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VIA GLICOLITICA_completo

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AMANDA NARA S. DAMASCENO – (Estácio-Idomed) M-46 
 
 
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A glicólise é a quebra da glicose. 
A via glicolítica representa um processo antigo, 
que ocorre em todas as células do corpo humano, 
pelo qual ocorre degradação anaeróbica de 
glicose em lactato, com liberação de energia 
como ATP. Este é um exemplo da fermentação 
anaeróbica, um termo usado para vias 
metabólicas que organismos usam para extrair 
energia química de combustíveis ricos em 
energia, em ausência de oxigênio. 
 
Para muitos tecidos, glicólise é só uma via 
fornecedora de energia de emergência, capaz de 
produzir 2 moles de ATP a partir de 1 mol de 
glicose, em ausência de oxigênio. Quando o 
suprimento de oxigênio de um tecido é 
interrompido, os níveis de ATP ainda podem ser 
mantidos pela glicólise, pelo menos por um curto 
período. Muitos exemplos poderiam ser dados, 
mas a capacidade de utilizar glicólise como uma 
fonte de energia é particularmente importante 
durante o nascimento natural de seres humanos. 
Com exceção do cérebro, a circulação do sangue 
diminui para a maioria das partes do corpo do 
bebê, durante o parto. Normalmente, o cérebro 
não é privado de oxigênio durante o parto, mas 
outros tecidos passam a depender da glicólise 
para seu suprimento de ATP, até que um 
suprimento normal de oxigênio esteja disponível. 
Isto economiza oxigênio para ser usado pelo 
cérebro, ilustrando um dos muitos mecanismos 
que evoluíram para assegurar a sobrevivência do 
tecido cerebral em momentos de estresse. 
 
Oxigênio não é necessário para glicólise; de fato, 
oxigênio pode, indiretamente, suprimir glicólise pelo 
efeito Pasteur, que será considerado mais tarde 
Contudo, glicólise ocorre em células com um 
suprimento abundante de oxigênio molecular. 
Desde que as células também contenham 
mitocôndrias, o produto final da glicólise em 
presença de oxigênio é piruvato, e não lactato. 
Piruvato é, então, completamente oxidado a CO2 e 
H2O pelo complexo piruvato desidrogenase e 
enzimas do ciclo TCA alojadas dentro de 
mitocôndrias. 
 
 
A Glicólise, portanto, prepara para a oxidação 
aeróbica dos carboidratos. O processo completo de 
glicólise e oxidação mitocondrial do piruvato a CO2 
e H2O. 
 
A importância da glicólise como uma via 
preparatória é melhor exemplificada pelo cérebro, 
que tem uma necessidade absoluta de glicose. O 
piruvato processado pela glicólise é oxidado a CO2 
em mitocôndrias. 
 
Um cérebro humano adulto usa 
aproximadamente120 g de glicose por dia para 
suprir sua necessidade de ATP. Em contraste, 
glicólise com lactato como produto final é o principal 
mecanismo de produção de ATP em alguns outros 
tecidos. 
 
Glóbulos vermelhos não têm mitocôndrias e, 
portanto, são incapazes de converter piruvato em 
CO2. 
 
 via glicolítica é uma das principais vias 
metabólicas utilizadas pelas células para produzir 
energia na forma de ATP. Ela ocorre no citosol das 
células e é composta por uma série de reações 
enzimáticas que convertem glicose em 
piruvato. 
O processo começa com a entrada de glicose na 
célula, que é capturada por uma proteína 
transportadora e convertida em glicose-6- 
fosfato por meio da ação da enzima 
hexoquinase (enzima alostérica). 
 
A glicose-6-fosfato é então convertida em frutose-
6-fosfato pela enzima fosfohexose isomerase. A 
Fosfotrutoquinase é a principal enzima da via 
glicolítica, pois controla a velocidade de utilização 
da glicose. Ex: Aumento de injestão de glicose ao 
longo do dia. 
A partir daí, a via glicolítica é dividida em duas 
fases: a fase de geração de ATP e a fase de 
produção de piruvato. Na primeira fase, a 
energia é liberada na forma de ATP durante a 
conversão de açúcares fosfatados intermediários. 
Na segunda fase, o piruvato é formado a partir do 
açúcar fosfatado final, o fosfoenolpiruvato, por 
meio da ação da enzima piruvato quinase. 
 
 
 
 
AMANDA NARA S. DAMASCENO – (Estácio-Idomed) M-46 
 
 
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Ao final da via glicolítica, a célula produz dois ATP’s, 
dois NADH’s e duas moléculas de piruvato. 
O destino do piruvato depende das condições da 
célula. Em condições aeróbicas, o piruvato é 
transportado para a mitocôndria e oxidado a acetil-
CoA no ciclo de Krebs, produzindo mais ATP. Em 
condições anaeróbicas, o piruvato é convertido em 
lactato pela enzima lactato desidrogenase, 
permitindo que a célula continue produzindo ATP na 
ausência de oxigênio. 
 
A glicose que foi captada pela célula tem 3 
destinos: via glicolítica, síntese do 
glicogênio e síntese dos lipídeos. 
 
