanto o aluno lê os capítulos, deve fazer uma lista
dos reis de Judá e de Israel, como fez no primeiro livro. Anexamos
aqui uma lista paralela desses reis.
JUDÁ
Acazias
Atalia
Joás
Amazias
Azarias
Ezequias
 
 
 
Jotão
Acaz
Ezequias
Amom
Josias
Jeoacaz
Jeoiaquim
Joaquim
Zedequias
ISRAEL
Jorão
Jeú
 
Jeoacaz
 
 
Jeroboaõ II
 
 
Salum
Menaém
Pecaías
 
Peca
 
Prof. JUDÁ
 
 
 
 
 
Isaías
Amós
Oséias
Joel
 
Miquéias
Naum
 
Sofonias
Jeremias
Habacuque
 
Prof. ISRAEL
Elizeu
 
Jonas
 
 
 
 
Zacarias
 
 
Oséias
 
Módulo Bíblico
TeoTech
PRIMEIRO E SEGUNDO LIVRO DAS CRÔNICAS
Introdução. Como os livros das crônicas abrangem, na sua
maioria, a matéria que se encontra em 2 Sm e 1 e 2 Rs, cremos
que é suficiente dar uma introdução apenas a estes livros. 
Tema. Os tradutores gregos da Bíblia referem-se a estes livros
como “as coisas omitidas”, porque fornecem muitas informações
que não se encontram nos livros dos Reis. Embora Reis e Crônicas
demonstrem grande similaridade de conteúdo, foram escritos sob
diferentes pontos de vista, o primeiro sob o ponto de vista
humano, o último, sob o divino. Para exemplificar: 1 Reis 14.20,
relatando a morte de Jeroboão, diz que “descansou com seus
pais”. É esse o ponto de vista humano. 2 Crônicas 13.20,
relatando o mesmo acontecimento, nos diz que “feriu o Senhor a
Jeroboão, que morreu.” Este é o ponto de vista divino. 
Autor: “Não se sabe ao certo quem foi o autor de Crônicas, mas o
Talmude declara que Esdras foi o redator dos registros deixados
por Samuel, Natã, Gade, Ido, etc. 
Esfera de ação. Desde a morte de Saul até o decreto de Ciro,
abrangendo um período de 520 anos; de 1056 a 536 a.C.
ESDRAS 
Introdução. Por serem os livros de Esdras, Neemias e Ester tão
intimamente relacionados, e tratarem do mesmo período, damos
aqui os acontecimentos principais contidos nestes livros, para
que o aluno possa ver de relance a história do período que
seguiu ao cativeiro. 
1. O regresso dos desterrados sob Zorobabel – 536 a.C. 
2. A reconstrução do templo – 535 a.C. 
3. O ministério dos profetas Ageu e Zacarias – 520 a.C. 
4. A dedicação do templo – 515 a.C. 
5. Os acontecimentos relatados no livro de Ester – 478 a 473 a.C.
6. Esdras visita Jerusalém – 458 a.C.
7. Neemias enviado a Jerusalém como governador – reconstrói o
muro – 446 a.C. 
8. Malaquias profetiza.
Tema. A ideia predominante de Esdras é a restauração. Uma
comparação entre Reis e Crônicas exporá isto. Reis e Crônicas
registram a destruição do templo de Israel; o último, a sua
reconstrução. Esdras dá uma lição admirável da fidelidade de
Deus. 
Módulo Bíblico
TeoTech
Fiel à sua promessa (Jr 29.10-14) ele estende a mão para
reconduzir o povo à sua terra, e ao fazê-lo, usa os reis pagãos –
Ciro, Dario, Artaxerxes – como seus instrumentos. 
Autor. O fato de ser o livro escrito na primeira pessoa, por
Esdras, indica que ele foi o autor. 
Esfera de ação. Desde a volta da Babilônia até o estabelecimento
na Palestina, abrangendo um período de 79 anos mais ou menos,
de 536 a 457 antes de Cristo. 
NEEMIAS
Tema. Este livro gira em torno de uma pessoa – Neemias. É a
autobiografia de um homem que sacrificou uma vida de luxo e
prazeres para poder ajudar a seus irmãos necessitados em
Jerusalém. Descreve um homem que combinou a espiritualidade
com a prática – alguém que sabia tanto orar como trabalhar.
Absolutamente destemido, ele recusou fazer pactos com os
inimigos externos e com o pecado interno. Depois de reconstruir
o muro de Jerusalém e efetuar muitas reformas gerais entre o
povo, humildemente deu glória a Deus por tudo o que tinha
realizado. A lição principal que ensina a sua vida é que a oração e
perseverança vencem todos os obstáculos. 
Autor. Neemias. 
Esfera de ação. Desde a viagem de Neemias a Jerusalém até a
restauração do culto no templo, cobrindo um período de mais ou
menos 12 anos, de 446 a 434antes de Cristo.
ESTER
Tema. O livro de Ester não menciona o nome de Deus,
entretanto, há nele abundantes sinais de que ele estivesse
operando e cuidando de seu povo. Assim como Deus salvou o seu
povo do poder de Faraó, ele livrou Israel da mão do malvado
Hamã. Podemos resumir a mensagem do livro da maneira
seguinte: a realidade da providência divina. 
Autor. Desconhecido. Provavelmente Mordecai (veja 9.20). Alguns
acreditam que foi Esdras.
Esfera de ação. Entre os capítulos 6 e 7 de Esdras, antes de este
partir para Jerusalém.
Módulo Bíblico
TeoTech
Livros Poéticos
JÓ
Tema. O livro de Jó trata de um dos maiores mistérios – o do
sofrimento. A pergunta que ressoa por todo o livro é: Por que
sofrem os justos? Jó, um homem descrito como perfeito, é
despojado da riqueza, dos filhos e da saúde. Suporta estas
aflições com paciência. Jó não compreende a causa dessas
calamidades, mas resigna-se com o pensamento de que Deus
envia aos homens tanto o mal como o bem, e que tem o direito
de fazer com as suas criaturas o que lhe aprouver. Assim, pois, os
homens devem aceitar o mal sem fazer queixa. Os amigos de Jó
argumentam que, sendo o sofrimento o resultado do pecado, e
sendo Jó o mais aflito dos homens, deveria ele ser o mais ímpio
de todos. Jó fica indignado e nega a acusação de ter cometido
pecado, levando sua negação até o ponto da autojustiça. Na
conclusão da discussão entre Jó e seus amigos, Eliú fala,
condenando Jó por sua autojustiça e os outros por sua áspera
condenação de Jó. Continua, explicando que Deus tem um
propósito ao enviar o sofrimento aos homens; que ele castiga o
homem com a intenção de trazê-lo para mais perto de si mesmo.
Deus usou as aflições para experimentar o caráter de Jó e como
um meio de revelar-lhe um pecado do qual até então não se tinha
dado conta: autojustiça. 
Autor. O autor de Jó é desconhecido. Acredita-se que Eliú pode
tê-lo escrito (32.16).
OS SALMOS
Tema. O livro dos salmos é uma coleção de poesia hebraica
inspirada, que mostra a adoração e descreve as experiências
espirituais do povo judaico. É a parte mais íntima do Antigo
Testamento; dá-nos uma revelação do coração do judeu santo, e
percorre todas as escalas de suas experiências com Deus e a
humanidade. Podemos resumir desta maneira o tema dos
Salmos: Deus deve ser louvado em todas as circunstâncias da
vida; e isto por causa da sua fidelidade no passado, que é uma
garantia de sua fidelidade no futuro. 
Autores. Muitos dos Salmos são anônimos e tem-se dúvida
quanto a autoria de alguns. 
Módulo Bíblico
TeoTech
Davi é considerado autor de 71 Salmos que levam o seu nome.
Asafe, Salomão, Moisés, Hemã, Esdras, Etã, Ezequias, Os filhos de
Coré, Jedutum e outros.
PROVÉRBIOS 
Tema. O livro de Provérbios é uma coleção de expressões curtas
e concisas que contêm lições morais. O propósito do livro é
declarado logo no princípio, a saber: dar sabedoria aos jovens
(1.1-7). É o livro prático do A.T., que aplica os princípios de
justiça, pureza e piedade à vida diária. A sabedoria ensinada em
Provérbios não é meramente carnal, ou prudência comum, mas
sim, baseada no temor do Senhor (1.7). Podemos assim, resumir
o seu tema: sabedoria prática, tendo como fonte e base o caráter
religioso. “O temor do Senhor é o princípio do saber”. 
Autores: O próprio Salomão escreveu a maioria dos provérbios (1
Rs 4.32; Ec 1.13; 12.9). Agur e Lemuel escreveram os últimos dois
capítulos do livro. 
ECLESIASTES 
Título. A palavra “eclesiastes” significa “o pregador”. Pode Ter
sido assim chamado pelo fato de ter Salomão, depois de sua
triste experiência de desviar-se, ensinado publicamente as suas