• Todo o excesso de carboidrato na 
alimentação vai ser utilizado para a síntese 
lipídio. 
 
 
 
Na via glicolítica, a glicose será oxidada e 
quebrada em duas moléculas de piruvato. 
• A via glicolítica acontece no 
citosol de todas as células, em 
condições anaeróbicas, na 
ausência do oxigênio. 
 
• Ainda na ausência do oxigênio, 
esse piruvato pode seguir dois 
caminhos em funções 
anaeróbicas: ir para 
fermentação alcoólica com a 
formação de etanol ou ir para a 
fermentação lática com a 
formação do ácido lático ou 
lactato. 
 
A fermentação alcoólica não acontece nos seres 
humanos. A formação do ácido lático, com a formação 
do lactato acontece muito nos exercícios físicos, 
quando uma pessoa está muito tempo sedentária e 
resolve voltar para fazer atividade física. 
 
O que aconteceu ali? 
 
Como você estava muito tempo sedentário, 
você tinha pouca oxigenação naquela 
musculatura, então a sobrecarga de exercícios, 
 aquela glicose que você consumiu antes, 
foi toda degradada em lactato, 
acumulando-se principalmente nas articulações. 
 
Mas se no dia seguinte você volta a fazer 
exercícios físicos, você ainda sente aquelas 
dores? Menos, vai melhorando. 
 
Está ocorrendo a estimulação do oxigênio, a 
partir das mitocôndrias, esse piruvato não vai 
ser mais convertido em lactato, ele vai ser 
convertido em Acetil-CoA. E esse acetil-CoA, 
vai ser utilizado no ciclo do ácido cítrico, que é 
o clico de Krebs. 
 
Quando o fígado vê que esse lactato está 
sendo reproduzido, leva o indivíduo 
desenvolver uma acidose metabólica. E 
quando essa acidose é por conta do ácido 
lático é uma acidose lática. Quando o fígado 
vê esse lactato sendo produzido em excesso, 
ele começa a captar esse lactato e o converte 
em glicose, no processo chamado de 
gliconeogênese. Assim, fornece glicose 
para o músculo. 
 
 
 
 
Em jejum prolongado, o organismo começa 
a degradar lipídeos para obter energia, 
produzindo corpos cetônicos, 
que pode levar a uma acidose metabólica. 
 
 
 A produção de corpos cetônicos está muito 
presente em casos de diabetes 
descompensada. Os corpos cetônicos 
também causam mal hálito, um sintoma da 
acidose. 
 
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• A glicólise acontece em duas fases: a 
primeira é chamada de fase preparatória 
e a segunda fase de ganho ou produção. 
 
✓ Fase preparatória: envolve gasto 
de ATP (2) 
✓ Fase de ganho ou produção: 
produção de ATP (4) 
 
A primeira fase é necessária pois o fosfato 
que vai ser utilizado na fase preparatória 
vai ativar a glicose. 
 
• A glicólise, é uma via preparatória para o 
metabolismo aeróbico da glicose. 
 
 
 
 
A insulina está envolvida no metabolismo 
de carboidratos, de lipídeos e proteínas. E 
ela tem órgão alvos, fígado, músculo 
esquelético e tecido adiposo. 
 
• O glucagon tem efeito oposto da insulina, 
e atua no fígado e tecido adiposo, ele não 
atua nos músculos porque não possui 
receptores para glucagon. 
 
 
 
Além da glicose, frutose, galactose, as 
outras hexoses também podem ser 
utilizadas na via glicolítica. 
 
• A frutose já entra na fase de frutose-6-
fosfato. 
• Frutose e galactose só são metabolizadas 
a nível hepático. 
 
Como é a galactosemia? 
 
Ela ingere lactose, quebra glicose em 
glicose + galactose, ela metaboliza a 
glicose, mas não consegue metabolizar a 
galactose, ela não tem enzimas que 
converta essa galactosepara entrar na via 
glicolitica, do mesmo jeito acontece nos 
problemas gástricos. 
 
E quem tem intolerância frutose? 
 
A frutose independe da insulina para ser 
captada pela célula e ela interioriza melhor 
do que a glicose. A intolerância à frutose 
vem da deficiência da enzima aldolase 
no fígado, não completando a segunda 
fase da via glicolítica. 
 
Quando o ATP não é formado, por exemplo 
em uma célula hepática, não acontece a 
segunda fase da via, não tem ganho nem 
produção de ATP, com isso desregula a 
bomba de sódio e potássio, ocasionando 
muito sódio dentro da célula, com a ruptura 
de membrana. 
 
• A glicose recebe um grupamento fosfato 
catalisado pela enzima hexoquinase. 
obs: toda enzima que tiver terminação 
“quinase” catalisa transferência de 
grupamentos fosfatos. 
 
• A enzima fosfofrutoquinase é a principal 
da via glicolítica. Ela que controla toda a 
velocidade de utilização da glicose. 
 
Digamos que você aumentou a ingestão de 
glicose, então essa enzima vai sinalizar 
para as outras que elas aumentem suas 
atividades, uma vez aumentando sua 
velocidade, rapidamente a glicose vai ser 
degradada. O contrário também, se você 
reduziu todo o carboidrato de sua 
alimentação, ela também vai sinalizar para 
as outras enzimas para diminuírem a sua 
velocidade. 
 