experiências e as lições aprendidas. Tema. No livro dos
Provérbios tomamos conhecimento da sabedoria que tem o seu
princípio em Deus. Agora, em Eclesiastes, tratamos da sabedoria
meramente natural, que, à parte de Deus procura encontrar a
verdade e a felicidade. Ambos os livros foram escritos por
Salomão; o primeiro, durante a primeira parte de seu reinando,
quando andava com Deus; o segundo, durante a última parte de
seu reinado quando o pecado o separava de seu Criador. Nos
Provérbios se ouve dos seus lábios uma nota de gozo e
contentamento ao meditar sobre as bênçãos da sabedoria divina;
em Eclesiastes um tom de tristeza, desalento e perplexidade, ao
ver o fracasso da sabedoria natural ao tentar resolver os
problemas humanos e obter a perfeita felicidade. Depois de seu
afastamento de Deus (1 Rs 11.1-8), Salomão ainda tinha riquezas
e sabedoria. Possuído destas, começou a sua investigação da
verdade e da felicidade sem Deus. O resultado dessa pesquisa
tem sua expressão na sentença sempre citada, “tudo é vaidade”
(Vaidade aqui significa “vazio, sem valor”). 
Módulo Bíblico
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Salomão aprendeu a seguinte verdade que resume o tema do
livro: sem a bênção de Deus, sabedoria, posição e riquezas não
satisfazem, muito pelo contrário, trazem cansaço e decepção.
Autor. (Veja 1.1, 16; 12.9).
CANTARES DE SALOMÃO
Título. O nome deste livro na Bíblia hebraica é “Cântico dos
Cânticos” chamado evidentemente assim, pelo fato de ser este
cântico o principal de todos os Cânticos de Salomão (1 Rs 4).
Tema. Cantares de Salomão é uma história de amor, que glorifica
o amor puro e natural e focaliza a simplicidade e a santidade do
matrimônio. O significado típico desta história pode inferir-se do
fato de que sob a figura da relação matrimonial se descreve o
amor de Jeová para com Israel (veja Oséias caps. 1- 3; Isaías 62.4),
e o amor de Cristo para com a Igreja (Mt 9.15; 2 Co 11.2; Ef 5.25;
Ap 19.7; 21.2). Sugere-se o seguinte tema: o amor do Senhor para
com seu povo é tipificado pelo amor da esposa e do esposo.
Note. Ao ler este livro o estudante deve recordar-se de que está
lendo um poema oriental, e que os orientais usam uma
linguagem clara nas mais íntimas das questões – uma clareza de
linguagem estranha e algumas vezes desagradável à maioria dos
ocidentais. Por mais delicada e íntima que seja a linguagem em
muitas partes do livro, deve notar-se que não há nada que
ofenderia ao mais modesto oriental. O Dr. Campbell Morgan
disse: “Em primeiro lugar era indubitavelmente um canto de amor
terrestre, mas muito puro e muito lindo. Pessoas há que
encontrariam indecências no céu – se por acaso chegassem lá –
mas às ocultariam em suas almas corrompidas. Para aqueles que
vivem vida simples, estes cânticos são cheios de formosura e
expressam a linguagem do amor humano. Finalmente, nas
experiências espirituais, expressam a relação daqueles que tem
sido ganhos por Deus em Cristo, a quem amam e conhecem"
Autor. Salomão. 
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ISAÍAS 
Tema. De todas as escrituras proféticas o livro de Isaías é a mais
formosa e sublime. Em nenhum dos outros livros obtemos uma
visão tão gloriosa do Messias e de seu reino. Por causa da ênfase
dada à graça de Deus e à sua obra redentora com relação a Israel
e às nações, o livro de Isaías tem sido chamado “O Quinto
Evangelho”, e seu autor “o Evangelista do Antigo Testamento”. As
duas divisões principais do livro ajudar-nos-ão a encontrar o seu
tema. A chave da primeira divisão (caps. 1-39), é “Denúncia”. Ao
ler esta seção sentimos os estrondos da ira divina contra o
apóstata Israel e contra as nações idólatras que o rodeiam.
Nestes capítulos são profetizados o cativeiro de Babilônia, as
tribulações e os julgamentos dos últimos dias. A chave da
segunda segunda seção (caps. 40-66) é “Consolação”. Esta seção
contém profecias do regresso de Israel do cativeiro babilônico, de
sua restauração e reunião na Palestina, nos últimos dias.
Baseando-nos nessas duas divisões, podemos resumir o tema de
Isaías da seguinte maneira: a ira de Deus resultando na
condenação e tribulação de Israel; a graça de Deus resultando na
sua salvação e exaltação. 
Autor. Isaías. Profetizou durante os reinados de Uzias, Jotão,
Acaz e Ezequias e talvez durante o reinado de Manassés (entre
757 a 697 a.C). 
Esfera de ação. Os acontecimentos históricos registrados em
Isaías abrangem um período de mais ou menos 62 anos. De 760 a
698 a.C.
JEREMIAS 
Tema.Tanto Isaías como Jeremias levaram mensagens de
condenação ao Israel apóstata. Enquanto que o tom de Isaías é
vigoroso e severo, o de jeremias é moderado e suave. O primeiro
leva uma expressão da ira de Jeová contra o pecado de Israel; o
último, uma expressão de seu pesar por causa dele. Ao
repreeender Israel, Isaías imergiu sua pena no fogo e Jeremias,
nas lágrimas. Isaías, depois de denunciar a iniquidade de Israel,
prorrompe em êxtases de alegria ao ver a antecipação da
independência vindoura. 
Livros Proféticos
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Jeremias teve um vislumbre do mesmo acontecimento feliz, mas
esse vislumbre não foi suficiente para enxugar-lhe as lágrimas ou
dissipar a névoa de seu pesar pelo pecado de Israel. Por causa
deste último fato Jeremias é conhecido como “o profeta das
lágrimas”. O que abaixo se segue servirá como tema de seu livro:
o amor imutável de Jeová ao seu povo apóstata e sua tristeza por
causa da condição deste. 
Autor. Jeremias. Foi chamado ao ministério quando era jovem
ainda (1.6), no ano décimo-terceiro do rei Josias, mais ou menos
setenta anos depois da morte de Isaías. 
Esfera de ação. Desde o ano 13 de Josias até a primeira parte do
cativeiro da Babilônia, cobrindo um período de mais ou menos 40
anos.
LAMENTAÇÕES 
Tema. Lamentações é um apêndice à profecia de Jeremias, que
registra a tristeza aguda e dolorosa do profeta pelas misérias e
desolações de Jerusalém, resultantes de seu sítio e destruição. O
objetivo principal do livro era ensinar aos judeus a reconhecerem
a mão castigadora de Deus em suas calamidades e que se
voltassem a ele com arrependimento sincero. Os judeus cantam
este livro todas as sextas-feiras junto ao Muro das Lamentações,
em Jerusalém, e o lêem na sinagoga, em jejum, no dia 09 de
agosto, o dia destinado à lamentação das cinco grandes
calamidades que sobrevieram à nação. Resumiremos o tema de
Lamentações da seguinte maneira: as desolações de Jerusalém, o
resultado de seus pecados, e o castigo de um Deus fiel, que
visava conduzi-los ao arrependimento. Autor. Jeremias.
EZEQUIEL 
Tema. Ezequiel exerceu seu ministério de profeta na Babilônia,
começando-o sete anos antes da destruição de Jerusalém, e
encerrando-o cerca de quinze anos depois. Como a de Isaías, a
sua mensagem foi de denúncia e consolação. “O ponto central
das predições de Ezequiel é a destruição de Jerusalém. Antes
deste acontecimento seu motivo principal era chamar ao
arrependimento aqueles que viviam em segurança descuidada,
admoestando-os a que não abrigassem a esperança de que, com
a ajuda dos egípcios, sacudiram o jugo da babilônia (17.15-17).
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 e assegurando-lhes que a destruição da cidade e do templo eram
inevitáveis e se aproximavam rapidamente. Depois desse
acontecimento, seu cuidado principal foi consolar os judeus
desterrados, dando-lhes promessas de libertação futura e
restauração na sua terra; animando-os com a certeza de bênçãos
futuras.” – Angus Green. Faremos um resumo do tema, como
segue: o afastamento da glória de Deus de Israel, em vista do
juízo vindouro e a volta da sua glória em vista da restauração
futura. 
Autor. Ezequiel. Foi levado cativo juntamente com o rei
Jeoiaquim, por Nabucodonosor, cerca de dez anos antes da
destruição de Jerusalém. Seu lar era Telabib na Babilônia. Ali
ministrou aos desterrados, a maioria dos quais resistiam às suas
palavras aderindo à esperança falsa de um regresso rápido.
Esfera de ação. Os acontecimentos históricos registrados neste
livro abrangem um período de cerca de 21 anos – de 595 a 574
a.C.
DANIEL 
Tema. O livro de Daniel é, na maior parte, uma história profética
dos poderes gentílicos mundiais desde o reinado de
Nabucodonosor até a vinda de Cristo. Os profetas em geral
salientam o poder e a soberania de Deus com relação a Israel, e o
revelam como aquele que determina os destinos de seu povo
escolhido através dos séculos até a restauração final. Daniel, por
outra parte, destaca a soberania de Deus com relação aos
impérios gentílicos do mundo, e revela Deus como aquele que
domina e governa os negócios desses impérios até a época de
sua destruição, na vinda de seu Filho. “A visão é a de um Deus
que governa, cheio de sabedoria e poder; de reis que
desaparecem; de dinastias e impérios que surgem e caem
enquanto Deus, entronizado no céu, governa seus movimentos.”-
Campbell Morgan. O tema de Daniel pode ser resumido da
seguinte maneira: Deus revelado como o que domina a elevação
e a queda dos reinos deste mundo até a sua destruição final e
que estabelece seu próprio reino. Por causa de suas muitas
visões, o livro de Daniel tem sido chamado “O Apocalipse do
Antigo Testamento”. 
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Autor. Daniel. Quando ainda muito jovem, foi levado cativo à
Babilônia no 3º ano de Jeoaquim (2 Cr 36.4-7), e oito anos antes
de Ezequiel. Profetizou durante todo o cativeiro, sendo proferida
a sua última profecia no reinado de Ciro, dois anos antes do
regresso dos judeus à Palestina. 
Esfera de ação. Desde Nabucodonosor até Ciro, abrangendo um
período de cerca de 73 anos – de 607 a 534 a.C.
OSÉIAS 
Tema. O livro de Oséias é uma grande exortação ao
arrependimento dirigida às dez tribos, durante os cinquenta ou
sessenta anos antes do cativeiro destas. Seu cálice de iniquidade
enchia-se rapidamente. Os reis e sacerdotes eram assassinos e
libertinos; os sacerdotes idólatras desviavam o povo do culto a
Jeová; em dificuldades, o governo se voltava ao Egito ou à Assíria
pedindo ajuda; em muitos casos o povo imitava a vileza moral
dos cananeus; viviam numa segurança descuidada, interrompida
somente em tempos de perigo por um arrependimento fingido;
sobretudo, Deus e sua Palavra eram esquecidos. Esses pecados
da nação, no seu estado de separação de Deus, são resumidos
pelo profeta como o pecado de adultério espiritual, ilustrado pela
própria experiência do profeta ao se casar com uma mulher
impudica que o abandonou por outro amante. O pecado de Israel
é mais grave que o das nações vizinhas. Os pecados dessas
nações são ofensas cometidas por aqueles que não tinham
relação com Jeová. O pecado de Israel é o de infidelidade a seu
esposo, Jeová, que a libertou do Egito, cuidou dela e com quem
fez votos sagrados de obediência e fidelidade no Monte Sinai.
Mas em lugar de matar a esposa adúltera, como prescrevia a lei,
Jeová manifesta para com ela um amor que vai além do humano –
ele a acolhe novamente. É o seguinte o tema de Oséias: Israel, a
esposa infiel abandona seu esposo compassivo, que a acolhe
novamente. 
Autor. Oséias foi um profeta do reino do Norte. Profetizou na
mesma época que Amós, Isaías e Miquéias em Judá. Seus
ministério, de cerca de 60 anos, é o mais longo de todos os
profetas. 
Esfera de ação. Os acontecimentos históricos a que se refere o
livro de Oséias cobrem um período de mais ou menos 60 anos –
desde 785 a.C., até o tempo do cativeiro das dez tribos.
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JOEL 
Tema. A ocasião da profecia de Joel foi uma invasão
extraordinariamente calamitosa de insetos destrutivos – o
gafanhoto – que devastou a terra, destruiu as colheitas, e trouxe
a fome geral. O profeta vê nessa calamidade uma visitação do
Senhor e se refere a ela como um tipo do castigo final do mundo
– o dia do Senhor (1.15). Como muitos dos outros profetas, Joel
predisse o futuro à luz do presente, considerando um
acontecimento atual e iminente como símbolo de um
acontecimento futuro. Por isso ele vê na invasão dos gafanhotos
um indício da invasão vindoura do exército assírio (2.1-27;
comparar com Isaías caps. 36, 37). Projetando sua visão ainda
mais para o futuro, vê a invasão final da Palestina pelos exércitos
confederados do Anticristo. Tomando o “Dia do Senhor” como o
pensamento central e tendo em mente que a mesma expressão é
usada com referência à invasão dos gafanhotos e dos assírios,
resumiremos o tema de Joel da seguinte maneira: o dia do Senhor
visto como imediato (na invasão dos gafanhotos), como iminente
(na invasão assíria), e como futuro (na invasão final). Autor.
Pouco se sabe acerca de Joel.Acredita-se que profetizou durante
o tempo de Joás, rei de Judá (2 Rs, cap. 12).
AMÓS 
Tema. Podemos apresentar o tema de Amós da seguinte maneira:
exposição dos pecados de um povo privilegiado, cujos privilégios
lhes trouxeram grande responsabilidade e cujas faltas sob essa
responsabilidade lhes acarretaram um castigo de acordo com a
luz que tinham recebido. 
Autor. Amós. Seu ministério foi especialmente às Dez Tribos,
embora tivesse também uma mensagem para Judá e para os
países vizinhos. Profetizou durante os reinados de Uzias, rei de
Judá e de Jeroboão II, rei de Israel, cerca de 60 a 80 anos antes do
cativeiro das Dez Tribos. 
OBADIAS 
Tema. Podemos notar claramente o tema de Obadias com a
primeira leitura do livro. É o grande pecado de Edom – violência
contra Judá; seu castigo – extinção nacional. Os versículos 10-14,
indicam que o livro foi escrito depois da destruição de Jerusalém. 
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Autor. Não se sabe absolutamente nada acerca de Obadias. Há
muitos com este nome no Antigo Testamento.
JONAS 
Tema. O livro de Jonas é diferente das outras profecias, por não
conter uma mensagem direta a Israel, sendo a mensagem do
profeta dirigida aos ninivitas. O livro de Jonas é uma repreensão
contra o exclusivismo dos judeus que se conservavam a certa
distância dos gentios e consideravam-se superiores a eles. É
considerado o livro missionário do Antigo testamento. O tema do
livro pode ser resumido da seguinte maneira: o amor de Deus
para com os gentios revela-se ao enviar-lhes um profeta que os
chama ao arrependimento. 
Autor. Jonas era galileu, da cidade de Gatehefer, perto de Nazaré.
Pregou às Dez Tribos no reinado de Jeroboão II, durante o qual
profetizou a restauração de algum território israelita (2 Rs 14.25-
27).
MIQUÉIAS
Tema. Miquéias profetizou, mais ou menos na mesma época de
Isaías, com o qual provavelmente teve contato, havendo
semelhanças notáveis nas suas profecias. (compare, por exemplo,
Isaías 2.1-4 com Miquéias 4.1-5). Podemos resumir o tema da
seguinte maneira: Israel destruído pelos chefes falsos e salvo
pelo Chefe verdadeiro, o Messias. 