Na presença de muito carboidrato, a 
frutose-1,6-bifosfato vai ser convertida em 
uma frutose-2,6-bifosfato, isso é para ativar 
ainda mais essa enzima. 
 
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➢ Quando chega nesse ponto aqui, 
1,6-bifosfato, ela vai ser quebrada 
em dois componentes: 
dihiroxiacetona fosfato e 
gliceraldeido 3-fosfato. 
 
• O último produto da primeira fase da via 
glicolítica é o gliceraldeído-3-fosfato. 2 
moléculas com 3 átomos de carbono. 
 
Aluno: qual a diferença da glicoquinase e 
hexaquinase? 
 
Samia: A hexoquinase você vai pegar 
todas as hexoses, elas possuem uma alta 
afinidade pela glicose e são inibidas pelo 
produto da reação (G6P). A glicoquinase, 
está presente no fígado e células betas do 
pâncreas, ao contrário, tem afinidade mais 
baixa pela glicose. 
 
A maioria dos problemas na via glicolitica, 
associem sempre com a bomba de sódio e 
potássio. 
 
• Uma hemácia madura, só depende da 
via glicolitica para ter ATP, ou seja, a única 
fonte de ATP de uma hemácia madura, 
vem da via glicolítica. É diferente de uma 
hemácia jovem, chamada de 
reticulócitos, nela possui mitocôndria, 
podendo gerar ATP através da fosforilação 
oxidativa. 
 
 
 
Não sei se vocês já perceberam, quando 
tem um paciente com câncer, com alguma 
neoplasia, o que de início ele já apresenta? 
 
É uma anemia severa! A conversão do 3-
fosforoglicerato para o 2-fosforoglicerato é 
uma mutase, do 2-fosforoglicerato para o 
fosfoenolpiruvato é uma enolase. 
 
 
 
Finalmente, o 2-fosfoglicerato (da figura 
anterior), foi convertido em 
fosfoenolpiruvato vai ser finalmente 
convertido em piruvato, essa enzima que é 
chamada de piruvato quinase. O que vocês 
estão vendo que esta acontecendo a partir 
da piruvato quinase? Síntese de ATP. 
 
Em seguida, se for em condições 
anaeróbicas, o piruvato vai ser convertido 
em lactato e a enzima que chama isso aqui 
é a lactato desidrogenase. Essa enzima 
lactato desidrogenase, necessitou do 
NADH para retirar hidrogênio dele, para dar 
para piruvato e ser convertido em lactato. 
com isso eu tenho o NAD. 
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Aluna: ei samia, as fases ocorrem 
duplicadas, né? 
 
Samia: sim, tudo duplicado, porque você 
saiu de uma glicose, formou 2-
gliceraldeido, você esta vendo 1 ATP, mas 
são dois. Num tinha uma molécula de 
glicose com 6 átomos de carbono? Eu 
tenho no final da primeira fase quantas 
moléculas de gliceraldeido? São 2 
moléculas de 3 atomos de carbono, então 
tudo isso ai são 2 piruvato, 2 lactato, 
entendeu? Tudo duplicado. 
Aluno: samia porque que via passa pelo 
gliceraldeido e não pela desidroxitotena? 
 
Samia: porque a desidroxiacetona não é 
lançada diretamente na via glicolitica. 
 
Gente, essa enzima piruvato quinase 
também tem uma importância, existe 
pessoas que tem erros genéticos, que não 
produzem essa enzima. O que vai 
acontecer? Digamos que é uma criança e 
já detecta a ausência dessa enzima. Ela 
não vai produzir piruvato, nem produzir 
corretamente o ATP, vamos pensar isso em 
uma hemácia madura que só dependa da 
via glicolítica para ter ATP, sem ATP 
desregula a bomba de sódio e potássio, 
muito sódio dentro vai promover a entrada 
de água, ocorrendo lise, originando um 
quadro de anemia hemolítica. 
 
Então se eu perguntasse para vocês, qual 
a relação que tem entre a deficiência da 
piruvato quinase e anemia hemolítica, 
vocês saberiam responder, né?! 
 
Criem um texto, fazem um texto ai na 
cabecinha de vocês. 
 
Agora falando em relação as neoplasias, é 
esse mesmo raciocínio. Uma célula 
neoplásica ela está se duplicando 
rapidamente, ela precisa de muita energia, 
ela começa a roubar ATP das hemácias 
maduras, e como eu já falei na hemácia 
madura só tem ATP vindo da via glicolítica, 
então as células neoplásicas começas a 
roubar ATP dessas hemácias. O que 
acontece com as hemácias sem ATP? 
 
 
 
 
Desregula a bomba de sódio e potássio, 
ocasionando lise da hemácia, essa 
hemólise das hemácias é rápida, é 
intensificado, rapidamente um indivíduo 
apresenta anemia aguda. 
 