Autor. Miquéias era natural de Moresete-gate, uma aldeia cerca
de 32 quilômetros ao sudoeste de Jerusalém. Era um profeta do
campo. Miquéias profetizou durante os reinados de Pecaías, peca
e Oséias em Israel, e de Jotão, Acaz e Ezequias, em Judá (2 Rs
15.23-30).
NAUM
Tema. O livro de Naum tem um único tema saliente: a destruição
de Nínive. É a sequencia da mensagem do profeta Jonas, por cujo
ministério os ninivitas foram conduzidos ao arrependimento e
salvos do castigo iminente. É evidente que mudaram de opinião a
respeito de seu primeiro arrependimento e de tal maneira se
entregaram à idolatria, crueldade e opressão, que 120 anos mais
tarde, Naum pronunciou contra eles o julgamento de Deus em
forma de uma destruição completa. 
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Autor. Praticamente nada se sabe a respeito de Naum. Crêem
alguns que ele era nativo de El-kosh, uma aldeia da Galiléia. Ele
profetizou durante o reinado de Ezequias e foi testemunha do
sítio de Jerusalém por Senaqueribe, acontecimento esse que pode
Ter sido a ocasião da sua profecia.
HABACUQUE
Tema. O livro de Habacuque apresenta o quadro de um homem
de Deus, embaraçado com a aparente tolerância de Deus pela
iniquidade. O profeta está rodeado por todos os lados da
injustiça triunfante e não castigada. A princípio seu clamor pelo
julgamento, aparentemente não é ouvido por Deus. Quando,
finalmente, é respondida a sua oração e pronunciado o
julgamento, ele fica ainda mais surpreso, porque os agentes do
julgamento de Deus, os caldeus, são mais ímpios e mais dignos
de castigo do que suas vítimas. Habacuque está cheio de dúvidas.
Mas, felizmente ele leva a sua inquietação a Deus que logo a
dissipa, e apresenta uma solução dos seus problemas resumida
na declaração que é o coração do livro – “O justo viverá pela sua
fé” (2.4). Isso quer dizer que, por mais tenebroso que se
apresente o futuro e por mais triunfante que pareça o mal, o
justo não deve julgar pelas aparências, mas sim pela Palavra de
Deus. O profeta muito aprendeu com esta lição, porque, embora
sua profecia comece com mistérios, perguntas e dúvidas, termina
com certeza e afirmações de fé. Resumiremos o tema da seguinte
maneira: o conflito e o triunfo final da fé. 
Autor. Habacuque profetizou durante os reinados de Jeoacaz e
Jeoiaquim.
SOFONIAS 
Tema. A repetição frequente da frase “o dia do Senhor” sugere
imediatamente que Sofonias tinha uma mensagem de
julgamento. Mas, como acontecia com quase todos os demais
profetas, tem também uma mensagem de restauração.
Resumiremos o tema da seguinte maneira: a noite do juízo sobre
Israel e sobre as nações, seguida da manhã da restauração do
primeiro e da conversão das últimas. 
Autor. Sofonias era bisneto de Ezequias. Ele profetizou durante o
reinado de Josias, rei de Judá.
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AGEU 
Tema. Ageu é o primeiro dos profetas conhecidos como profetas
pós-exílicos; quer dizer que profetizou depois do cativeiro.
Zacarias e Malaquias são os outros dois. Sob o decreto favorável
de Ciro, o restante dos judeus voltou à sua terra sob a direção de
Zorobabel, o governador, e Josué, o sumo sacerdote.
Resumiremos o tema da seguinte maneira: o resultado do
relaxamento no término do templo – desagrado divino e castigo;
o resultado do término do templo – bênção divina e promessa de
glória futura. 
Autor. Pouco se sabe da vida de Ageu, “o profeta do segundo
templo”, exceto que profetizou depois do cativeiro e que sua
missão era animar o povo na reconstrução do templo.
ZACARIAS
Tema. O fundo histórico da profecia de Zacarias é o mesmo de
Ageu, sendo que ambos os profetas ministraram no mesmo
período e tiveram missão semelhante. A missão de Zacarias era
animar, por meio da promessa do êxito atual e da glória futura, o
resto do povo judeu, que estava desanimado pelas aflições atuais
e que hesitava em reconstruir o seu templo. O povo tinha bons
motivos para estar desanimado. Antes eles foram uma nação
livre, com um rei e uma constituição. Mas agora, tinham
regressado a esse país sob um governo estrangeiro, um país sem
rei e despojado de poder. A sua atual condição apresentava um
quadro triste, mas Zacarias transformou essa situação calamitosa
em uma cena gloriosa, enquanto ele, por meio de uma série de
visões e profecias, descreve uma Jerusalém restaurada, protegida
e habitada pelo Messias, sendo ela a capital de uma nação
elevada acima de todas as demais nações. Além da promessa de
glória futura, o profeta fez promessas de êxitos e
empreendimentos atuais, porque assegurava ao remanescente
que o seu templo seria reconstruído, apesar da oposição.
Resumiremos o tema da seguinte maneira: um estímulo à nação
para servir fielmente ao seu Deus por meio da aflição atual, com
a visão das glórias futuras do tempo do Messias. 
Autor. Zacarias.
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MALAQUIAS
Tema. Em Neemias lemos a última página da história do Antigo
Testamento; no livro do profeta Malaquias, contemporâneo de
Neemias, lemos a última página da profecia do A.T. Malaquias, o
último dos profetas, testifica, como fazem os que vieram antes
dele, o triste fato do fracasso de Israel. Ele apresenta o quadro de
um povo religioso externamente, mas interiormente indiferente e
falso, um povo para o qual o culto a Jeová se transformou em
formalismo vazio, desempenhado por um sacerdócio corrupto
que não o respeitava. Sob o ministério de Ageu e Zacarias, o povo
estava disposto a reconhecer suas faltas e a corrigi-las, mas
agora, endureceram-se tanto que negam insolentemente as
acusações de Jeová (1.1,2; 2.17; 3.7). Pior ainda, muitos
professam ceticismo quanto à existência de um Deus de juízo e
outros perguntam se valerá a pena servir ao Senhor (2.17;
3.14,15). Qual raio de luz nesta cena escura, brilha a promessa da
vinda do Messias, que chegará para libertar o resto dos fiéis e
julgar a nação. O livro termina com uma profecia da vinda de
Elias, o precursor do Messias, e então cerra-se a cortina sobre a
revelaçãodo A.T., para não mais se levantar até quatrocentos
anos mais tarde, quando o anjo do Senhor anunciou a vinda
daquele que irá adiante dele e que virá com o espírito e a virtude
de Elias (Lc 1.17). Resumiremos o tema de Malaquias da seguinte
maneira: a última profecia do Antigo Testamento, a revelação de
um povo rebelde e falso, de um remanescente fiel e do Messias
vindouro que julgará e purificará a nação. 
Autor. Nada se sabe da história pessoal de Malaquias. Crê-se que
tenha profetizado no tempo de Neemias e o apoiou, como Ageu e
Zacarias apoiaram Zorobabel. Escreveu tanto acerca de Cristo
que alguém disse: “A profecia do Antigo Testamento expirou com
o Evangelho já em sua língua!”
Módulo Bíblico
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REFERÊNCIAS 
PEARLMAN, Mayer. Através da Bíblia Livro por Livro. Editora Vida.
12ª Edição. 1977. 
HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. Edições Vida Nova. 11ª Edição.
1993. 
SILVA, Antônio Gilberto da. A Bíblia Através dos Séculos. CPAD. 6ª
Edição. 1997.
BÍBLICO
M Ó D U L O
P A N O R A M A D O 
N O V O T E S T A M E N T O
Módulo Bíblico
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Evangelhos, 4; 
História, 1; 
Cartas, 21; 
Profecia, 1. 
TEXTOS BÍBLICOS: Jo 20:21-31; At 4:1-4; II Pe 1:5-11; Ap 2:10. 1. 
Os grupos de Livros do Novo Testamento. Como há quatro
espécies de livros no Antigo Testamento, há quatro no Novo
Testamento. São eles: 