Digamos um linfoma não Hodgkin, já 
ouviram falar? O não Hodgkin é pior do 
que o Hodgkin. A gente pensa que ‘não’ é 
negativo, mas é pior que o de Hodgkin, o 
paciente tem dor nas costas e dentre outros 
sintomas, até pensar em fazer uma biópsia 
de medula óssea, quando já está em um 
estado bem avançado esses linfonodos 
ficam bem visíveis. Muitas vezes os 
médicos torcem para que seja uma 
tuberculose. Mas, tem casos que pode se 
tratar do câncer, dependo do estado que 
ele está. 
 
Aluno: A neoplasia para de produzir essa 
enzima? 
Samia: não é que ela para de produzir a 
enzima, acontece tudo na via glicolítica, é 
porque a célula neoplásica rouba o ATP da 
hemácia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O linfoma de Hodgkin é um tipo de 
câncer do sistema linfático que surge 
quando os linfócitos ou os seus 
precursores se transformam em uma 
célula maligna, chamada de célula de 
Reed-Sternberg. A presença da célula 
de Reed-Sternberg desencadeia uma 
reação inflamatória e passa a ser 
rodeada de diferentes tipos de células 
da imunidade. Esse aglomerado de 
células doentes e células normais do 
sistema imune é que forma a massa 
tumoral. Um dos primeiros sinais é o 
aumento dos linfonodos, também 
conhecidos como gânglios ou ínguas. A 
doença pode ocorrer em qualquer 
idade, porém geralmente acomete 
adultos jovens ou pessoas com mais de 
50 anos. 
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Músculo esquelético, fígado e tecido adiposo, o 
que elas fazem? Induzem o armazenamento de 
substâncias exógenos e inibem a fabricação de 
nutrientes endógenos, ou seja, a insulina não 
promove a saída de nutrientes que estão 
compartimentalizadas, muito pelo contrário a 
função dela é compartimentalizar esses 
nutrientes. O glucagon que faz o efeito oposto, 
que a função dele é mobilizar nutrientes 
endógenos para o meio extracelular. 
 
 
Então vamos entender essa figurinha, a setinha 
continua quer dizer que ela estimula e a com 
duas retinhas inibe. Então, no musculo a insulina 
promove a captação de glicose e promove a 
captação de aminoácidos, mas inibe a saída de 
aminoácidos do musculo para outros tecidos. No 
fígado, a insulina o que ela promove? Eu tenho 
glicose compartimentalizada, sendo 
convertido até piruvato, sendo reações da via 
glicolítica, ela também estimula para que essa 
glicose compartimentalizada na forma de 
glicogênio armazena, mas inibe a quebra de 
glicogênio e inibe a gliconeogênese. No tecido 
adiposo, a insulina promove a captação de 
glicose, promove compartilhamento de ácidos 
graxos livres e inibe a saídadeles. 
 
 
 
 
 
 
Como consequência, a insulina inibe a formação 
de cetoácidos, ou seja, corpos cetônicos. Com 
tudo isso, ela diminui o nível de glicose do plasma, 
ácidos graxos, corpos cetônicos e aminoácidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTIMULA A GLICOSE 
 
 
ESTIMULA A GLICOGÊNESE 
 
INIBE A GLICONEOGÊNESE 
 
 
REDUZ A GLICEMIA 
 
 
 
Essa figurinha é mostrando as reações 
metabólicas da insulina, ainda vamos ter caso 
clínico da diabetes. 
 
A gente vai ver o que ela faz para 
compartimentalizar a glicose no interior da 
celular e aqui é o que ela faz no nosso 
metabolismo, ela vai estimular a atividade de 
algumas enzimas e vai inibir a atividade de 
outras. Ali (veja a figura abaixo) a gente tem a 
via glicolítica, glicose indo até piruvato. Então, 
essas enzimas aí, até a piruvato-desidrogenase 
são partes que a gente já viu, então na verdade 
ela (insulina) estimula a atuação dessas 
enzimas e ela estimula também a síntese e o 
armazenamento de glicose na forma de 
glicogênio. Vamos ver em outro momento que a 
partir dessa glicose fosfatada vai dar-se a 
produção de glicogênio. 
 
Então essas outras enzimas: frutose-1,6-
bifosfatase são as reações que ela vai inibir, são 
as reações da gliconeogênese. Então com isso 
aí, com a ação dessas enzimas ela estimulas a 
glicólise, estimula a glicogênese. 
 
O que seria a glicogênese? 
 
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A polimerização da glicose, formando 
glicogênio. E com isso ela inibe também a 
 
gliconeogênese. Através dessas três funções 
qual consequência ela (insu) vai produzir para o 
organismo? Redução da glicemia. Por isso que 
a atividade dela é uma atividade 
hipoglicemiante. 
 
Quem vai fazer tudo o oposto é o glucagon, o 
que a insulina faz ele desfaz, ele não vai 
estimulara a glicólise, muito pelo contrário, ele 
vai estimulara a gliconeogênese, ou seja, a 
síntese de glicose. Ele (glucagon) vaiestimular 
a glicogenólise que é a quebra do glicogênio. 
 