Propósitos dos Quatro Grupos. Cada um dos quatro grupos de
livros tem um propósito geral, que devemos entender para
compreendermos corretamente sua mensagem. Em geral, os
propósitos dos quatro grupos são os seguintes: 
Os Evangelhos fornecem-nos a evidência sobre a qual podemos
crer que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, nosso único
Salvador e leva-nos a desejar obedecê-lo. Jo 20:31 sumariza o
propósito. 
O livro de Atos dá-nos um resumo de algumas das conversões
do Novo Testamento sob a pregação de homens inspirados, e
então responde, por exemplo, a pergunta: Como tornar-me
cristão? Também este livro dá-nos a história da fundação e dos
primeiros dias da igreja. 
As Cartas, enviadas aos cristãos contém instruções completas
para todas as classes cristãs, sobre como viver a vida cristã. (II
Pedro 1:5-11 é um bom exemplo desta instrução). 
O livro de Apocalipse é dado para relatar-nos sobre o viver
cristão e admoestar-nos a guardá-lo. Sua mensagem é resumida
no seguinte: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”,
(Ap.2:10). Contém o último e mais sentimental convite: “Quem
quiser receba de graça da água da vida”. (Ap 22:17) contém a
mais solene admoestação contra qualquer aumento ou subtração
das Escrituras como foram dadas pelo Espírito Santo de Deus.
(Veja Ap 22:18-19). 
AS DIVISÕES DO NOVO TESTAMENTO
Módulo Bíblico
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Uma Peculiaridade dos Evangelhos. Os Evangelhos são
arrolados, propriamente, como uma parte do Novo Testamento
mas o período que eles abrangem é ainda da dispensação
Mosaica. São preparados para a nova dispensação que haveria de
vir e que foi iniciada no dia de Pentecostes, cinquenta dias depois
da ressurreição. Jesus cresceu debaixo da dispensação Judaica ou
Mosaica. Foi circuncidado, freqUentava a sinagoga e quando
alguém perguntou-lhe o que fazer para herdar a Vida Eterna, Ele
citou ou Dez Mandamentos. O período abrangido pelos
Evangelhos é transitório de uma dispensação para outra e é
preparatória para a mensagem de salvação como temos agora no
Novo Testamento. Durante o período dos Evangelhos, Jesus
estava aqui na carne e andava entre os homens como Senhor e
Mestre. Ele podia dizer e disse a alguém “Teus pecados estão
perdoados...” a outro “Tua fé te salvou...”, a outro “Levanta, toma
tua cama e vá...” e ao ladrão na cruz “Hoje estarás comigo no
paraíso”. Mas quando seu trabalho de preparação foi completo
pela sua morte na cruz, e sua ressurreição, então Ele enviou o
Espírito Santo para dar, através de homens, escolhidos, os
grandes e universais termos de salvação para todos os homens,
em todas as regiões e em todos os tempos. Isso temos, em sua
totalidade, no Novo Testamento.
Alguns Fatos Sobre as Cartas. Enquanto as cartas são, em geral,
aos cristãos para relatar-lhes como viver a vida cristã, nem todas
as instruções se aplicam a qualquer pessoa num dado tempo. Por
exemplo: Há instruções para novos cristãos ou “meninos em
Cristo”. Então, há instruções para aqueles que de há muito vivem
em Cristo. Há instruções para diáconos e anciãos (presbíteros)
que se aplicam somente a eles. Há instruções para as viúvas da
igreja, para as crianças, para os pais, para as mães, para os
ministros. Algumas das instruções são gerais e se aplicam a todos
os cristãos, em qualquer lugar, e em todos os tempos. II Pe 1:5-11
ilustra isto. 
Peculiaridades do Livro de Apocalipse. Este livro é menos lido e
menos entendido do que qualquer outro do Novo Testamento.
Isto se deve a duas razões: Primeiro, grande parte dele é profecia
sobre o futuro, e tem a ver com a parte de Deus na salvação e
julgamento final dos homens. 
Módulo Bíblico
TeoTech
Algumas das profecias do Antigo Testamento não foram
entendidas e não podiam ser, possivelmente nem mesmo pelos
profetas. Quando foram proferidas somente foram entendidas
depois de cumpridas. Assim, algumas do Apocalipse serão
completamente compreendidas somente nos últimos grandes
dias. A outra razão é que muitas delas são escritas em linguagem
apocalíptica e altamente figurativa como, o livro de Daniel, para o
qual é necessário uma chave de interpretação. O livro , como um
todo, entretanto, pode ser tomado, pois é um livro sobre
fidelidade, julgamento final e vitória final da retidão. 
Sumário e Revisão dos Grupos da Bíblia. As grandes divisões da
Bíblia são duas: O Antigo Testamento, com trinta e nove livros e o
Novo Testamento, com vinte e sete livros. Vivemos hoje debaixo
do Novo Testamento e não debaixo do Antigo. O Antigo
Testamento possui quatro tipos, ou espécies, de livros: Lei,
História, Poesia e Profecia. O Novo Testamento possui também
quatro espécies de livros: Evangelhos, Atos dos Apóstolos
(História), Epístolas (Cartas) e Profecia. O Antigo Testamento foi
nosso mestre para guiar-nos a fé em Cristo; Os Evangelhos
guiam-nos a crer n’Ele e a tornar-nos cristãos; Os Atos relatam-
nos os primeiros dias da igreja; As cartas nos recomendam como
viver a vida cristã e o Apocalipse fala-nos sobre como fazer
permanecer a vida cristã até o fim. 
NOTA: Para melhor compreensão do que estamos expondo nessa
matéria verifique as referências indicadas no início deste tema.
Lendo-as na ordem em que elas estão, você notará que as
mesmas descrevem na íntegra, os propósitos de cada uma das
quatro divisões do Novo Testamento.
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TEXTOS BÍBLICOS: 2 Tm 3:14-17; 1Pd 4:10-11 1. 
Os Evangelhos. Certamente todos podem nomear os Evangelhos
a biografia de Jesus, mas, para efeito de ilustração, novamente,
sugerimos que você analise as Divisões expostas no título
anterior. Note que estes quatro livros são biografias distintas.
Logo surge a pergunta: Por que quatro biografias? A resposta é
que na apresentação da evidência que Jesus é o Cristo, Deus não
deixou de fazer nada para que a evidência fosse completa.
Quatro testemunhas presenciaram o caso, cada uma em sua
própria maneira e num sentido mais completo do que uma só
testemunha. 
Marcas Especiais dos Evangelhos. Mateus é assim chamado, por
razão do nome do seu escritor, como é o caso dos outros
Evangelhos. Mateus, entretanto, escreve particularmente aos
judeus, para dar provas de que Jesus é o Cristo, o esperado
Messias da profecia. Ele trata mais das profecias judaicas do que
os outros. Traça a genealogia de Jesus de uma forma mais
apurada. A característica de Mateus pode ser encontrada em
expressões como: “Então se cumpriu o que fora dito, por
intermédio do profeta Jeremias” etc. (Mt 2:17). Marcos e Lucas
dão biografias de Jesus, mas descrevem mais para o tipo de
mente greco-romano. Deve ser lembrado que em dias do Novo
Testamento três civilizações se encontravam na Terra Santa.
Foram elas: Grega, representando a cultura e o saber, Romana,
representandolei e poder; e a judaica representando a religião e
a justiça. Lucas diz em Atos 17: 21 “Pois todos os de Atenas e os
estrangeiros residentes, de outra coisa não cuidavam senão dizer
ou ouvir as últimas novidades”. Eles estavam interessados no
homem que podia comandar a natureza. A mente romana estava
interessada no homem que podia comandar homens. Marcos e
Lucas escreveram mais particularmente para o tipo de mente
grego e romano para mostrar-lhes Jesus como o homem de poder
sobre os homens e a natureza. Mas os milagres e as obras
maravilhosas de Jesus são registrados por Mateus. 
OS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO
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Esses três Evangelhos são chamados de Evangelhos Sinóticos, por
razão da semelhança deles no resumo dos acontecimentos na
vida de Cristo. O Evangelho de João é diferente. É mais geral e
trata com princípios e conclusões. Biograficamente é menos
completo escolhendo somente aqueles incidentes necessários
para trazer à mente, o que ele tem para apresentar. João é
conhecido como o apóstolo do amor e é em João 3: 16 que se
encontra o verso chamado “o texto de ouro do Novo
Testamento”.
O Livro de Atos. A segunda divisão do Novo Testamento consiste
de um só livro. É um livro, que relata a história da fundação e os
primeiros dias na Igreja. Relembrando que a Igreja é de Cristo e
não nossa, que Ele a comprou com seu sangue, que Ele é seu
fundador e cabeça, naturalmente, estamos interessados em Atos
dos Apóstolos, pois é a única história divinamente dada da
fundação e dos primeiros dias da Igreja do Deus Vivo. Lucas, o
companheiro de Paulo, é o escritor. Deve ser também lembrado
que este livro de modo algum relata os atos dos apóstolos, mas
simplesmente alguns dos atos de alguns dos apóstolos. Há
relatos suficientes, entretanto, nos capítulos 2, 8, 9, 10 e 16 para
dar-nos divinos inspirados exemplos da conversão do povo de
praticamente cada tipo e condição de mente, para que possamos
ter a resposta de como tornar-nos cristãos. Em adição ao
exposto, devemos conhecer o livro de Atos dos Apóstolos como
uma das maiores crônicas missionárias já escritas. Nele
encontramos o motivo e método missionário. Também o livro de
Atos contém proveitosas sugestões a respeito do culto e da vida
dos primeiros cristãos sob a direção dos Apóstolos. Quatro
fatores marcavam o culto deles: “A doutrina dos Apóstolos - a
comunhão - o partir do pão - as orações”. Quando espalhados
pela amarga perseguição, foram pregando a Palavra de Deus.
As Cartas (Epístolas). Há vinte e uma cartas, cujos nomes
devemos aprender em ordem. Se dispostos de um modo como se
segue, serão facilmente aprendidos e decorados. É geralmente
atribuída a Paulo a autoria das catorze primeiras. Estas são:
Romanos. I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,
Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemon e
Hebreus.
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O Sermão da Montanha - Mateus 5:6-7. 
A Oração do Senhor - Mateus 6:9-13. 
A Grande Comissão - Mateus 28:18-20. 
A Fundação da Igreja - Atos 2. 
O Pecado - Romanos 6:23. 
A Fé - Romanos 10:9-19. 
O Arrependimento - Atos 17:30. 
O Batismo - Atos 2:38. 
O Texto de Ouro da Bíblia - João 3:16. 
O Capítulo de Amor - I Coríntios 13. 
A Vida Cristã - Romanos 12. 
A Vida Cristã - II Pedro 1: 5-11. 
A Fidelidade - Apocalipse 2: 10. 
O Convite Final - Apocalipse 22:17. 
As sete últimas são de quatro autores: Tiago, Pedro, João e Judas.
Estas sete, da mesma maneira, são fáceis de lembrar. Tiago I
Pedro I João Judas II Pedro II João III João.
Os Escritores do Novo Testamento. Os escritores dos livros do
Novo Testamento são oito. Seus nomes prontamente ditos a
qualquer hora. São eles: Mateus, Marcos, Lucas, João, Paulo,
Tiago e Judas. Mateus, Marcos, Tiago e Judas, cada um escreveu
um livro. Pedro e Lucas, cada um escreveu dois, João escreveu
cinco e Paulo catorze. Estes homens sofreram incontáveis
perseguições por razão da fé. Enquanto nada é definitivamente
conhecido sobre a morte deles, é muito provável que a maioria
deles, senão todos, sofreram morte de mártir. Foram
martirizados. Lendo e ensinando os escritos de Paulo, devemos
lembrar que muitos deles foram escritos com as mãos algemadas
ou enviados de uma imunda prisão.
Porções do Novo Testamento que Devemos Tomar para Nós
Mesmos. 
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TEXTOS BÍBLICOS: Jo 1: 1-13; Hb 1: 1-2 I. 
POR QUE CREMOS QUE A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS?
Se a Bíblia é de Deus, ela sobrepuja a todos os outros livros.
Como pudemos saber que as escrituras são algo mais do que
escritos de homens? Tudo o que cremos e tudo o que sabemos é
baseado em evidência. Há sólidas evidências que as escrituras
não poderiam ter sido produzidas por homens sem a direção de
um ser que vê todas as coisas, e é sapientíssimo. Este ser não é
outro senão Deus. 
Enumeração de Algumas das Evidências. Algumas das provas,
que as escrituras procedem de Deus são: a) A inexplicável
unidade dos sessenta e seis livros, na estrutura, matéria e
propósito. b) A sobrevivência deles a despeito das condições,
através das quais chegaram até nós. c) O modelo de caráter
deles, sobrepujando longe os modelos da era em que foram
produzidos. d) Os efeitos deles nos homens e nas nações. e) O
inexplicável fenômeno das centenas de profecias feitas e
cumpridas. f) O fato que homens sozinhos não poderiam ter
produzido um tal grupo de livros, combinando nestas únicas
características completamente diferentes de todos os outros
livros.
A Unidade Estrutural da História das Escrituras. a) As escrituras
sagradas é a única coleção de livros por um ou mais autores, os
quais, quando combinados resultaram o que é propriamente
chamado “um livro”. b) A história é uma, iniciando com tempo e
terminando com a eternidade. A história é a história universal
das grandes nações, começando por um novo agricultor ou
pastor e terminando na cidade. A história da Bíblia principia no
belo jardim e termina com a bela cidade. c) A Bíblia é um livro de
perfeito progresso. Começa com o caos ou confusão e termina
com a perfeição. d) Começa com a criação da vida e termina com
a perpetuação da vida. 
A PERFEITA UNIDADE DAS ESCRITURA
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e) Começa com a introdução do pecado e termina com a
destruição do pecado. f) São mais de trinta autores e atitude de
cada um e de todos os livros é exatamente a mesma para com
Deus: pecado e retidão. Deus é reverenciado e o pecado é
sempre combatido.
A Unidade no Propósito e Disposição. Já dissemos nos capítulos
anteriores, tudo aquilo que tem conexão com os assuntos deste
capítulo. Há uma unidade de estrutura como foi mostrado no
propósito dos grupos: a) As Leis (ou Antigo Testamento) para
preparar a vinda de Cristo, o Messias, o Redentor e Salvador (veja
Gálatas 3:23-29). b) Os Evangelhos para apresentar Salvador
prometido pelos profetas, cumprindo de modo perfeito e
completo suas profecias de séculos antes. (veja João 20:30-31). c)
Os Atos para contar-nos como guardar-nos ou sermos úteis ao
nosso Salvador (veja Atos 2, 8, 9 e 10). d) As Epístolas para
relatar-nos como viver a Vida Cristã (veja II Pedro 1:15- 11). e) O
Apocalipse para admoestar-nos a ser fiéis até o fim. Portanto há
unidade perfeita e lógica em todos os grupos de livros e em suas
disposições.
O Fenômeno da Unidade dos Autores. Quando lembramos que
haviam mais de trinta escritores trabalhando num período de mil
e seiscentos anos, desconhecidos uns dos outros, e que ainda
seus livros se juntaram formar uma unidade perfeita e lógica na
estrutura, no alvo, propósito e apresentação, só pode haver uma
conclusão lógica; e esta é: Houve uma “mente “ com todos e, que
esta mente não podia ser outra senão a de Deus. 
Respostas a Objeções. Por quase dois mil anos, os homens têm
procurado achar e apontar desarmonia, discrepâncias, erros em
história, contradições em afirmações, outras faltas que pudessem
provar que uma agência puramente humana produziu estes