 
 
Quando você degrada o glicogênio presente no 
fígado, o fígado usa aquela glicose ou ele libera 
para os tecidos extra-hepáticos? Libera! É o 
único órgão que pode liberar para outros 
tecidos, por que? 
 
Por que é o único órgão que possui a GLICOSE-
6-FOSFATASE, já o músculo não, quando ele 
degrada o glicogênio, quando é estimulada a 
degradação do glicogênio ele mesmo vai utilizar 
a glicose ali na via glicolítica. Por falta daquela 
enzima o glicogênio armazenado não pode ir 
para outros tecidos. 
 
ALUNO: Ei, Sâmya, mas o fígado também usa 
o glicogênio que foi convertido a glicose? Na 
verdade ele faz é exportar, quando ele degrada 
o glicogênio, ele libera glicose para os tecidos 
extra-hepáticos. O fígado ele armazena 
glicogênio e libera, a gente vai ver também que 
ele produz corpos cetônicos, mas ele também 
não utiliza, ele libera para outros tecidos. Por 
isso que tem que ter maior cuidado com o 
fígado. 
 
 
 
 
 
São as 4 enzimas reguladoras da cadeia 
glicolítica; 2 regulam a entrada da glicose na via, 
e 2 regulam a via propriamente dita. 
 
Então aqui, as enzimas que sofrem regulação na 
via glicolítica, são quatro as enzimas que sofre 
regulação na via glicolítica, normalmente vocês 
acham que as vias metabólicas, elas sofrem 
regulação na 1ª etapa ou na 2ª etapa ou em 
ambas? Onde é mais provável que haja uma 
regulação? As enzimas que são alostéricas, 
vocês acham que é na primeira ou na segunda 
etapa? 
 
É mais na primeira, são etapas limitantes das 
reações do nosso metabolismo. Por isso que 
a maioria das enzimas que sofrem regulação, 
elas sempre estão mais no início das reações. E 
essa enzima aqui a gente não viu, mas ela 
também sofre regulação no metabolismo da 
glicose. 
 
Então aqui eu tenho glicogênio armazenado. 
Onde a gente tem glicogênio armazenado? 
Fígado e músculo. Esse glicogênio armazenado 
pode fornecer ou não glicose ao organismo? 
Pode, desde que o nosso organismo esteja com 
baixos níveis de glicose. Então a enzima que vai 
sofrer regulação, vai receber sinais para que 
haja a degradação do glicogênio é uma enzima 
chamada de fosforilase do glicogênio. 
 
O que é que essa enzima faz? Sempre que o 
organismo estiver com baixos níveis de glicose, 
essa enzima vai receber sinais de ativação, uma 
vez que uma enzima é alostérica e recebe sinais 
de ativação, vai aumentar ou diminuir sua 
atividade? Vai aumentar, com isso vai induzir a 
quebra do glicogênio. Uma vez que esse 
glicogênho sendo quebrado é uma hidrolise as 
custa dessa enzima fosforilase do glicogênio vai 
ser liberado uma molécula de glicose-1-fosfato, 
essa glicose-1-fosfato em seguida vai ser 
convertida em glicose-6-fosfato e para onde 
vocês acham que vai essa glicose-6-fosfato? 
Vai ser utilizada aonde? Na via glicolítica. 
 
 É ou não o primeiro produto que é formado? 
Quando eu tenho glicose ela é fosforilada e é 
convertida em glicose-6-fosfato. Por qual 
enzima? Hexoquinase. Mas aqui eu estou vindo 
e estou partindo de uma molécula de glicogênio 
e esse glicogênio vai ser utilizado por nós como 
fonte de energia sempre que o organismo 
estiver com baixos níveis de glicose. 
 
Então quando vai ser degradado esse 
glicogênio que está armazenado, tem a cascata 
de sinalização até que libere insulina. O destino 
da glicose que vem do glicogênio é um destino 
e o destino da glicose que vem do músculo é 
outro destino. São destinos opostos. 
 regulação da cadeia glicolítica 
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→ Fosforilase do glicogênio: 
 
• Enzima que catalisa a hidrólise do 
glicogênio celular em glicose-1-
fosfato. 
• Sofre regulação covalente e 
alostérica: 
Regulação covalente: fosfo e 
desfosforilação 
 
 
Então, a enzima fosforilase do glicogênio é 
uma enzima que catalisa a hidrólise de 
glicogênio em glicose-1-fosfato, em 
seguida essa glicose-1-fosfato é convertida 
em glicose-6-fosfato, utilizada na via 
glicolítica. Essa enzima sofre regulação 
tanto covalente quanto regulação 
alostérica. 
 
1º: UMA REGULAÇÃO ALOSTÉRICA 
COMO É QUE SE DÁ? É através de que? 
Efetores ou moduladores, ou podem ativar 
ou inativar aquela enzima, essa enzima vai 
receber sinais e esse sinal vem as custas 
de AMPc (Monofosfato de adenosina-
ciclico) que vai ativar essa enzima através 
de uma modulação alostérica. 
 
Uma MODULAÇÃO COVALENTE OU 
REGULAÇÃO COVALENTE vai ser ou 
quando a enzima esta fosforilada ou 
quando ela está desfosforilada. Na hora 
que a enzima está fosforilada ela vai tornar-
se inativa, quando ela se encontra 
desfosforilada ela está ativa. Esse é o 
mecanismo da modulação covalente. A 
enzima fosforilase do glicogênio a maior 
parte dela é por regulação alostérica. 
 
Duas enzimas regulam a entrada da 
glicose na via: 
 
1ª - Fosforilase do glicogênio 
2ª – Hexoquinase 
 
As outras enzimas vão regular a via 
propriamente dita. As duas enzimas que 
regulam a via propriamente dita são: 
FOSFOFRUTO-QUINASE E PIRUVATO-
QUINASE 
 
Já está dizendo aqui, é uma enzima muito 
complexa, catalisa a frutose-6-P em 
frutose-1,6-diP. A principal enzima da via 
glicolítica é a fosfofrutoquinase porque é 
ela quem controla toda a velocidade da 
utilização da glicose. A partir do aumento 
ou diminuição da ingestão de glicose na 
sua dieta o ponto principal de regulação vai 
ser essa enzima. 
 
A última enzima é a piruvatoquinase que é 
importante porque ela cataliza a formação 
de ATP, a deficiência dessa enzima ela 
causa anemia hemolítica. Uma hemácia 
madura a sua única fonte de ATP é da 
glicose. Nos reticulócitos (hemácias jovens) 
a gente não vê a deficiência dessa enzima, 
porque os reticulócitos ainda têm 
mitocôndrias, então ainda podem gerar 
ATP por fosforilação oxidativa. 
 
Se pegar uma hemácia jovem e uma 
madura, onde era que se veria a deficiência 
dessa enzima? Somente nas maduras, 
porque quando vai amadurecendo vai 
perdendo as mitocôndrias. 
 
A piruvatoquinase catalisa a última reação 
fosfoenolpiruvatoconvertendo em piruvato, 
ela é alostérica, é inibida por ATP, Acetil-
CoA (vem de outras reações), ácidos 
graxos (vêm de outras reações) 
Então são quatro os pontos de regulação 
da via glicolítica: FOSFORILASE DO 
GLICOGÊNIO, HEXOQUINASE, 
FOSFOFRUTOQUINASE E 
PIRUVATOQUINASE. 
 
O que acontece com a frutose-1,6-
bifosfato quando você tem aumento da 
ingestão de glicose? Vai ser convertido 
em frutose-2,6-bifosfato e vai ativar a 
fosfofrutiquinase. Isso são mecanismos 
regulatórios para estimular ainda mais a 
atividade daquela enzima, mas isso só 
ocorre quando você aumenta a ingestão de 
glicose. O organismo faz isso para que 
aquela glicose seja logo utilizada como 
fonte de energia. 
 
 
 
→ Hexoquinase: 
 
• Catalisa a fosforilação da 
glicose a glicose-6- fosfato 
• Primeira reação da cadeia 
glicolítica. 
• É alostérica: inibida por glicose-
6-fosfato (“feed-back") 
 
 
AMANDA NARA S. DAMASCENO – (Estácio-Idomed) M-46 
 
 
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• FOSFOFRUTOQUINASE: 
Enzima muito complexa que catalisa a 
fosforilação da frutose-6-fosfato – terceira 
etapa da via. 
• É alostérica: possui vários ativadores e 
inibidores, tais como os ativadores AMP, 
ADP, e fosfato, e os inibidores ATP e 
frutose1,6-difosfato. 
 
PIRUVATOQUINASE 
 
• Catalisa a última reação da via , de 
conversão do PEP e piruvato. 
• É alostérica e inibida por ATP, Acetil-CoA e 
Ácidos Graxos. 
 
 
 
 
Características importantes da via 
glicolítica 
 
Aqui, essa duas figurinhas... Aqui eu tenho 
uma célula hepática e o glicogênio 
armazenado. Na superfície de membrana, 
eu tenho dois receptores (GLUCAGON E 
EPINEFRINA) 
 
 
 
 
AMP cíclico medeia o estímulo da glicogenólise 
no fígado, induzido por glucagon e por 
epinefrina. 
 
O AMPc vai mediar o destino da glicogenólise no 
fígado. O que é glicogenólise? Quebra do 
glicogênio induzido por glucagon e por 
adrenalina (epinefrina). Vamos ver como isso 
acontece. Esses hormônios só vão estar ativos 
em resposta a níveis baixos de glicose. O que é 
esse AMPc? Ele vai surgir à custa de uma 
enzima, chamada ADENILIL-CICLASE ou 
ADENILASE-CICLASE. O que essa enzima vai 
fazer? Vamos lá! Está com baixos níveis de 
glicose e em resposta a isso esses hormônios 
vão ser liberados, vão se ligar em receptores de 
membrana, na hora que se liga o hormônio 
receptor vai formar um complexo ativo. Quando 
isso acontece eles vão ativar uma proteína que 
esta próxima a superfície de membrana. 
 