escritos. Investigações cuidadosas, feitas por estudiosos,
descobertas pelos arqueólogos que contribuíram para o estudo
dasescrituras e aclamaremos de nossos conhecimentos obtidos
da história e dos povos antigos, têm provado que os objetos
estão errados e as escrituras corretas. 
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Considerando que nenhum livro mereceu tão prolongadas,
minuciosas e severas investigações como a Bíblia tem sido e que
nenhuma falta tem sido achada, exceto um erro ocasional na
transcrição ou tradução e, considerando que nenhum crítico ou
grupos de críticos tem dado resposta satisfatória para as
evidências de procedências divina, não há senão uma conclusão.
As escrituras não vieram de outro senão Deus. As provas são
abundantes demais para serem desprezadas. 
EFEITOS DAS ESCRITURAS NA VIDA DOS HOMENS. 
TEXTOS BÍBLICOS: Hb 2:1-4; At 2:41; 6:7; At 14:1
O Poder da Bíblia na Vida do Povo Escolhido. Pediram a alguém
para dar uma prova concreta da autenticidade e inspiração da
Bíblia. Ele atendeu para responder em duas palavras: Sua
resposta foi: “Os Judeus”. Os Judeus eram um povo do Antigo
Testamento, mantiveram-se unidos como um povo durante trinta
séculos. Eles têm feito e moldado características próprias,
embora tenham sido conquistados e dispersos sempre e sempre.
Têm guardados a compreensão de um só Deus. Têm mantido os
princípios da retidão, embora sempre sujeitos às influências de
todo o mal ao redor deles. A completa dispersão e nacionalização
deles é uma confirmação das profecias bíblicas. Nenhum livro ou
grupo de livros tem exercido tal poder sobre qualquer outro
povo. 
A Influência da Bíblia sobre os Grandes Líderes. A influência da
Bíblia é um testemunho de que ela tem vindo de uma fonte
superior ao homem. Grandes nomes da história foram por ela
influenciados. “O Paraíso Perdido” é conceituado como um dos
mais famosos livros da literatura inglesa. Foi o poder da Bíblia
que levou Milton a escrevê-lo. Benjamin Flanklin citou a Bíblia
como “O livro superior a todos os livros”. Isaac Newton, cientista
e filósofo citou o evangelho como “a mais sublime filosofia da
terra”. Gladstone, um dos famosos cidadãos ingleses dos séculos
recentes disse; “Há um só problema internacional, e este é
entregar o Evangelho a cada homem, mulher e criança, em cada
nação”. 
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Washington, Lincoln, Clay, Webster e centenas de outros líderes
famosos têm pagado tributo ao poder da Bíblia em suas vidas. 
O Poder da Bíblia na Música e na Arte. É fato digno de nota que
os maiores compositores tais como Beethoven, Hazdn e Handel,
foram manejados pelo poder da Bíblia e até seus maiores
oratórios foram compostos de temas da Bíblia. Por exemplo:
“Israel no Egito”, “A Criação”, “Jefté”, “Ester”, “Saul” e “O Messias”.
As mais famosas pinturas dos famosos artistas são pinturas da
Bíblia. 
A Influência da Bíblia sobre seus Inimigos. Lew Wallace, autor
de “Ben Hur”, foi céptico e começou a escrever sua grande novela
para refutar o cristianismo. Ele leu o Novo Testamento para
colher dados, porém, durante sua leitura foi convertido e
escreveu sua novela “Ben Hur” como homenagem suprema a
Jesus Cristo. Goethe, um grande autor alemão, também céptico,
escreveu muito para refutar a Bíblia. Finalmente ele escreveu,
“Minha fé na Bíblia salvou minha vida literária e moral”.
Rousseau, embora um grande campeão da descrença, foi
compelido pelo poder da Bíblia e escreveu: “Fico atônito pela
majestade das Escrituras”. Voltaire, talvez o mais notável
adversário da Bíblia, que escreveu 250 publicações para a refutar,
finalmente capitulou ao seu poder e nos seus últimos dias
suplicou perdão e pediu sepultamento cristão. Estes são apenas
uns poucos exemplos da influência da Bíblia, sobre aqueles que
combateram com todas as suas forças. 
A Influência da Bíblia Sobre Pecadores. Nenhum livro pode ser
escrito que possa enumerar nomes daqueles cujas vidas foram
transformadas completamente pela Bíblia. Alguns desses nomes,
naturalmente, serão de valor para o professor de Bíblia. Jerry
McAuley foi transformado de beberrão miserável a um homem de
Deus que serviu seus semelhantes. John B. Gough foi um bêbado
caído na valeta. A Bíblia sozinha mudou-o em pregador eloquente
de retidão e sobriedade. A Bíblia transformou Africanos de
criminoso, canibal e bárbaro a um homem cristão de cultura, que
pediu a Rainha Vitória que enviasse o evangelho ao seu povo. 
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BIBLIOLOGIA
DOUTRINA DA BÍBLIA I
REVELAÇÃO: É a operação divina que comunica ao homem fatos
que a razão humana é insuficiente para conhecer. É, portanto, a
operação divina que comunica a verdade de Deus ao homem (I
Co.2:10). 
Provas da Revelação: O diabo foi o primeiro ser a pôr em dúvida
a existência da revelação: “É assim que Deus disse?” (Gn 3:1). Mas
a Bíblia é a Palavra de Deus. Vejamos alguns argumentos: 1) A
Indestrutibilidade da Bíblia: Uma porcentagem muito pequena de
livros sobrevive além de um quarto de século, e uma
porcentagem ainda menor dura um século, e uma porção quase
insignificante dura mil anos. A Bíblia, porém, tem sobrevivido em
circunstâncias adversas. Em 303 A.D. o imperador Dioclécio
decretou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. A
Bíblia é hoje encontrada em mais de mil línguas e ainda é o livro
mais lido do mundo. 
A Natureza da Bíblia: a) Ela é superior: Ela é superior a qualquer
outro livro do mundo. O mundo, com sua sabedoria e vasto
acúmulo de conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro
que chegue perto de se comparar a Bíblia. b) É um livro honesto:
Pois revela fatos sobre a corrupção humana, fatos que a natureza
humana teria interesse em acobertar. c) É um livro harmonioso:
Pois embora tenha sido escrito por uns quarenta autores
diferentes, por um período de 1.600 anos, ela revela ser um livro
único que expressa um só sistema doutrinário e um só padrão
moral, coerentes e sem contradições. d) Argumento da Analogia:
Os animais inferiores expressam com suas vozes seus diferentes
sentimentos. Entre os racionais existe uma presença
correspondente, existe comunicação direta de um para o outro,
uma revelação de pensamentos e sentimentos.
Consequentemente é de se esperar que exista, por analogia da
natureza, uma revelação direta de Deus para com o homem.
Sendo o homem criado à Sua imagem, é natural supor que o
Criador sustente relação pessoal com Suas criaturas racionais.
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Argumento da Profecia Cumprida: Muitas profecias a respeito
de Cristo se cumpriram integralmente, sendo que a mais próxima
do primeiro advento, foi pronunciada 165 anos antes de seu
cumprimento. As profecias a respeito da dispersão de Israel
também, se cumpriram (Dt.28; Jr.15:4;l6:13; Os.3:4 etc); da
conquista de Samaria e preservação de Judá (Is.7:6-8; Os.1:6,7; I
Rs.14:15); do cativeiro babilônico sobre Judá e Jerusalém (Is.39:6;
Jr.25:9-12); sobre a destruição final de Samaria (Mq.1:6-9); sobre a
restauração de Jerusalém (Jr.29:10-14), etc.
Reivindicações da Própria Escritura: A própria Bíblia expressa
sua infalibilidade, reivindicando autoridade. Nenhum outro livro
ousa fazê-lo. Encontramos essa reivindicação nas seguintes
expressões: “Disse o Senhor a Moisés” (Ex.14:1,15,26;16:4;25:1;
Lv.1:1;4:1;11:1; Nm.4:1;13:1; Dt.32:48) “O Senhor é quem fala”