 A gente chama de proteína G, daí essa parte de 
sinalização vocês vão ver mais ainda quando 
chegar na fisiologia. Aqui é preciso desse 
iniciozinho para que eu possa entender como é 
que o glicogênio vai ser degradado. Em 
resposta a níveis altos ou baixos de glicose? 
Baixos. Então o hormônio veio e se ligou ao 
receptor de membrana, forma o complexo ativo 
e ativa uma proteína G, essa proteína G uma 
vez ativada, elas vão ativar (sinais de + na 
figura) uma enzima que esta próxima à 
superfície de membrana (bolotinha azul) que é a 
adenilil-ciclase. Olha o que essa (adenilil-
ciclase) enzima faz, pega o ATP e converte em 
AMPc (funciona como mensageiro, esse 
mensageiro vai levar mensagens, sinais). 
Olhem as setinhas que estão saindo dele 
(AMPc), tem setinhas positivas e setinhas 
negativas. Vamos ver o que ele vai fazer de 
positivo dentro da célula do fígado! A 1ª coisa 
que ele vai fazer é ativar uma enzima que 
quebra o glicogênio e libera glicose-1-fosfato. 
Qual o nome dessa enzima? Fosforilase do 
glicogênio. O que ela faz? Quebra o glicogênio 
e libera GLICOSE-1-P, em seguida essa glicose-
1-P, atravez de uma mutase, converte em 
glicose-6-P. 
 
 
 
Olha aqui! O PULO DO GATO 
 
O que a gente está vendo aqui (veja a imagem 
acima) a glicose-6-P seguindo a setinha até 
piruvato, é ou não as reação da via glicolítica? 
São, mas olha o que o AMPc está fazendo, está 
dando um sinal negativo, ele está modulando 
negativamente. Esse complexo do piruvato é ou 
não da via glicolítica? Ele está ou não inibindo 
essas reações? Está. Gente, se isso aqui não 
fosse inibido quando chegasse aqui essa 
glicose-6-P iria para onde? Para a VIA 
GLICOLÍTICA (se for para essa via é o fígado 
quem vai metabolizar), então como ele inibiu 
esse processo não acontece. O que vai 
prevalecer? Glicose-6-P sendo convertido em 
glicose. Porque isso pode acontecer? 
 
Porque a glicose-6-P pode ser convertido em 
glicose livre? Porque o fígado é o único órgão 
AMANDA NARA S. DAMASCENO – (Estácio-Idomed) M-46 
 
 
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que tem aquela enzima Glicose-6-fosfatase e 
ela vai tirar fosfato da glicose e assim a 
glicose esta livre. A glicose vai para ouros 
tecido que estejam precisando de outros 
tecidos que estejam precisando, 
principalmente, o cérebro. 
 
Lembrando que o AMPc inibe a transformação 
da glicose-6-P em piruvato porque nesse caso o 
indivíduo está com baixos níveis de glicose e a 
“intenção” de quebrar o glicogênio em glicose é 
para que sejam mandadas para os outros 
tecidos que necessitam. Vai ser diferente no 
músculo. 
 
 
 
Aluno Y: Uma pessoa que bebe muito inibe 
essa cascata? (glicogênio → glicose no fígado) 
O álcool ele faz com que pare de ser degradado 
o glicogênio e ele inibe também a 
gliconeogênese. Quando eu mostrei 
metabolismo do álcool: 
 
ETANOL → ACETALDEÍDO → ACETATO, o 
que vocês viram que eu produzi muito Poe conta 
do etanol? NADH, quanto mais NADH você tiver 
é sinal que está tendo muito álcool ingerido e 
quanto mais NADH produzido, ele INIBE a 
última etapa que é a conversão de LACTATO 
EM PIRUVATO. Olhem a 1ª figura, de piruvato 
para lactato precisou de quem? NADH, quanto 
mais NADH eu tiver mais vai ter qual reação? De 
piruvato para lactato e eu não quero é formar 
glicose? Esse é o caminho inverso que não 
estará acontecendo, por isso que o álcool ele 
inibe a gliconeogênese. Quanto mais NADH, 
menos vai favorecer a conversão de lactato em 
piruvato e converter em glicose, por isso que o 
excesso de álcool vai gerar um quadro de 
hipoglicemia. Com essa conversão de piruvato a 
lactato teremos um quadro de acidose 
metabólica. O vômito é um mecanismo de 
escape (vai estar liberando H+). 
 
 
 
Vamos ver como acontece no músculo. O 
AMPc também vai mediar o estímulo da 
glicogenólise no músculo por epinefrina O que 
está diferente no músculo? Só está a epinefrina, 
não tem o glucagon. Por que? Não há 
receptores para glucagon na membrana. 
 
 
 
 
AMP cíclico medeia o estímulo da glicogenólise, 
no músculo, por epinefrina. 
 
Epinefrina vem se liga a um receptor de 
membrana, novamente, forma um comprexo 
ativo, ativam a proteína G, essa proteína G ativa 
a adenilil-ciclase que quebra o ATP e libera o 
AMPc. Esse AMPc funciona como o quê? 
Mensageiro que vai levar sinais. 
 