(Is.1:2); “Disse o Senhor a Isaías” (Is.7:3); “Assim diz o Senhor”
(Is.43:1). 
Natureza da Revelação: Deus se revelou de sete modos: 1)
Através da Natureza: (Sl 19:1-6; Rm l:19-23). 2) Através da
Providência: A providência é a execução do programa de Deus
das dispensações em todos os seus detalhes (Gn 48:15;50:20; Rm
8:28; Sm.57:2; Jr 30:11; Is 54:17). 3) Através da Preservação:
(Cl.1:17; Hb.1:3; At.17:25,28). 4) Através de Milagres: (Ex.4:1-9). 5)
Através da Comunicação Direta: (Nm.12:8; Dt.34:10). 6) Através da
Encarnação: (Hb.1:1; Jo.8:26;15:15). 7) Através das Escrituras: A
Bíblia é a revelação escrita de Deus e, como tal, abrange
importantes aspectos: 
a) Ela é variada: Variada em seus temas, pois abrange aquilo que
é doutrinário, devocional, histórico, profético e prático. 
b) Ela é parcial: (Dt.29:29). 
c) Ela é completa: Naquilo que já foi revelado (Cl.2:9,10); 
d)Ela é progressiva: (Mc.4:28). 
e) Ela é definitiva: (Jd.3). 
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Autoridade: Dizemos que a bíblia é um livro que tem autoridade
porque ela tem influência, prestígio e credibilidade (quanto a
pureza na transcrição ou tradução), por isso deve ser obedecida
porque procede de fonte infalível e autorizada. A autoridade está
vinculada a inspiração, canonicidade e credibilidade, sem os
quais a autoridade da Bíblia não se estabeleceria. Assim, por ser
inspirado, determinado trecho bíblico possui autoridade; por ser
canônico, determinado livro bíblico possui autoridade, e por ter
credibilidade, determinadas informações bíblicas possuem
autoridade, sejam históricas, geográficas ou científicas.
Credibilidade/Veracidade: Um livro tem credibilidade se relatou
veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles são;
e quando seu texto atual concorda com o escrito original. Nesse
caso credibilidade relaciona-se ao conteúdo do livro (original), e a
pureza do texto atual (cópia ou tradução). Por exemplo, as
palavras de Satanás em Gn.3:4,5 são inspiradas, mas não
possuem autoridade, porque não é verdade, porém tem
credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcrição) porque
foram registradas exatamente como Satanás disse. A veracidade
das palavras de Satanás não se relaciona ao o que ele
pronunciou, mas sim como ele as pronunciou.
Credibilidade do A.T.: Estabelecida por três fatos: 1) Autenticado
por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele
endossou grande número de ensinamentos do A.T., como, por
exemplo: A criação do universo por Deus (Mc.3:19), a criação do
homem (Mt.19:4,5), a existência de Satanás (Jo.8:44), o dilúvio
(Lc.17:26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30), a
revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc.12:26), a dádiva do
maná (Jo.6:32), a experiência de Jonas dentro do grande peixe
(Mt.12:39,40).
Prova Arqueológica e Histórica: a) Arqueológica: Através da
arqueologia, a batalha dos reis registrada em Gn.14 não pode
mais ser posta em dúvida, já que as inscrições no Vale do
Eufrates “mostram indiscutivelmente que os quatro reis
mencionados na Bíblia como tendo participado desta expedição
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não são, como era dito displicentemente, ‘invenções etnológicas’,
mas sim personagens históricos reais. Anrafel é identificado
como o Hamurábi cujo maravilhoso código de leis foi tão
recentemente descoberto por De Morgan em Susa”. (Geo. F.
Wright, O Testemunho dos Monumentos à Verdade das
Escrituras). As tábuas Nuzi esclarecem a ação de Sara e Raquel ao
darem suas servas aos seus maridos (Jack Finegan, Ligth from the
Ancient Past = Luz de um Passado Antigo). Os hieróglifos egípcios
indicam que a escrita já era conhecida mais de 1.000 anos antes
de Abraão (James Orr, The Problem of the Old Testament = O
Problema do Velho Testamento). 
Histórica: A história fornece muitas provas da exatidão das
descrições bíblicas. Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade de
Samaria, mas o rei da Assíria, que sabemos ter sido Sargom II,
carregou o povo para a Síria (IIRs.17:3-6). A história mostra que
ele reinou de 722-705 a.C. Ele é mencionado pelo nome apenas
uma vez na Bíblia (Is.20:1). Nem Beltsazar (Dn.5), nem Dario, o
Medo (Dn.6) são mais considerados como personagens fictícios. 
CREDIBILIDADE DO N.T.
Estabelecida por cinco fatos: 1) Escritores Competentes:
Possuíam as qualificações necessárias, receberam investidura do
Espírito Santo e assim escreveram não somente guiados pela
memória, apresentações de testemunho oral e escrito, e
discernimento espiritual, mas como escritores qualificados pelo
Espírito Santo. 
2) Escritores Honestos: O tom moral de seus escritos, sua
preocupação com a verdade, e a circunstância de seus registros
indicam que não eram enganadores intencionais mais sim
homens honestos. O seu testemunho pôs em perigo seus
interesses materiais, posição social, e suas próprias vidas. Por
quê razão inventariam uma estória que condena a hipocrisia e é
contrária a suas crenças herdadas, pagando com suas próprias
vidas?. 
3) Harmonia do N.T.: Os sinópticos não se contradizem mas
suplementam um ao outro. Os vinte e sete livros do N.T.
apresentam um quadro harmonioso de Jesus Cristo e Sua obra.
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O Critério Canônico (do Novo Testamento): Adotam-se 5
critérios canônicos. 1) Apostolicidade: O livro deveria ter sido
escrito por um dos apóstolos ou por autor que tivesse
relacionamento com um dos apóstolos (imprimatur apostólico). 2)
Universalidade: Quando era impossível demonstrar a
autenticidade apostólica, o critério de uso e circulação do livro na
comunidade cristã universal era considerado para sua aferição
canônica. O livro deveria ser aceito universalmente pela igreja
para dela receber o seu imprimatur. 3) Conteúdo do Livro: O livro
deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer ficção que nele
fosse encontrada tornava o escrito inaceitável. 4) Inspiração: O
livro deveria possuir evidências de inspiração. 5) Leitura em
Público: Nenhum livro seria admitido para leitura pública na
igreja se não possuísse características próprias. Muitos livros
eram bons e agradáveis para leitura particular, mas não podiam
ser lidos e comentados publicamente, como se fazia com a lei e
os profetas na sinagoga. É a esta leitura que Paulo exorta
Timóteo a praticar (ITm.4:13).
CONCLUSÃO 
Esperamos que o estudante tenha extraído e se apropriado do
conteúdo deste estudo de Bibliologia, sintetizando assim o Novo
Testamento. Procure ler outras obras sobre o assunto, sugerimos
adquirir os livros indicados abaixo.
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REFERÊNCIAS 
PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia Livro por Livro. Tradução: N.
Lawrence Olson. Rio de Janeiro, RJ : Editora Vida, 1989. 
MANUAL BÍBLICO SBB. Tradução de Lailah de Noronha. Barueri,
SP : Sociedade Bíblica do Brasil, 2008. 
TEOLOGIA SISTEMÁTICA PENTECOSTAL. Antônio Gilberto,
Claudionor de Andrade, Ciro Sanches Ziborni, Elienai Cabral,
Elinaldo Renovato, Ezequias Soares, Geremias do Couto, Severino
Pedro da Silva, Wagner Gabi. Rio de Janeiro, RJ : CPAD, 2009.
BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar – Doutrinária e
Conservadora. São Paulo, SP : Editora Batista Regular, 2001.
GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática. São Paulo, SP : Edições
Vida Nova, 1999.

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