Olhem os sinais que ele está levando: de 
ativação para a glicose-1-p → glicose-6-p e 
glicose-6-p → piruvato e está inativando 
glicose-1-P → glicogênio. 
Uma vez a fosforilase do glicogênio estando 
ativada quebra o glicogênio e libera glicose-1-P, 
essa glicose-1-P é convertida em glicose-6-P. O 
AMPc está ativando as reações de onde? 
 
As da via glicolítica, ou seja, no músculo o que 
está diferente do fígado? As reações da via 
glicólica estão ou na sendo ativadas? La no 
fígado era ativadas? Não, era inativadasm. 
Uma vez formou o piruvato que é convertido em 
lactato que sai do músculo. Por que não saiu 
glicose livre do músculo? Porque o músculo 
não possui glicose-6-fosfatase. O ÚNICO 
ÓRGÃO QUE TEM É O FÍGADO, POR ISSO 
QUE ELE É O ÚNICO QUE PODE LIBERAR 
GLICOSE LIVRE. 
E o que foi que o AMPc inativou? 
A conversão de glicose-1-P novamente em 
glicogênio, porque se não nunca haveria na hora 
AMANDA NARA S. DAMASCENO – (Estácio-Idomed) M-46 
 
 
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que chegasse na glicose-1-P seria ele mesmo 
utiliza a glicose que vem do 
glicogênio. E esse lactato vai para onde? Vai 
para o fígado, o fígado vai captar esse lactato e 
converte o mesmo em glicose pelo processo 
chamado de gliconeogênese. 
 
Ai o que acontece? Formou glicose, para onde 
vai essa glicose?Vai para os outros tecidos. 
Nada se perde é uma reação ligada a outra. 
 
OBS: O lactato só é acumulado em exercício 
físico intenso quando se está há muito tempo 
sedentário, ele se acumula nas juntas e 
articulações e não dentro das células 
musculares, mas ele também não se acumula 
por muito tempo, é coisa de um ou dois dias. 
 
 
Exemplo: Chega uma pessoa no hospital em 
“coma alcoólico” uma pessoa quer ministrar 
glicose-6-P e outra só soro glicosado, qual o 
melhor a ser dado? O soro glicosado, se você 
der uma glicose fosfatada essa glicose nunca 
vai ser compartimentada pela célula, porque não 
há receptores para a glicose-6-fosfato, só há 
receptores para a glicose livre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
E aqui as ações hormonais do glucagon, 
totalmente o oposto da insulina. Tudo que a 
insulina coloca para dentro o glucagon retira, 
então que ele faz? Mobiliza ação de nutrientes 
para o sangue, ele faz a regulação primária da 
gliconeogênese e da cetogênese (formação de 
corpos cetônicos) hepática. 
 
Ele está atuando no fígado e no tecido 
adiposo, quem está faltando? A célula 
muscular. Diferente da insulina. Não há 
receptores de glucagon no músculo, somente 
no fígado e no tecido adiposo. 
 
Então, o glucagon vai estimular a captação de 
aminoácidos para que esses AAs sejam 
convertidos em piruvato e vai estimular a 
formação de glicose-6-P, ou seja, vai estimular 
a gliconeogênese. Ele inibe também a síntese 
do glicogênio. O que ele vai fazer no plasma? 
Vai aumentar os níveis de glicose plasmática, 
vai aumentar os ácidos graxos livres e tudo que 
ele diminui são os aminoácidos. 
 
➢ Mobilização dos nutrientes 
metabólicos para o sangue. 
 
➢ Regulação primária da 
Gliconeogênese e Cetogênese 
hepáticas. 
 
 
 
 
 
Destino do glicogênio degradado no fígado, 
versus seu destino nos tecidos periféricos. 
 
 
 
Via das pentoses fosfato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ações hormonais do GLUCAGON 
AMANDA NARA S. DAMASCENO – (Estácio-Idomed) M-46 
 
 
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Fonte: Taylor, S. I. Insulin action, insulin 
resistance and type 2 diabetes mellitus. Em: C. 
R. Scriver, A. L. Beaudet, W. S. Sly e D. Valle 
(Eds.), The Metabolic and Molecular Bases of 
Inherited Disease, 8th ed., New York: McGraw-
Hill, 2001, p. 1433. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: Por que um diabético tem um caso de 
hipoglicemia? 
 
Um diabético do tipo 1, por conta da falta de 
insulina, não tem quase nada de reserva de 
lipídeo, porque é a insulina que vai promover o 
que esse carboidrato que está em excesso ser 
utilizado na síntese de lipídeo. Ele pode ter 
circulante, não sendo formado. É por isso que 
os diabéticos são muito magros, ele tem 
circulante, mas não tem captado, isso porque 
nos diabéticos é intensificado a degradação de 
lipídeos. Porque que o diabético tem glicose na 
corrente sanguínea, mas as células estão 
famintas em glicose. Como não tem glicose, há 
a degradação de lipídeos. 
 
Então, quando um indivíduo diabético não 
tratado, descompensado, tem uma grande 
degradação de lipídeo, haverá grande tendência 
da formação dos corpos cetônicos. Os corpos 
cetônicos são formados porque o Acetil que vem 
dos lipídeos não entra no ciclo, promovendo a 
formação dos corpos cetônicos.

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